Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Cláudia Toledo, CEO da Elsevier, aponta quatro novos modelos de
gestão de saúde global e analisa adaptação do Brasil à estas
transformações
Melhorar o acesso à saúde é um assunto debatido e pendente no Brasil
há muitos anos. Em 2020, esses problemas ficaram ainda mais em
evidência, diante de todo o caos na saúde brasileira e mundial, onde
todos precisaram se isolar e evitar o contato físico ao máximo. Diante
disso, um assunto que estava se fazendo presente na área da saúde, pouco
a pouco, foi acelerado e colocado como uma das prioridades em diversas
corporações e gestões hospitalares: a telemedicina e os novos modelos de
saúde.
De acordo com a CEO da Elsevier, Cláudia Toledo, a cooperação entre
as empresas abrange estágios que vão desde cuidados preventivos e
cuidados primários remotos, até o suporte a pacientes crônicos e idosos.
“Nós, da Elsevier, queremos disponibilizar práticas e apps de saúde não
apenas para pessoas saudáveis e pacientes que já se beneficiam deste
novo modelo, mas também nos sistemas de saúde do Brasil em geral”,
afirmou Cláudia.
Já com um olhar voltado para a gestão de saúde, essa área aliada à
tecnologia possibilita que as organizações hospitalares usem as melhores
práticas para construir programas escaláveis e lucrativos, que
alavancam a combinação certa de pessoas e tecnologia. “Os desafios da
área de saúde são enormes, mas trazendo para o contexto atual, tudo o
que aconteceu em termos de aceleração em função da Covid-19, serão
resultados que a maioria das gestões vão adotar daqui pra frente.
Atualmente essa gestão é voltada para a equipe clínica que recomenda um
tratamento para um paciente de acordo com o que é disponível, e esse
foco é voltado para o sistema de saúde em questão de lucros e não no
paciente, que é a maneira correta”, explicou a CEO da Elsevier.
O modelo atual de gestão de saúde é voltado para o recebimento por
procedimento ou por serviço que é feito e não pela qualidade do
resultado e eficiência. “O Brasil ainda é retrógrado nesse sistema,
visto que o foco está no valor do serviço, quanto será cobrado pelo
procedimento. No entanto, o segredo do desenvolvimento nesta área é
voltar as atenções para o modelo que preza por uma maior qualidade e
eficácia do tratamento. Os países que já adotaram esse modelo e que vão
realizando os procedimentos de acordo com a evolução do paciente, com
foco na cura e tratamento, se saíram muito melhor”, finalizou Cláudia.
A Randon afirmou que o objetivo da aquisição é ampliar a capacidade de produção em serviços de usinagem
A
Randon comunicou nesta quarta-feira (27) que adquiriu, por intermédio
da Castertech, a CNCS Indústria Metalúrgica, de Caxias do Sul (RS), pelo
preço de R$ 21,5 milhões. O valor, no entanto, poderá ser ajustado na
data do fechamento, de acordo com o contrato firmado. A concretização do
negócio ocorrerá após o cumprimento das condições precedentes.
"Essa
aquisição é mais um passo no plano de expansão da companhia, seguindo o
seu plano estratégico de negócios. Com a nova unidade, ampliamos nossa
carteira de clientes, que atualmente se concentra nas principais
montadoras de caminhões, ônibus e semirreboques, adicionando fabricantes
de máquinas e implementos agrícolas", reforça o diretor de suspensão e
rodagem das Empresas Randon, Eduardo Dalla Nora.
Com esse
movimento, a Castertech ampliará a sua receita em R$ 27 milhões e
aumentará a capacidade de usinagem em 35%. A empresa adquirida possui
tecnologia atualizada e está localizada no bairro Cristo Redentor, em
Caxias do Sul. Os cerca de 100 funcionários que já atuam na unidade
serão integrados ao time da Castertech. Em operação desde 2009,, a
Castertech surgiu, inicialmente, para atender as necessidades internas
das Empresas Randon. Hoje, a empresa fornece seus produtos para
montadoras de caminhões, ônibus, semirreboques, sistemistas automotivos,
para o segmento agrícola e para o mercado de peças de reposição.
