segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Trump autoriza envio de chips H200 da Nvidia para a China e sinaliza extensão para AMD e Intel

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O presidente norte-americano, Donald Trump, disse nesta segunda-feira, 08, que informou ao presidente chinês, Xi Jinping, que os Estados Unidos permitirão que a Nvidia envie seus chips H200 para clientes aprovados na China e em outros países, sob condições que permitam a continuidade de uma forte segurança nacional.

“O presidente Xi respondeu positivamente! 25% será pago aos Estados Unidos da América”, escreveu Trump, na Truth Social, sem detalhar se a alíquota refere-se a tarifas ou cobrança a parte sobre as exportações dos chips. Segundo ele, essa política apoiará empregos americanos, fortalecerá a manufatura nos EUA e beneficiará os contribuintes, além de garantir a liderança do país em inteligência artificial (IA).

Trump também explicou que os modelos mais avançados de chips da Nvidia, como o Blackwell e Rubin, não fazem parte do acordo e continuam com fornecimento apenas para clientes americanos.

“O Departamento de Comércio está finalizando os detalhes, e a mesma abordagem se aplicará à AMD, Intel e outras GRANDES Empresas Americanas”, acrescentou a postagem, também sem fornecer informações sobre como o acordo será estendido a outras empresas.

Os papéis das fabricantes de semicondutores americanas citadas operavam em alta firme no after hours em Nova York.

Juro deveria começar a cair em janeiro, diz CEO do Magazine Luiza

 

Para o CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, a taxa de juros deveria começar a cair em janeiro e chegar aos 11% ao ano no final de 2026. “No entanto, esperamos que a demanda siga aquecida e os juros ainda altos no ano que vem”, disse, durante o lançamento da Galeria Magalu, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Com as condições atuais de custo de capital, o investimento para novas lojas é um desafio em especial, diz o executivo.

A presidente do Conselho do Magazine Luiza, Luiza Helena, destaca que os juros no patamares atuais são especialmente prejudiciais para os pequenos empreendedores. Ela critica a meta de inflação em 3% ao ano. “Esperávamos ao menos um sinal de queda dos juros”, afirmou.

Nova megaloja

Apenas com a receita de anúncios dentro da nova loja na Avenida Paulista, o chamado retail media, o Magazine Luiza espera recuperar o investimento para lançar a unidade, segundo o CEO Frederico Trajano. “Com o custo de capital que temos, o mais caro do mundo, tínhamos o desafio para este investimento.”

A Galeria Magalu, que abre nesta terça-feira, 9, já tem mais de 150 marcas.

De acordo com o executivo, outra solução para viabilizar a loja física nesta conjuntura é garantir fluxo de pessoas no espaço. Para isto, a estratégia é ter uma agenda constante com influenciadores digitais com atividades dentro da unidade. Em vários locais da loja há áreas para realização de transmissões ao vivo (streamming), além do Teatro Youtube. O auditório terá agenda de espetáculos teatrais e também eventos com os criadores de conteúdo.

A expectativa do Magazine Luiza é ter uma circulação de 90 mil a 100 mil pessoas por mês na galeria. A companhia espera que a unidade seja a recordista em vendas de todas as 1,3 mil lojas, de acordo com Fabrício Garcia, vice-presidente comercial e de operações.

Há pretensões de transformar lojas existentes para o formato da Galeria Magalu, mas ainda não há um cronograma fixado. Segundo Garcia, a estratégia para potenciais mudanças será traçado em 2026.

Anvisa publica registro da vacina contra a dengue do Butantan

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta segunda-feira (8) no Diário Oficial da União o registro da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan.

O registro do imunizante já havia sido anunciado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no fim de novembro. A intenção da pasta é começar a aplicação das doses em 2026, de forma gratuita, via Sistema Único de Saúde (SUS).

Em nota, a Anvisa informou que a publicação oficializa a conclusão do processo regulatório e permite a produção e a comercialização do imunizante — que será ofertado exclusivamente pela rede pública.

“O registro é um marco para o enfrentamento da dengue no Brasil. A vacina passou por todas as etapas de análise técnica e regulatória previstas na legislação sanitária, garantindo sua segurança, qualidade e eficácia”, destacou a agência.

