terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Vultr investe US$ 1 bi em supercluster de IA com chips AMD em novo data center nos EUA

 

A Vultr anunciou um novo passo em sua parceria com a Advanced Micro Devices (AMD) ao confirmar a construção de um supercluster de chips para inteligência artificial (IA) avaliado em US$ 1 bilhão, iniciativa que amplia a influência da empresa no mercado de nuvens independentes. Em comunicado, a companhia afirmou que vai lançar um supercluster de IA equipado com GPUs AMD Instinct MI355X em seu novo data center em Springfield, Ohio, citando uma expansão de 50 megawatts que promete “desempenho sem precedentes por dólar para treinamento e inferência”.

A empresa destacou que está adicionando 24 mil GPUs MI355X ao campus e que pretende adotar também a próxima geração da linha Instinct, incluindo a série MI450 e a infraestrutura “Helios”. O projeto também conta com apoio de autoridades estaduais de Ohio, o que marca a estreia da Vultr no estado e reforça a ambição local de se consolidar como polo de infraestrutura digital.

O movimento ocorre no mesmo dia em que a Hewlett Packard Enterprise (HPE) apresentou, em Barcelona, a primeira arquitetura de rack de IA baseada no “Helios”.

A empresa afirmou que a solução entrega “maior flexibilidade e menor risco” para provedores que buscam escalar clusters de IA. A CEO da AMD, Lisa Su, disse que o Helios reúne o “pacote completo” de tecnologias da companhia e promete novos níveis de eficiência, escalabilidade e desempenho.

A arquitetura será oferecida globalmente a partir de 2026 e integra a estratégia da AMD de ampliar presença em infraestrutura aberta para IA – uma agenda que ganha tração à medida que empresas independentes como a Vultr elevam seus investimentos em clusters dedicados.

Ministério Público recorre para restabelecer prisão de Vorcaro e TRF-1 marca julgamento do caso

 Qual a fortuna de Daniel Vorcaro?

O Ministério Público Federal recorreu contra a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que soltou o empresário Daniel Vorcaro, do Banco Master, e pediu o restabelecimento de sua prisão. A decisão liminar (provisória) foi proferida pela desembargadora Solange Salgado na sexta-feira, 28. Ela reconsiderou seu entendimento inicial, no qual havia negado o pedido de liberdade, e deu uma nova decisão soltando Vorcaro e os outros quatro presos nesse caso.

Ainda no final de semana, a Procuradoria Regional da República da 1.ª Região apresentou, em regime de plantão, um recurso contra a decisão da desembargadora.

Argumentou que havia fundamentos para a prisão de Vorcaro e que a própria desembargadora revogasse a liberdade dele. Caso ela não aceitasse, a Procuradoria pediu que o caso fosse levado para o julgamento colegiado.

Em resposta, a desembargadora pediu para que o mérito do habeas corpus seja julgado na sessão do dia 9 de dezembro da 10.ª Turma do TRF-1, que inclui também os desembargadores Daniele Maranhão e Marcus Bastos.

A turma vai julgar se confirma a liminar que soltou o empresário, analisando os fundamentos da prisão preventiva, ou se acolhe os fundamentos do Ministério Público Federal sobre a necessidade do encarceramento cautelar.

Em tese, os desembargadores podem mandar o empresário de volta para a prisão, mas em geral é incomum reverter uma ordem de soltura no julgamento do mérito do habeas corpus.

A defesa de Vorcaro também apresentou uma reclamação ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que o caso fosse enviado à competência do Supremo porque foram apreendidos documentos de uma transação imobiliária do empresário com o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA).

O processo está com o ministro Dias Toffoli. Caso ele decida avocar tudo para o STF, os habeas corpus também passam para a competência da corte.

Desembargadora mudou de posição

Quando analisou o habeas corpus de Daniel Vorcaro, a desembargadora Solange Salgado entendeu que os fatos sob investigação eram graves e justificavam a prisão preventiva, em decisão do dia 20 de novembro.

Uma semana depois, ela reconsiderou os fundamentos e entendeu que não havia motivo para a prisão. “Ademais, não há demonstração de periculosidade acentuada ou de risco atual à ordem pública que, de forma excepcional, justifique a manutenção da medida extrema da prisão preventiva. Ressalte-se que, embora se tenha apontado risco à aplicação da lei penal, o mesmo pode atualmente ser mitigado com a adoção de medidas cautelares diversas da prisão, tais como a retenção de passaporte e a monitoração eletrônica, suficientes para conter o periculum libertatis e atender aos fins cautelares, em consonância com o caráter subsidiário e excepcional da segregação antecipada.”

