quinta-feira, 18 de setembro de 2025

BC argentino vende US$ 379 milhões em reservas após dólar tocar teto da banda móvel

 

O Banco Central Argentina vendeu nesta quinta-feira, 18 de agosto, US$ 379 milhões em reservas internacionais após o dólar voltar a tocar o teto da banda móvel, segundo dados preliminares publicados no X da autoridade monetária. Pelas redes sociais, operadores de mercado confirmaram a intervenção.

Pelo regulamento do BCRA, quando a cotação do dólar atinge o teto da banda móvel, o banco pode intervir no mercado com vendas de reservas. Com isso, o BCRA informou nesta quinta-feira que possui US$ 39,407 bilhões em reservas.

Foi o segundo dia seguido de atuação, com queda de US$ 98 milhões nas reservas entre quarta e quinta-feira. De acordo com dados disponíveis no portal da instituição, a faixa da banda cambial móvel para o dólar vai atualmente de 948,76 a 1.474,83 pesos argentinos.

Nesta quinta, por volta das 16h50 (de Brasília), a moeda americana era negociada a 1.475,07 pesos no câmbio oficial.

Ataques dos EUA a barcos no Caribe são ilegais, alertam analistas

 

 

Ataques a pequenas embarcações venezuelanas, sob pretexto de combater narcotráfico, são execuções extrajudiciais proibidas pelo direito internacional, apontam especialistas ouvidos pela DW.O presidente Donald Trump afirmou na terça-feira (16/09) que as forças enviadas pelos Estados Unidos ao mar do Caribe para reprimir o transporte de drogas a partir da América do Sul destruíram três embarcações, e não duas, como vinha sendo informado até agora. Segundo o governo americano, o primeiro ataque, ocorrido em 2 de setembro, deixou 11 mortos. O segundo, no dia 15, outros três.

“Nós destruímos três barcos, na verdade, não dois. Mas vocês viram dois”, afirmou Trump a jornalistas, sem dar mais detalhes. Em seguida, ele mandou uma mensagem ao líder venezuelano Nicolás Maduro. “Bem, eu diria o seguinte: parem imediatamente de enviar o [cartel] Tren de Aragua para os Estados Unidos. Parem de enviar drogas para os Estados Unidos.”

Washington defende que o uso de mísseis contra pequenas embarcações tem como objetivo frear o fluxo de drogas que inunda o país. Para analistas ouvidos pela DW, essas operações militares servem como um sinal para pressionar a Venezuela e outros países da região.

Efeitos colaterais em Caracas

“Isso demonstra que o primeiro ataque não foi um caso isolado, mas que se está buscando padronizar essa prática como um novo método de combate ao narcotráfico”, afirmou à DW Tiziano Breda, analista sênior para América Latina e Caribe na organização sem fins lucrativos Armed Conflict Location and Event Data (Acled). Embora a estratégia possa reprimir a saída de pequenas embarcações, a maior parte da droga é transportada dentro de contêineres em grandes navios, destaca o especialista.

Em sua opinião, a presença militar dos Estados Unidos na região pode ter um outro impacto na economia venezuelana – dificultar o transporte de petróleo em navios de “frotas fantasmas” que buscam contornar as sanções impostas ao país. Também “tende a aumentar o nervosismo que se vive em Miraflores, quanto à possibilidade de que esses ataques sejam apenas o prelúdio para uma intervenção mais ampla, cujos efeitos são difíceis de prever”.

Questão jurídica complexa

“É necessário fazer uma distinção que muitas vezes se perde no debate público”, adverte Simón Gómez Guaimara, especialista venezuelano em direito internacional, à DW. Ele se refere à diferença entre a legalidade da operação desencadeada pelos Estados Unidos e a legalidade dos meios utilizados. “Digamos que, em conjunto, uma operação desse tipo não viola, ou não violou até agora, a proibição do uso da força entre os Estados”, afirma o especialista.

Mas há um porém: “Vimos o uso de mísseis contra embarcações suspeitas, o que, sem dúvida, é uma violação flagrante dos direitos humanos. Isso viola especificamente o direito à vida. São execuções extrajudiciais que o direito internacional proíbe”, observa Gómez.

