quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Brasil registra recorde de 1,6 bilhão de aves comerciais em 2024, mostra IBGE

 Frango e Galinha Caipira: raças mais indicadas para iniciar ...

Os produtores brasileiros reuniam um recorde de 1,6 bilhão de galináceos no ano de 2024, uma alta de 1,7% em relação a 2023, o equivalente a 26,8 milhões de aves a mais. Os dados são da pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2024, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Região Sul concentrou 47,3% do efetivo nacional, 748,7 milhões de galináceos, queda de 0,8% ante o ano anterior.

O Sudeste teve expansão de 5,2% no número de aves, para 376,5 milhões, uma participação de 23,8% no total nacional.

Entre os Estados, o Paraná teve alta de 2,4% no número de animais, para 456,0 milhões de animais, o equivalente a 28,8% do efetivo nacional. O Estado de São Paulo concentrou 205,0 milhões de galináceos, aumento de 3,0% ante 2023, com uma fatia de 13,0% do efetivo nacional. O Rio Grande do Sul somou 155,2 milhões de aves, queda de 2,2% ante 2023, mas ainda responsável por 9,8% do total nacional.

O município de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, liderou o ranking de maior efetivo de galináceos, seguido por São Bento do Una (Pernambuco), Bastos (São Paulo), Toledo (Paraná) e Uberlândia (Minas Gerais).

Galinha poedeira

A criação de galinhas, aves fêmeas destinadas à produção de ovos para consumo ou incubação, somou um recorde de 277,5 milhões de animais em 2024, alta de 6,8% ante 2023.

A Região Sudeste aumentou em 9,3% a criação de galinhas, para 99,3 milhões de aves, 35,8% do efetivo nacional. O Sul deteve 68,2 milhões de galinhas, alta de 4,8% ante 2023, com 24,6% do total nacional.

O Estado de São Paulo concentrou 56,8 milhões de galinhas poedeiras, aumento de 4,6% ante o ano anterior, uma fatia de 20,5% da produção brasileira. O Paraná somava 27,9 milhões de aves, aumento de 2,7% ante 2023, uma participação de 10,1% na produção nacional. O Rio Grande do Sul tinha 22,3 milhões de galinhas, elevação de 4,8% em um ano, 8,0% de participação no efetivo nacional.

Produção de ovos

A produção nacional de ovos de galinha atingiu o recorde de 5,4 bilhões de dúzias em 2024, um crescimento de 8,6% em relação a 2023. Segundo o IBGE, a produção de ovos vem aumentando ininterruptamente desde 1999. O valor de produção totalizou R$ 31,9 bilhões em 2024, crescimento de 4,9% em relação ao ano anterior. O preço médio foi estimado em R$ 5,89 por dúzia.

O Sudeste foi responsável por 40,4% do total de ovos produzidos em 2024, e o Estado de São Paulo se destacou como o maior produtor, com uma fatia de 23,6% da produção nacional.

O IBGE observou produção de ovos em 5.451 municípios brasileiros. Os cinco principais municípios produtores tanto de galinhas quanto de ovos foram: Santa Maria de Jetibá (Espírito Santo), Bastos (São Paulo), São Bento do Una (Pernambuco), Primavera do Leste (Mato Grosso) e Beberibe (Ceará).

Rebanho bovino

De acordo com o IBGE, o rebanho bovino brasileiro totalizou de 238,2 milhões de animais em 2024, uma queda de 0,2% em relação a 2023. Ou seja, o efetivo de cabeças de gado se mantém acima do número de habitantes no País. Em 2024, a população brasileira somava 212,6 milhões de pessoas.

“Apesar dessa retração, configurou o segundo maior valor da série histórica da pesquisa, sendo superado apenas pelo recorde registrado em 2023”, apontou o IBGE.

O ano de 2024 registrou um abate recorde de 39,7 milhões de cabeças. O IBGE lembra que o abate de fêmeas atingiu também um pico em 2024.

“Adicionalmente, verificou-se um aumento na proporção de animais mais jovens abatidos, com destaque para as novilhas”, observou o instituto.