Vorcaro foi preso na noite do dia 17 de novembro, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, quando se preparava para embarcar em um jato particular para Dubai, segundo ele. Ele é investigado por crimes financeiros na gestão do Banco Master e na tentativa de venda da instituição ao Banco de Brasília (BRB).

A desembargadora entendeu que a viagem ao exterior estava justificada e não representava risco de fuga. A decisão do TRF-1 também beneficiou Augusto Ferreira Lima, Luiz Bull, Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Ribeiro da Silva.

Ela converteu a ordem prisão em medidas alternativas. Determinou que os quatro sejam submetidos as seguintes restrições:

– uso de tornozeleira eletrônica;
– comparecimento periódico em juízo;
– proibição de manter contato com outros investigados;
– proibição de ausentar-se da Comarca;
– recolhimento domiciliar no período noturno;
– proibição de exercer atividade financeira;
– entrega do passaporte com proibição de sair do País.

Seus advogados tentaram soltar o empresário também no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no STF, sem sucesso.

Sob pressão, Vorcaro chegou a ser transferido da carceragem da PF para uma unidade prisional em Guarulhos (SP).

Comissão do Senado aprova projeto que eleva tributação de bets e fintechs

 

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira, 2, o projeto de lei que eleva a tributação sobre apostas online (bets) e fintechs, passando a incluir uma elevação gradual das alíquotas.

O texto tem tramitação terminativa, o que significa que após aprovado na CAE poderá ser encaminhado diretamente para a Câmara dos Deputados sem necessidade de aprovação do plenário do Senado, caso não haja apresentação de recurso.Medidas incluídas no texto faziam parte da MP 1303, que o Congresso deixou expirar, em uma derrota para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O texto aprovado nesta terça eleva a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 9% para 15% para instituições de pagamento, administradoras de mercado de balcão organizado, bolsas de valores e de mercadorias e futuros e entidades de liquidação e compensação.

Durante a tramitação, foi incluído um período de transição. Com o ajuste, a alíquota irá a 12% em 2026, subindo a 15% apenas a partir de 2028.

No caso das sociedades de capitalização e as sociedades de crédito, financiamento e investimentos, a alíquota subirá de 15% para 17,5% em 2026 e para 20% em 2028. A taxação sobre bancos será mantida em 20%.

Em outro ponto, o texto estabelece que a tributação sobre a receita bruta de bets passará de 12% para 18%, nível mais baixo que os 24% previstos na versão anterior do projeto. Também foi incluída no texto a previsão de que essa elevação será feita gradualmente até 2028.

No caso da distribuição de JCP por empresas a acionistas, haverá uma elevação da cobrança de Imposto de Renda de 15% para 17,5%.

Em sua versão final, o texto também incluiu uma permissão para que a distribuição de dividendos por empresas aprovados até 30 de abril de 2026 fique isenta.

O ajuste foi feito após o projeto sancionado pelo governo com mudanças no IR prever uma taxação de 10% sobre distribuições de dividendos superiores a R$ 50 mil por mês a partir de janeiro. A regra criaria, segundo parlamentares, um conflito contábil já que empresas aprovam os valores repassados a acionistas apenas nos primeiros meses após o fechamento do ano.

Sem prazo maior para aprovação de lucros e dividendos

O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do projeto que aumenta a tributação de bets e fintechs, retirou trechos do texto de mudanças à lei sancionada em novembro para aumentar a isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil.

Um dos trechos é o que estendia o prazo para que empresas aprovassem a distribuição de lucros e dividendos auferidos em 2025, com isenção do Imposto de Renda (IR). Braga afirmou que a retirada dos pontos foi um pedido do Ministério da Fazenda e se disse “indignado” com as negociações com o governo.

“Comecei a receber sinalização do Ministério da Fazenda muito estranhas, de que alterações propostas alteravam a lei que acabava de ser sancionada e que não havia entendimento com a Fazenda, e que a Fazenda preferia, então, não votar o projeto autônomo”, disse Braga durante sessão da Comissão de Assuntos Econômicos nesta terça-feira, 2, que debate o texto.

O projeto sobre bets e fintechs nasceu com o objetivo de conter mudanças propostas pelos senadores ao projeto do IR. Sem as mudanças, os senadores se viram desatendidos, por terem tido que chancelar o projeto da Câmara. Braga reclamou das negociações e afirmou que os colegas poderiam apresentar mudanças ao texto das bets e das fintechs, mesmo sem acordo.