“A força letal só pode ser usada como último recurso diante de uma ameaça iminente à vida das pessoas. Uma embarcação que transporta drogas, por mais ilegal que seja essa carga, não representa uma ameaça iminente à vida”, afirma.

As duas operações reconhecidas oficialmente pelos Estados Unidos deixaram 14 mortos. Investigações da mídia venezuelana indicaram que o primeiro ataque, que deixou 11 mortos, afetou pessoas pobres do norte da Venezuela.

Isso confirmaria que a estratégia de Washington “se concentra mais nos elos fracos, que são completamente substituíveis dentro da cadeia” dos grupos de narcotraficantes, observa o advogado.

“Acho que a ação teria mais sentido se atacasse o ponto nevrálgico dessa cadeia”, acrescenta. E ressalta que se trata de uma estratégia de grande apelo midiático “que não resolve o problema na raiz”, pois não aborda, por exemplo, a demanda dos países consumidores e as condições econômicas que impulsionam a oferta.

Sem presunção de inocência ou devido processo legal

Breda observa que não houve uma oposição coordenada aos ataques em nível regional, nem por parte dos aliados europeus dos EUA. Da mesma forma, embora tenha havido um debate público no país, “não me parece que tenha havido uma oposição legal muito forte, o que foi interpretado pela administração Trump como um sinal verde” para a realização de novos ataques.

“A falta de reação tem várias respostas”, observa Gómez. “Essas narrativas da guerra contra as drogas desestabilizaram a opinião pública e também muitos governos, a ponto de normalizar a ideia de que certos inimigos não merecem as garantias da lei”.

O especialista em direito internacional destaca, no entanto, que “os suspeitos devem ser detidos e apresentados à Justiça, o que nos leva a dois princípios inalienáveis do Estado de Direito: a presunção de inocência e o devido processo legal”.

Quando se bombardeia uma lancha, evidentemente esses processos não são respeitados. “Disparar um míssil anula esses direitos de forma irreversível. Não há julgamento, não há defesa, há apenas uma execução sumária e, além disso, baseada em uma suspeita”, explica Gómez.

Ele adverte que “o direito internacional não contempla licenças para matar” e que “a tendência de fundir a luta contra o narcotráfico com a luta antiterrorista é estrategicamente conveniente para justificar ações militares desproporcionais como as que temos visto, mas é juridicamente inaceitável e eticamente muito perigosa”.

Galípolo e Guillen apresentam Relatório de Política Monetária na quinta-feira, dia 25

 

 

 

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, irão participar na próxima quinta-feira, 25, da apresentação do Relatório de Política Monetária (RPM) do 3º trimestre.

O relatório será publicado às 8 horas, na página do Banco Central, e a apresentação ocorrerá às 11 horas, na sede da autarquia, em Brasília.

Mauro Vieira se reúne com alta representante para Política Externa da UE na sexta-feira

 

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, recebe na sexta-feira, 19, a alta representante para Política Externa e Segurança da União Europeia, Kaja Kallas. A recepção será no Palácio Itamaraty, às 11h25, com reunião a partir das 11h30. Às 12 horas, Vieira e Kallas darão uma declaração à imprensa.

Segundo comunicado divulgado pela União Europeia, Kallas também deve se reunir com o assessor especial da Presidência da República Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e principal conselheiro do petista em assuntos internacionais até hoje.

Essa é a primeira visita de Kallas à América Latina.

De acordo com a União Europeia, a alta representante, que também é vice-presidente da Comissão Europeia, deve discutir com integrantes do governo brasileiro detalhes do acordo entre o bloco europeu e o Mercosul, além da parceria estratégica entre o Brasil e a União Europeia.

Brasil registra recorde de 1,6 bilhão de aves comerciais em 2024, mostra IBGE

 Frango e Galinha Caipira: raças mais indicadas para iniciar ...

