terça-feira, 1 de abril de 2025

Itaú vê tendência positiva para preço de criptos no médio e longo prazos

 

A tendência de preço para criptoativos como bitcoin é positiva no médio e longo prazos, afirmou nesta terça-feira o “head” da Itaú Digital Assets, Guto Antunes, em meio a uma série de mudanças significativas no setor, incluindo a adoção institucional.

“O cripto ainda é muito volátil, mas tende a ser menos ao longo do tempo, com as instituições entrando”, afirmou em encontro com jornalistas nesta terça-feira, referindo-se a atuação de grupos como BlacRock, maior gestora global de ativos, que tem distribuído ETFs ligados a ativos digitais.

“No curto prazo, existe um risco sim, muito mais em relação ao mercado como um todo. Mas no médio prazo vemos boas perspectivas por essa questão de adoção institucional e que já acaba gerando esse catalisador de novos clientes do varejo”, afirmou o executivo que comanda a unidade de negócio do Itaú Unibanco responsável pelo processo de transformação de ativos em representações digitais, os chamados tokens.

Nesta terça-feira, o bitcoin era transacionado a US$85.098,81, em alta de mais de 3%, mas contabilizava uma queda de 12% no acumulado do ano, após ter fechado 2024 com uma valorização de 120%. Em janeiro de 2025, a maior moeda digital do mundo renovou máxima histórica intradia, a US$109.071,86

Posicionamentos de governo mais favoráveis a moedas eletrônicas, entre eles os Estados Unidos, iniciativas de reserva nacional de bitcoin e regulações ficando mais claras também foram citadas por Antunes como mudanças significativas que apoiam perspectivas positivas quanto à evolução desse mercado em 2025.

O executivo citou que, no cenário de evolução global do mercado cripto, o Brasil tem se destacado como uma potência, em razão de aspectos como regulação evolutiva e crescente adoção dos ativos, além de infraestrutura e tecnologia mais avançada. “O Brasil já é reconhecido, sim, como líder dessa agenda de ativos digitais”, afirmou, evitando dar detalhes sobre a operação de criptomoedas do Itaú.

O Itaú Unibanco começou a oferecer bitcoin e ethereum para negociação na sua plataforma de investimentos íon no final de 2023, ampliando para toda a sua base de clientes dentro do aplicativo do banco cerca de um ano depois. Os ativos digitais estão custodiados no próprio banco.

Comissão Europeia multa montadoras em 458 mi de euros por investigação de reciclagem de carros

 

A Comissão Europeia multou 15 fabricantes de automóveis e a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) em um total de cerca de 458 milhões de euros por participarem de uma organização de longa duração de reciclagem de veículos em fim da vida útil, que são os carros que não estão mais aptos para uso. Apesar do envolvimento, a gigante alemã Mercedes-Benz não foi multada, pois revelou o cartel à Comissão sob o programa de leniência. Todas as outras montadoras admitiram ligação com o cartel e concordaram em resolver o caso.

A investigação da Comissão revelou que, por mais de 15 anos, as montadoras e a ACEA firmaram acordos anticompetitivos e se envolveram em práticas concertadas relacionadas à reciclagem desse tipo de veículo.

A vice-presidente executiva da Comissão Europeia, Teresa Ribera, responsável pela política de concorrência, disse que não serão tolerados cartéis de nenhum tipo, o que inclui “aqueles que suprimem a conscientização do cliente e a demanda por produtos mais ecológicos”.

Comissão do Senado aprova projeto que autoriza Brasil responder a tarifaço de Trump

 

Uma comissão do Senado aprovou nesta terça-feira, 1º de abril, um projeto que estabelece critérios para a reação do Brasil a barreiras e imposições comerciais de nações ou blocos econômicos contra o país, como o tarifaço que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem imposto a setores e produtos globalmente, e que também já atingiu o Brasil.

O texto, de autoria do senador oposicionista Zequinha Marinho (PL-PA), contou com apoio tanto de senadores da base como da oposição ao passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em regime terminativo — ou seja, se não houver recurso para apreciação em plenário, seguirá diretamente à Câmara dos Deputados.

A proposta estabelece medidas de resposta a decisões unilaterais de outros países que impactem negativamente a competitividade brasileira.

A relatora da proposta, a também senadora oposicionista Tereza Cristina (PP-MS), disse que a legislação não é apenas referente aos Estados Unidos, mas contempla todos os mercados com os quais o Brasil faz comércio exterior.

“Não é uma retaliação, é uma proteção quando os produtos brasileiros forem retaliados”, afirmou.

Com a proposta, o Brasil terá a possibilidade de adotar contramedidas na mesma base das determinações adotadas contra o país, segundo a senadora.

Ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro, a senadora disse que atualmente o Brasil tem um “problema sério” com a União Europeia no setor agropecuária que afeta diretamente os produtos brasileiros, e também lembrou que deve haver um pacote tarifário de Trump contra o país.

“Aí então o governo brasileiro tem ferramentas para contrapor quando essas medidas forem desarrazoadas ao nosso mercado“, destacou.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), defendeu que a proposta é um “excelente texto”. Randolfe disse que vai buscar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pedir tramitação em regime de urgência do texto na Casa e que vá ao plenário para apreciação dos deputados já na quarta-feira.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, elogiou a aprovação da proposta.

