sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Irga: plantio de arroz no Rio Grande do Sul atinge 97,47% da área prevista

 Plantação De Arroz: Como Сultivar, Manejo E Colheita

 

São Paulo, 27/12 – Os produtores de arroz do Rio Grande do Sul semearam 97,47% da área estimada para a safra 2024/25, de acordo com o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga). Foram plantados 924.443 hectares, dos 948.356 hectares projetados, com avanço de 0,34% em relação ao levantamento anterior.

Três regionais já concluíram o plantio: campanha, planície costeira externa e fronteira oeste atingiram 100% das áreas previstas. Na zona sul, foram semeados 165.592 hectares, o que representa 99,76% da área estimada de 165.986 hectares. Já a planície costeira interna alcançou 99,36% da área, com 142.908 hectares plantados dos 143.825 projetados.

A região central, mais afetada por enchentes e chuvas frequentes no inverno, registra maior atraso, com 82,02% da área plantada (103.258 hectares dos 125.860 projetados). As chuvas dificultaram a recuperação de áreas atingidas, segundo o relatório do Irga.

O levantamento semanal sobre a semeadura é realizado pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) do Irga, com dados apurados junto aos produtores pelos núcleos da autarquia no interior do estado.

Dino dá prazo até as 20h para Câmara esclarecer pagamento de emendas

 Flávio Dino


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino deu prazo até as 20h desta sexta-feira (27) para a Câmara dos Deputados responder a quatro questionamentos sobre o pagamento de emendas parlamentares. O prazo foi dado pelo ministro após a Câmara pedir a reconsideração da liminar de Dino que suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.

No entendimento do ministro, a Câmara ainda não cumpriu as decisões de Corte que determinaram regras de transparência e rastreabilidade no repasse das emendas. “Assim, caso a Câmara dos Deputados deseje manter ou viabilizar os empenhos das emendas de comissão relativas ao corrente ano, deverá responder objetivamente aos questionamentos acima indicados até as 20h de hoje (dia 27 de dezembro de 2024), bem como juntar as atas comprobatórias da aprovação das indicações (ou especificações) das referidas emendas, caso existam”, decidiu o ministro.

Na decisão, Flávio Dino fez quatro perguntas que deverão ser respondidas pela Casa:

1 – Quando houve a aprovação das especificações ou indicações das emendas de comissão (RP 8) constantes do Ofício nº. 1.4335.458/2024? Todas as 5.449 especificações ou indicações das “emendas de comissão” constantes do ofício foram aprovadas pelas comissões? Existem especificações ou indicações de emendas de comissão que não foram aprovadas pelas comissões? Se não foram aprovadas pelas comissões, quem as aprovou?

2 – O que consta na tabela de especificações ou indicações de emendas de comissão (RP 8) como nova indicação foi formulada por quem? Foi aprovada por qual instância? Os senhores líderes? O presidente da comissão? A comissão?

3. Qual preceito da Resolução nº. 001/2006, do Congresso Nacional, embasa o referido Ofício nº 1.4335.458/2024? Como o Ofício nº. 1.4335.458/2024 se compatibiliza com os artigos 43 e 44 da referida Resolução?

4. Há outro ato normativo que legitima o citado Ofício nº. 1.4335.458/2024? Se existir, qual, em qual artigo e quando publicado?

Entenda

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP8 e RP9 eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte.

No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continuava em descumprimento.

Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original da questão, Flávio Dino assumiu a condução do caso.

Em agosto deste ano, Dino determinou a suspensão das emendas e decidiu que os repasses devem seguir critérios de rastreabilidade. O ministro também determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) auditasse os repasses dos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.