Os produtores brasileiros reuniam um recorde de 1,6 bilhão de galináceos no ano de 2024, uma alta de 1,7% em relação a 2023, o equivalente a 26,8 milhões de aves a mais. Os dados são da pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2024, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Região Sul concentrou 47,3% do efetivo nacional, 748,7 milhões de galináceos, queda de 0,8% ante o ano anterior.

O Sudeste teve expansão de 5,2% no número de aves, para 376,5 milhões, uma participação de 23,8% no total nacional.

Entre os Estados, o Paraná teve alta de 2,4% no número de animais, para 456,0 milhões de animais, o equivalente a 28,8% do efetivo nacional. O Estado de São Paulo concentrou 205,0 milhões de galináceos, aumento de 3,0% ante 2023, com uma fatia de 13,0% do efetivo nacional. O Rio Grande do Sul somou 155,2 milhões de aves, queda de 2,2% ante 2023, mas ainda responsável por 9,8% do total nacional.

O município de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, liderou o ranking de maior efetivo de galináceos, seguido por São Bento do Una (Pernambuco), Bastos (São Paulo), Toledo (Paraná) e Uberlândia (Minas Gerais).

Galinha poedeira

A criação de galinhas, aves fêmeas destinadas à produção de ovos para consumo ou incubação, somou um recorde de 277,5 milhões de animais em 2024, alta de 6,8% ante 2023.

A Região Sudeste aumentou em 9,3% a criação de galinhas, para 99,3 milhões de aves, 35,8% do efetivo nacional. O Sul deteve 68,2 milhões de galinhas, alta de 4,8% ante 2023, com 24,6% do total nacional.

O Estado de São Paulo concentrou 56,8 milhões de galinhas poedeiras, aumento de 4,6% ante o ano anterior, uma fatia de 20,5% da produção brasileira. O Paraná somava 27,9 milhões de aves, aumento de 2,7% ante 2023, uma participação de 10,1% na produção nacional. O Rio Grande do Sul tinha 22,3 milhões de galinhas, elevação de 4,8% em um ano, 8,0% de participação no efetivo nacional.

Produção de ovos

A produção nacional de ovos de galinha atingiu o recorde de 5,4 bilhões de dúzias em 2024, um crescimento de 8,6% em relação a 2023. Segundo o IBGE, a produção de ovos vem aumentando ininterruptamente desde 1999. O valor de produção totalizou R$ 31,9 bilhões em 2024, crescimento de 4,9% em relação ao ano anterior. O preço médio foi estimado em R$ 5,89 por dúzia.

O Sudeste foi responsável por 40,4% do total de ovos produzidos em 2024, e o Estado de São Paulo se destacou como o maior produtor, com uma fatia de 23,6% da produção nacional.

O IBGE observou produção de ovos em 5.451 municípios brasileiros. Os cinco principais municípios produtores tanto de galinhas quanto de ovos foram: Santa Maria de Jetibá (Espírito Santo), Bastos (São Paulo), São Bento do Una (Pernambuco), Primavera do Leste (Mato Grosso) e Beberibe (Ceará).

Rebanho bovino

De acordo com o IBGE, o rebanho bovino brasileiro totalizou de 238,2 milhões de animais em 2024, uma queda de 0,2% em relação a 2023. Ou seja, o efetivo de cabeças de gado se mantém acima do número de habitantes no País. Em 2024, a população brasileira somava 212,6 milhões de pessoas.

“Apesar dessa retração, configurou o segundo maior valor da série histórica da pesquisa, sendo superado apenas pelo recorde registrado em 2023”, apontou o IBGE.

O ano de 2024 registrou um abate recorde de 39,7 milhões de cabeças. O IBGE lembra que o abate de fêmeas atingiu também um pico em 2024.

“Adicionalmente, verificou-se um aumento na proporção de animais mais jovens abatidos, com destaque para as novilhas”, observou o instituto.

