sexta-feira, 14 de março de 2025

Kering nomeia Demna como diretor artístico da Gucci

 

A Kering, empresa francesa do setor de luxo, nomeou o designer Demna Gvasalia, conhecido apenas por Demna, como diretor artístico da Gucci, sua maior marca.

Anteriormente, ele esteve na direção criativa da Balenciaga, marca de menor porte do mesmo grupo.

O crash da Natura: ações da empresa despencam quase 30% após balanço; entenda

 

As ações da Natura afundam 28% por volta das 11h20 do pregão desta sexta-feira, 14, figurando como a maior queda da bolsa de valores hoje. Apesar de uma melhora na última linha do balanço reportado pela empresa antes do pregão – com prejuízo reduzindo em 83% – a companhia frustrou o mercado com alguns números da demonstração financeira, em especial as margens.

Analistas do BTG Pactual citam ‘números poluídos’ dentro do resultado da Natura.

“A empresa reportou números poluídos no 4º trimestre devido à reconsolidação da Avon International (após a conclusão do procedimento de Chapter 11) – que ajustamos em nossa análise para fins de comparação. Excetuados os de Avon International, os números ficaram abaixo de nossas estimativas, principalmente devido a maiores despesas de Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas no período e uma margem bruta menor”, diz a casa.

Os analistas enxergaram com bons olhos as vendas da bandeira Natura no Brasil e na América Latina, mas, em contrapartida, a Avon na América Latina ainda está ‘lutando para reavivar as vendas’, enquanto as despesas gerais e as administrativas se mostraram maiores do que o esperado.

O BTG tem recomendação neutra para NTCO3, com preço-alvo de R$ 18 – ao passo que os papéis negociam a cerca de R$ 9,80 em bolsa atualmente.

A XP vê o balanço da Natura mostrando um trimestre ‘conturbado e complexo’, destacando que a lucratividade foi o grande ponto negativo.

“Após 7 trimestres de expansão de margem, a margem bruta caiu 20 pontos base devido a efeitos pontuais na Argentina (-0,5 p.p), enquanto a mistura de produtos (maior participação de presentes) e esforços comerciais táticos compensaram parcialmente uma melhor mistura de países e ganhos da Onda 2”, diz a casa.

“A margem EBITDA ajustada caiu 2p.p devido à reclassificação de investimentos em TI de Capex para Opex (-1,6p.p), o que deve continuar no primeiro semestre de 2025, e os royalties da Avon (-0,5p.p), enquanto a pressão sobre despesas gerais e administrativas resultou de investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento e iniciativas omnichannel”, completa.

A XP também tem preço-alvo de R$ 18 para as ações da Natura, todavia segue com recomendação de compra para os papéis.

O JP Morgan avalia que ‘os resultados da Natura não chegaram nem perto do que era esperado’ olhando do ponto de vista operacional.

Segundo o Brazil Journal, um tema chave é uma potencial solução para a Avon Internacional. A empresa declarou que busca uma alternativa para o ativo, incluindo uma venda ou um investimento minoritário, mas não há visibilidade sobre quando esse processo será balizado.

A gestão da empresa, durante a teleconferência de resultado com analistas, associou os problemas de rentabilidade ao impacto da operação na Argentina. O CFO Guilherme Castellan não chegou a quantificar o tamanho desse impacto, mas disse que excluindo a Argentina, a expansão de margem bruta não teria sido igual a dos trimestres anteriores, mas sim ‘bastante substancial’.

Natura foi praticamente ‘cortada pela metade’ nos últimos 12 meses

A empresa amarga uma desvalorização de 47% no acumulado dos últimos 12 meses na bolsa de valores. O preço das ações é o menor em cerca de 10 anos, considerando o ajuste em dividendos.

Com a queda desta sexta, 14, o valor de mercado da Natura passa a ficar abaixo dos R$ 15 bilhões pela primeira vez em uma década – perdendo R$ 5 bilhões de valuation em um só pregão.

quinta-feira, 13 de março de 2025

Ibovespa ignora NY e sobe quase 1%, aos 125 mil pontos, de olho em China

 Ibovespa: como ele impacta na sua vida? | Politize!

Após operar indefinido no início da sessão desta quinta-feira, 13, o Ibovespa ganhou tração e ignora a queda dos índices acionários em Nova York e do petróleo. O avanço ocorre ainda a despeito da elevação do viés para cima nos juros futuros. Apesar da queda de 0,2% no volume de serviços em janeiro ante dezembro, resultado negativo mais intenso do que a mediana de -0,1% das expectativas do mercado financeiro, o setor ainda demonstra que a atividade está aquecida quanto se olha o acumulado em 12 meses, por exemplo.

