sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

‘Ainda Estou Aqui’ chega a 762 salas de cinema nos EUA; veja números do filme

 

As indicações em três categorias do Oscar são apenas uma das várias conquistas internacionais alcançadas pelo filme “Ainda Estou Aqui”. A obra dirigida por Walter Salles foi exibida em 762 salas de cinema nos Estados Unidos no final de semana dos dias 21 e 23, depois de alcançar 704 salas na semana anterior. Segundo a produção, já é a o maior circuito da história de um filme brasileiro no país.

A plataforma Box Office Mojo estima a arrecadação do filme em US$ $27,4 milhões internacionalmente. Caso esteja correto, o valor já se aproxima dos US$ 30,6 milhões registrados por Cidade de Deus, o filme brasileiro com maior bilheteria na história segundo o Guiness World Records.

No Brasil, o filme também é um fenômeno. Quase quatro meses após o seu lançamento, “Ainda Estou Aqui” segue em exibição em 261 das mais de 3 mil salas do país, segundo dados da Ancine (Agência Nacional do Cinema). Sua bilheteria no país já é a 5ª maior arrecadação financeira e o 7º maior público, com mais de 5 milhões de ingressos vendidos e R$ 104,7 milhões acumulados.

O caminho rumo às conquistas

A concepção do filme teve início em 2015, quando Walter Salles leu o livro homônimo que inspirou o longa-metragem. Lançada em 2014 pelo autor Marcelo Rubens Paiva, a obra literária narra as provações enfrentadas pela mãe do escritor, Eunice Paiva, após o assassinato do pai de Marcelo, o ex-deputado federal Rubens Paiva, por agentes da Ditadura Militar em 1971.

Amigo de Marcelo e de sua família, Salles dedicou-se a fazer uma recomposição o mais fiel possível dos ambientes da época. Uma casa no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, foi caracterizada para ficar parecida com a antiga residência dos Paiva. O imóvel encontra-se à venda atualmente por R$ 14 milhões.

Para as filmagens externas, foram utilizados carros da década de 1970. A produção informou a locação de 25 veículos protagonistas e 374 veículos “figurantes” ao longo de 399 diárias nos bairros da Urca, Gamboa, Glória, Centro, Ilha do Governador (Aeroporto), Cosme Velho, São Cristóvão, Engenho de Dentro, Jardim Botânico e Leblon. Houve ainda filmagens em Londres, na Inglaterra, e em São Paulo (SP).

Em uma praia do Rio de Janeiro, pessoas vestem roupas de banho antigas. Na rua atrás da faixa de areia, vemos carros antigos eum enorme veículo do exército em destaque
Cenas exteriores mostram ambientação de época para o filme (Crédito:Reprodução/YouTube)

Os fugurinos foram comprados sobretudo de brechós no Rio e em São Paulo. “Mas quando aparecia uma demanda específica de reprodução (por exemplo, o uniforme das crianças ) as peças eram confeccionadas”, explica a figurinista Claudia Kopke.

As filmagens demoraram quatro meses e meio, com encerramento em 8 de dezembro de 2023. O filme seguiu então para cinco meses de pós-produção na França, e retornou ao Brasil para finalização dos efeitos.

Quanto custou ‘Ainda Estou Aqui’?

O orçamento do filme permanece sob sigilo devido a questões contratuais com seus patrocionadores — seu financiamento ocorreu sem nenhuma verba pública. Alguns veículos de imprensa noticiaram que o custo de produção seria de US$ 1,5 milhão, cerca de R$ 8 milhões. O produtor Rodrigo Teixeira no entanto desmentiu essa informação.

“O filme não custou 1,5 milhão de dólares. Não é verdade. Não custou Duna não custou Wicked obviamente”, disse Teixeira. “Duna 2” e “Wicked” contaram com as produções mais caras desta temporada do Oscar, com orçamentos de R$ 190 milhões e R$ 150 milhões, segundo a revista Variety.

Fontes do setor cinematográfico ouvidas pela IstoÉ Dinheiro estimam que a produção de “Ainda Estou Aqui” custou entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões.

O filme tampouco informa custos de marketing que, segundo a produtora Maria Carlota Fernandes Bruno, ficou a cargo das distribuidoras locais. Tampouco houve um orçamento para a chamada “campanha do Oscar” que, segundo a produtora, consiste apenas em fazer com que o filme seja visto.

“Acho que isso abre um precedente para que a nossa cinematografia seja difundida cada vez mais para o público internacional e que oxigene cada vez mais nosso cinema”, disse Fernandes Bruno.

