quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Costa Rica abre mercado para castanha-do-Brasil

 

O Brasil poderá exportar castanha-do-Brasil para a Costa Rica, informaram o Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em nota conjunta. O aval sanitário é para entrada do produto brasileiro com e sem casca, segundo as pastas.

“A castanha-do-Brasil, um dos principais produtos da sociobiodiversidade amazônica, é extraída de forma sustentável por comunidades tradicionais e reconhecida internacionalmente por seu valor nutricional. Além de gerar renda e promover o desenvolvimento regional, a castanha contribui para a conservação da floresta em pé, fortalecendo a imagem do País como fornecedor de alimentos de qualidade e de origem sustentável”, destacaram as pastas na nota.

O Brasil exportou US$ 272 milhões em produtos agropecuários para a Costa Rica em 2024, com destaque para cereais, farinhas, preparações e complexo soja, segundo dados da balança comercial.

No ano, o País acumula 143 aberturas de mercados para produtos agropecuários nacionais.

IBGE: brasileiros viajaram mais ao exterior em 2024 e gastaram mais com turismo

 

Desde o fim da pandemia, o brasileiro tem descoberto o que significa viajar. Seja pelo próprio país ou para o exterior, os dados do módulo de turismo da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE mostram que foram realizadas no ano passado 20,6 milhões de viagens.

O número é o mesmo registrado em 2023. Se à primeira vista o dado revela uma estagnação, por outro lado mostra a consolidação de um novo patamar de viagens e uma mudança na forma com que o braileiro se relaciona com o turismo, principalmente depois da pandemia.

No primeiro ano da crise sanitária, em 2020, os dados do IBGE mostraram que o número de viagens feitas pelos brasileiros foi de 13,4 milhões. Em meio à Covid-19, os brasileiros ficaram mais retraídos e realizaram 12,1 milhões de viagens em 2021.

Mais viagens ao exterior

As viagens nacionais seguem sendo a esmagadora maioria. Do total, 96,7% tiveram destinos domésticos em 2024. Apesar disso, o brasileiro viajou mais para o exterior no ano passado. Foram 668 mil viagens para fora do Brasil, 11% a mais do que as 619 mil de 2023.

Seja para o exterior ou para o Brasil, o principal motivo das viagens ainda é para lazer, mas existem mudanças em algumas tendências. A preferência brasileira em busca de sol e praia em 2020 respondeu por 55,5%, mas esse lazer perdeu espaço, recuando para 48,7%, 46,2% e 44,6%, respectivamente em 2021, 2023 e 2024. Já as viagens em busca de cultura e gastronomia, que em 2020 foram motivo para 15,5%, ganharam participação no total de viagens de lazer em 2024 e chegaram a 24,4%.

Os gastos totais em viagens nacionais com pernoite no Brasil, em 2024, alcançaram R$ 22,8 bilhões. O valor representa um crescimento de 11,7% em relação a 2023, quando os gastos somaram R$ 20,4 bilhões. Veja aqui o detalhamento.

Viagens por domicílio

Em 2024 foram estimados 77,8 milhões de domicílios particulares permanentes no Brasil, 11,1% a mais do que em 2020, quando esse valor foi de 70 milhões. Nos anos de 2020 e 2021, marcados pela pandemia, o percentual de domicílios em que ocorreu viagem de ao menos um morador ficou em 13,9% e 12,7%, respectivamente.

O turismo apresentou recuperação no ano de 2023 e em 15 milhões de domicílios, ou 19,8% do total, houve ocorrência de viagem de moradores, ao passo que em 2024 esse valor se manteve estável em 15 milhões de domicílios, porém, a participação foi reduzida para 19,3%.

Viagem dos mais pobres

Os dados da PNAD mostram que 21% dos domicílios brasileiros possuíam rendimento mensal domiciliar per capita inferior a metade do salário mínimo. No entanto, dentre os domicílios em que houve ocorrência de viagem de algum morador, 11,3% pertenciam ao grupo de rendimento mais baixo.

Já o grupo de domicílios com rendimento per capita de 4 ou mais salários mínimos, eram 7,4% do total de domicílios e 17,5% dos domicílios em que houve ocorrência de viagem. Os domicílios com rendimento de 2 a menos de 4 salários mínimos eram 13,9% do total e representaram 21,4% dos domicílios em que houve viagem de algum morador.

Por que executivos de fora ficam ‘perplexos’ com o Pix, segundo o General Manager do Paypal

 

Segundo o General Manager do PayPal no Brasil, Brunno Saura, o Pix ainda impressiona quem mora fora do Brasil – incluindo executivos e investidores estrangeiros.

