Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
A
Polícia Federal realizou nesta quinta-feira, 2, fiscalizações em
indústrias de bebidas nas regiões de Sorocaba e Grande São Paulo
suspeitas de vender produtos adulterados com metanol. Segundo a PF, as
amostras coletadas serão submetidas à análise técnica do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e também de laboratórios
especializados.
As verificações vão permitir avaliar a
conformidade dos insumos químicos, a existência de componentes proibidos
ou em níveis superiores aos permitidos e identificar a autoria, as
circunstâncias e a extensão das irregularidades.
Na
terça, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar a contaminação
de bebidas alcoólicas com metanol. O ministro da Justiça e Segurança
Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que pediu a abertura do inquérito
após indícios de que haja distribuição de bebidas contaminadas para
outros Estados do País.
De
acordo com o Ministério da Saúde, até a noite da quarta-feira, 1º de
outubro, o País registrava 43 casos suspeitos de intoxicação por
metanol.
Desse total, são 39 no Estado de São Paulo (sendo 10 confirmados) e outros quatro em Pernambuco, que ainda estão sob apuração.
Foi confirmado um óbito em São Paulo, enquanto outros sete seguem em investigação, sendo cinco em SP e dois em PE.
De acordo com a pasta, quatro ocorrências foram descartadas.
As
vendas de veículos tiveram no mês passado crescimento de 2,9% frente a
setembro de 2024, somando 243,3 mil unidades, entre carros de passeio,
utilitários leves, caminhões e ônibus. Na comparação com agosto, a alta
nos emplacamentos foi de 8%, segundo balanço divulgado nesta
quinta-feira, 2, pela Fenabrave, a entidade que representa as
concessionárias de automóveis.
Com o resultado, as vendas
acumuladas desde o início de 2025 chegam a 1,91 milhão de veículos, 2,8%
acima do volume vendido nos nove primeiros meses do ano passado,
confirmando uma desaceleração após a alta de 14% do ano passado.
Diante
do crédito mais caro, vendas a locadoras e o programa do governo
federal que prevê IPI mais baixo a carros compactos vêm ajudando a
sustentar as vendas de automóveis.
O
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou à
Anfavea, entidade que representa as montadoras, que vai participar da
abertura oficial do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo,
marcada para 20 de novembro no Distrito Anhembi, zona norte da capital
paulista. O chefe do Executivo, um entusiasta do retorno do salão,
recebeu o convite das mãos do presidente da Anfavea, Igor Calvet, em
encontro, na tarde da quarta-feira, 1º de outubro, no Palácio do
Planalto.
Lula cobrou por diversas vezes a volta do evento onde as montadoras apresentam as suas novidades ao público brasileiro.
O Salão do Automóvel foi realizado pela última vez em 2018, antes, portanto, da pandemia.
Conforme
nota da Anfavea que anuncia a presença do presidente no evento, a
próxima edição já tem ingressos disponíveis para os dias 22 a 30 de
novembro.
A
edição de 2025, informa a entidade, promete ser a mais interativa de
sua história, com mais de 300 modelos em exposição, test drives e
diversas experiências distribuídas pelos cinco pavilhões do Distrito
Anhembi.
Em abril do ano passado, na inauguração da sede da
Anfavea em São Paulo, Lula lembrou o quanto adorava visitar o salão e
ressaltou que, com o tamanho do mercado de carros do País, o Brasil
precisava retomar o evento.
“O
Salão do Automóvel está para o povo brasileiro como a corrida estava
quando o Ayrton Senna era vivo”, comentou o presidente na época.
As
vendas de motos tiveram, no mês passado, crescimento de 31,5% na
comparação com setembro de 2024. No total, 205,9 mil motocicletas foram
comercializadas, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira, 2, pela
Fenabrave, a associação que representa as concessionárias.
Na margem – ou seja, de agosto para setembro -, as vendas de motos subiram 11%.
Já
no acumulado de janeiro a setembro, foram vendidas 1,61 milhão de
motocicletas, alta de 14,4% que reflete a expansão dos serviços de
entrega (delivery), além da busca dos consumidores por veículos mais
baratos e econômicos em combustível.
O desempenho supera em 200
mil unidades as vendas de carros de passeio, cujo total, desde o início
do ano, é de 1,41 milhão de unidades.
Mais brasileiros serão isentos de IR, uma parcela passará a pagar menos
e os chamados super-ricos passarão a pagar um imposto mínimo (Crédito:
Agência Brasil)
Ana Carolina Nunesi
Com a aprovação na Câmara dos Deputados do projeto que isenta de pagar Imposto de Renda (IR)
quem ganha até R$ 5 mil por mês, o governo aponta que 10 milhões de
trabalhadores serão beneficiados, ampliando para 20 milhões o total de
brasileiros livres do recolhimento de IR. A economia mensal para quem
faz parte agora do grupo isento pode chegar a quase R$ 500 por mês, o
que representa perto de R$ 6 mil no ano (veja mais abaixo).
