Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Governador
afirmou que megaoperação foi um sucesso e que as únicas vítimas de
verdade da operação foram os quatro policiais que morreram nos
confrontos
governador do Rio de Janeiro Claudio Castro Foto: Pablo PORCIUNCULA / AFP
O
governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse nesta
quarta-feira, 29, que tem “total tranquilidade” em defender a operação
policial contra a facção criminosa Comando Vermelha nos complexos de
favelas do Alemão e da Penha que deixou dezenas de mortos.
Em
entrevista coletiva, Castro afirmou que a operação visava cumprir
mandados judiciais após mais de uma ano de investigação e que as únicas
vítimas de verdade da operação foram os quatro policiais que morreram
nos confrontos.
O
governador ressaltou que os confrontos entre policiais e criminosos não
ocorreu “em áreas edificadas”. “Não creio que estivesse alguém
passeando na mata em um dia de conflito e, por isso, a gente pode
tranquilamente classificar [os mortos como criminosos] e se tiver algum
erro de classificação ele com certeza é residual, irrisório”, afirmou.
Castro
defendeu ainda o “sucesso” da ofensiva – que envolveu 2,5 mil
policiais, blindados e helicópteros – para avançar sobre um território
dominado pelo crime organizado.
O
Rio de Janeiro amanheceu nesta quarta-feira com dezenas de corpos
enfileirados em uma rua perto de uma região de mata onde foram relatados
intensos tiroteios durante a madrugada, e veículos de imprensa disseram
que o número de mortos da ação subiu para mais de 120.
Na
próxima quinta-feira (30), o Bourbon Carlos Gomes abrirá suas portas em
Porto Alegre (RS). Localizado na Avenida Carlos Gomes, um dos endereços
mais nobres e principal eixo corporativo da cidade, o complexo multiuso
do Grupo Zaffari tem como objetivo combinar experiências de alto padrão
em gastronomia e lazer. Com 86.313 m² de área construída, o
empreendimento reúne shopping, supermercado Zaffari e torres de salas
comerciais, além de estacionamento com 1.288 vagas cobertas. 83% da área
bruta locável de 13.246 m² já foi locada e quase 60% entrará em
funcionamento na inauguração. Ao todo, estão previstas cerca de 70
operações e 6 restaurantes, além de 10 lojas e 360 lugares na praça de
alimentação. O mix incluirá marcas como Kopenhagen, Freddo Gelateria,
Heladeria Havanna, Milk Moo, Zeiss Vision Center, Hering, Ri Happy
Brinquedos, BAH Restaurante, Press Café, Cervejaria Salvador e Paparoto
Cucina.
Supermercado Zaffari
A
43ª operação de varejo do grupo terá cerca de 2.500 m², seis
self-checkouts e mais 11 caixas tradicionais. Entre os destaques,
haverá linhas especiais de alimentos, produtos preparados no panifício e
rotisseria própria, cava de frios em espaço climatizado para o melhor
fatiamento de fiambres e queijos, e exposição de carnes premium. Além da
área de perecíveis e hortifrutigranjeiros, a unidade também
disponibilizará uma estrutura de montagem de pizzas com massa de
fermentação natural e sete sabores, que serão assadas na hora. Uma adega
com vinhos selecionados com mais de 600 rótulos completará o espaço.
Expansão
O Zaffari também se prepara para ocupar imóveis que pertenciam ao Grupo
Carrefour Brasil em dois shoppings, localizados nas capitais gaúcha e
paulista. O prédio que era utilizado pela rede Nacional no Shopping
Praia de Belas, em Porto Alegre, receberá uma nova unidade do grupo. A
filial encerrou as atividades em agosto e agora passará por obras de
reforma e ampliação. O Zaffari assumirá, ainda, um prédio do Carrefour
em São Paulo, no Shopping Center Norte. Esta será a terceira unidade da
rede na cidade, com previsão de inauguração em 2026. A loja deverá ter
um padrão mais elevado do que as que já existem em São Paulo e no Rio
Grande do Sul.
