terça-feira, 8 de abril de 2025

“Tarifaço” dos EUA não mexe com estimativas da Embraer para 2025, diz CFO

 Planador, guerras, logotipo: veja 10 curiosidades sobre a ...



Mitchel Diniz

A fabricante de aeronaves tem como "guidance" faturamento entre US$ 7 e US$ 7,5 bilhões em 2025

  O vice-presidente financeiro da Embraer (EMBR3), Antônio Garcia, disse nesta terça-feira (8) que o chamado “tarifaço” dos Estados Unidos não mexeu com as estimativas da companhia para este ano. A fabricante de aeronaves tem como “guidance” faturamento entre US$ 7 e US$ 7,5 bilhões em 2025.

“Tem muita coisa ainda para ser ajeitada. Quando a gente exporta conteúdo da Embraer, estamos exportando um monte de conteúdo americano e a gente só não exporta para os Estados Unidos. Pelo contrário, defesa não exporta, D2 [modelo comercial], não exporta”, afirmou o CFO, durante o fórum anual com investidores do Bradesco BBI.

Executivos da Embraer participam de fórum de investimentos em São Paulo (Foto: Mitchel Diniz/InfoMoney)

 

“Ainda é cedo para falar, mas estamos confiantes no ano”, complementou.

Destaque de ações em 2024, com alta além de 100%, as ações subiam 2,45%, a R$ 61,58, no começo da tarde desta terça-feira (8). 

 

 

Risco de crédito é significativamente maior para apostadores em bets, diz Galípolo

 


Ele fez a declaração durante Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado sobre as apostas virtuais 
 
Antônio Cruz/Agência Brasil


O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira, 8, que pessoas que fazem apostas em jogos virtuais apresentam risco de crédito significativamente maior. Ele fez a declaração durante Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado sobre as apostas virtuais, mais conhecidas por Bets. “O levantamento posterior realizado pelo Banco Central concluiu que as pessoas que realizam a aposta apresentam um risco de crédito significativamente maior do que as pessoas que não realizam a aposta, o que permanece significativo controlado por diversos fatores, como faixa de renda e risco de operação em crédito subjacente.”

No início da apresentação, Galípolo disse que cabe ao BC avaliar procedimentos e controles das instituições financeiras e das instituições de pagamento com relação aos procedimentos de conheça seu cliente e conheça seu parceiro de negócio, entre outros. “Já está no escopo do trabalho de supervisão, dentro do chamado Plano de Ação de Supervisão (PAS)”, disse, acrescentando que esses procedimentos devem considerar diversos tipos de indícios de transação suspeita e não apenas aquelas envolvendo Bets não autorizadas. “Este é apenas um item, entre outros vários, que analisamos em nosso trabalho de supervisão, cujo foco é nas instituições autorizadas e não nas transações de seus clientes”, explicou.

De acordo com o presidente do BC, quando são encontrados indícios de regularidades, cuja competência seja de outro órgão, como o Ministério da Fazenda no caso das transações com bets legais, essas irregularidades devem ser comunicadas a outro órgão de “forma legítima e protegida”. “A missão do Banco Central é estabilidade monetária e estabilidade financeira. No âmbito dessa competência, o Banco Central acompanha dados de pagamento, buscando ter uma sensibilidade mais tempestiva de indicadores macroeconômicos, como a atividade econômica”, frisou.

Alívio externo instiga recuperação do Ibovespa, mas riscos com guerra comercial persitem

 

O alívio nos mercados internacionais faz respingar nesta terça-feira, 8, a alta no Ibovespa, que fechou a segunda-feira com a terceira queda seguida em meio a preocupações de que a guerra comercial provoque uma recessão mundial. Os investidores buscam pechinchas, mas sem tirar os olhos da guerra comercial. Na véspera, o Índice Bovespa caiu 1,31%, aos 125.588,09 pontos.

“É uma tentativa de recuperação, como vemos nos mercados internacionais”, pontua Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

A alta é vista como uma correção e não uma tendência, diante das elevadas incertezas com os efeitos do tarifaço americano no mundo. Após cederem, os rendimentos dos Treasuries viraram para cima. Esse movimento é replicado parcialmente nos juros futuros, o que exerce influência negativa sobre algumas ações mais sensíveis ao ciclo econômico na B3. Já o dólar recua sutilmente, tendo a mínima alcançado R$ 5,8623.