O chefe do PayPal no Brasil relata que, em interações com executivos e diretores da empresa que são de fora do Brasil, ainda vê certa surpresa por conta do nível de eficiência do sistema de pagamentos instantâneo criado pelo Banco Central (BC).

“Quando a gente conversa internamente com os executivos de fora, e muito dos americanos, eles vêm a facilidade que um Pix é para realizar essas transferências entre diferentes instituições. Eles realmente ficam um pouco perplexos, porque o papel do regulador foi realmente para que isso fosse permitido e descomplicasse a vida de todo mundo”, conta, ao Dinheiro Entrevista.

“Quando eles olham isso, eles olham com bons olhos, e aí a gente tenta espelhar cada vez mais como é que o PayPal consegue se inteirar e trazer também essa facilidade pro consumidor. Mas todos olham e falam assim: ‘é um feito muito difícil de um país conseguir fazer algo que permeie diversas instituições’. É realmente visto como ‘uau, que democratização, que capacidade tem um país de poder entregar isso pra sua população'”, completa o executivo.

‘Pix não é concorrente’

Saura avalia que a empresa não enxerga o Pix como um concorrente direto, e que atualmente a empresa tem como uma das suas principais pautas avaliar como desenvolver tecnologias dentro do sistema, incluindo uma futura jornada de tokenização.

“O Pix é um caso de sucesso global. Acho que tem uma democratização por trás do Pix que o regulador trouxe, o Banco Central trouxe, que é muito legal, é um caso muito legal e o PayPal vê isso com ótimos olhos, porque eu acho que o papel do PayPal sempre foi como é que a gente democratiza, como é que a gente disponibiliza e conecta e realiza esses pagamentos com facilidade e de maneira nenhuma vê como um um concorrente, mas muito mais uma inovação pro mercado”, avalia.

Em breve a companhia passará a trabalhar com o sistema criado pelo BC como um processamento de pagamentos e oferecendo para as empresas que elas possam utilizar Pix com a ajuda do PayPal. A gestão da empresa já discute o tema ‘há muito tempo’, mas ainda deve entrar de vez nessa seara nos próximos meses.

‘Crossborder é o nosso arroz com feijão’

A agenda de inovação do Banco Central – chamada de Agenda BC# – mira eventuais transações que não tenham mais limites fronteiriços. Em outras palavras, pagamentos e transações instantâneas de um país para o outro.

Atualmente o PayPal considera que esse tipo de transação é o seu ‘arroz com feijão’, segundo Saura – que foi o que fez a companhia aumentar sua capilaridade, atualmente em mais de 200 países.

Todavia, esse tipo de transação só funciona entre duas pessoas que já são clientes e possuem contas no PayPal.

PayPal entrou no ramo de adquirência

Em meados de junho a companhia entrou no ramo de adquirência e, nesse campo, ‘não tira nada da mesa’, segundo Saura. Em outras geografias a companhia já teve cartão físico e, no Brasil, não descarta a ideia de eventualmente ter sua própria maquininha.

“Então [maquininha] está dentro das possibilidades. Mas eu acho que o papel da adquirência para a gente aqui, é como a gente melhora a qualidade dos serviços que a gente entrega para o vendedor. No final das contas é sobre como criar uma melhor aprovação, um melhor fluxo, o fluxo para o vendedor”, explica.

Essa nova vertente de negócio vem em meio a um plano de expansão global que mirou prioritariamente a Europa e agora tem foco na América Latina.

A empresa atua no Brasil desde meados de 2011 com sua carteira digital e tem aumentado o leque de produtos em um passado recente. A operação do PayPal em solo brasileiro conta com quase 200 funcionários e coloca o país dentre os mais relevantes da América Latina para a operação global da companhia.

Gestores públicos deveriam ser presos por paralisar obras iniciadas por antecessores, diz Lula

 

Lula não fala da aprovação da isenção do IR na Câmara em primeiro discurso feito após a votação –

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta quinta-feira (2) de uma agenda em Breves (PA). Sem citar nomes, o presidente também disse que administradores públicos deveriam ser presos por paralisar obras que foram iniciadas por antecessores.

“Eu acho que muitos administradores públicos deveriam ser presos por irresponsabilidade. Quando você deixa uma obra paralisada porque foi o seu adversário que começou a fazer a obra, você não está tendo nenhum respeito pelo povo da sua cidade”

“Eu gosto de todo mundo. Eu gosto dos ricos, dos pobres e da classe média, mas o governo tem que saber quem é que precisa do governo”, disse o presidente, que também declarou que o objetivo dele é cuidar “das crianças e das mulheres, mas sem esquecer ninguém”.