O
levantamento se baseia em indicadores financeiros, especialmente na
receita líquida anual, e aponta a dimensão econômica e estratégica do
setor.
Ao
todo, as 10 maiores desta edição da lista da Forbes faturaram R$ 1,120
trilhão em 2024, ante R$ 1,076 trilhão no ano anterior, um crescimento
de 4,16%. No seleto grupo, aparecem empresas de setores variados, como
Proteína Animal (3), Alimentos e Bebidas (3), Comércio e Tradings (2) e
uma de cada nos setores de Agroenergia e Celulose, Madeira e Papel.
Em
termos de receita, as 100 empresas atingiram R$ 1,886 trilhão em 2024.
Em 2023, foram R$ 1,826 trilhão, 3,3% menor. A lista geral é composta
por 21 companhias na categoria de Agroenergia; 16 de Comércio e
Tradings; 16 Cooperativas; 14 de Alimentos e Bebidas; 14 de Proteína
Animal; 11 de Agroquímicos, Genética e Insumos; e 8 de Celulose, Madeira
e Papel.
Confira o ranking das 10 maiores empresas do agro brasileiro
1) JBS
A empresa do setor de proteína animal, de propriedade dos irmãos Batista, obteve uma receita de R$ 416,85bilhões em 2024 e aparece na primeira colocação como a maior empresa do agronegócio nacional.
Jbs (Divulgação)
2) Marfrig Global Foods
A Marfrig registrou receita de R$ 144,15 bilhões em 2024,
número que a colocou na segunda posição da lista. A empresa antecipou o
pagamento de quase R$ 5 bilhões em dívidas e encerrou 2024 com a sétima
redução trimestral consecutiva da alavancagem financeira.
Marfring (Foto: Divulgação)
3) Cargill
A empresa do setor de Alimentos e Bebidas obteve receita de R$ 126,4 bilhões em 2024.
A Cargill é uma companhia familiar criada nos EUA e uma das gigantes
alimentícias do Brasil, atuando também nos segmentos de energia e
logística.
Cargill (Foto: Divulgação)
4) Bunge Alimentos
Também do setor de Alimentos e Bebidas, a Bunge apresentou receita de R$ 81,7 bilhões em 2024.
Com origem holandesa, ainda como uma trading de grãos, a companhia é
uma gigante na originação de grãos e no processamento de soja e trigo,
além da logística e fabricação de alimentos.
Bunge alimentos (Foto: Divulgação)
5) Ambev
A líder do mercado latino-americano de cervejas e refrigerantes teve receita de R$ 79,74 bilhões em 2024.
Nascida da fusão entre Antarctica e Brahma, em 1999, a Ambev produz,
distribui e comercializa bebidas — incluindo as não alcoólicas —, com
operações em 18 países.
Ambev (Foto: Divulgação)
6) Raízen Energia
A
empresa, com atuação diversificada em diferentes segmentos, da produção
de açúcar e etanol à distribuição de combustíveis, geração de energia
renovável e produção de lubrificantes, registrou receita de R$ 78,45 bilhões em 2024.
Raízen (Foto: Divulgação)
7) Copersucar
A
Copersucar é um ecossistema que integra 38 usinas associadas no Brasil —
formando a maior base de produção de cana-de-açúcar do mundo — e 17
destilarias de etanol de milho nos Estados Unidos. A companhia conta
ainda com um sistema logístico multimodal eficiente nos dois países e um
conjunto de empresas especializadas que fornecem energia renovável e
alimentos para 70 países.
Coopersucar (Foto: divulgação)
Em 2024, o grupo obteve receita de R$ 54,08 bilhões.
Na safra 2023/24, registrou crescimento de 23% no volume de moagem,
enquanto o setor cresceu 19,3%. O Ebitda ficou acima de R$ 1,1 bilhão. A
empresa também anunciou sua entrada no mercado livre de energia com a
aquisição de 50% da NewCom.