Os números principais

  • US$ $27,4 milhões em bilheteria internacionalmente
  • R$ 104,7 milhões em bilheteria no Brasil
  • 5 milhões de ingressos vendidos no Brasil
  • 762 salas de cinema nos Estados Unidos em um único final de semana
  • Orçamento estimado entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões
  • 4 meses e meio de filmagens
  • 5 meses de pós-produção

Índia e UE aceitam concluir termos para acordo de livre comércio até final deste ano

 Área de Livre Comércio: o que é, exemplos e características

A Índia e a União Europeia concordaram em finalizar os termos para um acordo de livre comércio, há muito pendente, este ano e impulsionar a cooperação em comércio, tecnologia, conectividade e defesa, após reunião entre o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta sexta-feira, 28.

Segundo Modi disse, muitas decisões foram tomadas para “elevar e acelerar a parceria Índia-UE” na reunião. “A parceria estratégica Índia-UE é natural. Seu núcleo é a confiança e a crença compartilhada em valores democráticos”, disse.

Para Von der Leyen, o acordo pode ser “o maior desse tipo em qualquer lugar do mundo”.

A reunião entre os representantes acontece em um momento em que a União Europeia (UE) intensifica os esforços para fechar um acordo com Nova Délhi, diante de potenciais tarifas dos Estados Unidos.

A Índia e a UE relançaram as negociações sobre o acordo bilateral em 2021, mas questões como acesso ao mercado para produtos como carros e bebidas alcoólicas têm sido pontos de discórdia.

A próxima rodada de negociações está marcada para março. As duas partes cooperam estreitamente em questões como política externa, segurança e tecnologia, e o lado europeu é o maior parceiro comercial da Índia, à frente dos EUA e da China. 

Fonte: Associated Press.

Em acordo, Eletrobras abre espaço para União no conselho e reduz risco com nuclear

 

Após pouco mais de um ano de negociações, a Eletrobras e União chegaram a um acordo para encerrar a disputa no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o limite de poder de voto na companhia, mitigando riscos relevantes que pesavam sobre as ações da elétrica.

Pelo acordo fechado, o governo passará a ter representatividade em conselhos da Eletrobras, enquanto a companhia deixará de ter obrigação de aportar recursos bilionários para a construção da usina nuclear de Angra 3 caso o projeto siga adiante.

A negociação fechada, que ainda precisa ser validada em assembleia de acionistas e homologada pelo STF, reduz riscos para investidores, já que põe fim a um processo judicial que poderia se estender indefinidamente. Além disso, delimita a exposição nos negócios nucleares, embora a empresa ainda seja sócia minoritária via Eletronuclear após a privatização.

As ações da Eletrobras avançavam mais de 5%, por volta das 13h20, após o anúncio do acordo.

Os termos preveem que a União poderá indicar três dos 10 integrantes do conselho de administração — hoje não há vaga cativa para o governo — e um dos cinco representantes do conselho fiscal da Eletrobras.

Com a privatização da companhia elétrica, concluída em 2022 sob o governo Jair Bolsonaro, a União passou a deter 43% do capital da Eletrobras, mas teve seu direito de voto restrito a 10%, como qualquer acionista ou grupo de acionistas.

Isso gerou insatisfação no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quando assumiu em 2023 passou a questionar a perda de influência sobre a companhia, classificando a privatização como um “crime de lesa pátria”, o que levou à ação da AGU no STF.

Agora, para conseguir as cadeiras nos conselhos, o governo vai se comprometer a não questionar mais a cláusula do estatuto da companhia que impõe o limite de voto.

As mudanças poderão ser efetivadas na assembleia ordinária da Eletrobras prevista para abril. Se as aprovações prévias ao acordo não saírem até lá, o conselho de administração da empresa poderá incluir na chapa para eleição três candidatos indicados pela União ao colegiado e um para o conselho fiscal.

“Há anos que recebemos feedback de que Eletrobras é um nome difícil de investir. Isso é algo que ouvimos de investidores estrangeiros, bem como de muitos fundos nacionais de longo prazo. O acordo de hoje mitiga dois importantes riscos finais para equity (governança e Angra 3)”, escreveu a equipe do BTG Pactual, em relatório a clientes.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o acordo com a Eletrobras contribui para a estabilidade econômica do país.

“A conciliação aponta para a tradição brasileira de respeito a contratos e resolução de conflitos na esfera judicial, como prevê a Constituição, demonstrando mais uma vez o respeito que temos às leis do país”, destacou ele, enfatizando que o ideal seria que a Eletrobras não tivesse sendo vendida naquelas condições.

Segundo ele, a solução “impulsiona investimentos fundamentais para impulsionar emprego e renda, além de garantir uma maior participação da União nas decisões estratégicas da Eletrobras”.