Lula também afirmou que o governo federal precisa ajudar o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) a cobrar uma concessionária que está demorando em entregar água potável para a Ilha do Marajó.

Nesta quinta, Lula inaugurou uma creche em Breves cuja obra, segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom), estava paralisada desde 2011. Lula também acompanhou cerimônias de entregas relacionadas ao Ministério da Educação na Ilha do Marajó.

Secovi: MCMV já responde por 60% das vendas e dos lançamentos de imóveis em São Paulo

 Apartamentos Minha Casa Minha Vida no Rio | Tenda.com

O Minha Casa Minha Vida tem respondido por uma fatia cada vez maior do mercado imobiliário na cidade de São Paulo, segundo a pesquisa do Sindicato da Habitação (Secovi-SP).

As vendas de imóveis dentro do programa habitacional na capital paulista cresceram 36% no acumulado dos últimos 12 meses até agosto, chegando a 66 mil unidades. Com isso, o MCMV já responde por 60% das vendas totais (ante 53% um ano atrás).

No caso dos lançamentos, os projetos dentro do MCMV dispararam 35% nos últimos 12 meses, para 74,8 mil unidades. Eles representaram 60% do total de lançamentos (ante 61% um ano atrás).

Já no caso dos empreendimentos do setor de médio e alto padrão (que engloba unidades acima de R$ 500 mil), o desempenho foi mais discreto. As vendas nos últimos 12 meses ficaram estáveis em 43,9 mil unidades, enquanto os lançamentos aumentaram 40%, para 49,5 mil unidades.

Os projetos do MCMV deslancharam desde que as novas regras do programa passaram a valer, em 2023, com redução dos juros e aumento dos subsídios e facilitação. Outra contribuição veio dos programas estaduais, com oferta de subsídios adicionais como entrada para aquisição da casa própria. Neste ano, o governo federal ampliou a abrangência do MCMV para imóveis de até R$ 500 mil. Até então, ia até R$ 350 mil.

Por sua vez, os empreendimentos do setor de médio e alto padrão são financiados com linhas de mercado, com subida das taxas de juros nos últimos meses. Esse fator tem esfriado os negócios no segmento.

Indústrias suspeitas de vender bebida adulterada com metanol são alvo de fiscalização da PF

 Seis pessoas morreram com suspeita de intoxicação por metanol após consumirem bebidas alcoólicas

 

A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira, 2, fiscalizações em indústrias de bebidas nas regiões de Sorocaba e Grande São Paulo suspeitas de vender produtos adulterados com metanol. Segundo a PF, as amostras coletadas serão submetidas à análise técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e também de laboratórios especializados.

As verificações vão permitir avaliar a conformidade dos insumos químicos, a existência de componentes proibidos ou em níveis superiores aos permitidos e identificar a autoria, as circunstâncias e a extensão das irregularidades.

Na terça, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar a contaminação de bebidas alcoólicas com metanol. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que pediu a abertura do inquérito após indícios de que haja distribuição de bebidas contaminadas para outros Estados do País.

De acordo com o Ministério da Saúde, até a noite da quarta-feira, 1º de outubro, o País registrava 43 casos suspeitos de intoxicação por metanol.

Desse total, são 39 no Estado de São Paulo (sendo 10 confirmados) e outros quatro em Pernambuco, que ainda estão sob apuração.

Foi confirmado um óbito em São Paulo, enquanto outros sete seguem em investigação, sendo cinco em SP e dois em PE.

De acordo com a pasta, quatro ocorrências foram descartadas.

Vendas de veículos sobem 2,9% em setembro ante setembro de 2024, mostra Fenabrave

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As vendas de veículos tiveram no mês passado crescimento de 2,9% frente a setembro de 2024, somando 243,3 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Na comparação com agosto, a alta nos emplacamentos foi de 8%, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, 2, pela Fenabrave, a entidade que representa as concessionárias de automóveis.

Com o resultado, as vendas acumuladas desde o início de 2025 chegam a 1,91 milhão de veículos, 2,8% acima do volume vendido nos nove primeiros meses do ano passado, confirmando uma desaceleração após a alta de 14% do ano passado.

Diante do crédito mais caro, vendas a locadoras e o programa do governo federal que prevê IPI mais baixo a carros compactos vêm ajudando a sustentar as vendas de automóveis.