Rússia admite que avião da Embraer caiu em meio a ataques

 


Agência de aviação afirma que Grozny, local previsto do pouso, foi alvo de drones ucranianos e que por isso ordenou o esvaziamento do espaço aéreo. Acidente matou 38 pessoas; fuselagem exibia perfurações.A agência de aviação russa Rosaviatsiya reconheceu nesta sexta-feira (27/12) que a queda de uma aeronave da Embraer no Cazaquistão que matou 38 pessoas ocorreu no momento em que a área era alvo de uma operação militar no contexto da guerra na Ucrânia – sem contudo atribuir explicitamente a culpa pelo acidente à Rússia.

Segundo o órgão, drones ucranianos atacaram duas cidades na região russa da Chechênia. Uma delas era Grozny, destino do voo J2-8243 da Azerbaijan Airlines (Azal) que decolou na quarta-feira de Baku, no Azerbaijão.

Em resposta ao suposto ataque, a Rosaviatsiya diz que decidiu aplicar um plano de contingência nas áreas que coincidem com a do trajeto do avião que transportava civis.

“A situação na zona do aeroporto de Grozny era extremamente complexa. Os drones ucranianos perpetravam naquele momento ataques terroristas contra as cidades de Grozny e Vladikavkaz”, declarou o chefe da agência, Dmitri Yadrov, citado pela agência estatal russa Tass.

Por causa disso, explicou Yadrov, o aeroporto de Grozny ordenou a “saída imediata de todas as aeronaves da referida zona”, suspendendo chegadas e partidas, mas sem dizer quando isso aconteceu.

O capitão do voo azerbaijani até teria tentado aterrissar duas vezes, sem sucesso. “Havia uma neblina muito densa, não havia visibilidade a uma altura de 500 metros”, afirmou, acrescentando que os controladores aéreos teriam sugerido outras opções de aeroportos, mas que o comandante teria decidido seguir até Aktau, no Cazaquistão, do outro lado do Mar Cáspio.

Companhia aérea falou em “interferência física e técnica externa”

Na quinta-feira, fontes do governo do Azerbaijão ouvidas sob condição de anonimato relataram a agências de notícias a suspeita de que o avião pode ter sido atingido por estilhaços de um míssil antiaéreo russo quando estava no espaço aéreo da cidade de Grozny.

À Reuters, quatro fontes anônimas do governo azerbaijani disseram que resultados preliminares da investigação sugeriam que a aeronave teria sido atacada por engano por militares russos.

Nas últimas semanas, drones ucranianos atacaram vários locais na Chechênia, incluindo uma instalação que abriga as forças policiais.

Mais cedo nesta sexta-feira, a companhia aérea Azal disse que uma investigação do acidente concluiu que houve “interferência física e técnica externa”. A empresa suspendeu voos para dez aeroportos russos, baseada nos “resultados preliminares da investigação sobre o acidente do Embraer 190”.

Também nesta sexta, a companhia aérea flydubai anunciou a suspensão de voos aos aeroportos russos de Sochi e Mineralnie Vody, informou a Reuters.

Passageiros sobreviventes relatam explosão

À Reuters, um dos 29 passageiros que sobreviveram ao acidente relatou ter ouvido ao menos uma grande explosão quando o avião se aproximava do aeroporto de Grozny. Assustado, começou a rezar e se preparar para morrer.

“Pensei que o avião fosse se desintegrar”, disse Subhonkul Rakhimov, que está internado no hospital. “Era como se [o avião] estivesse bêbado, já não fosse mais o mesmo.”

História parecida foi relatada por um sobrevivente ao canal estatal russo RT. Ele disse que a aeronave fez três tentativas de aterrissar em Grozny e que na terceira aproximação “algo explodiu…. Eu não diria que foi dentro do avião” e que um pedaço de estilhaço voou entre suas pernas e perfurou um colete salva-vidas.

O acidente

O Embraer 190 saiu de Baku antes do amanhecer com 62 passageiros e cinco tripulantes. O curto voo para Grozny, a noroeste, aparentemente não teve problemas durante meia hora, quando a aeronave “encontrou uma interferência significativa no GPS”, de acordo com o Flightradar24, um site que rastreia o tráfego aéreo em todo o mundo.

