segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Dona do iFood, Prosus passa a ter BDR negociado na bolsa brasileira

 

Com a tradicional cerimônia de Toque de Campainha na B3, a Prosus (PRXB), uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, iniciou as negociações do seu BDR na bolsa de valores brasileira. Com sede corporativa em Amsterdã, na Holanda, a companhia é listada na Euronext, e é controladora na América Latina da Decolar, Sympla, OLX Brasil e iFood.

O novo BDR faz parte da categoria patrocinado, ou seja, é emitido por uma instituição depositária contratada pela companhia estrangeira emissora dos valores mobiliários. Os BDRs correspondem a frações de ações da empresa e estão disponíveis também para a pessoa física.

Segundo o CEO da Prosus, Fabricio Bloisi, a empresa se inspira em gigantes de tecnologia, como Google e Amazon, e vê espaço para aproximar os investidores brasileiros do setor que movimenta as bolsas no mundo. “Estamos listando a Prosus no Brasil com o objetivo de aproximar o mercado de investidores com uma grande empresa de tecnologia que está fortemente baseada aqui na América Latina”.

“A listagem dos BDRs da Prosus na B3 representa mais um passo para aproximar dos investidores brasileiros o ecossistema global de tecnologia e de e-commerce voltado ao estilo de vida que a companhia vem construindo. A América Latina é um dos mercados mais dinâmicos e estratégicos para o grupo, com empresas como iFood, Decolar, OLX Brasil e Sympla transformando setores inteiros e criando valor para milhões de pessoas todos os dias”, destacou ainda Diego Barreto, head da Prosus na América Latina e CEO do iFood.

Para Luiz Masagão, vice-presidente de Produtos e Clientes da B3, a listagem da Prosus é um marco importante, já que a holding contém empresas que não apenas lideram seus segmentos, como também impulsionam a inovação, a criação de empregos e o desenvolvimento econômico na América Latina.

“Também é um claro sinal da maturidade e atratividade de nossos mercados de capitais, que continuam a se consolidar como uma porta de entrada para empresas internacionais que buscam se conectar com investidores locais. Queremos que os investidores olhem cada vez mais para o Brasil e que sejamos um parceiro estratégico para possibilitar investimentos globais por meio de produtos inovadores em uma plataforma moderna e com forte confiabilidade operacional”, apontou Masagão.

Os BDRs na bolsa de valores

Atualmente, a B3 conta com 14 BDRs listados patrocinados e 830 BDRs não patrocinados admitidos à negociação, além de mais de 296 BDRs de ETFs, que seguem índices internacionais. Em 2025, o volume de negociações de BDRs na B3 já soma R$ 107 bilhões, com 757 mil investidores, sendo 99% pessoas físicas.

A principal vantagem do BDR é que essa modalidade de produto facilita o investimento em ativos estrangeiros sem a necessidade de abrir conta fora do país, possibilitando ao investidor diversificar suas aplicações com menos burocracia, basta ter uma conta em uma corretora no Brasil.

“Os BDRs representam uma ponte estratégica entre o mercado internacional e os investidores brasileiros. Para as empresas estrangeiras, é uma oportunidade de ampliar sua base de acionistas e conquistar novos investidores no Brasil. Já para os investidores locais, os BDRs oferecem acesso simplificado a ativos internacionais, contribuindo para uma carteira mais diversificada, além da oportunidade de investimento em grandes marcas globais”, comenta Flávia Mouta, diretora de Emissores e Relacionamento da B3.

Os BDRs estão disponíveis para a pessoa física na B3 desde outubro de 2020. Para emissão do BDR patrocinado, a companhia emissora dos valores mobiliários no exterior deve contratar, no Brasil, uma instituição depositária responsável por emitir os BDRs. Já os não patrocinados são emitidos no Brasil diretamente por instituições depositárias que possuem como lastro valores mobiliários emitidos no exterior como ações de companhias estrangeiras e ETFs.

Burger King vai dar hambúrguer de graça para quem mostrar boleto no Halloween; veja regras

 

O Burger King anunciou uma ação na próxima quinta-feira (31): quem for ao drive-thru de uma unidade participante com um boleto físico ou digital e documento com número do CPF (Cadastro de Pessoa Física) levará um hambúrguer de graça.

Segundo a rede de fast-food, mais de 200 unidades em todo o país participarão da ação. Veja neste link as unidades participantes.