O comunicado cita ainda que a vacina é tetravalente e combate os quatro sorotipos da dengue, além de ser aplicada em dose única. “Essa é a primeira vacina contra a dengue a ser produzida por um laboratório nacional”, completou a Anvisa.

A nota ressalta que, mesmo com o registro do imunizante, o Instituto Butantan deve dar continuidade aos estudos adicionais da vacina e realizar o monitoramento ativo de seu uso pela população em geral.

“A tecnologia utilizada pelo novo imunizante é a de vírus vivo atenuado, que é segura e já empregada em diversas outras vacinas em uso no Brasil e no mundo”, destacou a agência.

A indicação da dose aprovada pela Anvisa é para pessoas na faixa etária de 12 a 59 anos, perfil que, segundo a nota, ainda pode ser ampliado no futuro, a depender de novos estudos.

Em novembro, o Instituto Butantan informou que já havia 1 milhão de unidades da vacina prontas para distribuição. A estimativa do Butantan é ter disponível mais de 30 milhões de doses em meados de 2026.

Entenda

A Butantan-DV é o primeiro imunizante contra a dengue em dose única no mundo. A vacina foi desenvolvida pelo Instituto do Butantan a partir de uma parceria articulada pelo Ministério da Saúde com a empresa chinesa WuXi Vaccines.

A nova dose utiliza a tecnologia de vírus vivo atenuado, já utilizada em outros imunizantes em uso no Brasil e no mundo, como a vacina tríplice viral, a vacina contra a febre amarela, a vacina contra a poliomielite e algumas vacinas contra a gripe. 

De acordo com a avaliação técnica da Anvisa, a Butantan-DV apresentou eficácia global de 74,7% contra dengue sintomática na população de 12 a 59 anos. Isso significa que, em 74% dos casos, a doença foi evitada por conta da vacina.

A dose também demonstrou 89% de proteção contra formas graves da doença e contra formas de dengue com sinais de alarme, conforme publicação na The Lancet Infectious Diseases.

Boeing conclui aquisição da Spirit e Airbus incorpora operações em 4 países

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A Boeing e Airbus anunciaram nesta segunda-feira, 8, a conclusão de operações distintas envolvendo a Spirit AeroSystems. A empresa, uma das maiores fabricantes de estruturas aeronáuticas do mundo, foi adquirida integralmente pela Boeing, enquanto a Airbus comprou plantas e linhas de produção específicas. O movimento ocorre em meio a desafios enfrentados pela cadeia produtiva da aviação.

Com a compra, a Boeing internaliza toda a produção da Spirit destinada aos seus programas, incluindo as fuselagens do 737 e estruturas principais dos modelos 767, 777 e 787, além das fuselagens usadas nas aeronaves militares P-8 e KC-46. A transação também leva para dentro da companhia seu maior fornecedor de peças de reposição, ampliando o portfólio global de serviços de manutenção, reparo e troca de componentes.

Partes das operações em Belfast (Irlanda do Norte) também passam ao controle da Boeing, que as administrará como subsidiária independente sob a marca Short Brothers, a Boeing Company.

Outras unidades nos Estados Unidos, como Wichita (Kansas), Dallas (Texas) e Tulsa (Oklahoma), serão integradas diretamente, assim como o Aerospace Innovation Center em Prestwick (Escócia), somando cerca de 15 mil funcionários ao quadro da fabricante americana.

“Este é um momento crucial na história da Boeing e para seu sucesso futuro, à medida que começamos a integrar as operações comerciais e de pós-venda da Spirit AeroSystems e a estabelecer a Spirit Defense”, afirmou o presidente e diretor executivo da Boeing, Kelly Ortberg.

Airbus

Já a Airbus passa a controlar seis operações da Spirit distribuídas por quatro países. Nos EUA, assume a planta de Kinston, dedicada a seções do A350. Na França, incorpora a unidade de Saint-Nazaire, também voltada à fuselagem do A350. Em Casablanca (Marrocos), fica com a fábrica que produz componentes do A321 e do A220.

