segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Haddad: reclamam da parte fiscal porque foi decidido reduzir déficit mirando ‘andar de cima’

 Haddad nunca esteve tão forte, diz secretário-executivo da ...

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 20, que as reclamações que costumam ser feitas em relação à política fiscal do governo ocorrem porque o Executivo decidiu reduzir o déficit público mirando o “andar de cima”, e não os mais pobres.

“Faço questão de terminar dizendo uma coisa importante. Vocês ouvem falar muito da questão fiscal, que o governo gasta muito, que o governo só pensa em taxar bet e banqueiro. Eu quero dizer, presidente, o senhor vai terminar o seu mandato com o melhor resultado fiscal desde 2015”, disse Haddad, participante do lançamento do programa “Reforma Casa Brasil”, no Palácio do Planalto, nesta segunda.

Na sequência, disse que as reclamações sobre o fiscal ocorrem porque pela primeira vez um governo resolveu diminuir o déficit público brasileiro cortando o que chamou de “bolsa-empresário”. “Não cortando dos de baixo, não com quem precisa de moradia, não com quem vive de salário mínimo, não do aposentado, não. Dessa vez, a gente viu um espaço importante para cortar o chamado gasto tributário, que vem a ser o seguinte, é aqueles que moram na cobertura e não pagam condomínio. Essas pessoas foram chamadas a contribuir com a redução do déficit fiscal”, afirmou.

Haddad também repetiu que o terceiro mandato de Lula vai ser marcado pela menor inflação acumulada em quatro anos no Plano Real, e pela menor taxa de desemprego na série histórica do IBGE, iniciada em 2012. A renda do salário teve a maior alta desde o Plano Real, acrescentou o ministro.

Ele voltou a dizer que o crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) será o maior desde 2010, fim do segundo mandato do petista.

“Além disso, presidente, o senhor aumentou a renda do salário no Brasil como não se via desde o começo do Plano Real”, acrescentou o ministro.

Haddad afirmou ainda que o Minha Casa, Minha Vida voltou a valer e que o País está a alguns passos de acabar com o déficit habitacional.

PLATÔBR: Novo ataque hacker rouba milhões de instituição financeira e desafia BC

A fintech FictorPay foi alvo de um ataque hacker que teve início por volta das 18 horas do último domingo, 19, que resultou no roubo de cerca de R$ 26 milhões. A fintech é controlada pela holding Fictor, empresa de participações e gestão com foco nos setores de indústria alimentícia, serviços financeiros e infraestrutura. Fundada em 2007 e com 4.000 funcionários, a companhia faturou R$ 3,5 bilhões em 2024 e quer atingir um faturamento de R$ 5 bilhões em 2025

Os golpistas virtuais encontraram uma brecha no aplicativo white label da empresa contratada pela FictorPay e realizaram pelo menos 280 transações por Pix para aproximadamente 270 contas laranjas em diversos bancos e fintechs. Por meio dessa brecha, os invasores d ataque hacker obtiveram acesso a conta da empresa white label, o que permitiu o saque indevido de valores.

+Perfuração na bacia da Foz do Amazonas permite Brasil conhecer potencial de suas reservas, diz IBP

As transferências feitas pelos criminosos não se sujeitaram à limitação de valor imposta pelo Banco Central. A FictorPay não é participante do Pix. Ela se conecta ao sistema por meio de empresas prestadoras de serviços que se enquadram nas normas da autoridade monetária e que não tiveram os seus sistemas afetados.

Uma das empresas que presta serviço para a FictorPay é a Celcoin, que informou à reportagem que não houve qualquer invasão, ataque ou comprometimento em sua infraestrutura tecnológica ou ambiente transacional. Segundo a companhia, foi identificada uma “movimentação atípica” na conta de um cliente, prontamente detectada pelos sistemas de monitoramento.

“Assim que o comportamento foi percebido, bloqueamos preventivamente as operações e alertamos imediatamente o cliente. As análises indicam que a origem do incidente está em uma empresa provedora de soluções de aplicativo white label utilizada por este cliente e por outras empresas do mercado, impactando diversos players de BaaS e Core Banking, sem qualquer relação com a Celcoin. Reforçamos que nenhuma invasão ou fraude ocorreu em nosso ambiente”, informou.

Ataque desafia BC

O novo ataque hacker mostra que os bandidos não têm se intimidado com os esforços da autoridade monetária e da Polícia Federal para garantir mais segurança no ambiente virtual de pagamentos.

Como mostrou o PlatôBR, o BC limitou em R$ 15 mil o valor de transferências para instituições de pagamento não autorizadas pela autarquia e para aquelas que se conectam ao sistema financeiro por meio de empresas terceirizadas, conhecidas tecnicamente como PSTIs (Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação). Atualmente, 250 instituições se conectam ao sistema financeiro por meio de terceirizadas.

