sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Produção industrial cresce em 9 dos 15 locais pesquisados em agosto ante julho, diz IBGE

 

A produção industrial cresceu em nove dos 15 locais pesquisados em agosto ante julho, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve expansão no Pará (5,4%), Bahia (4,9%), Paraná (4,2%), Rio Grande do Sul (2,9%), Mato Grosso (1,4%), Goiás (1,4%), Região Nordeste (1,0%), São Paulo (0,8%) e Espírito Santo (0,4%). Na direção oposta, houve perdas no Amazonas (-7,4%), Pernambuco (-3,5%), Rio de Janeiro (-1,9%), Santa Catarina (-1,8%), Ceará (-1,5%) e Minas Gerais (-0,2%).

Na média global, a indústria nacional avançou 0,8% em agosto ante julho.

IBGE: preços de produtos na ‘porta da fábrica’ têm sétimo mês seguido de deflação

 

 

Houve reduções também em fevereiro (-0,12%), março (-0,60%), abril (-0,12%), maio (-1,21%), junho (-1,27%) e julho (-0,31%). Como consequência, o IPP acumulou redução de -3,62% no ano.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica“, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.

Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 12 tiveram queda de preço em relação ao mês anterior, sendo as variações mais intensas registradas em perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-1,66%); madeira (-1,59%); equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (1,59%); e papel e celulose (-1,42%).

Já as principais influências em agosto vieram de alimentos (-0,11 ponto percentual), outros produtos químicos (-0,08 p.p.), indústrias extrativas (-0,06 p.p.) e papel e celulose (-0,04 p.p.).

“Se observarmos o que acontece com o acumulado no ano, veremos que os principais impactos vieram de setores de grande peso na indústria: alimentos, metalurgia, indústrias extrativas e refino”, disse Alexandre Brandão, gerente do índice.

“O movimento desses preços tem explicações diversas, mas, no caso de alimentos, por exemplo, a safra é um fator que explica em grande parte a redução, não por acaso, açúcar, soja e arroz despontam como as principais influências no acumulado do ano”, completou.

Os custos do setor de alimentos caíram 0,44% em agosto, acumulando no ano recuo de 7,55%, mas avançando em 12 meses 1,45%.

Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo

Reforma do IR: qual o impacto da isenção no bolso dos brasileiros e na economia?

 

Caso seja aprovada no Senado, a reforma do Imposto de Renda (IR), representará uma alívio para o bolso de milhões de brasileiros, com impacto também no consumo e na economia.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula que a reforma do IR deve injetar cerca de R$ 27 bilhões por ano na economia a partir de 2026. “Esse aumento da renda disponível tende a reforçar o consumo e impulsionar as vendas no comércio, ampliando o dinamismo da atividade econômica”, destaca a entidade.

+ Reforma do IR: trabalhador terá ganho extra de até R$ 4 mil por ano; veja simulações

Pelo texto aprovado pela Câmara dos Deputados, estarão isentos de IR aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês. Como o novo teto, o governo aponta que 10 milhões de trabalhadores passarão a ter isenção, totalizando 15 milhões de brasileiros livres da mordida do Leão. Atualmente, quem ganha até dois salários mínimos, ou R$ 3.036, tem isenção de imposto.

Além da isenção para rendas de até R$ 5 mil, haverá redução de imposto de renda para ganhos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350,00. A partir de R$ 7.351, nada muda, passam a incidir as alíquotas progressivas existentes atualmente de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%.

Para compensação a isenção para um grupo maior de contribuintes, a reforma prevê que ganhos com lucros e dividendos acima de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil no ano, de mesma fonte pagadora, terão alíquota progressiva até atingir 10%. Assim, ganhos a partir de R$ 100 mil mensais ou R$ 1,2 milhão por ano, terão uma alíquota de 10%.

Em resumo, mais brasileiros serão isentos de IR, uma parcela passará a pagar menos e os chamados super-ricos passarão a pagar um imposto mínimo, mas ainda assim uma alíquota menor que a de um trabalhador CLT. Segundo o Ministério da Fazenda, a cobrança para cobrir a isenção atingirá cerca de 140 mil pessoas, 0,13% dos contribuintes, que hoje pagam, em média, apenas 2,54% de Imposto de Renda.

Consumo e PIB

O aumento da massa de rendimentos dos trabalhadores chegaria em um momento de desaceleração da economia, o que pode impactar na demanda por bens e serviços.

A expectativa atual para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 2,16% para 2015 e de 1,80% para 1,80%, bem abaixo do avanço de 3,4% registrado em 2024.

Críticas

Para a Unafisco Nacional, a reforma trará um alívio tributário real para rendimentos até R$ 7.350, mas mantém o peso da injustiça fiscal sobre a classe média tradicional, especialmente para quem ganha acima desse limite, uma vez que não corrige a defasagem acumulada da tabela para as faixas intermediárias e superiores.