No Reino Unido, a empresa passa a operar as unidades de Belfast, responsável por asas e parte da fuselagem do A220, e de Prestwick, fabricante de componentes de asas do A320 e do A350. A Airbus também transferirá a produção dos pylons do A220 de Wichita (EUA) para Saint-Eloi, em Toulouse (França).

Pelo acordo, a fabricante receberá uma compensação de US$ 439 milhões, “com os ajustes típicos do preço de compra e sujeita à revisão pós-fechamento de praxe”, segundo nota da companhia. Além disso, a Airbus receberá valores adicionais para liquidar passivos previstos nos contratos de compra.

A divisão da Spirit entre as duas gigantes do setor aeroespacial atende a uma exigência da União Europeia (UE), para garantir a continuidade do fornecimento de peças à Airbus e a manutenção da competitividade nos mercados globais de estruturas aéreas.

Paramount desafia a Netflix com oferta de US$ 108,4 bi pela Warner; entenda

 

A Paramount lançou, nesta segunda-feira (8), uma oferta pública de aquisição da Warner Bros. Discovery (WBD) a 30 dólares por ação, desafiando um acordo previamente anunciado entre a empresa e a Netflix.

A oferta avalia a gigante do entretenimento em 108,4 bilhões de dólares (578,8 bilhões de reais) e representa um bônus de 139% sobre o preço das ações da Warner em setembro, afirmou a Paramount em um comunicado que classificou a oferta da Netflix como “inferior e incerta”.

“Os acionistas da WBD merecem a oportunidade de considerar a nossa oferta superior em dinheiro”, disse David Ellison, presidente e CEO da Paramount.

Ao contrário da Netflix, que propõe adquirir apenas o estúdio Warner Bros e a plataforma de streaming HBO Max, a Paramount Skydance quer adquirir toda a WBD, incluindo sua carteira de canais de televisão.

Antes de considerar uma venda, a Warner Bros Discovery planejava separar esses canais do restante do grupo – entre eles estão CNN e Discovery – considerando seu menor potencial de crescimento em um contexto de retração da televisão a cabo nos Estados Unidos.

A Paramount Skydance foi, de fato, a primeira a manifestar interesse pela Warner Bros Discovery e apresentou pelo menos cinco ofertas antes da desta segunda-feira, mas o conselho da WBD preferiu a Netflix, que também superou a operadora de cabo Comcast.

Competição

“Nossa oferta é a mais alta entre as que estão na mesa”, afirmou Ellison durante uma entrevista ao canal CNBC.

A proposta da Netflix avaliava a Warner Bros e a HBO Max em 83 bilhões de dólares (443 bilhões de reais), incluindo a dívida.

Para tentar convencer o conselho de administração da WBD e seus acionistas, a Paramount Skydance está disposta a financiar sua oferta inteiramente em dinheiro, enquanto a Netflix inclui uma parte do pagamento em ações.

O grupo conseguiu reunir essa soma colossal apoiando-se, em parte, no patrimônio da família Ellison, cujo patriarca, Larry, é o segundo homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em 270 bilhões de dólares (1,4 trilhão de reais), segundo o site da revista Forbes.

“Temos mais certeza de obter a aprovação dos reguladores” do que a Netflix, argumentou David Ellison.

No domingo, à margem de uma cerimônia em Washington, o presidente Donald Trump expressou dúvidas sobre a conveniência de uma união entre a Netflix e a Warner Bros.

A Netflix já tem “uma fatia de mercado muito grande”, lembrou, o que “poderia ser um problema”, sustentou.

Essa fusão reuniria duas das três maiores plataformas de vídeo do mundo (excluindo a Amazon Prime por seu modelo híbrido), com mais de 300 milhões de assinantes para a Netflix e 128 milhões para a HBO Max.

“Permitir que o primeiro serviço mundial de streaming se funda com o terceiro é ruim para a concorrência”, argumentou David Ellison.

Ellison conta com o apoio de Trump, que é próximo de seu pai. Larry Ellison contribuiu financeiramente para as campanhas eleitorais do presidente americano.

O diretor da Skydance obteve, em julho, a aprovação do regulador americano de telecomunicações e televisão, a FCC, para adquirir a Paramount após prometer uma modificação na linha editorial da CBS, canal do grupo muito criticado por Trump.