Aporte inaugura uma nova etapa de modernização do empreendimento
Redação
Encravada na Serra do Mar paranaense, a usina é a maior central geradora subterrânea do Sul do Brasil
A
Usina Governador Pedro Viriato Parigot de Souza (GPS) completou 50 anos
nesta semana. O marco levou a Copel a anunciar um investimento de R$
100 milhões para uma nova etapa de modernização do empreendimento. Com
quatro unidades geradores que somam 260 megawatts de potência, está
localizada no município de Antonina, no Litoral, e pode produzir energia
para atender ao consumo de até 750 mil pessoas. Apesar de
cinquentenária, a GPS está em plena forma. No ano 2000 houve uma ampla
modernização e ela passou a ser operada a distância a partir do Centro
de Operação de Geração e Transmissão da Copel, em Curitiba.
Encravada
na Serra do Mar paranaense, GPS é a maior central geradora subterrânea
do Sul do Brasil. A hidrelétrica é alimentada pelo represamento das
águas do Rio Capivari – que integra a bacia do Rio Ribeira. A construção
da barragem de terra compactada permitiu a formação de um reservatório
de 16,3 quilômetros quadrados, localizado à margem da rodovia BR-116, no
trecho Curitiba - São Paulo, a 50 quilômetros da capital paranaense.
Depois de movimentar as turbinas, a água do Rio Capivari é lançada no
Rio Cachoeira. E é por essa configuração que o empreendimento foi
originalmente batizado com o nome de Usina Capivari-Cachoeira.
O
segredo de engenharia dessa usina é o desnível entre o reservatório e as
turbinas. A quantidade de água utilizada é pequena, mas a velocidade
proporcionada pelos 750 metros de queda pode chegar a 426 km/hora
gerando uma grande pressão sobre as conchas das turbinas Pelton. Para
gerar energia, a água atravessa um túnel de adução de 15 quilômetros
escavado no coração da Serra do Mar, passa pela chaminé de equilíbrio
que reduz a pressão nos túneis, e chega ao conduto forçado que tem mais
1.080 metros e leva a água até as turbinas, instaladas na base da
montanha. Ali, três grandes cavernas foram escavadas e abrigam a sala de
máquinas, sala dos transformadores e sala de válvulas.
Concessão
Em 2015, a Copel venceu o leilão da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) e garantiu o direito de continuar operando a Usina
Hidrelétrica Governador Parigot de Souza, em Antonina, por mais 30 anos.
Parigot de Souza foi construída pela Copel na década de 1960 e teve seu
primeiro contrato renovado em 1995 por 20 anos. A renovação expirou em
julho de 2015 e, por isso, a concessão foi a leilão.
O diretor global de Cibersegurança da Huawei, Marcelo Motta,
voltou a afirmar que a fabricante chinesa de equipamentos de
telecomunicações tem a expectativa de que o governo brasileiro aplique
unicamente “critérios técnicos e não discriminatórios” para as empresas
que atuarem na implantação das redes 5G.
A defesa de critérios técnicos reiterada hoje pelo representante da
Huawei tem como pano de fundo a possibilidade cogitada pelo governo de
Jair Bolsonaro de barrar a empresa chinesa no 5G.
A medida representaria um alinhamento do Brasil aos Estados Unidos, que atravessa uma disputa geopolítica com a China.
Entretanto, uma restrição à Huawei não deve prosperar, tendo em vista a
dificuldade do governo Bolsonaro em achar meios legais para isso, sem
contar o custo elevado para substituição dos equipamentos da Huawei no
mercado nacional e os riscos de retaliações da China no campo comercial.
Nesta quinta-feira (28), o
Nubank participou de uma nova rodada de investimentos com uma captação
de US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões no câmbio de hoje). O aporte coloca o
banco digital como uma das cinco instituições financeiras mais valiosas
da América Latina.