Quem além do boleto mostrar o aplicativo do Serasa instalado e com cadastro realizado levará também uma batata frita média. O aplicativo está disponível para download nos dispositivos Android e iOS.

O lanche distribuído será o Cheddar Duplo. Haverá limite de um sanduíche e uma batata por carro e por CPF.

Hambúrguer de graça é ação de Halloween do Burger King

A distribuição de hambúrgueres faz parte de uma ação de marketing da empresa Foi formulada como uma parceria entre o BK e o Serasa.

“O Halloween é uma data que brinca com o medo e, para milhões de brasileiros, os boletos ainda podem representar alguns sustos da vida financeira. Nossa ideia é transformar esse momento de tensão em uma experiência divertida”, afirma em nota o gerente de Criação da Serasa, Renan Cunha.

Não é a primeira vez que a rede de fast-food faz ações de marketing humorísticas com distribuição de lanches. Outras neste ano incluíram entrega de hambúrguer de graça para quem se identificasse como corno no dia dos namorados e para quem mostrasse a carteirinha da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no dia do advogado.

PLATÔBR: Governo busca acordo com ‘Centrão’ para aprovar pautas econômicas antes do recesso parlamentar

 

Faltando praticamente dois meses para terminar o ano legislativo, o governo tenta na reta final negociar com o Congresso – especialmente com o Centrão – a aprovação das pautas econômicas antes do recesso parlamentar. Para equilibrar o orçamento, Planalto precisa compensar as receitas perdidas com a derrubada da medida provisória 1.303, que não foi votada pela Câmara a tempo de ser convertida em lei.

O governo considera crucial vencer as votações nesta semana. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), chamou um esforço concentrado para votar a pauta que pode ajudar o governo a fechar o caixa em 2025 e 2026. Na semana passada, o Planalto intensificou contatos com líderes partidários para tentar obter apoio dos congressistas às propostas da agenda do ajuste fiscal.

Nas conversas, houve sinalização para uma possível redistribuição dos cargos federais, com possibilidade até de reversão de demissões feitas na devassa que se seguiu ao desembarque do União Brasil e do PP, partidos reunidos na federação UP (União Progressista) e que anunciaram rompimento com o governo Lula.

Dependência do Centrão

As negociações ocorrem com a anuência do presidente da Câmara, que há cerca de duas semanas inaugurou uma nova fase na relação com o governo, se mostrando mais comprometido com as pautas de interesse da equipe econômica para solucionar o rombo no caixa. Sem base suficiente para aprovar suas propostas, o Planalto mais uma vez vai depender de acordos com parte do Centrão para o número mínimo de votos necessários. Com esse objetivo, a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) já conversou, por exemplo, com o líder do PP, Doutor Luizinho (RJ), do União Brasil, Pedro Lucas (MA), e do Republicanos, Gilberto Abramo (MG).

Entre as propostas que o governo quer aprovar, está a que aumenta a punição dos chamados “devedores contumazes”, que estava empacada na Câmara após ter sido aprovado por unanimidade do Senado. Motta prometeu levar a votação nesta semana um requerimento de urgência apresentado pelo líder do governo, José Guimarães (PT-CE), para que a proposta não passe por comissões e seja apreciada diretamente no plenário.

Se aprovado, será uma grande vitória do governo. De acordo com cálculos da área econômica, devedores contumazes são responsáveis por uma dívida de R$ 200 bilhões com os cofres públicos. O governo estima que o projeto poderá recuperar em torno de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões por ano.

Corte de gastos

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviará ao Congresso uma proposta de corte de gastos para ser anexada a projetos que já estão em tramitação. Outro ponto acordado é o que define um corte linear nos incentivos fiscais, da ordem de 10%. Nesse caso, segundo estimativas, o governo deixará de perder cerca de R$ 30 bilhões ao ano.

A proposta que enfrenta mais resistência, no entanto, refere-se à tributação das casas de apostas online, chamadas de bets, além do aumento da tributação sobre as fintechs, instituições financeiras não tradicionais. A proposta dos devedores contumazes atinge essas instituições, como se observou na operação Carbono Oculto, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que mostrou um esquema ilegal de sonegação de bilhões de reais em impostos, com participação do PCC no setor de combustíveis e em fintechs com sede na Faria Lima. O governo não desistiu de elevar os impostos sobre esses negócios.

Mercado Livre anuncia R$ 100 milhões em cupons e acirra briga com Shopee e Casas Bahia

 

O Mercado Livre anunciou nesta segunda-feira, 27, que vai investir R$ 100 milhões em cupons de desconto para eventos promocionais de novembro, que incluem a data da Black Friday, no final do mês.

