quarta-feira, 2 de abril de 2025

Natura &Co é avaliada em mais de R$ 15 bilhões, em mais um passo no processo de reestruturação — ações caem 27% no ano

 


No processo de simplificação corporativa após massacre na bolsa, Natura &Co divulgou a avaliação do patrimônio líquido da empresa

Fachada de loja da Natura (NTCO3) com propagandas de promoção do dia dos namorados
Fachada de loja da Natura (NTCO3) com propagandas de promoção do dia dos namorados - Imagem: 
 
 
Divulgação/Natura

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta terça-feira (01), a Natura &Co divulgou avaliação do patrimônio líquido contábil da empresa, no valor de R$ 15,671 bilhões. A auditoria serve para a incorporação da companhia pela Natura Cosméticos.

Recapitulando: com a divulgação do balanço do quarto trimestre de 2024 que frustrou completamente o mercado, as ações da Natura têm enfrentado uma verdadeira sangria na bolsa de valores, com uma queda de mais de 27% no ano — no topo da lista de piores desempenhos desde janeiro. 

Há algumas semanas, na tentativa de conter a hemorragia, a empresa anunciou um plano de reorganização, que prevê simplificação da estrutura corporativa, foco maior nos negócios da América Latina e expansão da marca

Assim, a Natura &Co será incorporada em sua subsidiária integral, a Natura Cosméticos, que se tornaria novamente a holding operacional do grupo. 

A auditoria, realizada pela PwC, leva em consideração o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2024. No pregão desta terça (01), as ações NTCO3 caem mais de 7% por volta das 17h07. 

Os próximos capítulos da Natura 

A proposta de incorporação deve ir à votação em assembleia geral no próximo dia 25 de abril. Caso seja aprovada, também será necessário o aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a conversão da Natura Cosméticos da categoria B da autarquia para a categoria A, bem como sua listagem no segmento Novo Mercado da B3.


https://www.seudinheiro.com/2025/empresas/natura-co-e-avaliada-em-mais-de-r-15-bilhoes-em-mais-um-passo-no-processo-de-reestruturacao-acoes-caem-27-no-ano-bdap/

Gol (GOLL4) terá troca de comandante: Celso Ferrer assume cargo de CEO

 

Constantino Junior, fundador da Gol, será o CEO da holding, enquanto Roberto Kriete, principal acionista da Avianca e outro veterano da indústria aérea da América Latina, será o presidente do conselho de administração.

Tarifaço de Trump será revelado hoje: ‘Diabo vai estar nos detalhes’, diz analista

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá impor novas e abrangentes tarifas recíprocas sobre parceiros comerciais globais nesta quarta-feira, 2, derrubando décadas de comércio baseado em regras, arriscando aumentos de custos e provavelmente atraindo retaliações de todos os lados.

Os detalhes dos planos tarifários do “Dia da Libertação” de Trump ainda estavam sendo formulados e mantidos em sigilo antes da cerimônia de anúncio no Rose Garden da Casa Branca às 17h (horário de Brasília).

+ Alckmin diz que Brasil vai aguardar anúncio dos EUA sobre tarifas decidir linha de ação

As novas tarifas devem entrar em vigor imediatamente após o anúncio de Trump, enquanto uma tarifa global separada de 25% sobre as importações de automóveis entrará em vigor em 3 de abril.

Trump afirmou que seus planos de tarifas recíprocas são uma medida para igualar as taxas geralmente mais baixas dos EUA com as cobradas por outros países e neutralizar suas barreiras não tarifárias que prejudicam as exportações dos EUA.

Tarifa universal ou individualizada?

Mas o formato das tarifas não ficou claro em meio a relatos de que Trump estava considerando uma tarifa universal de 20%.

“Não me lembro de uma situação em que os riscos fossem tão altos e, ainda assim, o resultado fosse tão imprevisível”, disse Steve Sosnick, estrategista-chefe da Interactive Brokers. “O diabo vai estar nos detalhes e ninguém sabe os detalhes.”

Um ex-funcionário de comércio do primeiro mandato de Trump disse à Reuters que é mais provável que o presidente adote taxas sobre países individuais em níveis um pouco mais baixos.

O ex-funcionário acrescentou que o número de países que enfrentariam essas tarifas provavelmente excederá os cerca de 15 países que o secretário do Tesouro, Scott Bessent, havia dito anteriormente que o governo estava focado devido aos seus altos superávits comerciais com os EUA.

Bessent disse a parlamentares republicanos da Câmara dos Deputados na terça-feira que as tarifas recíprocas representam um “teto” do nível mais alto de tarifas dos EUA que os países enfrentarão e que podem ser reduzidas se atendessem às exigências do governo, de acordo com o deputado republicano Kevin Hern.

Ryan Majerus, ex-funcionário do Departamento de Comércio, disse que uma tarifa universal seria mais fácil de ser implementada devido a um cronograma restrito e pode gerar mais receita, mas as tarifas recíprocas individuais seriam mais adaptadas às práticas comerciais injustas dos países.