Procurado, o BC não quis se manifestar sobre o ataque hacker. O PlatôBR entrou em contato, por telefone, com a FictorPay, mas não obteve retorno. Também enviou mensagens no LinkedIn do CEO da FictorPay, Ricardo Abdo, e do CEO do grupo Fictor, Rafael Gois. O espaço segue aberto para pronunciamento da companhia.

Leia a íntegra a nota da empresa:

A Celcoin informa que não houve qualquer invasão, ataque ou comprometimento em sua infraestrutura tecnológica ou ambiente transacional.

Foi identificada uma movimentação atípica na conta de um cliente, prontamente detectada por nossos sistemas de monitoramento. Assim que o comportamento foi percebido, bloqueamos preventivamente as operações e alertamos imediatamente o cliente.

As análises indicam que a origem do incidente está em uma empresa provedora de soluções de aplicativo white label utilizada por este cliente e por outras empresas do mercado, impactando diversos players de BaaS e Core Banking, sem qualquer relação com a Celcoin. Reforçamos que nenhuma invasão ou fraude ocorreu em nosso ambiente.

Seguimos apoiando o cliente nas investigações e nos procedimentos de recuperação dos valores, mantendo contato direto com as autoridades competentes.

Reafirmamos que todas as operações e ambientes da Celcoin permanecem estáveis e seguros, em total conformidade com as normas do Banco Central do Brasil.

Apple está perto de se tornar a terceira empresa do mundo a atingir US$ 4 tri em valor de mercado

 

As ações da Apple atingiram recorde nesta segunda-feira, 20, colocando a empresa perto de se tornar a terceira companhia do mundo a atingir um valor de mercado de US$ 4 trilhões. O avanço ocorria motivado por dados que mostraram forte demanda pelo iPhone 17.

Ao longo da sessão desta segunda-feira, as ações da Apple chegaram a subir 4,5%, para US$ 263,70, dando à empresa um valor de mercado de cerca de US$ 3,91 trilhões e tornando-a a segunda empresa mais valiosa do mundo, atrás da gigante de chips de inteligência artificial Nvidia.

Nvidia e Microsoft atingiram em julho o valor de US$ 4 trilhões em valor de mercado.

Dados da empresa de pesquisa de mercado Counterpoint mostraram que o iPhone 17 superou seu antecessor nas vendas iniciais na China e nos Estados Unidos, com os modelos da nova linha vendendo 14% mais que a edição anterior do aparelho durante os primeiros 10 dias de comercialização nos dois países.

No fim de semana, a Evercore ISI afirmou que espera que a Apple supere as expectativas do mercado para o terceiro trimestre e divulgue projeções otimistas para os três últimos meses do ano.

“O recente lançamento de compras online (do aparelho) na China pode ser um fator positivo para o trimestre de dezembro, já que os dados iniciais de tempo de entrega refletem uma demanda inicial mais forte em relação a outras regiões no lançamento”, escreveram analistas da Evercore ISI em nota.

As ações da Apple devem registrar o maior salto diário desde o início de agosto se os ganhos se mantiverem e deverão acumular valorização de 5% no ano.

A Apple divulga resultado de terceiro trimestre em 30 de outubro, após o fechamento do mercado.

Strategy compra mais de 160 Bitcoins por US$ 18,8 milhões

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A Strategy, maior detentora corporativa de Bitcoin do mundo, adquiriu 168 Bitcoins por US$ 18,8 milhões, com preço médio de US$ 112 mil por moeda digital, de acordo com um documento da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) divulgado nesta segunda-feira, 20.

A compra é um novo esforço de expansão da tesouraria companhia. No fim de agosto, a Strategy anunciou que havia adquirido mais de três mil Bitcoins.

Às 15h (de Brasília), a ação da Strategy subia 3,05% em Nova York, enquanto o bitcoin acumulava alta de cerca de 1,12% em 24 horas, a US$ 110.367,48, segundo cotação da Binance.

Balança comercial tem superávit de US$ 1,108 bilhão na 3ª semana de outubro

 

Brasília, 20 – A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,108 bilhão na terceira semana de outubro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 20, o valor foi alcançado com exportações de US$ 7,085 bilhões e importações de US$ 5,976 bilhões.

No ano, de janeiro a outubro de 2025, o superávit soma um total de US$ 48,776 bilhões, resultado de US$ 276,143 bilhões em exportações e US$ 227,367 bilhões em importações.

Outubro

Nas três primeiras semanas de outubro, o superávit na balança foi de US$ 3,297 bilhões.

Até a terceira semana de outubro, comparado ao mesmo período de outubro de 2024, as exportações cresceram 6% e somaram US$ 18,351 bilhões. O desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 12,7% em Agropecuária, que somou US$ 3,742 bilhões; crescimento de 23,4% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 4,606 bilhões e, por fim, queda de 2,5% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 9,890 bilhões.