“Quem ganha R$ 8.000, R$ 9.000 ou mais, por exemplo, profissionais de nível superior, supervisores, técnicos especializados, continua submetido à mesma tabela congelada desde 1996. A defasagem acumulada, que passa dos 170%, continua pesando integralmente sobre esses contribuintes”, afirma Mauro Silva, o presidente da entidade que representa os auditores fiscais.

O advogado Erlan Valverde, especialista em Direito Tributário e sócio do IW Melcheds Advogados, aprova o alívio proporcionado para a base da pirâmide, mas destaca que a reforma aumenta a pressão sobre empresas e “quem produz”.

“Estamos criando uma camada de tributação sem discutir a redução na pessoa jurídica. A conta fecha no papel, mas pesa na prática”, afirma, que também critica a falta de correção estrutural na tabela do IR, defasada em mais de 150%. “A medida é um alívio, mas não resolve a distorção. Faixas entre R$ 3 mil e R$ 9 mil seguem sendo penalizadas. É um problema histórico, que atravessa governos de diferentes orientações”, acrescenta.

 

 https://istoedinheiro.com.br/reforma-do-ir-impacto-da-isencao-no-bolso-e-na-economia

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Itamaraty confirma conversa de Vieira e Rubio e diz que delegação vai aos EUA negociar

 

O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta quinta-feira, 9, que o ministro Mauro Vieira conversou com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. Segundo o Itamaraty, foi acordado que uma comitiva do Brasil se reunirá com uma equipe dos Estados Unidos em Washington para debater o tarifaço.

Segundo o Itamaraty, “após diálogo muito positivo sobre a agenda bilateral, (Rubio e Vieira) acordaram que equipes de ambos os governos manterão reunião proximamente em Washington, em data a ser definida, para dar seguimento ao tratamento das questões econômico-comerciais entre os dois países, conforme definido pelos presidentes”.

Na nota, o Itamaraty afirmou que Rubio convidou Vieira para que integre a delegação brasileira que vai a Washington para negociar as questões econômicas e comerciais. O objetivo é ter uma reunião presencial entre os dois. “O secretário de Estado convidou o ministro Mauro Vieira para que integre a delegação, de modo a permitir uma reunião presencial entre ambos, para tratar dos temas prioritários da relação entre o Brasil e os Estados Unidos”, disse.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse, na manhã desta quinta, em entrevista à rádio Piatã, da Bahia, que Vieira havia falado por telefone com Rubio. “Agora começa um outro momento. Ainda ontem o secretário de Estado, Marco Rubio, ligou para o ministro Mauro Vieira. Talvez comece a conversa a partir de agora. Vamos ver se conseguimos nos acertar. O Brasil não quer briga com os EUA, com Bolívia, Uruguai. O Brasil quer paz e amor, queremos crescer e nos desenvolver”, disse.

China alerta sobre excesso de chuva em áreas de milho, trigo, soja e arroz

 Plantação de arroz china: 35 mil imagens, fotos e ilustrações stock livres  de direitos | Shutterstock

São Paulo, 9 – O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China e a Administração Meteorológica emitiram, nesta quinta-feira, 9, um alerta de risco de chuva contínua e alagamento em importantes regiões agrícolas do país. A previsão, conforme nota da pasta, indica excesso de chuva entre os dias 10 e 12 de outubro no noroeste oriental, no centro e sul do norte da China e no norte de Huanghuai.

As áreas mais afetadas, sob alerta laranja, incluem Xianyang, Tongchuan e Weinan (Shaanxi); Linfen, Yuncheng, Changzhi e Jincheng (Shanxi); Xingtai e Handan (Hebei); e Dezhou e Binzhou (Shandong). Nessas localidades, há risco elevado de atraso na colheita das culturas de outono.

Essas províncias fazem parte do cinturão agrícola do norte da China, onde predominam cultivos de trigo de inverno, milho e sorgo, além de soja e arroz em áreas irrigadas. Em Hebei e Shandong, há ainda forte produção de amendoim, algodão e frutas. Em Shanxi e Shaanxi, além de grãos, ganham destaque maçãs e outros cultivos frutíferos.

Segundo especialistas, a continuidade das chuvas pode comprometer tanto a qualidade da safra atual quanto o calendário de plantio para a próxima temporada.

 

 

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

Keeta anuncia início do delivery no litoral de SP e reforça plano de chegar a capital em 2025

 

O aplicativo de delivery Keeta, da chinesa Meituan, anunciou a data oficial do início das suas operações no Brasil. A empresa iniciará as entregas em 30 de outubro, nas cidades de Santos e São Vicente, no litoral de São Paulo. Em nota, a empresa afirma que as cidades serão um piloto para “acelerar sua entrada na capital paulista até o final de 2025”.

Ainda segundo a Keeta, já há 700 marcas de restaurantes de todos os portes em Santos e São Vicente cadastradas para trabalhar no piloto. O número abrange unidades de grandes redes como Sodiê, The Coffee, Seven Kings e Mania de Churrasco, e restaurantes de destaque local como Hey Burger, Chef Rangel, Dona Nice Steakhouse e Bardega Pizzaria.