O Flightradar24 disse que, até cerca de 20 minutos antes do acidente, às vezes não recebeu nenhum dado do avião e, em outras ocasiões, recebeu dados nos quais os detalhes sobre sua posição estavam ausentes ou imprecisos.

“A aeronave foi exposta a interferência e falsificação de GPS perto de Grozny”, apontou o Flightradar24. Embora seja improvável que essas medidas tenham causado o acidente, elas são sinais de que os esforços de defesa contra um ataque de drones estavam em andamento no solo.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o avião descendo em Aktau, no Cazaquistão, em posição de pouso e pegando fogo ao colidir contra o chão. Passageiros feridos podiam ser vistos emergindo de uma parte da fuselagem que ficou intacta.

No dia do acidente, a agência russa de aviação declarou em comunicado ter informações preliminares de que o piloto havia decidido fazer um pouso de emergência após um pássaro colidir contra a aeronave.

Outra versão ventilada foi a de que o acidente estaria relacionado à explosão de um balão de oxigênio, algo que foi confirmado pelas autoridades cazaques.

Mas nas fotos que circulam do acidente, é possível ver perfurações na fuselagem da aeronave, como se ela tivesse sido metralhada.

Peritos brasileiros eram esperados nesta sexta-feira para ajudar nas investigações sobre a queda do avião de fabricação brasileira.

As acusações em relação à queda do avião trouxeram também memórias do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido sobre o leste da Ucrânia em 2014, matando 298 pessoas. Uma investigação internacional apontou que um míssil antiaéreo lançado por forças russas causou a queda. Moscou refutou as acusações.

ra/bl (EFE, AFP, Reuters, DW)

Brava negocia contratação de bancos para potencial venda de ativos; ações disparam

 


Plataforma de petróleo do tipo FPSO Anita Garibaldi no estaleiro Aracruz 24/04/2023 REUTERS/Ricardo Moraes

Plataforma de petróleo do tipo FPSO Anita Garibaldi no estaleiro Aracruz 24/04/2023 REUTERS/Ricardo Moraes

 

As ações da Brava Energia dispararam mais de 10% nesta sexta-feira, após a companhia afirmar que está negociando mandato com dois bancos para assessorar na avaliação de potenciais transações de parceria ou venda de ativos, conforme recomendação do conselho de administração.

O Itaú BBA é um desses bancos, de acordo com uma fonte próxima das negociações com a Brava.

A petroleira ressaltou que “não há neste momento qualquer acordo para vender ativos”, com exceção do contrato de exclusividade para potencial venda de 11 concessões de óleo e gás no Rio Grande do Norte e da infraestrutura de midstream de gás no Rio Grande do Norte junto à PetroReconcavo.

Todavia, afirmou que um destes bancos com quem está tratando apresentou teaser sobre os ativos onshore da companhia a potenciais interessados, a partir de informações públicas, e agendou para o dia 9 de janeiro de 2025 a data de recebimento de propostas. Não ficou claro se o Itaú BBA era esse banco.

Analistas do JPMorgan estimam que os ativos onshore podem valer cerca de US$ 1,4 bilhão.

Na semana passada, a Brava afirmou não há qualquer acordo para venda do Polo Potiguar para PetroReconcavo após o jornal O Globo publicar que a Brava tinha chegado a um acordo para vender os ativos do Polo Potiguar para a companhia em um negócio que giraria em torno de R$ 13 bilhões.

O fato relevante divulgado pela Brava nesta sexta-feira foi um esclarecimento à notícia publicada pelo blog Pipeline do Valor Econômico, citando que a empresa adiou o prazo de recebimento de propostas por seus ativos onshore a pedido dos interessados.

Ainda de acordo com a reportagem, por enquanto, há cinco interessados na mesa, que podem efetivamente fazer proposta no início do mês, incluindo a Eneva, a Pluspetrol, a PetroReconcavo, a Origem e outra estrangeira de menor porte, conforme fontes com conhecimento do assunto.

