sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Rede Amigo da Criança terá mais 18 hospitais habilitados pelo governo

Ministério da Saúde.PNG — Transferegov.br

 

Mais 18 hospitais da rede Amigo da Criança serão habilitados pelo Ministério da Saúde. A medida visa diminuir os índices de mortes maternas e neonatais. De acordo com o ministério, o país registrou 1.325 mortes maternas e 40.025 mortes neonatais apenas em 2023.

“A razão de mortalidade materna chegou a 117 por 100 mil nascidos vivos em 2021 por conta do impacto da pandemia, e o índice passou para 55,3 em 2023”, detalha a pasta.

Estão previstos um total de R$ 25 milhões na iniciativa, que contava, até então, com R$ 12 milhões anualmente. Com as novas unidades, o país passa a contar com 335 unidades Amigo da Criança em 26 unidades da Federação.

Além disso, 56 hospitais passam por atualização de código de habilitação, processo que, segundo o ministério, “amplia o escopo da rede de hospitais ao incluir o Cuidado Amigo da Mulher, garantindo a permanência da mãe e do pai junto ao recém-nascido de risco”.

Exemplo de hospital

Brasília (DF), 06/10/2025 – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o HUB é exemplo de hospital amigo da criança. Foto-arquivo: Valter Campanato/Agência Brasil – Valter Campanato/Agência Brasil

O anúncio das novas unidades foi feito pelo ministro Alexandre Padilha, nesta sexta-feira (24), durante visita ao Hospital Universitário de Brasília (HUB), unidade que, segundo ele, é “um exemplo de hospital amigo da criança”.

“Aqui vemos o cuidado humanizado em cada detalhe, a dedicação das equipes e a formação de profissionais comprometidos com o acolhimento. A pediatria nos ensina muito sobre empatia e escuta, desde se abaixar para falar com a criança até entender o papel da família nesse cuidado”, acrescentou.

Em nota, o ministério informou que, com as novas unidades, o governo reconhece práticas de cuidado humanizado que fortalecem a atenção integral desde o parto até os primeiros dias de vida.


Amigo da Criança

Criada em 1992, a rede Hospital Amigo da Criança é mais uma das ações do ministério que pretende no âmbito da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança – a exemplo da Rede Alyne, lançada em 2024, com a meta de reduzir em 25% as mortes maternas até 2027, por meio da ampliação de exames de pré-natal e no financiamento de leitos e bancos de leite humano.

Alckmin inaugura Zona de Processamento de Exportação no Mato Grosso

 

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, inaugurou, nesta sexta-feira (24), a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres, no Mato Grosso.

“Os setores que exportam, estando numa ZPE, eles têm uma facilidade, tem um ganho do ponto de vista econômico que ajuda no processo da exportação. E nós estamos aqui quase na fronteira, então, é extremamente importante”, explicou.

Com uma área de 240 hectares, a ZPE de Cáceres contou com investimentos de R$ 51,3 milhões em obras de infraestrutura e da área administrativa.

As ZPEs são áreas de livre comércio destinadas à produção de bens para exportação e à prestação de serviços vinculados à atividade exportadora. Essa é a quarta ZPE ativa no país, somando-se às de Uberaba (MG), Pecém (CE) e Parnaíba (PI).

 A produção nesse espaço, destinada à exportação, garante às empresas suspensão do recolhimento de alguns impostos e tributos na aquisição de insumos e matérias primas, com a conversão em isenção ou alíquota zero caso o produto final seja exportado. Se a produção for vendida no mercado interno, a cobrança de tributos é realizada.

Alckmin destacou que Cáceres é um município com uma grande extensão territorial – 12 vezes maior a cidade de São Paulo – e que pode atrair investimentos para instalação de agroindústrias, por exemplo, agregando valor aos cultivos e criações da região.

“Se eu sou campeão na agropecuária, eu vou agregar valor para poder gerar mais emprego e melhorar a renda”, argumentou, em conversa com jornalistas locais.

A nova ZPE já conta com uma empresa operando, a TRC Agroflorestal, que produz placas de madeira e teca.

Integração

A ZPE de Cáceres ainda está localizada estrategicamente em uma das rotas de Integração Sul-Americana, a rota do Quadrante Rondon. O programa do governo brasileiro visa otimizar a logística e fortalecer o comércio com os países vizinhos e a Ásia, conectando diversas regiões do Brasil através de projetos em rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos.

O presidente afirmou, ainda, que vai conversar com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para destravar a Hidrovia Paraguai-Paraná. A via fluvial na bacia do Rio da Prata conecta cinco países sul-americanos: Brasil, Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai.

“O trecho que precisa ser desassoreado, que precisa melhorar o calado, é Cáceres até Corumbá [MS]. Então, esse é o trecho que precisa ter o investimento. Nós precisamos ter eficiência econômica, reduzir custos, melhorar a logística e integrar modais, integrar os vários tipos de modais. Então, essa hidrovia é essencial”, destacou.

 

Agronegócio terá espaço para vitrine de soluções sustentáveis na COP30

 

São Paulo, 24 – O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vai estar presente na AgriZone, um dos espaços de discussão da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) para debater sobre sustentabilidade. A programação será realizada de 10 a 21 de novembro, das 10h às 18h, com entrada gratuita.