A rodada foi liderada por um grupo de
investidores. Entre eles, os fundos GIC, Whale Rock e Invesco. A
captação também contou com a participação de investidores de rodadas
anteriores, como Sequoia, Tencent, Dragoneer e Ribbit.
De acordo com comunicado da empresa, o
capital desta nova rodada será direcionado para a ampliação da oferta
de produtos no Brasil e a aceleração da expansão internacional. Desde a
sua última rodada de investimento, em julho de 2019, o Nubank triplicou
sua base de clientes, passando de 12 para 34 milhões de pessoas.
A companhia realizou ainda três
aquisições durante este período: a Easynvest, corretora digital de
investimentos; a Cognitect, empresa de engenharia de software e
programação; e a Plataformatec, consultoria de tecnologia especializada
em metodologia ágil.
“Com esta nova rodada de
investimentos, seremos capazes de acelerar e escalar nossas operações no
México e na Colômbia e liberar ainda mais pessoas das complexidades
financeiras”, disse David Vélez, CEO e fundador do Nubank.
Ambipar
se torna a primeira empresa de gestão ambiental a entrar na B3 e
intensifica estratégia de crescimento com aquisições no Brasil e no
mercado internacional.
O CEU é O LIMITE Companhia
liderada pela CEO Cristina Andriotti (foto) busca consolidação nos
Estados Unidos e na Europa e prevê crescimento com aquisições. (Crédito:
Claudio Gatti )
Victoria Ghiraldi
A expressão “se a vida te der um limão, faça uma limonada”
cabe perfeitamente ao momento vivido pela Ambipar, pioneira em gestão
ambiental no Brasil. Com sede em Nova Odessa, no interior de São Paulo, a
companhia fundada em 1995 por Tercio Borlenghi Junior aproveitou os
olhares atentos do mundo após a contratação, pelo governo britânico,
para a desinfecção de aeronaves e ônibus utilizados na retirada de
cidadãos de Wuhan, primeiro epicentro da pandemia, e intensificou sua
estratégia de expansão iniciada em 2018. Somente em 2020, quatro
aquisições foram contabilizadas pelo grupo. Um investimento total de R$
100 milhões. Este ano, a previsão é investir ainda mais e riscar outras
empresas da lista de compras. Para a CEO do grupo, Cristina Andriotti, a
expansão no mercado internacional está apenas começando. “No Brasil e
na América Latina já possuímos presença quase 100% maciça. Após uma
demanda muito grande dos nossos clientes, o plano de expansão está
voltado aos Estados Unidos e à Europa”, afirmou.
CONSOLIDAÇÃO
Após o anúncio da abertura de IPO
(oferta pública inicial, em inglês) em julho de 2020, a Ambipar se
tornou a primeira empresa de gestão ambiental a entrar na bolsa de
valores brasileira. Com presença consolidada no mercado industrial do
País, através de serviços como coleta e transporte de resíduos e
contenção de vazamentos de produtos químicos, a companhia soube usufruir
do holofote e expandiu sua atuação para mercados inéditos, atuando na
descontaminação de ambientes como shoppings e hospitais de campanha.
Esse rápido crescimento possibilitou a aquisição de empresas impactadas
pela crise. “A abertura de capital fazia parte do planejamento da
empresa havia anos, mas faltava dinheiro. Com as aquisições e a entrada
em mercados inéditos, conseguimos concretizar esse objetivo”, disse a
CEO.
Presente em 15 países entre África, América do Norte, América Latina e
Europa, o grupo formado pela Ambipar Response e Ambipar Environment
aposta na economia circular e na reintrodução de resíduos para ampliar
sua atuação global. Com 12 anos de presença na organização, Cristina
Andriotti assumiu o cargo de CEO após a abertura de capital. Para ela, o
futuro do segmento é bastante positivo. “A sustentabilidade antes era
pautada pela legislação, mas hoje existe o interesse genuíno das grandes
empresas de fazer a diferença.” Sem divulgar os nomes dos futuros
investimentos, a Ambipar contabiliza em seu portfólio as americanas
Custom Environmental Services, One Stop Environmental, IntraCoastal
Environmental, e as brasileiras Verde Ghaia e Âmbito Negócios
Sustentáveis.