8) BRF
Empresa brasileira de proteína animal e atuação global, a BRF obteve uma receita de R$ 53,62 bilhões em 2024. Criada em 2009, é uma das maiores exportadoras de carne de frango do mundo.
BRF (Foto: Divulgação)
Resultado
da fusão entre Sadia e Perdigão, a BRF tem um portfólio com mais de 30
marcas, produzindo 5 milhões de toneladas de alimentos para 120 países.
No Brasil, possui 35 unidades industriais e, no exterior, 16 fábricas.
9) Grupo Amaggi
Produtor de soja de capital 100% nacional, o Grupo Amaggi teve receita de R$ 44,87 bilhões em 2024.
A companhia comercializa quase 20 milhões de toneladas de grãos e
fibras globalmente e produz, em fazendas próprias, mais de 1,5 milhão de
toneladas de soja, algodão e milho.
Amaggi (Foto: divulgação)
Mais
do que uma empresa de commodities, a Amaggi se destaca pela forte
atuação em originação, refletida na estratégia integrada em todas as
áreas: produção, trading, logística e energia. Há 10 anos, mantém um
Capex médio anual de R$ 1,2 bilhão (US$ 230 milhões), totalizando R$ 12
bilhões em investimentos.
10) Louis Dreyfus Company Brasil (LDC)
No
Brasil há 82 anos, a francesa LDC atua em culturas como café, algodão,
grãos, oleaginosas, arroz e açúcar, comercializando e processando esses
produtos agrícolas. A empresa obteve receita de R$ 42,97 bilhões em 2024, fechando o top 10 da Forbes.
LDC (Foto: divulgação)
A
LDC é uma das 10 maiores exportadoras em atividade no país. Em 2023,
avançou nesse segmento ao adquirir a Cacique, maior exportadora de café
solúvel do Brasil, com sede em Londrina (PR).
Axia
(ex-Eletrobras) já detinha participação de 49,9% no capital social da
Tijoá Energia, concessionária responsável pela hidrelétrica Três Irmãos
Usina Hidrelétrica Três Irmãos (Crédito: Divulgação)
Reutersi
A Axia Energia
relatou nesta quarta-feira que assinou contrato para aquisição da
totalidade das ações da Juno Participações e Investimentos, controladora
(50,1%) da Tijoá Energia, por R$247 milhões, e passará a deter a usina
hidrelétrica Três Irmãos.
A ex-Eletrobras já detinha participação
de 49,9% no capital social da Tijoá Energia, concessionária responsável
pela hidrelétrica Três Irmãos, localizada no município de Andradina
(SP), no rio Tietê, e com capacidade instalada de 808 MW.
Usina Hidrelétrica Três Irmãos – Foto: Divulgação (Crédito:Divulgação)
Axia consolida 100% da usina
“Com
o acordo a Axia Energia passará a consolidar 100% da usina, regida pelo
sistema de cotas, que atingiu em 2024 receita anual de R$320 milhões,
EBITDA de R$136 milhões e sem dívidas, com prazo de concessão até 2044”,
disse.
A
hidrelétrica possui ainda estruturas já preparadas para a instalação de
mais três unidades geradoras, possibilitando uma futura expansão de sua
capacidade, acrescentou a companhia.
A transação põe fim aos
litígios arbitrais e judiciais entre as partes, referentes ao controle
da usina e que remontam a 2021, permitindo à companhia, além de assumir o
controle da hidrelétrica, o levantamento de cerca R$390 milhões em
depósitos judiciais relativos aos processos.
O
Federal Reserve deve reduzir a taxa de juros em 0,25 ponto percentual
nesta quarta-feira, 29, mesmo com base em dados limitados que, no
entanto, mantiveram as preocupações sobre a força do mercado de trabalho
no foco.