“Corrige um pouco, seguindo o exterior. Mas está todo mundo esperando dar 13 horas, vai depender de como a China responderá”, diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença.

As atenções hoje estão na China e nos Estados Unidos. O gigante asiático ameaçou novas retaliações, caso o presidente Donald Trump cumpra a promessa de seguir com a nova alíquota de 50% sobre as tarifas já previstas. Caso a China não retire a tarifa recíproca de 34% anunciada na semana passada, as sobretaxas comerciais podem chegar a 104%, incluindo os 20% aplicados em março pelos EUA por causa da exportação de fentanil. Trump deu até hoje, às 13h, para a China remover a tarifa, mas o país afirmou que tomará “contramedidas resolutas” caso a ameaça se concretize.

Para Spiess, a tentativa de recuperação das bolsas é natural depois de uma queda agressiva. “Historicamente tem uma recuperação depois de dias tão estressados”, diz. Segundo ele, como foi paradigmática a correção que aconteceu ao longo dos últimos pregões nos EUA, isso provoca um certo grau de otimismo. “Temos alta do Ibovespa e queda do dólar. Pode ser um indicativo de uma distensão do estresse até aqui”, estima.

Apesar da correção observada, que permite uma tênue recuperação das principais bolsas, os fatores que causaram o nervosismo permanecem presentes, o que não sugere consistência na melhora, adverte Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria. “Eventualmente, esse ápice das tensões comerciais leva parte do mercado a apostar que negociações devem começar a ocorrer a partir deste ponto”, completa em nota o economista sênior da Tendências.

Além da alta dos índices acionários no exterior, o petróleo também avança e estimula as ações do setor na B3. Após ceder ontem em meio à pressão do governo para redução dos preços dos combustíveis, Petrobras subia entre 0,63% (PN) e 0,73% (ON), por volta das 11 horas. Já Vale virava para baixo (-0,58%). Hoje o minério de ferro fechou baixa de 3,48% hoje em Dalian.

Ontem, a Petrobras registrou ontem o menor valor de mercado desde setembro de 2023 e as ações caíram entre 5,575 (ON) e 3,97% (PN), mas não se manifestou. A Genial estima que os preços do diesel e gasolina estão 5% acima da paridade internacional.

Ainda, os investidores avaliam o resultado do setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, à exceção de Petrobras e Eletrobras). Houve déficit primário de R$ 18,973 bilhões em fevereiro, informou o Banco Central. Este é o melhor resultado para o mês desde 2022. O saldo foi menos negativo do que o apontado pela mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava déficit de R$ 26,250 bilhões.

Às 11h20, o Ibovespa subia 0,89%, aos 126.709,97 pontos, ante alta de 1,64%, na máxima aos 127.651,60 pontos, contra mínima de abertura em 125.588,09 pontos (variação zero). Vale cedia 0,38% e Petrobras tinha elevação em torno de 1,00%. Brava liderava o grupo das maiores altas, com 6,50%, seguida de CVC ON (4,40%). Já Magazine Luiza ON, o das perdas (-4,34%).

Abiec: exportação de carne bovina em março avança 30,2% ante igual mês de 2024

 ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de ...

São Paulo, 8 – O Brasil exportou 248 mil toneladas de carne bovina em março, com faturamento de US$ 1,17 bilhão, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Em volume, isso representou crescimento de 30,2% na comparação com março de 2024 e de 13,1% ante fevereiro. A alta da receita foi de 39,6% frente a igual mês do ano anterior e de 12,8% sobre fevereiro.

A categoria de carne in natura segue líder das exportações, representando 86,8% do volume e 89,7% da receita em março. Também houve crescimento expressivo nas exportações de tripas (+37,3% em volume), produtos salgados (+35,7%), industrializados e miúdos (ambos com alta superior a 9%).

A China manteve a liderança entre os destinos da carne bovina brasileira, com 97,3 mil toneladas exportadas (39,2% do total) e US$ 463,8 milhões em faturamento (39,4%).