Os analistas do JPMorgan comentaram que gostam de ver a Brava avançar com seu programa de otimização de portfólio, o que pode ajudar a empresa s focar em seus principais ativos offshore, que também podem exigir investimentos pesados, com novas revitalizações até 2026-27.

Também avaliam que a movimentação pode fazer a companhia se tornar um gerador de fluxo de caixa livre positivo mais cedo do que o esperado, conforme nota enviada a clientes nesta sexta-feira.

A equipe do banco norte-americano calcula que, se a Brava obtiver cerca de US$ 1,5 bilhão com a venda desses ativos, a alavancagem pode atingir em torno de 0,8 vezes a dívida líquida/Ebitda até o final de 2025.

Cotação das ações da Brava

Por volta de 12h20, as ações da Brava Energia disparavam 8,38%, a R$ 22,11, liderando com folga as altas do Ibovespa, que cedia 0,22%. Na máxima, os papéis chegaram a R$ 22,52 (+10,39%).

O Itaú BBA não comentou o assunto.

Petrobras elogia Lei sobre transferência de excedente de conteúdo, sancionada nesta sexta

 Logo Petrobras – Logos PNG


A Petrobras informou nesta sexta-feira, 27, que foi sancionada a Lei nº 15.075/2024, de 26 de dezembro de 2024, que dispõe sobre a possibilidade de transferência de excedentes de conteúdo local entre contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural vigentes. Segundo a empresa, a nova legislação permitirá que possa ser solicitada a prorrogação dos prazos dos Contratos de Partilha de Produção nas condições que demonstrem vantagem para a União.

“A Petrobras entende que a nova Lei é um importante marco para o setor de óleo e gás, conferindo benefícios para toda a indústria nacional e viabilizando novos investimentos nos Contratos de Partilha”, afirma em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A estatal destaca os efeitos da nova legislação como a Admissão da transferência de excedentes de conteúdo local entre contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural, incluindo a possibilidade de contabilização de excedentes em contratos onde não há compromisso mínimo, como os contratos da “Rodada Zero”.

Outro efeito é a permissão para que o Poder Executivo federal reduza o montante dos royalties dos contratos de concessão de exploração e produção de petróleo e gás natural oriundos da “Rodada Zero” em até 5% da alíquota como forma de incentivo a investimentos em conteúdo local, conforme regulamentação que será publicada.

A legislação também autoriza a concessão de cotas diferenciadas de depreciação acelerada para navios-tanque empregados exclusivamente em atividades de cabotagem de petróleo e seus derivados e para embarcações de apoio marítimo utilizadas para o suporte logístico e prestação de serviços aos campos, às instalações e às plataformas offshore, caso estes sejam construídos em estaleiros nacionais.

Há ainda a possibilidade de prorrogação dos contratos de partilha de produção, incluindo os contratos em curso, desde que seja demonstrada vantagem para a União.

Outro ponto é a inclusão, no montante a ser descontado das despesas de comercialização do petróleo e gás natural da União, dos gastos incorridos pela PPSA na execução da gestão dos contratos de partilha de produção e na gestão dos contratos para a comercialização do petróleo e do gás natural da União.

IPCA-15 sobe abaixo do esperado em dezembro mas acumula alta de quase 5% no ano

 


Clientes fazem compras no setor de carnes do supermercado Carrefour, em São Paulo, em 25 de novembro de 2024 - AFP

 

A alta do IPCA-15 desacelerou em dezembro e ficou abaixo do esperado, mas ainda assim indicou que a inflação no Brasil deve encerrar 2024 perto de 5%, superando o teto da meta em meio a um ciclo agressivo de aperto monetário pelo Banco Central.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve alta de 0,34% em dezembro, depois de avançar 0,62% em novembro, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Isso levou a taxa acumulada no ano a 4,71%, o que supera o teto da meta, que é de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. O resultado foi muito próximo do de 2023, quando o IPCA-15 subiu 4,72%.