Para compensar a isenção de imposto para um contingente maior de contribuintes, o projeto aprovado de reforma do IR
também prevê que ganhos com lucros e dividendos a partir de R$ 50 mil
mensais pagos por uma mesma fonte passam a ser tributados. Até então,
dividendos eram isentos de imposto de renda. A partir dessa faixa,
haverá uma tributação progressiva de até 10%.
O governo estima
essa faixa maior de renda seja composta por um grupo de 141,4 mil
brasileiros – ou 0,13% do total de contribuintes e 0,06% da população do
país. Segundo o governo, essas pessoas pagam hoje uma alíquota efetiva
média de imposto de renda de apenas 2,54%.
Para
trabalhadores assalariados o imposto de renda segue sendo retido na
fonte, conforme a tabela progressiva de alíquotas, que chega a 27,5%
para as faixas de renda mais altas.
Outra mudança será na faixa de renda
entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350,00, que haverá uma redução parcial na
alíquota. E a partir de R$ 7.351, passa a incidir as alíquotas
progressivas existentes atualmente de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%.
Em
resumo, mais brasileiros serão isentos de IR, uma parcela passará a
pagar menos e os chamados super-ricos passarão a pagar um imposto
mínimo, mas ainda assim uma alíquota menor que a de um trabalhador CLT.
Atualmente, trabalhadores que ganham até dois salários mínimos, ou R$ 3.036, estão isentos do pagamento imposto de renda.
A pedido de IstoÉ Dinheiro,
o economista Guilherme Klein, do Made/FEA-USP, ajudou a calcular qual
seria a economia anual equivalente ao que se deixa de pagar de imposto
de renda para aqueles com renda até R$ 5 mil e qual será o desembolso no
ano daqueles que têm ganhos maiores que R$ 50 mil. Veja abaixo as
simulações por faixa:
Economia anual para rendas de até R$ 5 mil por mês
Vale apontar que para o cálculo anual não foi considerado o 13º salário ou outros rendimentos tributáveis.
Imposto pago para ganhos a partir de R$ 50 mil por mês
É possível fazer o cálculo usando sua renda exata na ferramenta www.calculadoradajustica.com.br,
desenvolvida pelo Instituto Lamparina, pelo Made/FEA-USP, pelo Sleeping
Giants Brasil e pela Teia de Criadores, que mostra o impacto da reforma
no bolso do contribuinte. Faça aqui a simulação.
Exemplos divulgados pelo governo do impacto do projeto de tributação de super-ricos (Crédito:Reprodução)
Próximos passos
A Câmara aprovou o texto-base do projeto, que não teve destaques.
Agora segue para apreciação do Senado, e deve ser votado até o começo
de novembro. O projeto precisa ser aprovado neste ano para que as novas
regras sejam aplicadas a partir de 2026, com reflexos na declaração de
ajuste anual (DIRPF) a ser feita em 2027.
Da esquerda para direita: Marcelo Melchior (CEO da Nestlé no Brasil),
Fernando Vichi (novo CEO do Grupo CRM), e Renata Vichi (atual CEO do
Grupo CRM) (Crédito: Divulgação/Grupo CRM)
Eduardo Vargasi
Renata Vichi, atual CEO do Grupo CRM – Kopenhagen
e Brasil Cacau – deixará seu cargo após quase três décadas na
companhia, dos quais cinco como executiva que liderava a operação. Ela
permanecerá no cargo até o fim deste ano de 2025.
Quem assumirá o cargo de CEO da Kopenhagen e da Brasil Cacau será Fernando Vichi, marido de Renata Vichi e atual Diretor de Operações (COO) da empresa.
A troca ocorre dois anos da aquisição do Grupo CRM pela Nestlé.
A decisão de saída partiu de Renata, segundo fontes a par do tema. A
executiva deverá passar a empreender, mas ainda não firmou nem divulgou
um plano definitivo.
Fernando integrava a operação da empresa há 18 anos e, no passado, já havia sido CFO e CIO do Grupo CRM.
Antes disso, teve passagens por AmBev e Kimberly-Clark. O executivo tem
um título de mestre em Engenharia Química pela Universidade de São
Paulo (USP).
Renata Vichi integra uma das famílias que já foi dona da companhia. Seu pai, Celso Ricardo de Moraes, comprou a Kopenhagen em 1996.
A
executiva possui formação em administração pela Fundação Armando
Álvares Penteado (FAAP) e em Publicidade e Propaganda pela FIAM-FAAM.