Economistas consultados pela Reuters foram quase
unânimes em esperar que o banco central dos Estados Unidos reduza sua
taxa básica de juros para a faixa de 3,75% a 4,00% ao final de sua
reunião nesta quarta.
Mas essa é uma decisão que se baseia, pelo
menos em parte, na inércia, e não na base sólida de dados que as
autoridades do Fed gostam de dizer que usam para definir a política
monetária.
A paralisação do governo federal,
agora em seu 29º dia, significa que o banco central dos EUA não recebeu
o relatório oficial de emprego referente ao mês de setembro, um dado
importante para sua discussão no momento em que as autoridades se
concentram na força das contratações e na evolução da força de trabalho
sob as políticas de imigração mais rígidas do presidente Donald Trump.
Até
agosto, o último mês para o qual o Escritório de Estatísticas do
Trabalho publicou um relatório de empregos antes do início da
paralisação em 1º de outubro, a taxa de desemprego vinha aumentando
lentamente, passando de 4,0% em janeiro, quando Trump iniciou seu
segundo mandato na Casa Branca, para 4,3%.
No entanto, o ritmo de
contratações caiu drasticamente, com um declínio no número de pessoas
nascidas no exterior em busca de trabalho ajudando a atenuar o que, de
outra forma, poderia ter sido um aumento muito maior na taxa de
desemprego.
Embora
as autoridades do Fed achem que o mercado de trabalho permaneceu
equilibrado entre a demanda e a oferta de trabalhadores, elas também
estão preocupadas com a possibilidade de as empresas começarem a reduzir
ainda mais as contratações ou recorrerem a demissões devido às
preocupações com o crescimento econômico – um risco destacado pelos
recentes anúncios de demissões na Amazon.com e um aumento nos pedidos de
auxílio-desemprego.
As agências de emprego ainda estão coletando e
publicando dados semanais sobre pedidos de auxílio-desemprego,
fornecendo um termômetro para a saúde do mercado de trabalho.
Um relatório final sobre a inflação em setembro,
divulgado na semana passada por ordem da Casa Branca uma vez que ele é
incluído no cálculo dos aumentos dos benefícios da Previdência Social,
mostrou que o índice de preços ao Consumidor aumentou em um ritmo mais
lento do que o esperado no mês passado.
A combinação de notícias
relativamente positivas sobre a inflação e as preocupações contínuas com
o mercado de trabalho significa que “não houve muita base para mudar as
opiniões” desde que as autoridades indicaram em setembro que cortes de
um 0,25 ponto percentual nos juros eram prováveis nas reuniões de 28 e
29 de outubro e 9 e 10 de dezembro, escreveu Steven Englander, chefe de
estratégia macro da América do Norte no Standard Chartered.
Quando será a decisão do Fed
A
decisão e o comunicado de política monetária do Fed serão divulgadas às
15h (horário de Brasília). O chair do Fed, Jerome Powell, dará coletiva
de imprensa meia hora depois para discutir a reunião. O banco central
não divulgará nenhuma projeção econômica atualizada nesta quarta-feira,
dando mais ênfase aos comentários de Powell para obter informações sobre
como eles percebem a economia e a provável trajetória da política
monetária.
Com
Selic a 15% e incertezas no campo econômico, títulos do Tesouro
oferecem prêmios historicamente altos; escolha de ativos varia conforme
perfil de risco e objetivos do investidor
Da redaçãoi
Em
um contexto de juros altos, com a Selic no maior patamar em quase duas
décadas, o mercado de renda fixa se mantém atrativo, com rendimentos
expressivos aliados à segurança. Dentro da cesta de ativos disponíveis
de títulos do Tesouro Direto o investidor deve dosar a
alocação de acordo com perfil de risco e com os objetivos traçados – e
ficar de olho na atual janela de oportunidades.
