quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Caixa tem cerca de R$ 230 bi para eixos de infra urbana e moradia, diz presidente do banco

 Vieira assume Caixa com promessa de induzir crescimento ...


O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, disse nesta quarta-feira, 30, que o banco tem cerca de R$ 230 bilhões disponíveis para o triênio nos eixos de financiamento de infraestrutura urbana e de construção e incorporação de moradias. Segundo ele, no período da tarde a Caixa assinará um convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para repassar R$ 12 bilhões que atenderão atividades da Nova Indústria Brasil (NIB).

A declaração foi dada durante a cerimônia “Nova Indústria Brasil – Missão 3: Mobilidade Verde e Cidades Sustentáveis”, realizada no Palácio do Planalto.

Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e o das Cidades, Jader Filho, participaram do evento, além de representantes da indústria da construção civil e de entidades representativas do setor.

Especificamente para o setor de infraestrutura urbana, no enquadramento de qualificador verde, são R$ 12 bilhões no ano e R$ 36 bilhões programados para o triênio. Em moradia, no qualificador produtivo, são R$ 64 bilhões no ano e R$ 192 bilhões no triênio. “É só em recursos para as construtoras”, observou Vieira.

O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou mais cedo que, com a entrada da Caixa, subiu para R$ 405,7 bilhões o total de recursos disponíveis para linhas de crédito do Plano Mais Produção, que integra a NIB, política industrial do governo Lula 3.

Segundo o Planalto, a Caixa aportou R$ 63 bilhões para o programa, que já contava com crédito do BNDES, Finep, Banco do Nordeste (BNB), Banco da Amazônia (Basa) e Embrapii. O Broadcast mostrou em agosto que mais bancos públicos, como a Caixa, se preparavam para aportar recursos no Plano Mais Produção.

Haddad diz entender ‘inquietação do mercado’ e promete ajuste fiscal

 


O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

 

Da redação com agência Reutersi

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou entender a ‘inquietação do mercado’ por conta do risco fiscal e prometeu um ajuste fiscal no arcabouço.

Haddad deu entrevista a jornalistas nesta quarta-feira, 30, na saída do Ministério da Fazenda, mas não revelou quais medidas fará cortar gastos.

“Até entendo a inquietação, mas é que tem gente especulando em torno de coisas. De repente, assim o jeito que eu falo, o jeito que eu.. Têm coisas absurdas assim que as pessoas falam no jornal, o Haddad dormiu, muito dormiu pouco. O meu trabalho é esse, tentar entregar a melhor redação possível para que haja a compreensão do Congresso da situação do mundo, e do Brasil”, disse.

O ministro ainda sinalizou que as medidas de ajuste fiscal podem ser apresentadas nas próximas semanas por meio de Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

Haddad também pontuou que houve convergência com a Casa Civil em torno da elaboração de medidas para controle de despesas públicas, ressaltando que o plano passa por análise jurídica.

Ele afirmou que deve ser necessário aprovar uma emenda constitucional para efetivar medidas em análise.

Despesas tem que caber no arcabouço, diz Haddad

Haddad ainda declarou que as partes não devem se comprometer por conta da sustentabilidade da regra vigente, o arcabouço fiscal.

“É o que eu tenho dito há muito tempo já. A dinâmica das despesas obrigatórias têm caber dentro do arcabouço. Então, a ideia é fazer com que as partes não comprometam o todo que o arcabouço tem a sustentabilidade de médio e longo prazo”, disse.

“É hoje a dúvida que preside as incertezas no mercado. ‘O que que vai acontecer se as despesas obrigatórias continuarem crescendo nesse ritmo?’ É uma é uma fórmula que permite que esse encaixe aconteça”, completou Haddad.

‘O Brasil vai continuar crescendo’

O ministro disse que o Brasil tem tarefas a cumprir e que fará as reformas que forem necessárias para assegurar a estabilidade macroeconômica e o crescimento da economia a taxas expressivas e com justiça social. “O Brasil vai continuar crescendo. O Brasil não tem razão para não crescer. Temos tarefas a performar, a cumprir, como todo país tem”, afirmou em discurso, durante evento da Nova Indústria Brasil, em, Brasília.

“Mas nós estamos atentos aos desafios que estão colocados e temos segurança em dizer que nós vamos endereçar as reformas necessárias para manter a estabilidade macroeconômica do país e o Brasil continuar crescendo a taxas expressivas com justiça social”, garantiu.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Superinteligência artificial existirá até 2035, diz presidente do Softbank

 


Fundador e presidente-executivo do SoftBank Group, Masayoshi Son

 

O presidente-executivo do SoftBank Group, Masayoshi Son, reiterou nesta terça-feira, 29, sua crença na chegada da superinteligência artificial (ASI), afirmando que isso exigirá centenas de bilhões de dólares de investimento para se concretizar.

A superinteligência artificial será 10 mil vezes mais inteligente do que um cérebro humano e existirá até 2035, disse Son a uma plateia de líderes globais de negócios, tecnologia e finanças  durante uma conferência em Riad, na Arábia Saudita.