“Eu cansei, de tantos embates, tantas idas e vindas, disse me disse. Cansei. De minha parte, estão todos liberados para apresentar destaques que quiserem”, declarou. “Eu que já relatei dezenas de projetos nesta Casa, nunca vi conduta da forma que vi na construção deste relatório. Creio que é porque há interesse de muita gente grande e os interesses são difusos”, disse.

A lei sancionada no mês passado prevê taxação de 10% sobre lucros e dividendos de uma pessoa jurídica à pessoa física superior a R$ 50 mil. A lei estabelece, porém, que lucros e dividendos com distribuição aprovada até 31 de dezembro de 2025 poderão ter isenção do IR, com distribuição permitida até 2028.

As empresas, porém, alegaram que fecham sua contabilidade no ano seguinte à apuração dos lucros. Após a pressão, Braga incluiu, na semana passada, no projeto sobre bets e fintechs, um trecho para adiar o prazo de aprovação de distribuição até 30 de abril de 2026. Sem acordo com a Fazenda, Braga retirou a mudança e segue como está – o prazo de dezembro de 2025.

“O pagamento do dividendo pode ser feito de forma fracionada. Fechado o trimestre, anuncio parte dos dividendos. Feito o pagamento dos dividendos, seria feito o pagamento do imposto de renda. Mas não poderia impedir de que a apuração fosse na declaração de imposto de renda. Nem isso a Receita Federal acatou. Tive de retirar a emenda acatada”, afirmou Braga.

Impacto das bets na população

O estudo “A saúde dos brasileiros em jogo”, divulgado hoje, aponta que jogos de azar e apostas online, popularizadas pelas chamadas bets, provocam perdas econômicas e sociais ao país estimadas em R$ 38,8 bilhões anualmente.

Esse valor é o somatório de danos à sociedade, como suicídios, desemprego, gastos com saúde e afastamento do trabalho.

Para ter uma noção do tamanho da perda, o valor de R$ 38,8 bilhões projetado pela pesquisa representaria expansão de 26% no orçamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida do ano passado, ou 23% a mais no Bolsa Família de 2024.

*Com informações de Agência Brasil, Estadão Conteúdo e Reuters

Ibovespa ultrapassa os 160 mil pontos pela primeira vez na sua história

 

O Ibovespa avançava nesta terça-feira, 2, ultrapassando os 160 mil pontos pela primeira vez na sua história, em movimento endossado pelo viés positivo de praças acionárias no exterior, enquanto as ações do Grupo Ultra figuravam entre as maiores altas após anúncio de dividendo bilionário.

Por volta de 11h, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,85%, a 159.953,35 pontos, após alcançar 160.053,88 pontos no melhor momento, novo recorde intradia. Perto do mesmo horário, o dólar era negociado em queda, a R$ 5,34. Veja cotações.

De acordo com analistas do Itaú BBA, o Ibovespa segue em tendência de alta e com espaço para seguir em direção aos 165.000 e 180.000 pontos.

“A maioria dos índices setoriais negocia na máxima do ano. Esse movimento significa que os ‘astros do mercado’ estão alinhados, o que aumenta a confiança de que o movimento de alta está firme”, afirmaram no relatório Diário do Grafista, enviado a clientes nesta terça-feira.

Entre os destaques do dia, Itaú Unibanco avançava 1,09%, Bradesco subia 0,81%, e Petrobras tinha alta de 0,25%.

Na véspera, dados divulgados no exterior reforçaram as expectativas de corte na taxa de juros pelo Federal Reserve em dezembro, com o setor manufatureiro registrando contração pelo nono mês consecutivo em novembro.

Localmente, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a produção industrial brasileira registrou alta de 0,1% em outubro na comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 0,5%. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 0,4% na variação mensal e de 0,2% na base anual.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Ranking da Forbes de melhores empresas do mundo para mulheres tem 6 brasileiras; veja lista

 

O ranking Global de Melhores Empresas para Mulheres, elaborado pela Forbes, destacou 400 companhias de mais de 36 países que se sobressaem por suas práticas de gestão inclusivas e iniciativas voltadas à igualdade de gênero.

Neste ano, a lista tem a Microsoft liderando como a melhor empresa do mundo para mulheres trabalharem, saindo do 8º lugar na edição anterior (2024) e passando para a ponta.