O anúncio veio uma semana depois que a rival asiática Shopee anunciou que vai conceder R$ 36 milhões em cupons de desconto em novembro. A Casas Bahia também anunciou recentemente cerca de R$ 1,2 bilhão em crédito em novembro.

“Cupom é investimento de marketing e um driver importante de decisão de compra”, afirmou Tulio Landin, diretor sênior de marketplace do Mercado Livre em apresentação a jornalistas. O valor em cupons, segundo a empresa, representa um crescimento de 150% sobre o mesmo período do ano passado.

Assim como em datas semelhantes de meses passados, o Mercado Livre inclui no período promocional de novembro a data de 11 de novembro, que também vem sendo explorada pelos rivais asiáticos.

A Black Friday de 2024 movimentou no Brasil R$ 9,3 bilhões, um crescimento de 10,5% sobre um ano antes, segundo dados da empresa de pesquisa de mercado Neotrust, citados pela plataforma de comércio eletrônico em apresentação a jornalistas.

A companhia anunciou que tem 20 mil vagas de trabalho no Brasil, das quais 15 mil permanentes e o restante temporárias. A expectativa do Mercado Livre é encerrar 2025 com 55 mil trabalhadores no país, um aumento ante a previsão de 50 mil feita no início do ano e cerca de 50% acima do número de postos de trabalho ocupados no final de 2024.

O período dos cupons do Mercado Livre, afirmou a empresa, vai desta segunda-feira até 1 de dezembro, conhecida como “Cyber Monday”.

Visibilidade no Mercado Livre

Questionado sobre comunicações enviadas aos vendedores nos últimos dias acerca de redução de visualização dos produtos deles no Mercado Livre se os preços oferecidos em outros marketplaces forem menores que na plataforma, Landin mencionou que não se trata de “ameaça ou proibição”.

“Queremos ter os melhores preços para cada item no Mercado Livre….Preço é extremamente importante”, disse o executivo. “Não estamos ameaçando ninguém ou pedindo exclusividade ou proibindo os vendedores de terem produtos anunciados em outro marketplace, o que estamos fazendo é incentivos de visibilidade para quem tem os melhores preços”, acrescentou.

Cogna mira reduzir mais a alavancagem e novas aquisições não são prioridade, diz CEO

 

Após uma reestruturação e o atingimento do guidance dado em meados de 2020, a Cogna ainda vislumbra continuidade no caminho de disciplina financeira, com expectativa de limpar ainda mais o balanço nos próximos trimestres.

Na esteira de um aumento de receita previsto para os próximos resultados e uma perpetuidade na gestão do passivo, o CEO da Cogna, Roberto Valerio, destaca que a companhia tem como meta reduzir ainda mais sua alavancagem.

“A redução da alavancagem que fizemos é notória, de 3,2x Ebitda para 1,2x Ebitda em 3 ou 4 anos. A gente pretende continuar reduzindo a alavancagem até mais ou menos 1x Ebitda para reduzir a despesa financeira, mas é importante que a gente tenha ainda um pouco de dívida por causa da eficiência fiscal”, explica.

Nesse contexto, a companhia não definiu se fará novas fusões e aquisições nos próximos meses. Em agosto a companhia comprou a Faculdade de Medicina de Dourados (FMD), uma instituição de ensino superior localizada no estado de Mato Grosso do Sul (MS), pela cifra de R$ 54 milhões.

 


A unidade possui 60 vagas no curso de medicina, autorizadas pelo MEC em junho de 2025, e irá começar suas operações nos próximos meses (estando na fase de vestibular).

O ativo custou cerca de R$ 900 mil por vaga de medicina, preço considerando barato pelos analistas de sell side. A visão da gestão é de que M&As só devem se repetir no curto prazo na eventualidade de ser vislumbrado um preço atrativo – assim como ocorreu nessa transação.

Em março a empresa entregou o guidance firmado há cinco anos atrás e considerado ‘ousado’ pelo CEO, batendo R$ 2,1 bilhões de Ebitda e com uma geração de caixa positiva de R$ 1 bilhão.

As cifras representam um incremento de múltiplas vezes em relação a resultados passados – dado que a Cogna tinha um Ebitda de R$ 690 milhões e operava com a última linha do balanço no vermelho em meados de 2020.