Na contramão da Ford, a Scania acelera
seus investimentos no País. Embalada pela alta das exportações, a
montadora sueca vai desembolsar R$ 1,4 bilhão até 2024.
DE OLHO NO FUTURO Fabricando
somente conforme demanda, montadora espera um ano de retomada
consistente e sustentável. (Crédito: Claudio Gatti )
Angelo Verotti
Em ano atípico de apenas 46 semanas, como definiu Christopher
Podgorski, presidente da Scania para a América Latina, a montadora
sueca registrou, até novembro de 2020, queda de 12,8% nos emplacamentos
de veículos pesados (acima de 16 toneladas) em comparação a 2019, após
ter as atividades paralisadas por quase seis semanas, entre março e
abril, por causa da pandemia. E a aposta para a retomada dos negócios em
2021 está no início do emprego de R$ 1,4 bilhão na planta de São
Bernardo do Campo (SP), programado para até 2024, e na eficiência dos
sistemas modular (permite montar os caminhões para diferentes
aplicações) e de produção global (aliado nas exportações). “A previsão
para 2021 é positiva do ponto de vista de produção levando em conta que o
Brasil está retomando as atividades, a exemplo de alguns países, como
Chile, Peru e Colômbia”, disse à DINHEIRO.
A utilização do sistema modular na linha de montagem, segundo o
executivo, oferece melhores resultados econômico e financeiro. A empresa
fabrica apenas a quantidade correspondente à comercializada. No início
da quarentena, em março, a montadora tinha em carteira 2,3 mil caminhões
a serem produzidos. Diante da situação, a Scania antecipou o retorno às
atividades com a preocupação de honrar os compromissos com os clientes.
“O mercado de transportes reagiu em V. Não demorou a retomarmos as
nossas atividades normais em termos de produção e comercialização.”
O sistema de produção global também tem garantido negócios
importantes para a operação brasileira. As dez unidades produtivas
instaladas em São Bernardo são idênticas em processo, método e
equipamentos às plantas européias. A Scania do Brasil exporta para a
Rússia e a África do Sul, além de ter a Argentina e o Chile como dois
dos principais clientes na América do Sul. “Com a desvalorização cambial
do real (cerca de 40% em um ano) repentinamente nos tornamos
supercompetitivos como exportadores”, afirmou o executivo, ao destacar
que 30% dos veículos fabricados no ano passado foram para o mercado
internacional.
Para atender às novas tendências globais de transportes, a montadora
vai iniciar neste ano o aporte de R$ 1,4 bilhão na modernização da
planta de São Bernardo. O montante será aplicado ainda em novas
tecnologias e no prosseguimento de projetos relacionados a combustíveis
alternativos, como o gás natural e o biometano. A Scania também tem
acelerado o processo jornada de eletrificação e mobilidade. Mesmo
durante a pandemia, a companhia concluiu a viabilização da
industrialização de veículos a gás, no caso caminhões – até outubro, 50
unidades foram comercializadas. E espera que, nos próximos meses, a
produção de ônibus a gás seja realidade no mercado brasileiro.
A planta da montadora automotiva tem trabalhado em alerta nas últimas
semanas em razão de problema comum a outros setores da economia: a
falta de matéria-prima e insumos. No caso da Scania, de aço e sucata. A
empresa, no entanto, não deixou de produzir qualquer unidade programada.
“O pior já passou. A situação deve estar normalizada ainda no primeiro
trimestre”. Além disso, como a cadeia de suprimentos da empresa tem
muitos componentes importados, o presidente revelou discussão comercial
com fornecedores para precificação em decorrência da desvalorização
cambial. “Tudo está equacionado.”