Como exemplo, o Tesouro IPCA+
tem ostentado retornos historicamente altos, remunerando os
investimentos com a variação da inflação somado a um rendimento de 8%. O
cenário é considerado ‘raríssimo’ por especialistas ouvidos pela IstoÉ Dinheiro, representando uma janela que pode ser fechar em breve.
Vale
destacar que são títulos que sofrem com marcação a mercado e que
chacoalham mais a depender de fatores econômicos. Todavia, são
investimentos com uma rentabilidade previsível – ou seja, foram
desenhados para serem carregados até o vencimento, e comprá-los e
vendê-los no mercado podem gerar prejuízos.
“O
Tesouro IPCA+ está oferecendo taxas reais, acima da inflação, muito
atrativas, algo que não se via com tanta frequência nos últimos anos.
Acredito que é uma opção robusta para o médio e longo prazo, desde que
você tenha o horizonte de investimento compatível com o vencimento do
título e aguente a volatilidade de curto prazo”, aponta Robson
Casagrande, especialista em investimentos e sócio da GT Capital.
Ele pontua, porém, que esse tipo esse tipo de investimento não é o mais indicado para objetivos de curto prazo.
Rendimento dos títulos Tesouro IPCA+
Jeff
Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos, avalia
que o Tesouro IPCA+ é uma boa oportunidade para investidores que tem um
horizonte longo, aceitam o risco de manter o título até o vencimento e
aceita o risco de manter o título até o vencimento.
“Se o
investidor tem horizonte mais curto, ou quer flexibilidade, se preocupa
muito com risco de os juros mudarem, outras alternativas podem ter mais
ganhos ajustados ao risco, por exemplo, títulos pós-fixados como o
Tesouro Selic têm menos risco de marcação a mercado, são mais líquidos e
mais seguros se os juros caírem (por acompanharem a Selic) ou se as
expectativas mudarem.”
‘Porto seguro da renda fixa’
O Tesouro Selic
costuma ser mais indicado para investidores mais iniciantes ou que
tenham uma menor tolerância ao risco. Mas em tempos de Selic a 15% ao
ano, se mantém como uma excelente e segura opção, uma vez que a
rentabilidade acompanha a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da
economia.
“O
Tesouro Selic (LFT) segue como o porto seguro da renda fixa. Ele é imune
à marcação a mercado e garante que você acompanhe a taxa básica de
juros dia a dia, sem surpresas. Mas para não ficar 100% exposto a um
ativo que perde rentabilidade quando os cortes começarem, acredito que
uma estratégia inteligente é iniciar uma diversificação gradual,
alocando uma parcela em IPCA+ e prefixados, para travar taxas atrativas
antes que o ciclo de baixa da Selic se consolide”, explica Casagrande,
da GT Capital.
O título é pós-fixado,
dado que sua rentabilidade depende de uma taxa que pode mudar ao longo
do tempo, e sua dinâmica é inclusive comparável ao de investimentos
como CDBs (Certificados de Depósito Bancário) de liquidez diária
atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Isso faz com
que, inclusive, a classe de ativo possa ser cogitada como opção para reserva de emergência.
Rendimento dos títulos Tesouro Selic
Pré ou Pós-fixado?
A
diferença entre as duas opções, é que, nos pré-fixados a taxa de juros é
conhecida no momento da compra, com o investidor já sabendo exatamente
quanto vai receber no vencimento, independentemente de como a economia
se comportar. Geralmente são títulos vantajosos quando se espera que os
juros caiam, porque o investidor garante uma taxa mais alta antes dessa
redução.
Já os pós-fixados têm o rendimento atrelado a algum
indicador que varia ao longo do tempo, e esse caso o retorno muda
conforme esses indicadores se alteram. Eles são mais indicados quando há
incerteza sobre o futuro dos juros ou da inflação, pois acompanham as
oscilações da economia.
Patzlaff avalia que o momento atual é ‘uma boa hora para começar a investir em prefixados’.