Com coordenação da Embrapa, a proposta é reunir iniciativas voltadas à agricultura sustentável, segurança alimentar e descarbonização da produção.

De acordo com o Ministério, a AgriZone vai abrigar aproximadamente 400 eventos, com painéis, exposições, experiências gastronômicas e culturais, além de vitrines de soluções tecnológicas e práticas agroambientais de baixo carbono.

As atividades incluem painéis e encontros que discutem desde políticas públicas de mitigação de emissões até experiências práticas de restauração produtiva e bioeconomia.

Fávaro anuncia que Malásia abriu mercado para 6 produtos do Brasil

 Veja quem é Carlos Fávaro, futuro ministro da Agricultura ...

Brasília, 24 – O Brasil poderá exportar seis novos produtos agropecuários para a Malásia. A abertura de mercado foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, após reunião bilateral no Ministério da Agricultura da Malásia em Kuala Lumpur durante a missão presidencial ao país asiático.

“Seis mercados abertos, a retomada importante da exportação do frango brasileiro e novas oportunidades para o setor produtivo e para a população brasileira”, afirmou Fávaro em vídeo nas redes sociais.

De acordo com o ministro, o Brasil poderá exportar pescados extrativos e de cultivo para o mercado malaio.

O país autorizou ainda a entrada de gergelim e ovo em pó do Brasil.

A Malásia também liberou a importação de melões do Ceará e do Rio Grande do Norte e de maçãs do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Além das aberturas de mercados, a Malásia vai retomar a importação de frango brasileiro, embarques que estão suspensos desde 16 de maio quando o Brasil registrou um caso de gripe aviária em plantel comercial.

“Retomamos o comércio de carne de frango em apenas 3 meses, um processo que poderia levar 12 meses conforme prevê o protocolo e já nesse curto espaço de tempo conseguimos concluir”, disse Favaro.

Como mostrou o Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a flexibilização do protocolo de exportação de frango era uma das prioridades do governo brasileiro na comitiva.

A Malásia também confirmou ao governo brasileiro a realização de uma auditoria em novembro em 16 frigoríficos de carne suína para habilitação para exportações. Atualmente, dois frigoríficos estão aptos a exportar carne suína ao país do Sudeste Asiático.

Filandesa Wärtsilä fecha contrato com Âmbar para operação e manutenção de térmicas

 Âmbar Energy

A finlandesa Wärtsilä assinou com a Âmbar Energia, braço de geração de energia do grupo J&F, um contrato de operação e manutenção de cinco anos para três usinas térmicas localizadas em Manaus, que somam 92 megawatts (MW) produzidos por cinco motores Wärtsilä 50SG, informou a companhia em nota nesta sexta-feira, 24.

Recém-convertidas para operar exclusivamente a gás natural – caso único no País, segundo a Wärtsilä -, as plantas passarão a ser administradas sob um modelo de remuneração atrelado ao cumprimento de metas claras de desempenho, garantindo disponibilidade e confiabilidade ininterruptas.

“Este acordo baseado em resultados com a Âmbar Energia garante que alcançaremos juntos objetivos comuns, o que nos aproxima um passo mais das nossas metas de descarbonização. O acordo garante benefícios mútuos e uma responsabilidade clara”, disse em nota o diretor de Negócios de Energia da Wärtsilä Energy, Gaston Giani.

A fornecedora finlandesa ficará responsável pelo gerenciamento de prognóstico da manutenção e pelo suprimento de peças, o que, na prática, maximiza o tempo de atividade dos motores e mantém custos operacionais previsíveis, segundo a companhia.

Para o diretor de operações da Âmbar Energia, Fábio Bindermann, “o acordo visa criar valor para o nosso negócio por meio do aumento da eficiência operacional, da redução de custos e da conformidade regulamentar.”

Com 43 unidades de geração espalhadas pelo País, a Âmbar é hoje a quarta maior produtora de energia a gás natural do Brasil e também atua em fontes hídrica, solar, biomassa, carvão e biogás. Já a Wärtsilä soma 79 gigawatts (GW) instalados e 130 sistemas de armazenamento em 180 países, oferecendo soluções que combinam flexibilidade e suporte à descarbonização do setor elétrico, de acordo com a companhia.

Prévia da inflação: Alimentos têm deflação pelo 5º mês seguido; veja maiores quedas do ano

 

Os alimentos foram considerados os grandes vilões da inflação no primeiro semestre do ano. Agora, porém, têm dado uma contribuição importante para a desaceleração da alta dos preços gerais da economia nacional.

Pelo quinto mês consecutivo, os alimentos registram deflação, conforme dados do IPCA-15 divulgados hoje pelo IBGE, considerados a prévia da inflação para o mês de outubro. Enquanto o indicador geral registrou uma alta de 0,18%, os preços dos alimentos recuaram 0,02%.