As leituras, no entanto, ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, de altas de 0,45% e 4,82% respectivamente no mês e em 12 meses.

Se confirmado o dado do IPCA em 12 meses fora da faixa visada, o Banco Central terá que explicar ao governo os motivos de o objetivo não ter sido cumprido.

Será a oitava vez que tal explicação será necessária desde a criação do sistema de metas para a inflação, em 1999. O IBGE divulga o dado cheio do IPCA para 2024 em 10 de janeiro.

A partir de 2025 será adotada uma meta contínua de inflação, prevendo que o Banco Central deverá se explicar ao governo se o alvo for descumprido por seis meses consecutivos.

Quais os grupos mais inflacionados

O IBGE destacou que o maior impacto tanto em dezembro quanto em 2024 foi exercido por Alimentação e Bebidas. No mês os preços do grupo avançaram 1,47%, acumulando no ano alta de 8,0%.

A alimentação no domicílio subiu 1,56% em dezembro, impactada pelos aumentos do óleo de soja (9,21%), da alcatra (9,02%), do contrafilé (8,33%) e da carne de porco (8,14%). Houve recuos nos preços de batata-inglesa (-9,85%), tomate (-6,71%) e leite longa vida (-2,42%).

Também se destacaram em dezembro os avanços de 1,36% de Despesas pessoais e de 0,46% em Transportes. Em 2024, esses grupos tiveram respectivamente avanços de 5,12% e 2,32% segundo o IPCA-15.

Em Despesas pessoais, a alta de 12,78% do cigarro impactou o resultado do mês, como consequência do aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Já nos Transportes, a passagem aérea subiu 4,43% em dezembro, enquanto os combustíveis avançaram 0,09%.

Habitação, por sua vez, teve deflação de 1,32% em dezembro com a queda de 5,72% da energia elétrica residencial diante da bandeira tarifária verde. No ano, entretanto, o grupo registrou alta de 3,44%.

O segundo maior impacto do ano de 2024 foi de Saúde e cuidados pessoais, com alta acumulada de 6,03% embora tenha recuado 0,05% em dezembro.

Inflação acima da meta impacta juros

Com a inflação e a desancoragem das expectativas como importante ponto de preocupação, o Banco Central acelerou em dezembro o ritmo de aperto nos juros e elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano.

Para além disso, surpreendeu ao prever mais duas altas da mesma magnitude à frente, após citar risco de piora da dinâmica inflacionária a partir do anúncio de medidas fiscais do governo.

A decisão de promover o aperto mais agressivo nos juros básicos do país em mais de dois anos, já apontando para novas elevações de mesma intensidade, ocorreu na última reunião do Copom do ano e a derradeira com Roberto Campos Neto no comando da instituição.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Lobarinhas: DPFe teve aumento expressivo por valorização do dólar no ano e em novembro

 


O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública substituto, Roberto Lobarinhas, afirmou nesta quinta-feira, 26, que a Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve aumento expressivo fruto da valorização do dólar.

“A DPFe teve aumento expressivo para 28,79% ao ano, fruto da valorização do dólar ao longo do ano e também em novembro”, disse após divulgação do Relatório Mensal da Dívida (RMD). Segundo ele, a alta do dólar elevou demasiadamente o custo da DPFe no mês passado.

Lobarinhas disse ainda que a tendência é de que todos os indicadores da dívida fiquem dentro das bandas do Plano Anual de Financiamento (PAF) estabelecido para este ano e de que não haja resgate líquido no acumulado de 2024.

Segundo Lobarinhas, o panorama doméstico de novembro ficou marcado por uma frustração do mercado com o pacote de ajuste fiscal anunciado pela equipe econômica, somado ao movimento mais restrito da política monetária. Esse cenário resultou em ganho de nível ao longo de toda curva de juros, com destaque para a ponta curta.