Afora a experiência na empresa da família, integrou também o board
da Arezzo&Co entre 2021 e 2024. Renata também passou a integrar o
grupo de empresários e executivos que apostam na exposição pública e na
criação de uma marca própria – em seu Instagram, soma pouco menos de 120
mil seguidores, criando conteúdo sobre empreendedorismo e seu mercado
de atuação.
Em seus 18 anos de Grupo CRM, ocupou as posições:
Trainee
Gerente de Marketing
Gerente de Marketing e Vendas
Diretora de Operações
Vice-Presidente
CEO (desde fevereiro de 2020)
“Ao
longo de 30 anos, Renata preservou e ampliou o valor tangível e
intangível de marcas centenárias como a Kopenhagen, presentes na vida de
gerações de brasileiros. Foi protagonista de inovações que
transformaram o setor, liderou campanhas e criou avenidas de
crescimento, como o lançamento de Brasil Cacau, democratizando o acesso
ao chocolate de qualidade”, diz a nota da Nestlé sobre a saída da executiva.
Kopenhagen segue com foco em expansão de franquias
Marcelo
Melchior, CEO da Nestlé Brasil, sinaliza que a nova gestão ‘seguirá
empenhada em reforçar ainda mais o sistema de franquias’, considerada
uma fortaleza do grupo.
Atualmente a Kopenhagen soma mais de 850
pontos de venda atualmente, ao passo que a Brasil Cacau – mais focada em
chocolates de preços menores – tem mais de 500 lojas franqueadas.
Com isso, o Grupo CRM inteiro possui mais de 1,3 mil pontos de venda.
A
companhia segue com um ‘plano de expansão arrojado’ em expandir
justamente nesta frente, segundo contou a executiva em entrevista ao
Dinheiro Entrevista, programa da IstoÉ Dinheiro. No ano anterior, o
volume de aberturas foi substancial.
“No ano passado foram 250 novas lojas [Kopenhagen
e Brasil Cacau juntas], o que representa um crescimento de 70% ante o
ano anterior. Agora em 2025 devemos ter mais novas 200 lojas, uma oferta
muito grande, além de novos leads”, disse Vichi.
Na
visão de Alexandra, saber entender o consumidor é vital atualmente.
"Ter essa postura vai muito além de investimentos feitos em fábricas,
pois cada vez mais eles desejam comprar algo de valor para ter em casa",
opinou, destacando o fato da planta de Joinville ser a maior fábrica de
refrigeradores do mundo. Ela também contou que o conceito do valor de
um produto vem mudando. Hoje, por exemplo, um eletrodoméstico tem de
combinar com o restante da casa dando maior destaque ao design. Outro
desafio é incorporar inovações e tecnologia como benefícios. "Um
refrigerador deve consumir menos energia e uma lavadora usar menos água.
É preciso oferecer para quem compra produtos que ofereçam alternativas
de usar de outra forma. Por essas razões a maior prioridade dentro do
modelo de liderança da Whirlpool é entender o consumidor. Muitas vezes a
solução pode estar com ele e não dentro da empresa", aconselhou.
Teixeira
relatou ao público presente que a Intelbras tem como uma de suas
diretrizes ouvir todos os colaboradores. Outro ponto focal é o
treinamento, pois a companhia tem uma ampla cadeia de revendas e canais
de distribuição em todo o Brasil. Assim como Alexandra, ele também
entende que agregar valor a um produto ou serviço faz com que o cliente
fique mais satisfeito. O executivo citou como exemplo as câmeras de
segurança comercializadas pela empresa. "Elas agregam muito mais que
monitorar ambientes, pois entregam informações. Dentro de um
supermercado é possível saber o número de pessoas que frequentam o local
diariamente, como também o gênero e idade. Em um shopping, os
seguranças podem receber um alerta se o aparelho flagrar alguém correndo
em uma situação de risco ou mesmo estranha", contou. "O caminho é
surpreender quem está consumindo, por isso o vendedor que está na ponta
faz o negócio acontecer", reforçou.
Lucas vê a inovação como principal ferramenta para defender o core business
de qualquer companhia. "Imagine alguém inventar um soprador que torne
uma toalha de banho sem utilidade", provocou a plateia, alertando que um
produto pode se tornar obsoleto com o tempo. Ainda no campo da
inovação, o diretor da têxtil catarinense, mais conhecida por seus
produtos de cama, mesa e banho, disse que a companhia oferece outras
soluções de tecidos técnicos úteis para fabricantes de colchão ou mesmo
calçados. A Döhler fornece tecidos de alta tenacidade (mistura de
poliamida e algodão) e com outras funcionalidades para uniformes do
Exército, por exemplo. Ele também contou que a companhia que fará 144
anos em dezembro está passando por uma reestruturação interna. "Somos
uma empresa familiar centenária que está iniciando uma trajetória para
profissionalizar a gestão", antecipou.