O avanço no abate ocorreu em um ano em que as exportações brasileiras de carne bovina in natura também alcançaram novos marcos históricos: o volume exportado saltou 22,8% em 2024, levando a uma alta de 26,9% no faturamento em relação ao ano anterior, mencionou o IBGE, com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

“A China manteve sua posição de principal destino da carne bovina brasileira, absorvendo 52,0% de todo o volume in natura exportado e ampliando suas importações do Brasil em 10,6%. Os Estados Unidos ficaram com a segunda posição, com um aumento de 93,8% nas aquisições de carne bovina in natura brasileira em comparação a 2023”, citou o IBGE.

No ranking estadual, Mato Grosso liderou a criação de bovinos, com 13,8% do efetivo nacional, 32,9 milhões de animais. O Pará ocupou a segunda colocação em 2024, com 25,6 milhões de animais, 10,7% do rebanho nacional, seguido por Goiás, com 23,2 milhões de bovinos, uma participação de 9,7%.

O município de São Félix do Xingu, no Pará, manteve a liderança do ranking municipal de efetivo de bovinos, com 2,52 milhões de cabeças, o equivalente a 1,1% do total brasileiro. O segundo lugar foi de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, com 2,2 milhões de animais, 0,9% do efetivo nacional, seguido por Porto Velho, em Rondônia, com 1,79 milhão de bovinos, 0,8% do rebanho brasileiro.

Leite

A produção nacional de leite foi de 35,7 bilhões de litros em 2024, uma alta de 1,4% em relação a 2023.

“O aumento de 1,4% em relação ao ano anterior resultou em um recorde da produção leiteira, considerando a série histórica. Ao mesmo tempo, houve redução na quantidade de vacas ordenhadas”, relatou o IBGE.

A Região Sudeste assumiu a liderança na produção de leite, com 33,7% do total nacional, seguida pelo Sul (33,4%), Nordeste (18,0%), Centro-Oeste (10,7%) e Norte (4,7%).

No ranking estadual, Minas Gerais deteve a maior produção, 9,8 bilhões de litros de leite, o equivalente a 27,4% da produção nacional. Paraná produziu 4,6 bilhões de litros, 12,9% do total nacional, e Rio Grande do Sul deteve 4,0 bilhões de litros, uma fatia de 11,3%.

Entre os 5.482 municípios com alguma produção de leite de vaca, Castro, no Paraná, se destacou com 484,4 milhões de litros, 1,4% do total nacional. A segunda posição ficou com Carambeí, no Paraná, com 293,1 milhões de litros, uma fatia de 0,8% da produção brasileira, seguido por Patos de Minas, em Minas Gerais, com 226,9 milhões de litros, 0,6% de participação.

“Por meio da diferença entre o total de leite produzido no País (35,7 bilhões de litros), estimado pela PPM, e a quantidade de leite cru adquirida pelos laticínios sob inspeção sanitária (25,4 bilhões de litros), obtida pela Pesquisa Trimestral do Leite, também do IBGE, é possível inferir que o volume de leite submetido à inspeção sanitária correspondeu a 71,0% do total nacional em 2024”, destacou o IBGE.

O efetivo de vacas ordenhadas foi de 15,1 milhões de cabeças, queda de 2,8% em relação a 2023. A produtividade média nacional ficou em 2.632 litros por vaca por ano.

Valor de produção

O valor de produção do leite totalizou R$ 87,5 bilhões em 2024, aumento de 9,4% em relação a 2023. O preço médio estimado foi de R$ 2,45 por litro de leite no ano passado, um avanço de 7,9% ante os R$ 2,31 pagos no ano anterior.

“As importações de leite continuaram a crescer em 2024, sendo 4,6% superiores ao volume importado em 2023 (em equivalente leite). Contudo, esse aumento não foi suficiente para pressionar os preços para baixo”, observou o IBGE.

Rebanho suíno

De acordo com o IBGE, o rebanho suíno brasileiro totalizou 43,9 milhões de animais em 2024, uma alta de 1,8% ante 2023, segundo maior quantitativo já registrado.

O número de matrizes de suínos ficou em 5,0 milhões, elevação de 0,6% em relação ao ano anterior, maior registro já feito para esse efetivo.