Prefeitura de São Paulo comunica à Interpol roubo de obras de arte

 

A prefeitura de São Paulo fez um comunicado à Interpol sobre as obras de arte roubadas da Biblioteca Mário de Andrade na manhã deste domingo (7). O documento enviado ao órgão internacional no domingo mesmo é uma tentativa de evitar que os objetos sejam enviados ao exterior.

No documento, a prefeitura anexou informações e fotos das obras roubadas.

Investigação

A Polícia Civil faz diligências para tentar recuperar as peças. Um suspeito de participar do crime já foi identificado e também o veículo usado durante a fuga.

Foram roubadas oito gravuras da série Jazz, de Henri Matisse, e cinco gravuras de Candido Portinari, todas da série Menino de Engenho. As obras faziam parte da exposição Do Livro ao Museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade. Este domingo foi o último dia do evento.

Durante a manhã uma dupla de ladrões entrou na Biblioteca Mário de Andrade e rendeu uma vigilante e um casal que visitava o local. Os criminosos colocaram as obras numa sacola de lona e fugiram pela saída principal.

70% avaliam que alta da taxação a fintechs será totalmente repassada a consumidor, diz pesquisa

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Um levantamento da AtlasIntel, encomendado por associações de fintechs e bancos digitais e divulgado nesta segunda-feira, 8, indica que 70,2% dos brasileiros dizem acreditar que o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para as fintechs será totalmente repassado aos consumidores. Outros 21,8% avaliam que será repassado em parte; 5,2% acham que não haverá repasse; e 2,8% não souberam responder.

O aumento em questão está previsto no Projeto de Lei 5.473/2025, que eleva a alíquota da CSLL para essas instituições de 9% para 12% até o fim de 2026, e para 15% a partir de 2028.

O texto foi aprovado na terça-feira, dia 2, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, com tramitação terminativa, ou seja, tende a ir diretamente para a Câmara, sem passar pelo crivo de todos os senadores, caso não haja requerimento para votação em plenário.

A pesquisa também aponta que 75,4% dos brasileiros ouviram falar sobre o assunto, e que 63,5% entendem que regras específicas de tributação para bancos digitais e fintechs, em relação aos bancos tradicionais, são necessárias para estimular o crescimento, a competição e a inovação no setor bancário brasileiro.

O estudo em questão foi encomendado por quatro associações: a Zetta, a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), a Associação Brasileira de Internet (Abranet) e a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD). Foram 2.227 respondentes em todas as regiões do País. O período de coleta ocorreu entre 28 de outubro e 10 de novembro, e a margem de erro é de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo.

Questionados se entendem que os grandes bancos tradicionais precisam de proteção do governo contra a concorrência de bancos digitais e fintechs, a maioria dos entrevistados (75,1%) respondeu que “não”.

Inquiridos se “consideram justo ou injusto que bancos digitais e fintechs comecem a ser taxados da mesma forma que os grandes bancos tradicionais”, 41,6% afirmaram que é “injusto, não deve haver aumento de impostos”, 40% disseram ser justo e 11,1% optaram pela opção “injusto, o aumento de impostos deveria ser para todos”.

Já quando perguntados se o governo deveria incentivar o crescimento dos bancos digitais e fintechs no Brasil, 41% afirmaram concordar totalmente, 21% discordar totalmente, 19,3% disseram não concordar nem discordar, 11,4% concordaram parcialmente e 7,3% discordaram parcialmente.

Em entrevista coletiva para comentar os resultados da pesquisa, o presidente da Zetta, Eduardo Lopes, afirmou que um eventual repasse de custos ao consumidor, derivado do aumento de CSLL, deve depender da realidade de cada fintech impactada. “É natural se esperar que vai haver reações e que elas vão diferir um pouco de acordo com o porte, a maturidade e a capacidade de absorver ou não”, disse.

O presidente da ABFintechs, Diego Perez, acrescentou que há um grupo relevante de fintechs que tem apenas um único produto e já trabalham com margens apertadas. Com um aumento da taxação, disse ele, elas podem ter seu modelo de negócio inviabilizado.