O investidor avalia o balanço da CSN no quarto trimestre, no momento em que começou cobrança das tarifas sobre aço e alumínio pelo governo dos Estados Unidos.

Em meio à cobrança de tarifas ao setor pelos Estados Unidos, Henrique Lenzi, operador de renda variável da Manchester Investimentos, destaca que há indícios de que a China pretende aumentar o consumo de produtos siderúrgicos, o que tende a beneficiar o Brasil. Além de CSN que avança 9,21%, CSN Mineração sobe 11,55%. Já Vale tinha alta de 1,60% e Usiminas PNA, 1,19%. Gerdau virava para o positivo, a 0,55%.

O Ibovespa tinha elevação de 0,99%, aos 125.088,24 pontos, na máxima, após ceder 0,22%, na mínima aos 123.589,56 pontos.

Destaque ainda às ações da Petrobras, com ganhos de 0,88% (PN) e 0,98% (ON), apesar do recuo do petróleo. O minério avançou 0,45% hoje em Dalian, na China.

Nos EUA, saiu nesta quinta-feira o PPI (inflação ao produtor) de fevereiro, que ficou estável, depois de ontem o CPI (inflação ao consumidor) ter mostrado um resultado aquém do esperado, a poucos dias da decisão sobre juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Os dados reforçam as apostas de que o Fed cortará o juro três vezes neste ano, começando em junho. Para a decisão da semana que vem, espera-se manutenção das taxas.

O fiscal também fica no foco após o governo brasileiro incluir novos gastos no orçamento deste ano com PAC, MST e órgãos controlados pelo Centrão a poucos dias da votação da peça orçamentária na semana que vem.

Ontem, conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o governo propôs alterações na Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano para acomodar a ampliação do programa de Auxílio-Gás. Entre elas, um corte de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família.

Tarifas nos EUA: mais tensão, volatilidade e mudanças nos investimentos

 


 

A tensão nas relações comerciais globais aumentou após as tarifas sobre aço e alumínio impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a partir de 12 de fevereiro de 2025. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em resposta às novas medidas, afirmou que manterá “todas as opções na mesa” enquanto busca um acordo econômico com os EUA que pode incluir tarifas. Starmer expressou descontentamento com as medidas, mas adotou uma postura pragmática durante um pronunciamento no parlamento.

Conforme o cenário se intensifica, a União Europeia também se prepara para retaliações. Segundo Starmer, a abordagem será cuidadosa, mas com compromisso para negociar um acordo mantido no horizonte (Fonte: InfoMoney).

Impacto no Investidor com tensões sobre as tarifas dos EUA

As declarações de Starmer e as ações de Trump podem indicar um aumento na volatilidade dos mercados. Investidores devem estar atentos às oscilações que podem afetar setores impactados pelas tarifas, como o de metais e manufaturas. Um cenário de incerteza no comércio pode levar a oportunidades de compra, mas também exige cautela.

O impacto pode ser analisado através de dois setores: aço e alumínio, que podem sofrer pressão negativa, e empresas de tecnologias que praticam práticas comerciais internacionalmente.


https://acionista.com.br/tarifas-nos-eua-mais-tensao-volatilidade-e-mudancas-nos-investimentos/

Concessões de crédito dessazonalizadas sobem 0,4% em janeiro ante dezembro, diz BC

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As concessões de crédito cresceram 0,4% em janeiro, na comparação com dezembro e na série com ajuste sazonal, informou o Banco Central nesta quinta-feira, 13. As concessões para pessoas físicas avançaram 1,6%, enquanto as concessões para empresas caíram 0,1%.

As concessões no crédito livre, sem recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou da poupança, subiram 0,6%, com alta de 1,6% para pessoas físicas e queda de 5,7% para empresas, na série com ajuste.

Concessões no crédito direcionado, com recursos do BNDES e da poupança, recuaram 1,7% em janeiro, na série com ajuste.

Elas cresceram 2,9% no segmento de pessoas físicas e, no segmento de empresas, diminuíram 2,3%.

Estoque total

De acordo com o BC, o saldo das operações de crédito do sistema financeiro ficou praticamente estável em janeiro ante dezembro, com alta de 0,05%. O estoque atingiu R$ 6,462 trilhões, uma alta de 11,7% no acumulado de 12 meses.

O saldo para pessoas físicas avançou 1,2% em janeiro e 12,7% em 12 meses. Para empresas, caiu 1,8% no mês, mas cresce 10,2% em 12 meses.