Os alimentos que tiveram as maiores quedas nos 15 primeiros dias de outubro foram pepino (-24,4%), abobrinha (-20,8%), morando (-15,6%), peixe castanha (-12,7%) e o pimentão (-9,5%). Já as maiores altas ficaram por conta da valorização do maracujá (+21,5%), limão (+16%), laranja lima (+10,7%), banana maçã (+8,7%) e banana d’água (+7,6).

Produtos que foram símbolos da alta dos preços dos alimentos há alguns meses, hoje, tem dado uma contribuição menor. O preço do café moído, por exemplo, teve uma alta de apenas 0,4% nos primeiros 15 dias de outubro. Já o azeite de oliva, outro item que havia disparado de preços, na primeira quinzena de outubro, caiu 2%.


Alimentos

Inflação em 12 meses

Apesar dos preços dos alimentos terem entrado em uma trajetória de queda desde junho, no acumulado dos últimos 12 meses a situação é diferente. Enquanto a prévia da inflação oficial acumula uma alta de 4,94%, a inflação dos alimentos é de 6,26%.

Os produtos que mais subiram de preços no acumulado dos últimos 12 meses foram café moído (+53,1%), abobrinha (+42,9%), pimentão (+36,2%), tomate (+28,2%) e café solúvel (+26,5%). Os alimentos que mais caíram de preço no mesmo período foram a batata inglesa (-39,2%), feijão preto (-32,2%), cebola (-27,2%), pepino (-27%) e arroz (-22,5%).

“Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,94%, menor do que os 5,32% registrados em setembro, mas ainda bem acima da meta de inflação, que é de 3%. Na nossa visão, o cenário segue desafiador, especialmente no segmento de serviços subjacentes, que exclui itens mais voláteis, como passagens aéreas. Embora tenha desacelerado de 6,7% em setembro para 6,3% em outubro, a inflação dessa categoria segue em patamar elevado”, disse Claudia Moreno, economista do C6 Bank .

Alimentos em 2025

Considerando apenas o que aconteceu em 2025, a situação é mais equilibrada. Segundo o IBGE, o IPCA-15 deste ano até outubro está em alta de 3,94%, enquanto os preços dos alimentos apresentam uma valorização de 3,34%.

Os alimentos que mais subiram de preço em 2025 foram a abobrinha (+48,2%), o café moído (+44,5%), pimentão (+42,9%), manga (+34,9%) e o tomate (+27,1%). As maiores quedas do ano ficam por conta do abacate (-56,5%), da laranja lima (-40,6%), da batata inglesa (-34,1%), feijão preto (-31,5%) e da laranja pera (-27,6%).

“Nossa avaliação é que, até o início de 2026, a inflação projetada pelo Banco Central para o horizonte relevante estará em linha com a meta. Isso deve levar a autoridade monetária a iniciar o ciclo de cortes de juros a partir de janeiro de 2026, reduzindo a taxa Selic para 11,0% em dezembro de 2026”, disse Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo.

Agtech Produzindo Certo capta R$ 20,7 mi para ampliar monitoramento de fazendas

São Paulo, 24 – A Produzindo Certo, agtech que monitora práticas sustentáveis em fazendas, captou R$ 20,7 milhões em rodada de investimento liderada pelos fundos Arar Capital e SP Ventures, com participação do The Yield Lab (TYL), SLC Ventures e Agroven, informou a companhia nesta sexta-feira. Os recursos serão aplicados na ampliação da base de fazendas monitoradas, reforço às áreas comercial e de tecnologia, e expansão de parcerias com o setor financeiro.

A empresa, criada em 2019 como spin-off da ONG Aliança da Terra, monitora atualmente cerca de 8,5 milhões de hectares e 10 mil fazendas no País. A plataforma integra dados sobre uso do solo, conformidade ambiental, rastreabilidade e indicadores de sustentabilidade nas cadeias de soja, milho, carne e couro. “Essa rodada nos permite acelerar nosso impacto e transformar dados em valor e soluções reais para o campo”, afirmou a cofundadora e CEO da Produzindo Certo, Aline Locks, em comunicado.

A carteira de clientes inclui Unilever, Nestlé, ADM, Louis Dreyfus Company (LDC), Brasilseg (BB Seguros) e Bunge. “Nossa plataforma conecta o campo às decisões corporativas e financeiras, oferecendo dados confiáveis sobre conformidade, riscos e resultados socioambientais. É a base para um agro mais competitivo, regenerativo e rastreável”, disse o cofundador e diretor de Operações, Charton Locks.

Com os novos recursos, a agtech planeja intensificar a busca por parcerias com bancos e seguradoras que utilizam seus dados para crédito verde, seguros e investimento de impacto. A estratégia pretende consolidar a Produzindo Certo como o principal hub de inteligência socioambiental do agro latino-americano.

A companhia lidera programas coletivos de impacto, como o Reg.IA, consórcio de agricultura regenerativa da América Latina, e o Bov.IS, de pecuária sustentável, que reúnem produtores, indústrias e instituições financeiras para medir e valorizar práticas regenerativas. A plataforma também é utilizada na geração de créditos RTRS (Round Table on Responsible Soy), com mais de 5 milhões de toneladas de soja e milho certificados destinados a compradores globais, além de dezenas de milhares de créditos de couro sustentável para a indústria da moda.