Lopes enfatizou que as associações já têm dialogado com o Congresso e com o governo sobre o assunto, mas ressaltou a importância da pesquisa para essa discussão, ao mostrar a visão da população sobre o tema. “Nossa expectativa é de que essa pesquisa seja ouvida; como as pessoas estão vendo o valor nas fintechs, como acham que uma política pública deve ser conduzida do ponto de vista de aumento à competição, de inclusão e de diminuição da concentração.”

A Zetta é uma das associações que tem reiteradamente se posicionado contra o aumento da CSLL para as fintechs. Em nota divulgada na última terça-feira, dia 2, a entidade afirmou que o aumento é um retrocesso que ameaça os avanços na inclusão financeira e que vai contra a agenda de ampliação da competição no setor.

“Embora a previsão de um escalonamento gradual do aumento vise mitigar os impactos de curto prazo, a elevação da carga tributária das fintechs penaliza quem já arca hoje com uma alíquota efetiva mais elevada”, afirmou. A associação propõe que, ao invés da elevação de alíquotas nominais, seja adotada uma alíquota efetiva mínima para todos, “em busca de maior isonomia tributária no setor financeiro”.

Crescimento das fintechs e bancos digitais visto como positivo

O levantamento da AtlasIntel indicou que 85% dos brasileiros avaliam que o crescimento do setor de bancos digitais e fintechs nos últimos anos foi benéfico para a população do País. São 47,6% os que classificam o impacto como positivo e 37,4% como muito positivo.

Os dados também mostram que, para 77%, a chegada e popularização dessas instituições aumentou a inclusão financeira de pessoas de baixa renda e, para 74%, elevou a competição entre os bancos.

O levantamento revela que 71% dos entrevistados avaliam que houve aumento do acesso a oportunidades de investimento; 70%, aumento da facilidade de acesso ao crédito; e 58%, aumento da eficiência e qualidade dos serviços bancários.

Efeito do movimento na cobrança de tarifas

Questionados sobre o efeito desse movimento na cobrança de tarifas e anuidades em serviços no setor bancário, 40% afirmaram que, em sua percepção, houve diminuição; 25% que houve aumento; e 20% que não houve impacto. Acerca da transparência na comunicação com o cliente sobre taxas e tarifas, 49% disseram que aumentou; 28% que não afetou; e 12% que diminuiu.

Para o presidente da Zetta, os dados confirmam pontos que já eram lidos pelo setor como diferenciais competitivos. “Mostra como, de fato, esse modelo de negócios tem valor e como esse valor é percebido pelas pessoas”, afirmou.

Os dados também indicam que, na visão dos entrevistados, os bancos tradicionais seriam os principais responsáveis pela cobrança de “mais tarifas e juros abusivos”. Os bancos tradicionais foram apontados nesse quesito por 63,1% dos respondentes. Na sequência, aparecem as opções “ambos por igual” (23,5%) e bancos digitais e fintechs (7,7%).

Cenário similar foi registrado quando os entrevistados foram questionados sobre em qual instituição costumam ter “um pior atendimento e mais dificuldade para resolver problemas”. Os bancos tradicionais foram apontados por 49,4% dos questionados e os bancos digitais e fintechs por 16,4%. A opção “ambos por igual” foi selecionada por 19% dos respondentes.

Os entrevistados também selecionaram em quais instituições mantêm conta aberta, com a possibilidade de escolher mais de uma opção. A Caixa liderou o ranking, com 60,2% dos respondentes, seguida por Nubank (55,4%), Banco do Brasil (36,3%), Itaú (27%), Bradesco (24,2%), Mercado Pago (23,4%), PicPay (22%), Santander (18,6%), Banco Inter (16,9%) e 99Pay (8,3%).

Lopes enfatiza que, embora muitas fintechs já tenham se tornado grandes em número de clientes, elas ainda precisam conquistar participação de mercado, e reitera que o País hoje ainda registra uma concentração bancária elevada.

“Esse está sendo um trabalho de formiguinha”, diz ele, acrescentando que os grandes bancos detêm mais de 70% do crédito para pessoas físicas e uma porcentagem similar para pessoas jurídicas. “A competição vem crescendo, mas ainda é nascente. Vai levar mais tempo para produzir os efeitos desejados, de ter um sistema mais desconcentrado, com muitos players.”