O avanço no abate ocorreu em um ano em que as exportações brasileiras de carne bovina in natura também alcançaram novos marcos históricos: o volume exportado saltou 22,8% em 2024, levando a uma alta de 26,9% no faturamento em relação ao ano anterior, mencionou o IBGE, com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

“A China manteve sua posição de principal destino da carne bovina brasileira, absorvendo 52,0% de todo o volume in natura exportado e ampliando suas importações do Brasil em 10,6%. Os Estados Unidos ficaram com a segunda posição, com um aumento de 93,8% nas aquisições de carne bovina in natura brasileira em comparação a 2023”, citou o IBGE.

No ranking estadual, Mato Grosso liderou a criação de bovinos, com 13,8% do efetivo nacional, 32,9 milhões de animais. O Pará ocupou a segunda colocação em 2024, com 25,6 milhões de animais, 10,7% do rebanho nacional, seguido por Goiás, com 23,2 milhões de bovinos, uma participação de 9,7%.

O município de São Félix do Xingu, no Pará, manteve a liderança do ranking municipal de efetivo de bovinos, com 2,52 milhões de cabeças, o equivalente a 1,1% do total brasileiro. O segundo lugar foi de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, com 2,2 milhões de animais, 0,9% do efetivo nacional, seguido por Porto Velho, em Rondônia, com 1,79 milhão de bovinos, 0,8% do rebanho brasileiro.

Leite

A produção nacional de leite foi de 35,7 bilhões de litros em 2024, uma alta de 1,4% em relação a 2023.

“O aumento de 1,4% em relação ao ano anterior resultou em um recorde da produção leiteira, considerando a série histórica. Ao mesmo tempo, houve redução na quantidade de vacas ordenhadas”, relatou o IBGE.

A Região Sudeste assumiu a liderança na produção de leite, com 33,7% do total nacional, seguida pelo Sul (33,4%), Nordeste (18,0%), Centro-Oeste (10,7%) e Norte (4,7%).

No ranking estadual, Minas Gerais deteve a maior produção, 9,8 bilhões de litros de leite, o equivalente a 27,4% da produção nacional. Paraná produziu 4,6 bilhões de litros, 12,9% do total nacional, e Rio Grande do Sul deteve 4,0 bilhões de litros, uma fatia de 11,3%.

Entre os 5.482 municípios com alguma produção de leite de vaca, Castro, no Paraná, se destacou com 484,4 milhões de litros, 1,4% do total nacional. A segunda posição ficou com Carambeí, no Paraná, com 293,1 milhões de litros, uma fatia de 0,8% da produção brasileira, seguido por Patos de Minas, em Minas Gerais, com 226,9 milhões de litros, 0,6% de participação.

“Por meio da diferença entre o total de leite produzido no País (35,7 bilhões de litros), estimado pela PPM, e a quantidade de leite cru adquirida pelos laticínios sob inspeção sanitária (25,4 bilhões de litros), obtida pela Pesquisa Trimestral do Leite, também do IBGE, é possível inferir que o volume de leite submetido à inspeção sanitária correspondeu a 71,0% do total nacional em 2024”, destacou o IBGE.

O efetivo de vacas ordenhadas foi de 15,1 milhões de cabeças, queda de 2,8% em relação a 2023. A produtividade média nacional ficou em 2.632 litros por vaca por ano.

Valor de produção

O valor de produção do leite totalizou R$ 87,5 bilhões em 2024, aumento de 9,4% em relação a 2023. O preço médio estimado foi de R$ 2,45 por litro de leite no ano passado, um avanço de 7,9% ante os R$ 2,31 pagos no ano anterior.

“As importações de leite continuaram a crescer em 2024, sendo 4,6% superiores ao volume importado em 2023 (em equivalente leite). Contudo, esse aumento não foi suficiente para pressionar os preços para baixo”, observou o IBGE.

Rebanho suíno

De acordo com o IBGE, o rebanho suíno brasileiro totalizou 43,9 milhões de animais em 2024, uma alta de 1,8% ante 2023, segundo maior quantitativo já registrado.