Son disse que está economizando recursos “para que eu possa dar o próximo grande passo”, mas não forneceu nenhum detalhe sobre seus planos de investimento.

O executivo previu que a IA generativa exigirá 900 trilhões de dólares em investimento acumulado em data centers e chips no futuro e acrescentou que acha que a fabricante de chips Nvidia está subvalorizada com base nisso.

Son há muito tempo vem divulgando a promessa de novas tecnologias e fez seu nome e fortuna com apostas bem-sucedidas na proliferação da Internet móvel e do comércio eletrônico.

Entretanto, seu histórico como investidor é irregular. O lançamento dos gigantescos fundos de investimento Vision Fund em 2017 revolucionou o mundo do capital de risco, mas o valor de muitas das startups de alto crescimento apoiadas por eles despencou.

Os fundos Vision do Softbank tiveram uma queda de 2,4 bilhões de dólares no valor até o final de junho de 2024.

Desancoragem de expectativas ‘preocupa muito’ e BC atua para corrigir, diz Campos Neto Presidente do Banco Central

 


Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 29, que a desancoragem das expectativas de mercado para a inflação à frente preocupa muito a autoridade monetária, que iniciou processo para corrigir esse movimento.

Falando na UK Brazil Conference, promovida pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em Londres, Campos Neto ainda afirmou que o Brasil é o único país do mundo no momento que tem precificação de mercado mostrando alta na taxa de juros.

“Aqui a gente vê as expectativas de inflação bastante desancoradas, tanto na parte das pesquisas de inflação quanto na parte do mercado, isso preocupa muito o Banco Central porque o modelo de metas é baseado em expectativas”, disse.

“A gente tem uma economia que está acelerando, uma mão de obra muito apertada, uma expectativa de inflação que tem desancorado, então o Banco Central iniciou um processo de ajuste para corrigir esse movimento.”

Na apresentação, Campos Neto afirmou que a inflação de serviços está muito alta no Brasil e no resto do mundo, apontando que ela precisa cair para que o processo de desinflação se concretize.

Para ele, “não tem como a inflação de bens ficar baixa o suficiente” para fazer com que o processo de convergência ocorra sem ter uma melhora da inflação de serviços.

Ele reafirmou que a inflação no Brasil vinha registrando uma trajetória de convergência para a meta, mas esse movimento parou recentemente.

O BC iniciou em setembro um ciclo de alta nos juros básicos, elevando a Selic em 0,25 ponto percentual, a 10,75% ao ano, em meio a uma atividade resiliente, mercado de trabalho apertado e descrença do mercado de que a inflação voltará à meta de 3%.

O mais recente boletim Focus do BC mostra que o mercado espera uma inflação de 4,55% neste ano, acima do teto de 4,5% da meta, prevendo uma redução do IPCA para 4,0% em 2025, ainda distante do centro do alvo.

BTG vai inaugurar em 1º de dezembro terminal próprio no aeroporto de Guarulhos

 

O BTG Pactual vai inaugurar em 1º de dezembro seu terminal próprio no aeroporto de Guarulhos, o primeiro do tipo na América Latina, mas que já existem em grandes aeroportos do mundo, como Londres, Los Angeles e Zurique. O banco investiu R$ 80 milhões na infraestrutura do projeto e ainda tem um acordo para usar seu nome no local.

Neste primeiro momento, o terminal vai estar aberto só para embarque internacional e o BTG fechou inicialmente parceria com 12 companhias aéreas, que incluem nomes como Air France, Emirates, United e Lufthansa. A partir do começo de 2025 o terminal vai operar também desembarques do exterior, saídas e chegadas domésticas, além de conexões.

As reservas para usar o terminal podem ser feitas a partir desta quarta-feira, 30, para os clientes do banco e custam US$ 590 por pessoa (R$ 3,4 mil pelo câmbio de hoje) – que terão desconto de 20%. Para não clientes, a partir do dia 4 de novembro. O terminal fica ao lado do terminal 3 em Guarulhos. As reservas terão que ser feitas com até 72 horas de antecedência do voo.

O banco também vai oferecer um pacote que inclui saídas de helicóptero da Faria Lima, o centro financeiro de São Paulo, a cada hora mais o direito de usar o terminal, por US$ 950 (R$ 5,4 mil) por pessoa. Para isso, fechou parceria com a operadora Revo.

O terminal, com 2.400 metros quadros, foi desenhado para atender no máximo 14 pessoas por hora, conta o CEO da operação, Fabio Camargo, que foi presidente da companhia aérea Delta no Brasil e entrou no projeto do BTG este ano.

Não tem filas

O espaço promete nunca ter filas, que são bem comuns em aeroportos. Terá tudo no local, como check-in, despacho da bagagem, controle de passaportes pela Polícia Federal, inspeção da Receita Federal, passagem pelo raio-x, embarque e desembarque, feitos em carros de luxo da Volvo, que fechou parceria com o banco.