Apesar da preocupação com a desvalorização do real, além do possível
aumento da inflação e dos juros durante o ano, Podgorski revela
confiança na economia brasileira. “Temos 62 anos de Brasil. Estamos
acostumados à volatilidade. O nome do jogo é sempre flexibilidade. A
perspectiva é positiva”. De acordo com ele, com base na estimativa de
crescimento do agronegócio (3%, de acordo com a Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil) e da indústria (de 4,2% para a
Confederação Nacional da Indústria), ”a retomada não parece ser em bolha
e, sim, consistente e sustentável pelo, no mínimo, os próximos 12
meses.”
ALTA A expectativa de bons negócios em 2021
demonstrada pela Scania é compartilhada pela Federação Nacional da
Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Apesar de o segmento
de caminhões novos ter registrado queda de 12,3% no fechamento dos
emplacamentos de 2020 – foram vendidas 89.207 unidades no total contra
101.733 de 2019 –, o resultado foi superior ao projetado e depois
revisado pela entidade em outubro, que estimava redução de 15% (86,6
mil), e maior do que o computado nos anos de 2015 a 2018. Diante deste
cenário, a Fenabrave estima crescimento de 21,7% neste ano (em relação
ao último período), com a comercialização de 108,5 mil veículos.
O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, acredita que as
vendas só não foram maiores devido à retração da produção em virtude da
pandemia. “Os fabricantes de caminhões tiveram muita dificuldade para
atender à demanda”, afirmou, ao destacar que “boa oferta de crédito e
melhora do preço das commodities são fatores positivos, que
impulsionaram e continuam mantendo a procura.” Resta saber se a demanda
irá se manter ou se as montadoras terão de suspender novamente as
atividades em virtude do aumento dos casos de coronavírus pelo País.
BRF vai investir R$ 45 milhões em laboratórios ao longo de três anos
Objetivo é ampliar capacidade de testes em todas as fases da cadeia produtiva
Redação
O
laboratório de Concórdia atende também às unidades de Chapecó e Faxinal
dos Guedes, além de Carambeí, Castro, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e
Toledo, no Paraná
A
catarinense BRF planeja investir cerca de R$ 45 milhões, nos próximos
três anos, nos 31 laboratórios de qualidade próprios que a Companhia
mantém distribuídos pelos países em que atua. Os investimentos serão
destinados para projetos estratégicos e de tecnologia, ampliação da
capacidade e modernização das estruturas para consolidar-se como
referência em segurança dos alimentos. As unidades laboratoriais da BRF
monitoram toda a cadeia produtiva, desde o campo até a mesa de nosso
consumidor, através de cerca de 4 milhões de análises por ano.
Cada
região onde há produção da BRF é atendida por um laboratório com equipe
multidisciplinar. Dotadas de médicos veterinários, biólogos, químicos,
engenheiros de alimentos, administradores, farmacêuticos,
biotecnologistas, biomédicos e outros especialistas, as equipes são
incumbidas de mapear, por meio de análises microbiológicas, sorológicas,
moleculares, físico-químicas, bromatológicas, de resíduos, de qualidade
das embalagens e sensoriais, para garantir a qualidade e a segurança de
seus produtos.
No Sudoeste do Paraná, explica a gerente de
laboratórios industriais Christiane Huller, os laboratórios das unidades
de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão trabalham de forma complementar. O
laboratório de Dois Vizinhos faz as análises físico-químicas da
matéria-prima para a formulação das rações que vão alimentar os frangos
dos produtores integrados às unidades e amostras da ração pronta para os
diferentes estágios do ciclo de vida dos animais. Também são analisados
cortes in natura de frango, de acordo com as especificações e padrões
estabelecidos em legislações.