Os Estados Unidos, por sua vez, ampliaram sua participação com um salto de 56,3% no volume importado (42,1 mil toneladas) e 53% no valor em relação a fevereiro (US$ 225,5 milhões). Também apresentaram crescimento relevante as exportações para Rússia (+81,5%), Israel (+48,6%), Filipinas (+38,2%) e México (+30,7%).

Trimestre

No acumulado do ano, as exportações somam 676 mil toneladas (+12,8%) e geraram US$ 3,22 bilhões em receita (+22,1%) na comparação ao primeiro trimestre de 2024, com a China (284,6 mil toneladas; 42,1% do total exportado) sendo o principal mercado.

“Os resultados registrados em março e no trimestre refletem não apenas a competitividade e a qualidade da carne bovina brasileira no mercado internacional, mas também a eficiência de toda a cadeia produtiva, desde o campo até a indústria exportadora”, afirmou, na nota, o presidente da Abiec, Roberto Perosa.

Entre os Estados exportadores, São Paulo liderou no trimestre, com 145 mil toneladas (21,7% do total), seguido por Mato Grosso (137 mil t; 20,5%), Goiás (80,8 mil t; 12%), Mato Grosso do Sul (74,3 mil t; 11,1%) e Rondônia (61,9 mil t; 9,3%).

Musk fez apelos diretos a Trump para reverter novas tarifas, diz Washington Post

 

O bilionário do setor de tecnologia e presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, fez apelos diretos, porém sem sucesso, ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para reverter as tarifas, ao longo do último fim de semana, informou o Washington Post na segunda-feira, citando duas pessoas familiarizadas com o assunto.

Essa interação marca o maior desentendimento entre o presidente e Musk, segundo a reportagem. Isso ocorre após anúncio de Trump de uma tarifa mínima de 10% sobre todas as importações para os EUA, juntamente com taxas mais altas sobre dezenas de outros países.

A Casa Branca e Musk não responderam imediatamente a pedidos de comentário da Reuters.

Musk, um conselheiro de Trump que tem trabalhado para eliminar o desperdício de gastos públicos nos EUA, pediu tarifa zero entre os EUA e a Europa durante uma interação virtual em um congresso em Florença do partido de direita italiano Liga no fim de semana.

A Tesla viu suas vendas trimestrais caírem drasticamente em meio a uma reação contra o trabalho de Musk com um novo “Departamento de Eficiência Governamental”. As ações da empresa estavam sendo negociadas a US$233,29 no último fechamento de segunda-feira, uma queda de mais de 42% desde o início do ano.

Musk disse anteriormente que o impacto das tarifas automotivas de Trump sobre a Tesla é “significativo”.

Economistas dizem que as tarifas podem reacender a inflação, aumentar o risco de uma recessão nos EUA e elevar os custos para a família média dos EUA em milhares de dólares — um possível revés para um presidente que fez campanha com a promessa de reduzir o custo de vida.

China reage a ameaça de Trump e promete "lutar até o fim"

 


País acusa EUA de intimidação e de ter "natureza chantagista" após presidente americano ameaçar taxar em 50% produtos chineses, se Pequim não reverter decisão de revidar tarifas americanas


Por Deutsche Welle


China reage a ameaça de Trump e promete "lutar até o fim"
Trump e Xi Jinping
Kevin Lamarque/Reuters

 

O governo da China expressou nesta terça-feira (08) "firme condenação” ao que chamou de "natureza chantagista" dos Estados Unidos após o presidente Donald Trump ameaçar nesta segunda-feira impor uma tarifa adicional de 50% a produtos do país asiático, se Pequim não retirar ainda nesta terça as sobretaxas impostas a produtos americanos em represália ao plano tarifário do mandatário.

Em comunicado, o Ministério do Comércio chinês disse que a imposição pelos EUA das "chamadas 'tarifas recíprocas'" à China é "completamente infundada e é uma prática típica de 'intimidação unilateral".

A pasta afirmou que as contramedidas anunciadas na última sexta-feira por Pequim, que incluem uma taxa de 34% sobre todos os produtos comprados dos EUA, são "completamente legítimas" e "visam proteger sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento, e manter uma ordem comercial internacional normal".

"A ameaça dos EUA de aumentar as taxas sobre a China é um erro em cima de um erro e mais uma vez expõe a natureza chantagista dos EUA. A China nunca aceitará isso. Se os EUA insistirem nesse caminho, a China lutará até ao fim", alertou.