“Todos os serviços aeroportuários têm também no terminal”, disse Camargo. Segundo ele, os preços praticados em Guarulhos estão entre os mais baratos do mundo para terminais do tipo.

Em um primeiro momento, vai operar das 17h à meia-noite, só para embarques internacionais. Em seguida, começando no início de em 2025, terá outros serviços e operação 24 horas.

Da porta para dentro do avião, já havia uma série de experiências diferenciais para os passageiros, como as classes executiva e primeira, ressalta Camargo. A ideia do projeto é oferecer uma proposta diferente antes do embarque. “Terminais VIPs cresceram ao redor do mundo nos últimos 5 anos”, disse Camargo durante apresentação do terminal a jornalistas nesta terça-feira em São Paulo.

Em Los Angeles, há um com foco em artistas e celebridades que frequentam a cidade. Em Guarulhos, Carmago acredita que 60,70% são de executivos e empresários; 20/30% de turismo de luxo e o restante de celebridades e famosos.

O passageiro que for de carro entra com o veículo dentro do terminal, ou seja, não precisa parar nos estacionamentos do aeroporto e tem segurança própria. É recebido por um concierge e drinque de boas-vindas.

40 anos

A GRU Airport, que opera o aeroporto de Guarulhos fez um processo seletivo em 2022 para a construção do terminal. A canadense AEPM venceu a disputa, mas em março de 2023 vendeu o controle da operação para um fundo do BTG, que em seguida comprou 100% do negócio.

A Aero Empreendimentos, que pertence ao fundo do banco, terá direito de usar o terminal por 40 anos. Já o BTG fez contrato com a GRU Airport para usar seu nome no terminal, que vai ser sinalizado com o nome do banco em placas nas vias de acesso a Guarulhos, como na via Dutra.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Teixeira: Congresso pode permitir revolução dos bioinsumos no País

 Portal Vermelho participa de entrevista com ministro Paulo Teixeira -  Vermelho


São Paulo, 28 – O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou a importância da transição para uma agricultura de base biológica no Brasil durante participação no Fórum Brasil de Investimentos (BIF, na sigla em inglês), Segundo o ministro, apesar do avanço do setor em direção a práticas mais sustentáveis, ainda há barreiras para a adoção dos bioinsumos. “Há no Congresso Nacional uma tentativa de engessar essa mudança, dando aos bioinsumos o mesmo status dos agrotóxicos”, afirmou.

Teixeira apelou para que o Congresso Nacional apoie a expansão do uso de bioinsumos no País. “É importante que o Congresso legisle no sentido de permitir essa revolução dos bioinsumos no Brasil, para que possamos garantir uma alimentação mais saudável para a população”, declarou.

O ministro também mencionou o papel da agricultura familiar no desenvolvimento sustentável, observando que as oportunidades de integração produtiva são fundamentais para a recuperação de áreas degradadas e o fortalecimento da pecuária sustentável. “Empresas nos procuram para trabalhar em assentamentos, em parcerias para que esses locais ajudem na recuperação de áreas e promovam a criação de gado de forma sustentável”, comentou. Ele também destacou a crescente demanda por florestas produtivas, uma iniciativa que produtores de cacau, açaí e café já estão explorando para fortalecer seus negócios e atender ao mercado de bioativos.

Ele reforçou a necessidade de inclusão tecnológica para o agricultor familiar “O agricultor quer ter acesso a tecnologias: internet, drones, estufas, sistemas modernos de irrigação e novas sementes”, explicou o ministro, ressaltando o “desafio brasileiro de integrar o que há de mais avançado com aqueles que ainda lutam pela sobrevivência”.

Mercadante: recurso aprovado para setores-chaves supera o acumulado nos 4 anos anteriores

 Aloizio Mercadante – Wikipédia, a enciclopédia livre


O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira, 28, que, em menos de dois anos de sua gestão, o total de recursos aprovados para setores-chave da economia brasileira superou o volume acumulado nos quatro anos do governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Na indústria, na agricultura e na infraestrutura, nós aprovamos mais crédito nesses últimos dois anos do que nos quatro anos anteriores”, declarou Mercadante, no 7º Fórum Brasil de Investimentos (BIF, na sigla em inglês) que a ApexBrasil realiza na capital paulista.

Ele disse que estão previstos “anúncios importantes” de investimentos até o fim do mês. “O Brasil deve crescer 3,1% este ano, segundo as projeções. Quem está liderando esse crescimento é a indústria, e o investimento voltou”, afirmou. “O consumo ocupa a capacidade produtiva das empresas, e o que vem depois é investimento.”

Mercadante lembrou que o mercado de trabalho está aquecido, produzindo a maior massa de salários da história do País.

“Quero parabenizar o Ministério da Fazenda pelo esforço. De vez em quando a gente tem arranca-rabo, mas isso faz parte”, brincou Mercadante.

O presidente do BNDES voltou a mencionar a necessidade de um corte de gastos de governo para endereçar expectativas e “resolver a taxa de juros”. “Acho que temos todas as condições de atingir grau de investimento, o governo tem que cortar gastos e reverter as expectativas”, discursou.