O estoque de crédito livre caiu 0,5% em janeiro. O do crédito direcionado, com recursos do BNDES e poupança, aumentou 0,9% na mesma comparação. Entre os recursos livres, o saldo para pessoas físicas avançou 1,4% e o estoque para as empresas caiu 3,2%.

O total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 54,7% em dezembro (dado revisado) para 54,4% em janeiro.

Habitação e veículos

O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,8% em janeiro, na comparação com dezembro, informou o Banco Central. O saldo atingiu R$ 1,177 trilhão, uma alta de 12,8% em 12 meses.

O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física cresceu 2,0% em janeiro, para R$ 350,3 bilhões. No acumulado de 12 meses, cresce 19,3%.

Setores

Segundo o BC, o saldo de crédito para as empresas do setor agropecuário caiu 2,7% em janeiro, na comparação com dezembro, para R$ 53,085 bilhões. Em 12 meses, teve alta de 5,3%.

O saldo para a indústria caiu 2,5% em janeiro, para R$ 909,193 bilhões, e sobe 8,6% em 12 meses.

O montante destinado ao setor de serviços diminuiu 0,7%, para R$ 1,515 trilhão. No acumulado de 12 meses, sobe 13,1%.

O saldo do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (“outros”) caiu 0,2%, para R$ 5,442 bilhões. Em 12 meses, cresce 28,8%.

BNDES

O saldo de financiamentos do BNDES para empresas aumentou 0,4% em janeiro, na comparação com dezembro, informou o Banco Central. O estoque atingiu R$ 436,410 bilhões, uma alta de 7,8% em 12 meses.

As linhas de financiamento agroindustrial do BNDES cresceram 0,7% em janeiro. O financiamento de investimentos aumentou 0,2%, e o crédito para capital de giro teve alta de 3,6% na mesma comparação.

Crédito ampliado ao setor não financeiro

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro diminuiu 0,8% em janeiro, na comparação com dezembro, para R$ 18,482 trilhões, informou o Banco Central. O montante equivale a 155,6% do PIB brasileiro.

O crédito ampliado inclui empréstimos no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e operações com títulos públicos e privados, entre outros. É uma métrica que permite uma visão ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando.

O saldo do crédito ampliado para empresas caiu 1,9% em janeiro, para 55,2% do PIB.

GPA tem CFO alvo de processo da CVM

 


Sem moeda comum, Brasil propõe blockchain para facilitar transações entre membros do BRICS

 

Veja impacto de bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul

 

O Brasil, ao assumir a presidência rotativa do BRICS em 2024, quer usar a tecnologia blockchain com o intuito de reduzir custos e aumentar a eficiência nas trocas comerciais internacionais entre os países parceiros. 

A proposta quer criar um sistema mais acessível e ágil para o comércio exterior, sem, no entanto, provocar uma ruptura com o sistema financeiro global.

Atualmente, o BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expande sua atuação com novos membros como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia. Assim, sem a unificação de moedas entre os países, transições entre os membros são dificultadas. 

A utilização do blockchain visa não só facilitar a integração entre esses países, mas também reduzir os custos elevados dos processos financeiros. 

BRICS e tendências globais 

A ideia de uma moeda comum foi discutida, mas não foi levada para frente. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda levantou a possibilidade de substituir o dólar em transações transfronteiriças, 

Embora alguns países do BRICS tenham mostrado interesse em alternativas ao dólar em suas trocas comerciais, a liderança brasileira afirma que o objetivo é melhorar a eficiência, sem prejudicar o sistema financeiro internacional.

Em declarações recentes, autoridades brasileiras esclareceram que a proposta não busca enfraquecer o dólar. 

No entanto, como destaca o governo brasileiro, a ideia não é confrontar diretamente os Estados Unidos, especialmente após as declarações de Donald Trump sobre tarifas contra países que busquem alternativas ao dólar. 

Desafios da implementação da tecnologia blockchain

Apesar das intenções claras, a proposta conta com desafios técnicos e políticos. O Banco Central brasileiro, por exemplo, ainda enfrenta dificuldades para implementar soluções tecnológicas seguras que atendam aos requisitos de proteção de dados e privacidade. 

O Drex, uma versão digital do real que utiliza a rede blockchain, é uma das alternativas em desenvolvimento. Porém, sua implementação ainda está em fase de testes e enfrenta vários problemas em questão a segurança dos usuários.

No entanto, o assunto deve ser discutido com o encontro dos chefes estados do BRICS em julho no Rio de Janeiro.