O número de matrizes de suínos ficou em 5,0 milhões, elevação de 0,6% em relação ao ano anterior, maior registro já feito para esse efetivo.

“O abate de suínos, em 2024, também foi o maior da série da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do IBGE, ainda que a atividade esteja crescendo em ritmo menor que em anos anteriores. Foi observado um aumento de 1,2% no número de suínos abatidos e de 0,6% no peso de carcaça produzido. Ademais, houve recorde nas exportações de carne suína in natura, de acordo com os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços)”, justificou o IBGE.

A região Sul concentra 22,8 milhões de animais, 51,9% do rebanho existente no País. Santa Catarina manteve a liderança no ranking estadual, com 9,3 milhões de cabeças, alta de 0,1% ante 2023, para uma fatia de 21,2% do total nacional, seguido por Paraná (7,3 milhões de suínos, uma fatia de 16,6% do rebanho brasileiro) e Rio Grande do Sul (6,2 milhões de animais, 14,1% do total nacional).

A cidade de Toledo, no Paraná, manteve o maior efetivo suíno entre os municípios, seguida de Uberlândia (Minas Gerais) e Marechal Cândido Rondon (Paraná).

Caprinos e Ovinos

Entre os animais de porte médio, o País atingiu um recorde de 13,3 milhões de caprinos em 2024, alta de 3,1% ante 2023, e um ápice de 21,9 milhões de ovinos, aumento de 0,3% em relação ao ano anterior.

A Região Nordeste concentra 96,3% da criação de caprinos e 73,5% do rebanho de ovinos.

“Historicamente, o Nordeste se destaca na atividade devido à adaptabilidade e múltipla aptidão desses rebanhos, com uma maior diversidade na alimentação, para produção de carne, leite e couro”, justificou o instituto.

O rebanho nordestino tanto de caprinos quanto de ovinos cresceu 3,5% ante 2022. Houve elevação também no número de animais na região Norte: alta de 3,6% no rebanho de caprinos e aumento de 7,3% no de ovinos.

A Bahia é o principal Estado para ambas as criações, com 31,6% de todos os caprinos do País e 23,5% dos ovinos. Pernambuco ocupava o segundo lugar em ambas as criações, com 25,7% dos caprinos brasileiros e 18,0% dos ovinos.

O ranking de principais municípios criadores de caprinos é composto apenas por baianos e pernambucanos: Casa Nova (Bahia), Juazeiro (Bahia), Floresta (Pernambuco), Curaçá (Bahia) e Petrolina (Pernambuco).

A lista de maiores criadores de ovinos segue lógica semelhante: Casa Nova (Bahia), Juazeiro (Bahia), Dormentes (Pernambuco), Remanso (Bahia) e Afrânio (Pernambuco).

Produto de origem animal

Segundo o IBGE, o valor de produção dos principais produtos de origem animal no País alcançou R$ 121,1 bilhões em 2024, aumento de 8,2% em relação ao ano anterior. O grupo inclui leite de vaca, ovos de galinha, ovos de codorna, mel, casulos de bicho-da-seda e lã de ovelha.

O leite concentrou 72,3% do valor total de produção em 2024, R$ 87,5 bilhões, seguido pelos ovos de galinha, com 26,3% de participação, somando R$ 31,9 bilhões, e pelo mel, com fatia de 0,8%, R$ 1,0 bilhão.

O Estado de Minas Gerais registrou o maior valor de produção, 22,7% do total nacional, o equivalente a R$ 27,5 bilhões, sendo 87,9% desse montante oriundos da produção de leite. O Paraná alcançou um valor de produção de R$ 15,3 bilhões, seguido pelo Rio Grande do Sul, com R$ 12,1 bilhões.

Quanto ao ranking municipal, Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, tem o maior valor de produção deste grupo de produtos, R$ 1,8 bilhão, sustentado pela produção de ovos de galinha.