“A
taxa de juros está muito alta, com os prefixados você trava essa taxa
hoje, capturando um prêmio elevado, e se no futuro a taxa cair, você já
fechou um bom rendimento. No cenário de hoje com a perspectiva de que os
juros possam cair o prefixado entrega um ganho potencial maior, mas é
importante ter em mente que há o risco de marcação a mercado, então se
você tem um horizonte alinhado com o vencimento do título e não irá
resgatar antes, pode valer apena aplicar hoje.”
Casagrande,
da GT Capital, diz que investir nos prefixados agora é uma aposta na
trajetória futura dos juros. “Eles se valorizam quando a Selic
cai mais rápido que o esperado pelo mercado. Na dúvida, a estratégia
mais prudente é a ‘escada de vencimentos’. Aplicar pequenas quantias em
títulos com vencimentos mais curtos (2 a 4 anos), que são menos
sensíveis a mudanças de juros. Isso, sem dúvidas, reduz o risco e mantém
capital disponível para aumentar a posição se as taxas subirem ainda
mais ou quando o cenário de cortes estiver mais claro.”
Segundo o especialista, cada título pode cumprir uma função específica na formação de uma carteira.
“O
Tesouro Selic atua como âncora de segurança, oferecendo liquidez
imediata e proteção contra volatilidade, ideal para reservas de
emergência e capital de oportunidade. O Tesouro IPCA+ garante a proteção
do poder de compra no longo prazo, servindo como base para
aposentadoria e metas inflacionárias enquanto o Tesouro Prefixado
representa uma aposta tática na trajetória da taxa de juros, com
potencial de ganho maior, porém acompanhado pelo risco de marcação a
mercado”, analisa.
“Uma alocação conservadora exemplar em um
momento de transição poderia distribuir 50% em Selic, 30% em IPCA+ e 20%
em Prefixados, embora esses percentuais devam sempre ser ajustados ao
horizonte de tempo e à tolerância ao risco de cada investidor”,
acrescenta.
Mais de 3,2 milhões de investidores ativos
Com retornos atrativos, os investimentos no Tesouro Direto tem somado bilhões e mostrado uma entrada massiva de novos investidores.
A
fundadora da SHS Investimentos, Adriana Ricci, comenta que esse cenário
pode ser explica pela Selic alta e também pela segurança oferecida pela
classe de investimentos.
“Na
prática, o investidor encontra no Tesouro Direto uma alternativa
segura, acessível e que rende mais do que a poupança, tradicional porta
de entrada no mundo dos investimentos. O brasileiro está aprendendo que
guardar dinheiro não significa deixar parado na conta. Investir no
Tesouro Direto é uma forma de proteger o patrimônio e, ao mesmo tempo,
conquistar objetivos de médio e longo prazo.”
Conforme o balanço mais recente do Tesouro Nacional,
ao fim de setembro deste ano o total de investidores ativos – aqueles
que atualmente estão com saldo em aplicações – atingiu a marca de 3,2
milhões de pessoas, um aumento de mais de 60 mil investidores no mês. Em
12 meses, o aumento no número de investidores ativos foi de 20,4%.
No mês de setembro em questão foram realizadas 927 mil operações, totalizando R$ 6,86 bilhões.
O
grupo de títulos mais demandado pelos investidores foi o indexado à
taxa Selic (Tesouro Selic), que somou R$ 3,6 bilhões (51,8% das vendas).
Os
títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros
Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+) totalizaram R$ 2,6 bilhões
(38,1% do total), enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 689,7 milhões
(10,1% do total).
No mês o estoque do Programa fechou em R$ 195,3
bilhões, um aumento de 2,7% em relação ao mês anterior (R$ 190,2
bilhões) e de 36,5% sobre setembro de 2024 (R$ 143,1 bilhões).