O ministério reiterou que "não há vencedores em uma guerra comercial e não há saída para o protecionismo” e que "pressão e ameaças não são a maneira correta de lidar com a China”.

Apelo por "diálogo igualitário"

"A China pede que os Estados Unidos corrijam imediatamente suas práticas erradas, cancelem todas as medidas tarifárias unilaterais, interrompam a supressão econômica e comercial da China e resolvam adequadamente as diferenças por meio de um diálogo igualitário", acrescenta o texto.

As autoridades chinesas advertiram que "tomarão medidas para proteger seus direitos e interesses”.

Trump criticou o país asiático, alegando que este se tornou rico porque aqueles que estavam antes dele na Casa Branca o permitiram.

O presidente americano afirmou que considera "uma honra” agir como está agindo depois de afirmar que os Estados Unidos foram "destruídos pelo que fizeram” com seu próprio sistema.

Trump também advertiu em sua rede social Truth Social que "serão suspensas todas as conversas com a China” sobre as negociações que, de acordo com ele, Pequim solicitou para tratar da guerra comercial.

Na última sexta-feira, a China lançou uma bateria de contramedidas às tarifas anunciadas na semana passada por Trump, que elevaram as taxas sobre os produtos chineses para pelo menos 54%.

A China também entrou com uma queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os EUA pelas tarifas chamadas de "recíprocas” por Trump, que alega que o país era prejudicado no comércio internacional.

Mercados se recuperam

Os mercados se recuperaram um pouco nesta terça-feira, após uma segunda-feira sombria de quedas generalizadas nos mercados asiáticos, europeus e americanos.

Na Ásia, Tóquio fechou em alta de mais de 6%, após perdas de 8% no dia anterior. E na Europa, os principais índices abriram no verde.

Os analistas temem que a guerra comercial leve a uma inflação mais alta, maior desemprego e menor crescimento.

Trump alega que a economia dos EUA vem sendo "saqueada" há anos pelo resto do mundo.

md (EFE, AFP, Lusa)



China: BYD prevê lucro robusto no primeiro trimestre de 2025 e ação sobe 1,8% em Shenzhen

 Logo BYD – Logos PNG

A BYD anunciou nesta terça-feira, 8, previsões para resultados financeiros no primeiro trimestre e no ano completo de 2025, em movimento para impulsionar a confiança do mercado. Segundo a montadora chinesa, o lucro líquido provavelmente subiu para cerca de 8,5 bilhões de yuans a 10 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 1,16 bilhões a 1,37 bilhões, no primeiro trimestre. Em igual período do ano anterior, a BYD teve lucro de 4,57 bilhões de yuans.

Diluído por ação, o lucro líquido deve ser entre 2,91 yuans a 3,42 yuans no período, acima dos 1,57 yuans registrados no ano anterior.

As projeções da BYD vieram bem acima do esperado por analistas consultados pela FactSet, que projetavam lucro líquido total de 6 bilhões de yuans e por ação de 2,55 yuans.

A montadora chinesa disse que a elevação das projeções reflete a trajetória de crescimento robusto da indústria de veículos elétricos (EVs, em inglês) e o crescimento das vendas internacionais, além de um equilíbrio em estratégias internas para aumentar a lucratividade. A empresa lembrou que as estimativas são preliminares e que os resultados serão publicados com balanço corporativo do primeiro trimestre.

Analistas disseram que a divulgação do guidance do primeiro trimestre em uma data tão precoce reflete a confiança da BYD sobre seu desempenho, mas também visa melhorar o sentimento do mercado, fragilizado após a escalada da guerra comercial com trocas de ameaças entre EUA e China. “É um catalisador para impulsionar a confiança, após a forte liquidação de ontem”, disse o analista da CCB International Qu Ke.

As ações da BYD listadas em Shenzhen fecharam em alta de 1,8% nesta terça-feira, enquanto as de Hong Kong subiram 4,8%, após a divulgação das projeções. No acumulado do ano, os papéis da chinesa também permanecem no azul, em avanço de mais de 20%, apesar do forte tombo registrado na segunda-feira.

*Com informações da Dow Jones Newswires