Cogna deve seguir com estratégia de diversificação de receita

Atualmente a empresa possui 60% da sua receita vindo de operações de ensino superior, especialmente graduação e pós-graduação, e 40% de educação básica e outros negócios.

A expectativa é de que essa proporção se mantenha, segundo Roberto Valerio.

Em termos de inadimplência, os dados caíram ano após ano em meio à reestruturação, fazendo com que o indicador de ‘contas a pagar’ de alunos – tempo demorado entre 30 dias de aulas e o pagamento à instituição – caísse de 142 para 42.

A inadimplência caiu muito, especialmente em 2021 e 2022. Tomamos uma série de ações para para conseguir reduzir essa esse nível de inadimplência. Uma é uma uma melhoria constante na experiência do cliente, mas também na experiência financeira, a fazer com que o boleto chegue correto, chegue na data, e uma série de eficiências ao longo do processo”, conta Valerio.

“Também melhoramos um pouco a opção para a negociação. A gente foi mais restritivo com com os alunos que eram maus pagadores. Isso acabou cobrando um pouco de preço no churn inicialmente, especialmente lá em 2021, mas depois a inadimplência ficou bastante estável”, completa o CEO da Cogna.

Confiança do consumidor brasileiro sobe pelo 2º mês seguido, diz FGV

 

A confiança dos consumidores brasileiros avançou pelo segundo mês seguido em outubro diante da melhora da percepção sobre o presente e das expectativas futuras, mostraram dados da Fundação Getúlio Vargas divulgados nesta segunda-feira.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês alta de 1,0 ponto, chegando a 88,5 pontos.

Recuperação gradativa

“A segunda alta consecutiva da confiança do consumidor consolida a trajetória de recuperação gradativa do indicador, iniciada em março de 2025, após as perdas incorridas no fim do ano passado”, disse em nota Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

“O resultado foi impulsionado pela melhora da percepção sobre o presente e das expectativas futuras, além de ter sido notadamente influenciado pela alta da confiança das famílias de menor renda”, completou.

Tanto o Índice de Situação Atual (ISA) quanto o Índice de Expectativas (IE) tiveram alta de 1,0 ponto no mês, alcançando respectivamente 83,0 e 92,8 pontos.

Confiança dos consumidores

Entre os quesitos que compõem o ISA, o indicador de situação econômica local atual avançou 2,3 pontos, para 95,5 pontos. No IE, o indicador de situação econômica local futura avançou 2,3 pontos, para 106,9 pontos, maior nível desde outubro de 2024 (107,2 pontos).

“O quadro do mês sinaliza um consumidor menos pessimista dada a manutenção do emprego e da renda junto a uma trajetória de queda da inflação nos últimos meses. Por outro lado, os níveis de inadimplência e a alta taxa de juros comprometem uma melhora mais robusta da confiança”, disse Gouveia.

Com a taxa básica de juros mantida em 15%, o Banco Central disse que entrou agora em um novo estágio da política monetária que prevê a Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação.

Mercado passa a ver inflação perto do teto da meta em 2025, mostra Focus; veja as projeções

 

O mercado financeiro reduziu a expectativa para a inflação neste ano pela quinta semana seguida, passando a ver o IPCA de 2025 mais próximo do teto da meta, mostra o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 27.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA agora é de 4,56% para este ano e o próximo, ante 4,70% uma semana antes.

O centro da meta oficial do BC é de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A revisão das expectativas ocorre depois que o IPCA-15 subiu menos do que o esperado em outubro, a 0,18%, com a taxa em 12 meses indo a 4,94%.

Para os três anos seguintes as projeções para a inflação oficial do país também foram reduzidas, com os analistas vendo agora taxas de 4,20% em 2026, 3,82% em 2027 e 3,54% em 2028, ante 4,27%, 3,83% e 3,60% no levantamento anterior.

Projeções atualizadas do Focus
Projeções atualizadas do Focus (Crédito:Reprodução/Instagram)

PIB e Selic

Para a alta do Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa para 2025 caiu de 2,17% para 2,16%. Para 2026, a previsão de alta caiu de 1,80% para 1,78%.

Já para a taxa básica de juros não houve mudança, e perspectiva é de que a Selic termine este ano nos atuais 15% e o próximo a 12,25%.

A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50%, e mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10%.

Dólar

A pesquisa semanal mostrou ainda que a perspectiva para o dólar ao final de 2025 caiu de R$ 5,45 para R$ 5,41, e e manteve em R$ 5,50 para 2026.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.