Negócios nucleares da Eletrobras

Para a Eletrobras, um dos maiores ganhos foi eliminar riscos e incertezas associados a futuros aportes bilionários na usina nuclear Angra 3 — um projeto controverso que, segundo os últimos estudos, poderia demandar mais de R$30 bilhões para sua conclusão.

Pelo acordo, a Eletrobras se desobriga de investir em Angra 3, mas mantém as garantias de R$6,1 bilhões atualmente prestadas nos financiamentos já concedidos pelo BNDES e Caixa ao projeto nuclear.

Segundo uma fonte que acompanhou as negociações, a estrutura fechada com o governo é positiva para ambas as partes, pois delimita a exposição da Eletrobras no novo projeto nuclear brasileiro, ao mesmo tempo em que ajuda o governo a financiar a extensão da vida útil de Angra 1.

Operada pela Eletronuclear, da qual a Eletrobras é minoritária, a primeira usina nuclear brasileira ganhou aval no fim do ano passado para operar por mais 20 anos e vem realizando investimentos em modernização. Os recursos bilionários envolvidos no projeto exigiria aportes do Tesouro para a estatal do setor.

A Eletrobras se comprometeu a apoiar a extensão de vida útil de Angra 1 com a emissão de R$2,4 bilhões em debêntures conversíveis, com prazo de 10 anos e custo equivalente à NTN-B, que serão adquiridas pela Eletrobras, de acordo com o andamento do projeto.

Dos R$2,4 bilhões, R$1,9 bilhão têm conversão obrigatória em “equity”, com algumas condições, como a Eletronuclear enquadrar seus custos de “PMSO” nos limites regulatórios em Angra 1 e 2, em medida para incentivar uma melhoria de eficiência e saúde financeira da estatal que opera as usinas do setor.

Também será solicitado que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estruture “nova e ampla modelagem” para o projeto da nova nuclear, que enfrenta resistências no governo para avançar.

A avaliação, segundo a fonte, é de que os estudos recentes do banco precisam de aprofundamento e melhor discussão, sem serem realizados num contexto de disputa judicial entre Eletrobras e governo e de pressão por aprovação no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no qual ministros têm apresentado posições divergentes sobre a obra.

Um novo processo de conciliação no STF será instaurado exclusivamente para tratar de Angra 3, no qual Eletrobras e governo discutirão o novo estudo do BNDES, que deverá considerar “equilíbrio econômico-financeiro”, “financiamento em condições de mercado” e “modicidade tarifária”, afirmou a Eletrobras, em comunicado.

No futuro, a Eletrobras poderá desinvestir de sua participação minoritária na Eletronuclear. Pelo acordo, a União deverá envidar esforços para apoiar a Eletrobras nesse processo, com atração de um novo acionista.

Fleury tem lucro líquido de R$ 84 Mi no 4º trimestre de 2024, alta de 3,3% em um ano

 Grupo Fleury

O Fleury registrou lucro líquido de R$ 84 milhões no quarto trimestre de 2024, alta de 3,3% em comparação com os R$ 81,3 milhões registrados no mesmo período de 2023. Já em 2024, o lucro líquido da companhia somou R$ 616,2 milhões, um crescimento de 32% ante 2023. Os dados capturam resultados do Instituto Hermes Pardini a partir de maio de 2023, já que a rede foi adquirida pelo Fleury no fim de abril do mesmo ano.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) registrou alta de 7,9% no quarto trimestre em relação ao mesmo intervalo de 2023, chegando a R$ 405,5 milhões. No ano de 2024, por sua vez, o Ebitda totalizou R$ 1,9 bilhão, um avanço de 19,6% sobre 2023.

Já a margem Ebitda ficou 22% no trimestre, uma queda de 0,1 ponto porcentual (p.p.) na comparação com o quarto trimestre de 2023. No ano de 2024, porém, a margem Ebitda encerrou em 25,8%, alta de 0,2 p.p. frente a 2023.

Entre outubro e dezembro, o Fleury registrou uma receita líquida de R$ 1,8 bilhão, alta anual de 7,9%. Já no ano passado, a receita líquida atingiu R$ 7,7 bilhões, saltando 18,8% frente ao ano anterior.

A companhia destacou que os resultados do trimestre e do ano passado seguiram refletindo os frutos positivos da integração com o Grupo Pardini e da estratégia da companhia. “Foi um ano muito importante após a combinação de negócios com o Pardini em 2023 e o resultado veio como esperávamos, com crescimento na receita, Ebitda e margem semelhante. Seguimos também bastante disciplinados em termos de custos e despesas”, afirmou a CEO do Grupo Fleury, Jeane Tsutsui, em entrevista ao Broadcast.