“Ter um arcabouço jurídico-legal é positivo”, disse em entrevista a jornalistas ao participar de feira do setor de defesa no Rio de Janeiro. “A iniciativa do Senado procura preservar o interesse do Brasil“.

segunda-feira, 31 de março de 2025

Empresas pretendem contratar mais executivos, mas esbarram na escassez de profissionais

 


Mais da metade das companhias brasileiras vê a falta de profissionais como o maior desafio para este ano 
 
 
A maior parte das empresas também vê a retenção como um desafio para a expansão dos seus times

 

Pesquisa que reúne as principais tendências, desafios, modificações e redesenhos do mercado executivo brasileiro, a Leadership Outlook 2025, do Evermonte Institute, traz um dado bastante revelador. De acordo com o estudo, 84% das companhias brasileiras planejam ampliar a contratação de executivos neste ano. A maioria (54%), no entanto, também aponta a escassez de profissionais como uma grande barreira a ser superada. Além de não encontrar executivos no mercado, a maior parte (52%) das empresas ouvidas pelo estudo também vê a retenção como um desafio para a expansão dos seus times. "O que podemos observar a partir dos resultados da pesquisa é um desalinhamento entre o crescimento projetado pelas companhias e a capacidade de execução", explica o diretor associado do Evermonte Institute, Paulo Walendorff.

Na prática, a lacuna entre a escassez de profissionais e a expansão das posições executivas mostra que existem mais oportunidades do que pessoas capacitadas para assumi-las – o que toca em outro ponto nevrálgico no contexto do mercado executivo: o desenvolvimento de talentos. Para 17% das empresas, esta é a maior lacuna das companhias brasileiras atrás da eficiência operacional. "Os dados mostram que, diante da crescente escassez de profissionais, é urgente reavaliar e aprimorar as práticas voltadas à atração, fidelização e desenvolvimento dos colaboradores, investindo continuamente na formação de novas lideranças", ressalta Walendorff.

Leadership Outlook 2025

 
O estudo do Evermonte Institute ouviu 320 profissionais em cargos de gerência sênior, diretoria, C-Level e conselho em todo o Brasil, sendo 28,4% da área de Finanças; 19,7% de Recursos Humanos; 17,8% de Operações; 16,2% de Vendas e Marketing; e 11,9% de Tecnologia. Foram analisadas três grades de companhias com base no faturamento anual: até R$ 500 milhões (38,6% das respondentes); de R$ 500 milhões a R$ 2 bi (32,4%) e acima de R$ 2 bi (29%). A maior parte das empresas ouvidas é de capital fechado (70,6%) e está nas regiões Sul (43,9%) e Sudeste (38,9%).

 

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Haddad: melhor resposta à crise do multilateralismo é ousar ainda mais no multilateralismo

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 31, que a melhor resposta à atual crise do multilateralismo é ousar ainda mais no multilateralismo, ao mencionar duas contribuições que estão sendo desenvolvidas no Ministério para a agenda internacional do clima: o Tropical Forest Forever Facility (TFFF) e um marco regulatório robusto para o financiamento sustentável.

“Ambos projetos estão unidos pelo mesmo princípio: a melhor resposta à crise do multilateralismo é ousarmos ainda mais no multilateralismo”, disse ele, durante a conferência organizada pela universidade Science Po sobre “governar na era climática”, em Paris.

Haddad afirmou que, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério da Fazenda está empenhado em responder a apelos por uma COP30 bem-sucedida, que resgate a centralidade do multilateralismo.

“Na esteira do Plano de Transformação Ecológica e da presidência brasileira do G20, vamos trabalhar para posicionar o Brasil como líder pelo exemplo e pela cooperação em prol de um multilateralismo reforçado. Com essa ambição, pretendemos contribuir para o Roadmap Baku-Belém em torno do objetivo de canalizar pelo menos US$ 1,3 trilhão para o financiamento climático dos países em desenvolvimento até 2035”, reiterou.

Haddad reforçou que, desde o início do governo, o objetivo da pasta tem sido enraizar a agenda do clima na administração do Estado. Segundo ele, até pouco tempo atrás, os ministérios da área econômica estavam alheios a esse debate.

Ele destacou que, já no primeiro ano, o Ministério da Fazenda lançou o Plano de Transformação Ecológica (PTE), projeto que, segundo ele, fortaleceu as credenciais brasileiras para participar de “maneira audaz” nos debates globais e defender uma nova Governança na Era do Clima chamada de “re-globalização sustentável” no G20.

O ministro citou ainda que, apesar do cenário adverso no Congresso, com uma minoria governista, a pasta conseguiu implementar políticas e ferramentas estruturantes, como a lei do Mercado de Carbono e da Taxonomia Sustentável. Foram introduzidos ainda novos mecanismos financeiros, além de ter sido lançada uma plataforma de investimentos para mobilizar recursos estrangeiros, disse.

 

O acordo selado entre Mercosul e União Europeia oferece pouca vantagem ao bloco sul-americano e seu valor é mais político, disse nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em evento do Instituto de Estudos Políticos de Paris, Haddad afirmou que o acordo selado entre os dois blocos — mas que ainda depende de ratificação dos países membros — pode ser uma alternativa a um mundo polarizado.

Ele ainda argumentou que os europeus deveriam considerar o acordo politicamente, não apenas economicamente.

Galípolo recebe presidente do BRB após anúncio de compra do Master

 


O BRB comunicou aprovação da aquisição de 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e 58% do capital do Banco Master

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo - Metrópoles


 
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, receberá o presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, no fim da tarde desta segunda-feira (31/3). A reunião ocorre após o anúncio de que o Conselho de Administração do BRB aprovou a compra do Banco Master, por R$ 2 bilhões.

Na última sexta-feira (28/3), o BRB comunicou ao mercado a aprovação da aquisição de 49% das ações ordinárias (com direito a voto nas assembleias), 100% das ações preferenciais e 58% do capital total do Master.

A operação mexeu com o mercado financeiro, mas ainda depende do aval do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para ser concretizada.