O segundo município do ranking é Castro, no Paraná, com R$ 1,3 bilhão, graças à sua produção leiteira. O terceiro lugar ficou com Bastos, em São Paulo, com R$ 1,3 bilhão gerados, impulsionado por ovos de galinha.

Aquicultura

Além dos seis produtos mencionados, há ainda a produção da aquicultura. A produção de peixes mostrou um aumento de 10,3% em 2024, chegando a um recorde de 724,9 mil toneladas, o que resultou em um valor de produção de R$ 7,7 bilhões, crescimento de 15,8% em relação a 2023.

A produção de camarão atingiu um ápice de 146,8 mil toneladas em 2024, crescimento de 15,2% ante 2023, com valor de produção de R$ 3,1 bilhões, um aumento de 16,3%.

A produção de ostras, vieiras e mexilhões, chamada malacocultura, totalizou 9,56 mil toneladas em 2024, alta de 21,7%, com um valor de produção de R$ 119,0 milhões, aumento de 37,0%, em relação ao ano anterior.

DownDetector: usuários reportam apagão em serviços do Google Gmail e Cloud nos EUA

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O número de usuários com dificuldades em acessar os serviços do Google Gmail e do Google Cloud nos Estados Unidos teve um salto na última hora, conforme a ferramenta de monitoramento DownDetector.

Por volta das 12h10 (de Brasília), haviam 579 relatos de problemas em acessar o Google Gmail, contra uma média de 8 relatos para horário semelhante nas quintas-feiras, segundo a ferramenta.

Já os problemas no Google Cloud somavam 214 relatos, contra média de apenas 1 relato neste período.

A ferramenta de monitoramento do DownDetector classificou os relatos em sua categoria máxima de seriedade, indicando “sinais fortes e duração suficiente” de problemas para alertar possível incidente iminente em uma empresa.


Inflação e tarifaço endurecem comunicado do Copom e reforçam corte nos juros só em 2026, dizem analistas

 

 

 A decisão do Banco Central (BC) pela manutenção da taxa básica de juros da economia em 15% ao ano não foi uma surpresa para o mercado, pois nos comunicados mais recentes o Comitê de Política Monetário (Copom), indicava que assim seria no caso de manutenção do cenário de economia aquecida, mercado de trabalho pressionado e inflação persistente.

Mas o tom mais “hawkish” do comunicado que acompanhou a decisão dessa quarta-feira, 17, ou mais “duro” no jargão dos economistas, foi o que chamou a atenção dos analistas. “O tom do texto seguiu indicando poucas chances de cortes de juros no curto prazo”, aponta Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Bmg.

“Além de repetir que a Selic seguirá no patamar mais contracionista por um tempo prolongado, o Copom, desta vez, fez questão de falar que vai retomar o ciclo de alta se julgar necessário”, diz Gabriel Lago, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital.

Lago reforça outro ponto do comunicado, que diz ver como um tom mais duro, “até um pouco mais do que veio em julho”. “O ponto que me chamou a atenção foi essa menção explícita às tarifas comerciais dos EUA contra o Brasil. Isso não tinha sido feito no comunicado, foi algo novo, isso mostra que ele está preocupado não apenas com a inflação interna, mas o que esse choque externo pode vir a pressionar o câmbio”,

Sobre a inflação, apesar da leve melhora nas expectativas para 2025, Gabriel Lago acredita que o cenário mais instável visto pelo Copom não só deixou o comunicado mais duro, mas “deixou claro que o comitê não vai reduzir, e, possivelmente, na próxima reunião, também não vai reduzir”.

A questão tarifária também foi o ponto de atenção para a Helena Veronesa, economista-chefe da B.Sode Investimentos. “O comunicado que acompanhou a decisão trouxe algumas mudanças em relação ao anterior, dentre as quais se destacam, o ambiente internacional ainda incerto por conta de questões geopolíticas e econômicas nos EUA, gerando volatilidade no preço dos ativos, e o efeito das tarifas na economia brasileira, o que, junto com a política fiscal, aumenta as incertezas”.