O crescimento veio de todas as marcas da companhia, sendo que as marcas de São Paulo cresceram 13% no ano, enquanto as marcas de Minas Gerais registraram altas de 10,4% no ano. Já a Marca Fleury cresceu 4,6% em 2024 e o atendimento móvel seguiu com robusta expansão, atingindo crescimento de 20,4% no ano de 2024 e correspondeu a 7,6% da receita total do grupo.

O resultado financeiro de Fleury representou uma despesa de R$ 103,6 milhões no quarto trimestre, um aumento de 11,8% em relação a despesa de R$ 92,7 milhões registrada no mesmo período de 2023.

Dívida líquida e geração de caixa

Já a dívida líquida da companhia atingiu R$ 2 bilhões ao fim de dezembro, uma alta de 7% frente a dívida visto no fim de setembro. Por outro lado, a alavancagem (dívida líquida/Ebitda ajustado) foi mantida em 1,0 vez ao final do trimestre.

Também em entrevista, o CFO do Fleury, José Antonio Filippo, destacou que, ao longo do ano, foram feitas operações de gestão de dívida que resultaram em redução do custo em 46 pontos base (CDI + 0,95% ante CDI + 1,41%) e alongamento do prazo médio da dívida em 0,7 ano (4,2 anos ante 3,5 anos). Isso também reduziria o impacto da inflação e juros mais elevados atualmente.

“O custo da nossa dívida tem conexão com a inflação, mas está bem gerenciada, o nível de alavancagem é baixo, o impacto dos juros acaba sendo compatível”, disse.

Outro destaque positivo da empresa, na avaliação da diretoria, foi a sua geração de caixa, que totalizou R$ 563,6 milhões no quarto trimestre, um avanço de 33% frente ao mesmo período do ano anterior.

“Tivemos uma forte geração de caixa e fizemos tudo que o planejávamos em termos de integração, capturamos as sinergias esperadas das aquisições feitas no fim do ano. Temos uma estrutura de capital robusta, que nos permite fazer aquisições desde que seja em preço adequado, estamos entregando uma rentabilidade adequada”, disse ainda a CEO.

Governo faz ‘arroz com feijão’ no fiscal e deveria contingenciar gastos, diz Felipe Salto

 

Segundo o economista-chefe da Warren, Felipe Salto, o governo tem feito um ‘uma espécie de arroz com feijão’ em termos de política econômica e deve focar em contingenciar gastos não obrigatórios ainda neste início de ano, após o Orçamento 2025 ser aprovado pelo Congresso. O parlamento deve votar o texto no dia 11 de março.

Salto, que já foi Secretário da Fazenda de São Paulo e diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI), avalia que o governo ‘não tem adotado a melhor política fiscal’ e que o ajuste nas contas públicas ainda precisaria melhorar muito para se cogitar um superávit primário e um reequilíbrio da dívida pública.

“O que dá para fazer nessa segunda etapa do jogo [segundo biênio do governo], que costuma ser mais curta porque as eleições do ano que vem já começam a aparecer nas discussões dificultar negociações no Congresso, é contingenciar as despesas discricionárias – que são as não obrigatórias – neste início de ano, assim que aprovar o orçamento, e evitar as bolas divididas”, afirmou à IstoÉ Dinheiro.

O especialista em política fiscal diz ainda que o governo deve se manter austero e não ceder às pressões de expansão de gastos.

“Evitar inclusive que novas bombas fiscais que venham do Congresso ou pressões por gastos que venham do próprio governo ganhem espaço. Essa é a principal tarefa do Ministério da Fazenda.”

As declarações estão em linha com a avaliação de boa parte do mercado de que postura do governo ante os eventos acerca do orçamento de 2026 deve exercer um peso relevante no preço dos ativos e na leitura da macroeconomia.

 

 


 

Datas-chave para o orçamento

O Orçamento de 2025 será votado após o Carnaval, já que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional agendou a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o dia 11 de março de 2025.

O relator da matéria, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), justificou que o adiamento da votação se deve à necessidade de ajustar o texto às mudanças impostas pelo pacote de ajuste fiscal aprovado recentemente.

O Poder Executivo deve encaminhar o PLDO ao Congresso Nacional até 15 de abril de 2025. Este documento estabelece as metas e prioridades para o orçamento do ano seguinte.

Até o dia 17 de julho, o Congresso Nacional precisa aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) referente ao ano de 2026 – texto que dispõe sobre as metas fiscais e prioridades da administração pública.