“De qualquer forma, os impactos do anúncio de hoje serão significativos em uma ampla gama de setores”, disse Majerus, sócio do escritório de advocacia King and Spalding.

Tarifas já anunciadas

Em pouco mais de 10 semanas desde que assumiu o cargo, o presidente republicano impôs novas tarifas de 20% sobre todas as importações da China por causa do fentanil e restaurou totalmente as tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio.

Uma isenção de um mês para a maioria dos produtos canadenses e mexicanos de suas tarifas de 25% relacionadas ao fentanil vai expirar na quarta-feira.

As autoridades do governo afirmaram que todas as tarifas de Trump, incluindo as taxas anteriores, estão se sobrepondo, de modo que um carro fabricado no México, que antes era taxado em 2,5% para entrar nos EUA, estaria sujeito tanto às tarifas sobre o fentanil quanto às tarifas setoriais sobre automóveis, totalizando uma tarifa de 52,5% – mais qualquer tarifa recíproca que Trump possa impor aos produtos mexicanos.

Parceiros comerciais, desde a União Europeia até o Canadá e o México, prometeram responder com tarifas retaliatórias e outras contramedidas, mesmo que alguns tenham tentado negociar com a Casa Branca.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Dólar à vista fecha em baixa de 0,42%, a R$ 5,68 na venda

 

O dólar fechou a terça-feira em queda no Brasil, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante divisas pares do real no exterior, um dia antes de o governo dos Estados Unidos anunciar detalhes sobre as tarifas de importação recíprocas prometidas pelo presidente Donald Trump.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,42%, aos R$ 5,6830 — menor cotação de fechamento desde 21 de março, quando encerrou em R$5,6761. No ano, a divisa acumula queda de 8,03% ante o real.

Às 17h27, na B3, o dólar para abril — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,32%, aos R$ 5,7155.

No início do dia o dólar chegou a oscilar em alta no Brasil, mas no fim da manhã a moeda já migrava para o território negativo, com o real se alinhando a seus pares externos.

O enfraquecimento do dólar ante várias divisas estava em sintonia com a baixa firme dos rendimentos dos Treasuries, com investidores buscando a segurança dos títulos norte-americanos antes da quarta-feira — dia em que o presidente dos EUA, Donald Trump, promete anunciar tarifas recíprocas para todos os países, e não apenas para um grupo menor de 10 a 15 países. Trump vem chamando a quarta de “Liberation Day” (Dia da Libertação).

A queda do dólar estava em sintonia com o avanço do Ibovespa e a baixa das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), em um dia positivo para os ativos brasileiros.

“O Brasil segue se apropriando de um fluxo positivo do estrangeiro, que em virtude desta política, sobretudo dos EUA, do Trump, de impor tarifas, tem feito com que o investidor repense sua alocação, diminuindo exposição aos EUA, e realocando em outros países”, comentou no fim da tarde Rodrigo Moliterno head de renda variável da Veedha Investimentos.

Após marcar a cotação máxima de R$ 5,7342 (+0,48%) às 10h07, o dólar à vista atingiu a mínima de R$ 5,6735 (-0,59%) às 13h20.

“O dia é de propensão a risco, com percepção de diferencial de juros ‘gordo’, porque os Estados Unidos caminham para cortar juros”, comentou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, ao justificar o recuo do dólar ante o real.

Em tese, quanto maior o diferencial de juros — a diferença entre as taxas norte-americana e brasileira –, maior a atratividade do Brasil ao capital externo, o que pesa sobre as cotações do dólar.

No exterior a moeda norte-americana também cedia no fim da tarde ante outras divisas pares do real, como o peso mexicano, a lira turca e o peso chileno.

O DXY (índice do dólar), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, estava em leve alta, influenciado por um lado pelo avanço do iene e por outro pela queda do euro. Às 17h23, o índice do dólar subia 0,05%, a 104,230.

Pela manhã, o Banco Central vendeu toda a oferta de 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2025.

Banco do Brasil buscará ter 50% de mulheres em cargos de liderança até 2030, diz presidente

 

A presidente do Banco do Brasil, Taciana Medeiros, afirmou nesta segunda-feira, 31, que a instituição deve ter 50% de lideranças femininas até 2030.

“Até eu ser indicada presidente, o banco havia tido apenas uma mulher vice-presidente. E aí eu entendi que diversidade gera diversidade, ou seja, se eu não trouxesse outras mulheres comigo, não seria possível levar adiante um projeto de equidade. Hoje, no conselho diretor do banco, temos 45% de representatividade. Vamos buscar equidade de gênero nos cargos de liderança até 2030”, disse a executiva que é primeira mulher a presidir o Banco do Brasil.