As importações também subiram 1,1% nas primeiras três semanas de outubro e totalizaram US$ 15,053 bilhões na mesma comparação, com queda de 0,5% em Agropecuária, que somou US$ 274 milhões; queda de 22% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 709 milhões e, por fim, crescimento de 2,6% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 13,975 bilhões.

Lula lança programa com R$ 40 bi em crédito para reforma de casas; veja taxas de juros

 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança nesta segunda-feira, 20, um programa com R$ 40 bilhões em crédito para reforma de casas no país que envolverá recursos do Fundo Social e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), informou o Palácio do Planalto em comunicado.

Inicialmente, o programa Reforma Casa Brasil beneficiará moradores de áreas urbanas em capitais, municípios com mais de 300 mil habitantes, ou que façam parte de arranjos populacionais com esse porte.

Dos recursos, R$ 30 bilhões virão do Fundo Social e serão destinados a famílias com renda de até R$ 9.600. Os R$ 10 bilhões restantes serão disponibilizados pela Caixa via SBPE para famílias com rendas superiores a esse valor.

Taxas de juros variam conforme a faixa de renda

  • Faixa 1: renda de até R$ 3.200, juros a partir de 1,17% ao mês
  • Faixa 2: renda entre R$ 3.200,01 e R$ 9.600, juros de 1,95% ao mês
  • Acima de R$ 9.600: condições estabelecidas pela Caixa

Para famílias com renda acima de R$ 9,6 mil, as condições serão estabelecidas pela Caixa, contemplando valores de financiamento a partir de R$ 30 mil, prazo de pagamento até 180 meses e taxa de acordo com o valor do crédito.

As operações serão feitas digitalmente pelo site ou aplicativo da Caixa a partir de 3 de novembro, segundo o Planalto.

Recentemente, o governo Lula também anunciou um novo modelo de crédito imobiliário que prevê uma flexibilização gradual do direcionamento obrigatório dos depósitos nas cadernetas de poupança a essa modalidade de financiamento e também da parcela recolhida compulsoriamente ao Banco Central, visando aumentar os recursos disponíveis para o financiamento da casa própria.

Petrobras anuncia licença para explorar petróleo na Margem Equatorial

 

A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (20), que recebeu uma licença para iniciar a perfuração de “um poço exploratório” de petróleo em águas profundas do Amapá, a aproximadamente 500 km da foz do rio Amazonas, na Margem Equatorial brasileira.

“A Petrobras atendeu a todos os requisitos estabelecidos pelo Ibama, cumprindo integralmente o processo de licenciamento ambiental”, afirmou a empresa em um comunicado enviado à AFP às vésperas da COP30, a cúpula climática da ONU, que será realizada em novembro em Belém do Pará.

O órgão ambiental autorizou a perfuração de um poço exploratório em águas profundas da Margem Equatorial, próximo à foz do caudaloso rio Amazonas, um projeto que tem colocado o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em conflito com ambientalistas.

Segundo a Petrobras, a perfuração está prevista para começar “imediatamente” e sua duração estimada é de cinco meses.

Esta região, situada a 175 km da costa, faz parte de uma vasta área marítima denominada Margem Equatorial, onde a Guiana e o Suriname já descobriram enormes reservas de petróleo.

O potencial destas novas jazidas é considerável, estimado em 10 bilhões de barris.

A exploração desta nova fronteira petrolífera no Brasil pode parecer um paradoxo para um país que tenta se posicionar na vanguarda da luta contra o aquecimento global, intensificado pela queima de combustíveis fósseis.

O Brasil sediará entre 10 e 21 de novembro a COP30 na cidade amazônica de Belém.

Frente às críticas dos ambientalistas, o presidente Lula afirma que a exploração de hidrocarbonetos é necessária para financiar a transição para fontes limpas de energia.

Em 2023, o Ibama já tinha negado à Petrobras uma licença exploratória, alegando que a empresa não tinha apresentado as garantias necessárias para proteger a fauna no caso de um vazamento de petróleo.

A Petrobras apresentou um recurso para que esta decisão fosse reconsiderada e Lula aumentou a pressão, ao afirmar que o Ibama é um órgão do governo que agia como se fosse “contra o governo”.

Em fevereiro, uma nota técnica do Ibama à qual a AFP teve acesso recomendava negar a licença ambiental, ao ressaltar o risco de perda maciça de biodiversidade em um ecossistema marinho altamente sensível.

A aprovação da licença ocorreu após testes prospectivos realizados pela Petrobras em agosto, com os quais a empresa buscou demonstrar sua capacidade de responder a um possível vazamento.

O Brasil é o maior produtor de petróleo da América Latina, com 3,4 milhões de barris por dia em 2024, embora sua matriz energética seja baseada majoritariamente em fontes renováveis.