“O abate de suínos, em 2024, também foi o maior da série da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do IBGE, ainda que a atividade esteja crescendo em ritmo menor que em anos anteriores. Foi observado um aumento de 1,2% no número de suínos abatidos e de 0,6% no peso de carcaça produzido. Ademais, houve recorde nas exportações de carne suína in natura, de acordo com os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços)”, justificou o IBGE.

A região Sul concentra 22,8 milhões de animais, 51,9% do rebanho existente no País. Santa Catarina manteve a liderança no ranking estadual, com 9,3 milhões de cabeças, alta de 0,1% ante 2023, para uma fatia de 21,2% do total nacional, seguido por Paraná (7,3 milhões de suínos, uma fatia de 16,6% do rebanho brasileiro) e Rio Grande do Sul (6,2 milhões de animais, 14,1% do total nacional).

A cidade de Toledo, no Paraná, manteve o maior efetivo suíno entre os municípios, seguida de Uberlândia (Minas Gerais) e Marechal Cândido Rondon (Paraná).

Caprinos e Ovinos

Entre os animais de porte médio, o País atingiu um recorde de 13,3 milhões de caprinos em 2024, alta de 3,1% ante 2023, e um ápice de 21,9 milhões de ovinos, aumento de 0,3% em relação ao ano anterior.

A Região Nordeste concentra 96,3% da criação de caprinos e 73,5% do rebanho de ovinos.

“Historicamente, o Nordeste se destaca na atividade devido à adaptabilidade e múltipla aptidão desses rebanhos, com uma maior diversidade na alimentação, para produção de carne, leite e couro”, justificou o instituto.

O rebanho nordestino tanto de caprinos quanto de ovinos cresceu 3,5% ante 2022. Houve elevação também no número de animais na região Norte: alta de 3,6% no rebanho de caprinos e aumento de 7,3% no de ovinos.

A Bahia é o principal Estado para ambas as criações, com 31,6% de todos os caprinos do País e 23,5% dos ovinos. Pernambuco ocupava o segundo lugar em ambas as criações, com 25,7% dos caprinos brasileiros e 18,0% dos ovinos.

O ranking de principais municípios criadores de caprinos é composto apenas por baianos e pernambucanos: Casa Nova (Bahia), Juazeiro (Bahia), Floresta (Pernambuco), Curaçá (Bahia) e Petrolina (Pernambuco).

A lista de maiores criadores de ovinos segue lógica semelhante: Casa Nova (Bahia), Juazeiro (Bahia), Dormentes (Pernambuco), Remanso (Bahia) e Afrânio (Pernambuco).

Produto de origem animal

Segundo o IBGE, o valor de produção dos principais produtos de origem animal no País alcançou R$ 121,1 bilhões em 2024, aumento de 8,2% em relação ao ano anterior. O grupo inclui leite de vaca, ovos de galinha, ovos de codorna, mel, casulos de bicho-da-seda e lã de ovelha.

O leite concentrou 72,3% do valor total de produção em 2024, R$ 87,5 bilhões, seguido pelos ovos de galinha, com 26,3% de participação, somando R$ 31,9 bilhões, e pelo mel, com fatia de 0,8%, R$ 1,0 bilhão.

O Estado de Minas Gerais registrou o maior valor de produção, 22,7% do total nacional, o equivalente a R$ 27,5 bilhões, sendo 87,9% desse montante oriundos da produção de leite. O Paraná alcançou um valor de produção de R$ 15,3 bilhões, seguido pelo Rio Grande do Sul, com R$ 12,1 bilhões.

Quanto ao ranking municipal, Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, tem o maior valor de produção deste grupo de produtos, R$ 1,8 bilhão, sustentado pela produção de ovos de galinha.

O segundo município do ranking é Castro, no Paraná, com R$ 1,3 bilhão, graças à sua produção leiteira. O terceiro lugar ficou com Bastos, em São Paulo, com R$ 1,3 bilhão gerados, impulsionado por ovos de galinha.

Aquicultura

Além dos seis produtos mencionados, há ainda a produção da aquicultura. A produção de peixes mostrou um aumento de 10,3% em 2024, chegando a um recorde de 724,9 mil toneladas, o que resultou em um valor de produção de R$ 7,7 bilhões, crescimento de 15,8% em relação a 2023.