O laboratório de Francisco Beltrão
atende às duas unidades em análises microbiológicas de produtos
acabados, feitas seguindo a legislação brasileira e as regulamentações
internacionais dos mercados para os quais as plantas são habilitadas a
exportar. Somados, os dois laboratórios fazem, em média, 13,5 mil
análises por mês. Em Toledo, oeste do Paraná, a BRF prepara a expansão
do laboratório, que hoje faz em torno de 22 mil análises por mês. A
ampliação, prevista para os próximos meses, terá o investimento
aproximado de R$ 14 milhões e deverá ampliar o volume de análises, além
de criar uma estrutura interna para atendimento regional às operações
locais, ampliando o escopo de atendimento para a cadeia agropecuária.
O
laboratório de Concórdia (SC) funciona há 38 anos e atende também às
unidades de Chapecó e Faxinal dos Guedes, além de Carambeí, Castro, Dois
Vizinhos, Francisco Beltrão e Toledo, no Paraná. Faz cerca de 35 mil
análises microbiológicas, moleculares, sorológicas e virológicas por
mês. Coordenadora dos Laboratórios de Saúde Animal das cidades
catarinenses (além dos de Lucas do Rio Verde/MT, Rio Verde/GO e
Uberlândia/MG), Camila Plieski exemplifica que os diagnósticos e
monitorias moleculares e microbiológicas em sanidade animal são para
manter a produção livre de patógenos diversos (incluindo a bactéria
Salmonela), assegurando plantéis saudáveis e produtos seguros.
Na
região norte do Rio Grande do Sul, o laboratório da unidade de Marau
realiza em torno de 20 mil análises por mês. Nesse laboratório são
analisados alimentos in natura e processados produzidos pelas unidades
de Marau, Garibaldi, Lajeado e Serafina Corrêa. Também analisa
matéria-prima usada na formulação das rações e amostras de ração pronta
produzida na unidade e fornecida aos produtores integrados. Assim como
os demais laboratórios da região Sul, o laboratório de Marau realiza
análises seguindo as legislações brasileiras e regulamentações
internacionais de acordo com os mercados para os quais as unidades são
habilitadas para exportação.
A Kuhn atua na fabricação de máquinas agrícolas especializadas em preparo do solo
O
grupo francês Kuhn anunciou a aquisição da fabricante gaúcha de
implementos agrícolas Khor, de Tuparendi. O valor do negócio não foi
informado pelas empresas. A aquisição ocorreu por meio da subsidiária
brasileira Kuhn-Montana Indústria de Máquinas. De acordo com nota
emitida pelo grupo francês, a negociação depende do cumprimento de
várias condições pelos atuais proprietários, porém não há mais detalhes
sobre isso. O negócio vai fortalecer a inserção no mercado brasileiro,
projeta a multinacional em seu comunicado.
A Kuhn aua na
fabricação de máquinas agrícolas especializadas em preparo do solo,
pulverização e manejo de nutrientes, manutenção de áreas, fenação e
forragem, e alimentação animal. No Brasil, a companhia francesa tem
unidades em São José dos Pinhais (PR) e em Passo Fundo (RS). A Khor, que
fabrica carretas graneleiras, escarificadores e outros implementos,
faturou R$ 26 milhões no ano passado.
Complexo fundado pelo Grupo Habitasul deve receber investimento de R$ 500 milhões
Redação
O
novo Laje da Pedra, após terminada a revitalização e ampliação, deverá
contar ainda com 366 apartamentos, e 204 suítes darão lugar aos 250
apartamentos atuais
O
Grupo Habitasul anunciou a venda do Complexo Hoteleiro Laje de Pedra,
localizado em Canela (RS), para LPD Canela Empreendimentos e
Participações S/A. O valor da transação foi de R$ 52 milhões. Os
investidores do empreendimento são os fundadores da LDP Canela
Empreendimentos e Márcio Carvalho, fundador da Smart, incorporadora
imobiliária gaúcha. A LDP Canela tem como sócios José Paim de Andrade
Jr. e José Ernesto Marino Neto. Paim fundou a Rossi Residencial, da
MaxCap e da Habitat CP, tendo realizado diversos investimentos
imobiliários nos últimos 40 anos em quase todo o país. Marino Neto é
fundador da BSH International e, nos últimos 30 anos, participou da
estruturação, planejamento, implantação e gestão de investimos de hotéis
em 22 estados brasileiros.