Para o mercado, diz Natalie Victal, economista chefe da SulAmérica Investimentos, trata-se de um comunicado duro, sem concessões, e que dificulta uma mudança rápida de tom. “No conjunto, a decisão veio na cauda mais dura do espectro de possibilidades: manteve a projeção de inflação em 3,4% apesar da melhora do câmbio, não suavizou a avaliação do cenário e reforçou o risco fiscal como motivo de cautela. Dada a comunicação de hoje, flexibilizações em 2025 só ocorreriam diante de melhora relevante de cenário”.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Em 3 meses, número de famílias atendidas pelo Bolsa Família diminuiu quase 1,5 milhão

 

O pagamento do programa Bolsa Família em setembro vai alcançar 19,07 milhões de lares, que receberão um total de R$ 12,96 bilhões. Os pagamentos começam nesta quarta-feira, 17, e seguem até o dia 30 de setembro.

Em agosto, 19,2 milhões de famílias tinham sido contempladas, a um custo de R$ 13,16 bilhões. Esse número de famílias já foi menor que o registrado em julho, de 19,6 milhões, por sua vez, menor que os 20,5 milhões de junho. Assim, entre junho e setembro, houve uma redução de 1,43 milhão de famílias atendidas.

A IstoÉ Dinheiro procurou o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para comentar a redução e aguarda retorno. O texto será atualizado quando houver resposta.

O valor médio do benefício para setembro ficou em R$ 682,22, segundo o MDS.

Os pagamentos são feitos de modo escalonado, conforme o último dígito do Número de Identificação Social (NIS), sempre em dias úteis. As transferências ocorrem nos últimos dez dias úteis de cada mês, a exceção é dezembro, quando o repasse tem início mais cedo.

A exceção fica por conta dos municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública. Nesses locais, os repasses são todos feitos já nesta quarta-feira. Veja aqui a lista.

Calendário de setembro do Bolsa Família:

BOLSA FAMÍLIA

Qual o valor do benefício e quem pode receber

O valor mínimo do Bolsa Família é de R$ 600 por família. No entanto, o valor pode ser maior, conforme a composição familiar. Veja os adicionais disponíveis:

  • Benefício Primeira Infância: R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos;
  • Benefício Variável Familiar: R$ 50 para gestantes e jovens de 7 a 18 anos;
  • Benefício Variável Familiar Nutriz: Seis parcelas de R$ 50 para mães de bebês de até seis meses, garantindo suporte alimentar na primeira infância.

Para ter direito ao benefício, a família deve estar inscrita no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal, com dados atualizados, e possuir renda mensal per capita de até R$ 218. A inscrição pode ser feita em unidades do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), com CPF ou título de eleitor.

Vale lembrar que a inscrição no CadÚnico não garante inclusão automática no Bolsa Família. A seleção é feita mensalmente de forma automatizada, com base nas regras do programa.

Presidente do Fed diz que tarifas maiores continuam elevando preços em alguns setores nos EUA

 Mercados hoje: investidores esperam discurso de Powell

 

 

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou que as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continuam pressionando os preços para cima em alguns setores no país. Mudanças nas políticas governamentais continuam a evoluir, e seus efeitos na economia permanecem incertos”, disse em coletiva de imprensa nesta tarde.

“Tarifas mais altas começaram a elevar os preços de algumas categorias de produtos, mas seus efeitos gerais sobre a atividade econômica e a inflação ainda não foram vistos”, acrescentou. De acordo com ele, o cenário-base razoável é que o efeito das tarifas na inflação dos EUA será “breve”. Ponderou, contudo, que também é possível que os impactos inflacionários sejam “mais persistentes”, e esse é um risco a ser avaliado e gerenciado pelo Fed.

“Nossa obrigação é garantir que um aumento único no nível de preços não se torne um problema de inflação contínuo no curto prazo”, afirmou Powell, acrescentando que os riscos à inflação apontam para cima e ao emprego, para baixo. E ambos os lados têm de ser equilibrados. “Julgamos apropriado nesta reunião dar mais um passo em direção a uma postura política mais neutra”, concluiu.