“A assistência de alta qualidade para restaurantes parceiros de todos os portes, incluindo as PMEs, oferecida por meio de tecnologia avançada e suporte humano dedicado, com um time de mais de 1.000 gerentes de contas no Brasil, é um ponto forte da Keeta”, afirma o presidente de operações internacionais da Keeta, Tony Qiu.

A Meituan informa atender 770 milhões de pessoas por ano, com uma média de 80 milhões de pedidos diários. É líder na China, onde surgiu. Keeta é seu braço internacional.

Cedro e Gás Verde inovam com descarbonização da logística de mineração

 

A Cedro Mineração e a Gás Verde, maior produtora de biometano da América Latina, firmaram parceria para desenvolver um projeto piloto de descarbonização de frota na mineração brasileira. Durante o mês de outubro, a Cedro utilizará um caminhão movido a Gás Natural Veicular (GNV) para o transporte de minério de ferro entre Mariana e o Terminal Fazendão da Vale. As emissões do veículo serão neutralizadas por meio do Certificado de Garantia de Origem do Biometano (CGOB), fornecido pela Gás Verde.

Com a iniciativa, a Cedro Mineração, que atualmente opera com caminhões a diesel, pretende reduzir até 99% das emissões de sua frota. Estima-se que, em um ano, cerca de 11 mil toneladas de CO₂ poderão ser neutralizadas, o equivalente ao plantio de mais de 72 mil árvores.

O teste com GNV é o primeiro passo para aferir a eficiência energética da rota. A próxima etapa prevê o uso de caminhões movidos a biometano — biocombustível renovável produzido a partir da purificação do biogás gerado pela decomposição de matéria orgânica, ainda mais sustentável que o GNV. A recente regulamentação da Lei do Combustível do Futuro reconheceu o CGOB como instrumento que assegura a neutralização das emissões de carbono, contribuindo para que empresas alcancem suas metas ambientais.

De acordo com o presidente do conselho deliberativo da Cedro Participações, Lucas Kallas, “desde a criação da empresa, sempre pensamos no equilíbrio entre o desenvolvimento econômico das nossas atividades e o desenvolvimento sustentável. É nosso compromisso influenciar positivamente o setor de mineração e enfrentar os desafios de forma a garantir um presente e um futuro cada vez mais sustentáveis”.

A ação integra o projeto de expansão da mina de Mariana, que busca alcançar a produção anual de 5 milhões de toneladas de minério de ferro premium (pellet feed), matéria-prima de alta qualidade e baixo teor de impurezas. O produto contribui para reduzir em pelo menos 50% as emissões de carbono da indústria siderúrgica, um dos setores mais intensivos em emissões globais.

Outro projeto em andamento é o Transportador de Correia de Longa Distância (TCLD), com 19 quilômetros de extensão. O equipamento substituirá o transporte rodoviário, tornando o escoamento do minério mais eficiente, seguro e sustentável. A previsão é que o TCLD seja concluído em cerca de 24 meses, reduzindo significativamente as emissões e melhorando o trânsito na região.

Com operações em Mariana desde 2022, a expansão da mina integra os investimentos da Cedro na comunidade local. A expectativa é de geração de cerca de 300 empregos diretos e mil indiretos, impulsionando setores como comércio, serviços e transporte.

O prefeito de Mariana, Juliano Duarte, destacou que “o desenvolvimento sustentável é um caminho sem volta, e é motivo de muito orgulho para Mariana receber iniciativas como essa. A carreta movida a GNV representa inovação, redução de impactos ambientais e responsabilidade com o futuro. A Cedro Mineração mostra que é possível conciliar produção e preservação, e nós da gestão municipal estaremos sempre ao lado de projetos que tragam benefícios reais para a população e para o meio ambiente.”

A Cedro Mineração também mantém programas voltados à sustentabilidade e governança. Desde 2022, a empresa conta com um Programa de Compliance e Integridade e adota práticas ambientais como o uso responsável da água. A companhia reutiliza água residuária tratada proveniente de estações de efluentes, reduzindo a captação em fontes naturais. Em Nova Lima, 62% da água utilizada em 2021 para controle de poeira foi reaproveitada; em 2022 e 2023, o índice subiu para 86%, sendo 12,5% oriundo do efluente tratado. Operação semelhante foi iniciada em Mariana no fim de 2023.

Sobre a Cedro

Criada em 2017, a Cedro Participações atua nos setores de mineração, real estate, agronegócio, saúde e logística. O grupo, com mais de 3.500 colaboradores diretos e indiretos, segue rigorosos padrões de governança e compliance. Desde sua fundação, opera com foco em sustentabilidade, tendo iniciado suas atividades com o beneficiamento de rejeitos de minério sem uso de barragens.

Com presença em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo e Goiás, a Cedro lidera mais de 60 projetos sociais voltados à educação, cultura, esporte e saúde. É mantenedora de uma creche em Nova Lima (MG) que atende mais de 800 crianças em tempo integral e fornece mais de 4 mil refeições por dia.