A produção de camarão atingiu um ápice de 146,8 mil toneladas em 2024, crescimento de 15,2% ante 2023, com valor de produção de R$ 3,1 bilhões, um aumento de 16,3%.

A produção de ostras, vieiras e mexilhões, chamada malacocultura, totalizou 9,56 mil toneladas em 2024, alta de 21,7%, com um valor de produção de R$ 119,0 milhões, aumento de 37,0%, em relação ao ano anterior.

DownDetector: usuários reportam apagão em serviços do Google Gmail e Cloud nos EUA

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O número de usuários com dificuldades em acessar os serviços do Google Gmail e do Google Cloud nos Estados Unidos teve um salto na última hora, conforme a ferramenta de monitoramento DownDetector.

Por volta das 12h10 (de Brasília), haviam 579 relatos de problemas em acessar o Google Gmail, contra uma média de 8 relatos para horário semelhante nas quintas-feiras, segundo a ferramenta.

Já os problemas no Google Cloud somavam 214 relatos, contra média de apenas 1 relato neste período.

A ferramenta de monitoramento do DownDetector classificou os relatos em sua categoria máxima de seriedade, indicando “sinais fortes e duração suficiente” de problemas para alertar possível incidente iminente em uma empresa.


Inflação e tarifaço endurecem comunicado do Copom e reforçam corte nos juros só em 2026, dizem analistas

 

 

 A decisão do Banco Central (BC) pela manutenção da taxa básica de juros da economia em 15% ao ano não foi uma surpresa para o mercado, pois nos comunicados mais recentes o Comitê de Política Monetário (Copom), indicava que assim seria no caso de manutenção do cenário de economia aquecida, mercado de trabalho pressionado e inflação persistente.

Mas o tom mais “hawkish” do comunicado que acompanhou a decisão dessa quarta-feira, 17, ou mais “duro” no jargão dos economistas, foi o que chamou a atenção dos analistas. “O tom do texto seguiu indicando poucas chances de cortes de juros no curto prazo”, aponta Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Bmg.

“Além de repetir que a Selic seguirá no patamar mais contracionista por um tempo prolongado, o Copom, desta vez, fez questão de falar que vai retomar o ciclo de alta se julgar necessário”, diz Gabriel Lago, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital.

Lago reforça outro ponto do comunicado, que diz ver como um tom mais duro, “até um pouco mais do que veio em julho”. “O ponto que me chamou a atenção foi essa menção explícita às tarifas comerciais dos EUA contra o Brasil. Isso não tinha sido feito no comunicado, foi algo novo, isso mostra que ele está preocupado não apenas com a inflação interna, mas o que esse choque externo pode vir a pressionar o câmbio”,

Sobre a inflação, apesar da leve melhora nas expectativas para 2025, Gabriel Lago acredita que o cenário mais instável visto pelo Copom não só deixou o comunicado mais duro, mas “deixou claro que o comitê não vai reduzir, e, possivelmente, na próxima reunião, também não vai reduzir”.

A questão tarifária também foi o ponto de atenção para a Helena Veronesa, economista-chefe da B.Sode Investimentos. “O comunicado que acompanhou a decisão trouxe algumas mudanças em relação ao anterior, dentre as quais se destacam, o ambiente internacional ainda incerto por conta de questões geopolíticas e econômicas nos EUA, gerando volatilidade no preço dos ativos, e o efeito das tarifas na economia brasileira, o que, junto com a política fiscal, aumenta as incertezas”.

Para o mercado, diz Natalie Victal, economista chefe da SulAmérica Investimentos, trata-se de um comunicado duro, sem concessões, e que dificulta uma mudança rápida de tom. “No conjunto, a decisão veio na cauda mais dura do espectro de possibilidades: manteve a projeção de inflação em 3,4% apesar da melhora do câmbio, não suavizou a avaliação do cenário e reforçou o risco fiscal como motivo de cautela. Dada a comunicação de hoje, flexibilizações em 2025 só ocorreriam diante de melhora relevante de cenário”.