A fala foi dita em um painel durante a 4ª edição do Prêmio Mulheres Exponenciais, evento realizado pela Esfera Brasil, que também premiou a CEO da COP30, Ana Toni; a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck; a secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad; a secretária de Desenvolvimento Social e primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha; a vice-presidente do Grupo Cimed, Karla Marques; conselheira do Instituto de Tecnologia e Liderança (Inteli) Lilian Esteves; a fundadora da ONG Amigos do Bem, Alcione Albanesi; e a influenciadora digital Jamille Rosa.

A escolha das homenageadas é feita a partir de uma análise conjunta da direção e do conselho consultivo da Esfera Brasil, que leva em consideração, em cada uma das áreas, a relevância dos trabalhos de destaque ao longo do ano anterior. O prêmio surgiu por iniciativa da CEO da Esfera Brasil, Camila Funaro Camargo Dantas, para motivar mais as mulheres a participar das discussões de política e economia realizadas pela Esfera Brasil.

Farma Conde anuncia novo Diretor-Geral de Varejo

 

Imagem destaque: Farma Conde anuncia novo Diretor-Geral de Varejo
Crédito: Divulgação / Farma Conde

 

 Como forma de acelerar a transformação e o crescimento do grupo, a Farma Conde elege o executivo Vagner Moraes como diretor-geral. Em seu novo cargo, Vagner tem como objetivo acelerar processos e impulsionar o desempenho através da liderança das áreas Comercial, Licenciamento, Suprimentos, Operações e Marketing. Com uma carreira de mais de 25 anos no varejo farmacêutico, o profissional já teve passagens por empresas como Grupo Carrefour Brasil, Raia Drogasil e Nova Casa Distribuidora. Formado em economia, Moraes tem MBAs em Economia e Gestão Empresarial, e Gestão Estratégica e Econômica de Negócios. Antes de fazer parte da Farma Conde, o executivo atuava como Head Nacional de Farmácias no Grupo Carrefour Brasil, sendo responsável pela gestão e expansão das unidades de farmácia da rede em todo o país.

CDBs do Master serão honrados nas condições em que foram emitidos, diz presidente do BRB

 Paulo Henrique Costa, BRB: 'O início do ciclo de queda de ...

O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, afirmou nesta terça-feira, 1º de abril, que os termos dos CDBs emitidos pelo Banco Master serão mantidos e honrados se a operação entre as duas instituições financeiras for adiante. “Todos os CDBs que já estão emitidos serão honrados pelas condições e pelas taxas de juros em que eles foram adquiridos”, garantiu em entrevista à GloboNews.

O Banco Master é conhecido por emitir CDBs com taxas superiores à média do mercado. O BRB pretende comprar 58% das ações da instituição por aproximadamente R$ 2 bilhões. Dos papéis, 49% serão ações ordinárias, com direito a voto, e 100%, preferenciais.

Segundo o executivo, uma vez que a operação entre o BRB e o Master seja aprovada pelas autoridades, os novos CDBs emitidos tenderão a ter taxas menores.

“As taxas que esse novo conglomerado vai praticar – em sendo aprovado pelos devidos órgãos reguladores – serão bem mais baixas, mais compatíveis com as que o BRB pratica hoje”, disse Costa, acrescentando que o custo de captação médio do BRB é de 98% do CDI. “Os novos CDBs emitidos virão com uma taxa mais compatível com a taxa de mercado, com o perfil desse novo banco, portanto, com taxas muito próximas do próprio CDI”, comentou.

O presidente do BRB também disse que, embora após a operação o banco passe a deter “metade menos um” de participação no Master, está previsto um acordo de acionistas que garante ao banco público um “voto afirmativo”, semelhante a um poder de veto, sobre questões do dia a dia da nova empresa.

“Gestão de orçamento, planejamento estratégico, apetite a risco, contratação de executivos e conselheiros, aquisição ou venda de ativos, prestação de garantias: todas essas matérias passam a depender de um posicionamento do BRB. O Master passa a fazer parte do conglomerado prudencial do BRB”, afirmou o executivo.

Costa foi questionado sobre o preço que o BRB pagará na operação, diante da notícia, divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, de que BTG Pactual teria oferecido um valor simbólico para ficar com o Master, de somente R$ 1.

“As pessoas precisam entender a operação. Está comprando 58% do Banco Master e pagando 75% do valor de patrimônio líquido, com uma série de condições precedentes para que a operação aconteça”, disse Costa.

Ele mencionou que o patrimônio do Master é de R$ 4,2 bilhões, e que o BRB pagará cerca de R$ 2,1 bilhões na operação – valor que pode diminuir até o fechamento do negócio.

Além disso, apontou que uma das condições precedentes para a aquisição avançar é um aumento de capital de R$ 2 bilhões por parte do Master. “Se estou pagando R$ 2,1 bilhões e ele tem a obrigação de realizar aumento de capital de R$ 2 bilhões, acho que cada um consegue chegar à conclusão de qual é o valor exato que o BRB está pagando”, acrescentou.