Desinflação no setor de serviços

O presidente do Federal Reserve avaliou ainda que o processo de desinflação parece continuar desacelerando no setor de serviços. “A inflação diminuiu significativamente em relação às máximas registradas em meados de 2022, mas permanece relativamente elevada em relação à meta de longo prazo de 2%”, analisou.

Apesar disso, ele disse que as expectativas de inflação de longo prazo seguem consistentes com meta de 2%.

Powell afirmou ainda que é incomum que demanda e oferta do mercado do trabalho caíam juntos.

Dino cobra da AGU e TCU cronograma para fiscalizar ’emendas Pix’

 Flávio Dino

 

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira, 17, que a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) apresentem, dentro de 15 dias úteis, um plano de fiscalização das chamadas “emendas PIX”. Dino pediu uma “definição objetiva das etapas e datas para a análise, apreciação e/ou julgamento” dos relatórios de gestão das emendas referentes aos exercícios financeiros de 2020 a 2024.

“Lembro que a prestação de contas é um dever, o que se projeta para os órgãos competentes na esfera federal, em se cuidando de dezenas de bilhões de reais do Orçamento Geral da União, que não podem permanecer em zonas de indefinição quanto à aferição da idônea e eficiente aplicação”, escreveu o ministro. No mesmo despacho, Dino esclareceu que a competência para julgar a execução das emendas é do TCU.

Segundo o ministro, julgamentos eventualmente feitos pelos Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios são nulos, “não se prestando a substituir o juízo constitucionalmente reservado ao TCU”. “Tais atos são eivados de vício de competência, pois o exercício da função de julgamento das contas relativas a recursos da União é atribuição exclusiva do TCU”, acrescentou Dino em seu despacho. Nesta semana, o ministro já havia determinado a suspensão de repasses de emendas a nove prefeituras em que a Controladoria Geral da União (CGU) apontou “indícios de crimes” no uso dos recursos.

Do outro lado da Praça dos Três Poderes, a Câmara dos Deputados avança com a “PEC da Blindagem”, que segue agora para o Senado, para dificultar processos criminais contra deputados e senadores. O texto prevê a necessidade de autorização do Congresso para o STF processar parlamentares. Dezenas de políticos já são investigados no Supremo por suspeita de corrupção na destinação de recursos públicos.

Com o despacho, Flávio Dino busca acelerar o andamento das apurações em curso. O ministro também reiterou pedidos para a AGU e a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviarem pareceres sobre ações que debatem as emendas.

Espero que Congresso não rasgue Constituição com PEC da Blindagem, diz Simone Tebet

 

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quarta-feira, 17, esperar que o Congresso não rasgue o regimento interno da Casa e a Constituição ao votar a Proposta de Emenda à Constituição da Blindagem, conhecida como PEC da Blindagem, por dificultar investigações e processos de prisão contra parlamentares.

Segundo a ministra, o fato de o Congresso revisar uma decisão que já foi derrubada em plenário, como o voto secreto para a PEC, que foi derrotado na madrugada, é atacar a democracia e abrir um precedente perigoso. Para ela, o argumento poderia ser usado por políticos que perderem as eleições e quiserem questionar o resultado.

“O voto secreto foi derrotado legitimamente pelos parlamentares que estão contra essa PEC. Revisitar essa questão não só é inconstitucional, mas coloca em risco a democracia como nós conhecemos”, disse.

A ministra também elogiou o Supremo Tribunal Federal (STF), o qual chamou de bastião da democracia e da soberania. “Não existe meia-verdade como não existe meia democracia como não existe meia soberania, ou você tem um povo soberano, o governo é do Brasil e não de nenhum outro País”.

Tebet participou nesta quarta-feira de um seminário sobre risco fiscal judiciário organizado pelos ministérios da Fazenda e Planejamento e pela Advocacia-Geral da União (AGU). Sobre o tema, ela afirmou que a revisão da judicialização fiscal é quase uma reforma administrativa e que o governo mostrará o impacto da crescente judicialização nas contas públicas.