A segunda colocação é ocupada pela farmacêutica Roche Holding, seguida pelo National Bank of Canada, no terceiro lugar. Hewlett Packard Enterprise e IKEA completam o top 5.

Entre as empresas brasileiras que aparecem na lista, a Natura & CO é a mais bem colocada, ocupando a 57º posição ( 39º em 2024). Nubank (247º), Bradesco (269º), Vale (282º), Gerdau (358º) e Embraer estrearam na lista.

Para realizar o ranking a Forbes ouviu cerca de 120 mil mulheres de mais de 26 paises que trabalham em multinacionais. Para ser considerada para a lista, cada companhia precisava atuar em pelo menos dois continentes diferentes.

Veja o quais são 10 melhores empresas do mundo para mulheres

Para o ranking completo acesse este link. 

Após aquisição da GLP, Ares unifica empreendimentos sob a marca Marq Logistics

 Ares Management Introduces Marq to Further Unify its Global ...

A Ares Management anunciou nesta segunda-feira, 1, a adoção do nome Marq Logistics para todas as suas empresas de empreendimentos imobiliários logísticos ao redor do mundo. A medida ocorre após a Ares concluir, em março, a aquisição dos negócios da GLP, gigante de galpões logísticos. A operação abrangeu os negócios da GLP em todo o mundo, inclusive no Brasil, deixando apenas os imóveis da China de fora. O negócio foi avaliado em US$ 3,7 bilhões, pagos em ações e dinheiro.

A Ares Real Estate é uma das maiores gestoras imobiliárias do mundo, com aproximadamente US$ 110 bilhões em ativos sob gestão. Por sua vez, a Marq terá portfólio de cerca de 2 mil propriedades, totalizando cerca de 55 milhões de metros quadrados.

No Brasil, a Marq (antiga GLP) administra 3,2 milhões de metros quadrados de área bruta locável, sendo 2,3 milhões de área já construída e 0,9 milhão em desenvolvimento. Ao todo, são 55 empreendimentos nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

“A chegada da Marq ao Brasil reforça o nosso compromisso com inovação, sustentabilidade e excelência operacional no setor de logística, alinhando o mercado brasileiro à escala global da Ares”, afirmou Mauro Dias, sócio e Head de Real Estate no Brasil da Ares Management, e anteriormente presidente da GLP Brasil.


BNDES libera R$ 4,64 bi para Aena investir em 11 aeroportos, incluindo Congonhas

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um empréstimo de R$4,64 bilhões para o grupo espanhol Aena investir em 11 aeroportos administrados pela companhia no Brasil, entre eles Congonhas, em São Paulo.

Os recursos serão usados em ampliação e modernização dos terminais, que além de Congonhas incluem os aeroportos de Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá, no Mato Grosso do Sul; Santarém, Marabá, Carajás e Altamira, no Pará; e Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais.

O valor total do investimento nos aeroportos será de R$5,7 bilhões.

“O apoio financeiro do BNDES inclui a subscrição de debêntures, no valor de R$4,24 bilhões e um financiamento no valor de R$400 milhões”, afirmou o banco em comunicado. “Somando debêntures (R$5,3 bilhões) e linha Finem do BNDES (R$400 milhões), o financiamento total para a Aena será de R$5,7 bilhões”, acrescentou.

O prazo para a conclusão dos investimentos em Congonhas é junho de 2028 enquanto nos demais aeroportos a data prevista é junho de 2026.

Aeroporto de Congonhas dobrará capacidade

Os investimentos em Congonhas incluem R$2 bilhões para a construção de um novo terminal de passageiros, com mais que o dobro do tamanho atual, passando de 40 mil metros quadrados para 105 mil, afirmou o banco. Os aportes preveem ainda a ampliação do pátio de aeronaves e novas pontes de embarque.

“O número de passageiros em aeroportos do país vem crescendo com a expansão sustentada da economia”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, no comunicado. Segundo Mercadante, em 2024, os 11 aeroportos operados pela Aena movimentaram 27,5 milhões de passageiros, representando 12,8% do total dos aeroportos brasileiros.

“Além do volume financeiro relevante, essa operação conta com uma estrutura inovadora, com opção de ‘repricing’, em condições específicas, desenvolvidos pelas equipes Aena, BNDES e Santander, muito importante para os retornos adequados de nosso projeto”, disse o diretor financeiro da Aena Brasil, Rodrigo Rosa, no comunicado.