Até o fim de agosto, o Executivo deve enviar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 – texto que detalha as receitas e despesas previstas para o ano de 2026.

Em relação ao contingenciamento de gastos para 2026, o governo federal já indicou a necessidade de medidas para equilibrar as contas públicas.

Ainda em meados de dezembro de 2024 o Tesouro Nacional divulgou um relatório apontando que, caso o Governo não adote novas medidas de arrecadação, as metas fiscais estabelecidas para o ano de 2026 poderiam não ser cumpridas.

Ampliação de isenção de IR preocupa, diz Felipe Salto

O economista ainda demonstrou preocupação com a medida do governo de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas para quem ganha até R$ 5 mil mensais.

Pelos seus cálculos, a medida implicará em uma renúncia fiscal de R$ 45,8 bilhões, ao menos – e o especialista ainda frisa que essa ‘é uma projeção otimista’.

Nesse sentido, Felipe Salto alerta que as contrapartidas sinalizadas pelo Planalto não são certas e ainda não geram segurança suficiente para conter o impacto fiscal da medida que versa sobre o IRPF.28

Rio Bravo cancela oferta do SHPH11; investidores receberão R$ 20 por cota

 

A gestora Rio Bravo cancelou a oferta pública para aquisição de novas ações do Shopping Pátio Higienópolis, o SHPH11. A decisão foi comunicada no fim da noite de quinta-feira, 27.

Apesar dessa decisão, os cotistas do SHPH11 não tomarão prejuízo. Os investidores receberá R$ 20 por cota, equivalente a um ganho de 2,1%. O valor será pago integralmente aos investidores e está sujeito à conclusão da operação de venda do empreendimento.

A Rio Bravo diz que a decisão de cancelar a oferta foi uma ‘resposta ágil’ diante de um cenário muito estressado para os fundos imobiliários.

“A oferta estava sendo realizada pra que o fundo comprasse mais uma parcela do shopping e aumentasse sua posição, o que seria muito importante para o longo prazo e governança do empreendimento” comenta Anita Scal, sócia e diretora de investimentos imobiliários da Rio Bravo.

“O Shopping Pátio Higienópolis é um ativo icônico e de excelência, que sempre foi muito bem avaliado. Para ter ideia, a TIR (retorno do investimento) do cotista que entrou na inauguração do fundo é de mais de 20% aa. Todos os anos em 25 anos, é um resultado excelente.” afirma.

Apesar disso, Scal analisa que a ‘janela do mercado fechou completamente para esse tipo de estratégia’ e trouxe volatilidade pras cotas do fundo.

O prêmio de R$ 20 por cota do SHPH11 será pago caso todas as condições precedentes sejam devidamente cumpridas.

A oferta, originalmente formalizada por meio de um memorando de entendimentos assinado em 23 de dezembro de 2024, previa a aquisição de até 14,77% adicionais no shopping. Se concretizada, elevaria a participação do fundo para 40,46%.

Para viabilizar essa aquisição, uma emissão de cotas havia sido aprovada em assembleia geral de cotistas em janeiro deste ano.

Cotação do SHPH11

Com o mercado digerindo a novidade, as cotas do SHPH11 sobem 1% nos primeiros minutos de pregão desta sexta-feira, 28. Desde o início do ano os papéis avançam 6,7%, cotados atualmente a R$ 960.

BRAZIL JOURNAL: O batismo de fogo do novo CEO do Carnaval do Rio

 

A eleição aconteceu no ano passado, fazendo de Gabriel, hoje com 27 anos, o mais jovem presidente (de longe) da Liga – e o arquiteto de uma revolução silenciosa, uma que equilibra a tradição centenária do Carnaval com a urgência da inovação.

O trabalho, inicialmente teórico, ganhou corpo quando o então presidente da Liesa, Jorge Castanheira, abriu as portas (e os dados) da entidade. “Os números mostravam uma gestão defasada. A crise já existia antes da pandemia,” Gabriel disse ao Brazil Journal.

Em 2021, assumiu a recém-criada diretoria de marketing da Liesa, um departamento de uma pessoa só: ele mesmo. Seu primeiro movimento foi unificar a identidade do evento sob a marca “Rio Carnaval”, desenvolvida pela agência Tátil, de Fred Gelli (o mesmo da Rio 2016). “Antes, cada grupo usava um nome. Era uma torre de Babel.”

O projeto, inspirado em seu TCC, transformou o Carnaval em um produto global, com logotipo reconhecido em dezenas de países. A mudança foi simbólica mas crucial: pela primeira vez, o Rio falava sobre seu Carnaval com uma só voz.

Leia a reportagem completa no Brazil Journal.