Entenda o que é marcação a mercado
A
marcação a mercado é um mecanismo que atualiza diariamente o valor dos
títulos públicos, de acordo com as condições do mercado – ou seja,
mostra o preço e a variação de um título que o investidor já tem. Com
isso, alguns títulos podem ter variações tão intensas quanto (ou até
mais) do que investimentos em renda variável, a exemplo do Tesouro
IPCA+, gerando eventuais preocupações em investidores menos tolerantes à
risco e oscilações.
Vale destacar que essa variação ocorre no preço do título, caso o investidor queira vendê-lo antes do vencimento,
Essa
volatilidade nos preços no mercado secundário é o principal motivo pelo
qual a marcação a mercado pode assustar quem tem baixa tolerância ao
risco. Em momentos de alta dos juros, por exemplo, os títulos prefixados
e atrelados à inflação tendem a perder valor. Muitos investidores, ao
verem o saldo negativo momentâneo na tela, acreditam que tiveram
prejuízo real – quando, na verdade, a perda só se concretiza se o título
for vendido antes do vencimento.
Como exemplo, nesta semana as
taxas do Tesouro Direto tiveram ampla queda por conta da aproximação
entre Brasil e Estados Unidos após a reunião do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva com o presidente americano Donald Trump. O encontro
reduziu incertezas sobre as relações comerciais e derrubou as taxas dos
títulos atrelados à inflação em toda a curva.
Antes da implantação
da marcação a mercado, os títulos públicos eram registrados pelo
chamado valor na curva, com o valor sendo calculado de forma previsível,
sem refletir as oscilações diárias das taxas de juros – mecanismo que
dava uma sensação de estabilidade, mas mascarava o verdadeiro risco dos
papéis.
O investidor não via a variação real de preço e só
descobria o impacto das mudanças de juros se precisasse vender o título
antecipadamente.
A marcação a mercado para títulos do Tesouro passou
a valer no Brasil em meados de 2023 após decisão da Associação
Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA).
O
CEO da Nvidia, Jensen Huang, anunciou uma parceria com a Nokia para a
construção de uma plataforma de computação de telecomunicações pronta
para 6G, o Nvidia Arc Aerial RAN Computer.
“Teremos uma plataforma
nativa de inteligência artificial (IA), o Nvidia ARC – Aerial Ran
Computing”, disse o executivo em um discurso de abertura da conferência
GTC, em Washington. “Agradeço pela parceria com a Nokia”, afirmou.
A
Nvidia e a finlandesa Nokia, uma das líderes em infraestrutura de
telecomunicações, anunciaram nesta terça uma parceria estratégica para
adicionar produtos AI-RAN de nível comercial com tecnologia Nvidia ao
portfólio de RAN da Nokia, permitindo que provedores de serviços de
comunicação lancem redes 5G-Advanced e 6G nativas de IA em plataformas
Nvidia.
Pelo acordo, a Nvidia investirá US$ 1 bilhão na Nokia a um
preço de subscrição de US$ 6,01 por ação, assumindo uma fatia de 2,9%
na companhia finlandesa, segundo anúncio feito pelas empresas. O
investimento está sujeito às condições habituais para conclusão do
acordo.
A
parceria marca um ponto de virada para o setor, abrindo caminho para o
6G nativo de IA ao levar a IA-RAN à inovação e comercialização em escala
global, informou a Nvidia em comunicado divulgado paralelamente ao
anúncio do CEO.
“Além disso, a parceria aborda o mercado de IA-RAN
em rápido crescimento, representando uma oportunidade significativa
dentro do mercado de RAN que deve ultrapassar US$ 200 bilhões acumulados
até 2030, de acordo com a empresa de análise Omdia”, citou o comunicado
da Nvidia.
No
discurso, Huang falou ainda que a unidade de processamento gráfico
(GPU) foi inventada para solucionar problemas que computadores normais
não conseguem.
Huang também enalteceu a importância de bibliotecas
CUDA-X. “Aceleração da computação começa com bibliotecas CUDA-X”, disse
o executivo. CUDA-X é um conjunto de bibliotecas e ferramentas para
computação acelerada GPUs.