O icônico complexo, que inclui as
marcas Laje de Pedra, Hotel Laje de Pedra e HLP, deverá receber
investimento de mais de R$ 500 milhões para sua expansão e revitalização
a fim de oferecer um padrão hoteleiro internacional de seis estrelas
inédito na região, além de gerar 500 empregos diretos. De acordo com o
presidente do Grupo Habitasul, Sérgio Ribas, o novo empreendimento será
um grande marco para a região de Canela. "O Laje de Pedra possui mais de
quatro décadas de história e por muito tempo foi um dos responsáveis
pela consolidação da cidade no setor turístico brasileiro. Assim, é com
alegria que anunciamos o projeto deste novo complexo de luxo, que trará
muitas oportunidades para a região", afirma o executivo. Uma das
principais novidades será o teatro instalado no interior do complexo,
que também funcionará como cinema, onde os hóspedes poderão conferir
diversas atrações da cultura regional. A capacidade do espaço será de
350 pessoas.
Localizado estrategicamente próximo ao Aeroporto de
Canela e a apenas 103 quilômetros do Aeroporto Internacional de Porto
Alegre, o novo Laje da Pedra, após terminada a revitalização e
ampliação, deverá contar ainda com 366 apartamentos, e 204 suítes darão
lugar aos 250 apartamentos atuais. Os outros 132 apartamentos deverão
ser objeto da expansão. O empreendimento terá ainda quatro restaurantes,
cinco bares, espaço Kids Club, SPA & Fitness Center, Sport Bar com
várias atividades no Game Center. "O projeto do Novo Laje de Pedra foi
concebido para ser o mais sofisticado e luxuoso hotel de lazer do país.
Passei minha juventude no Laje de Pedra e sei da sua importância para a
sociedade local. Será uma celebração à natureza, à história e à cultura
gaúcha", afirma Andrade Jr., um dos sócios fundadores da LDP Canela,
cuja família é natural de Vacaria (RS).
A Klabin informa que celebrou nesta terça-feira, 27, os acordos
necessários para associação com a Timber Investment Management
Organization (Timo) para a constituição de uma Sociedade de Propósito
Específico (SPE). O objetivo principal da SPE será a exploração da
atividade florestal no Estado de Santa Catarina.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a
empresa informa que a contribuição da Klabin para a formação do
patrimônio da SPE se dará por meio do aporte de cerca de 9,7 mil
hectares de florestas plantadas. A Timo, por sua vez, contribuirá com o
montante de até R$ 500 milhões em caixa, parte no fechamento da operação
e o restante em até 3 anos.
Os recursos aportados na SPE serão utilizados para aquisições e
arrendamentos de cerca de 19,5 mil hectares de efetivo plantio, bem como
o financiamento do plantio, substancialmente de Pinus, dessas áreas.
Conforme o comunicado, a Klabin terá o direito de preferência na
compra da madeira produzida pela SPE, dentre outros direitos típicos
conferidos a acionistas controladores de uma sociedade desta natureza. A
conclusão desta operação está sujeita a condições precedentes usuais,
incluindo a aprovação pelas autoridades regulatórias competentes.
“Essa associação permitirá à companhia ampliar seu maciço florestal no
estado de Santa Catarina com eficiência de capital. Essa ampliação visa o
abastecimento das fábricas atuais na região bem como a viabilização de
futuros projetos de expansão. Dessa forma a Klabin reforça o seu
compromisso com a disciplina na alocação de capital e criação de valor
para todos os seus stakeholders”, diz a empresa no documento.
A forma como as bandejas do McDonald’s são produzidas no
Brasil chamaram a atenção da mídia internacional nesta semana. Feitas
com resíduos de alimentos e outros tipos de lixo, as bandejas serviram
como exemplo de boas práticas sustentáveis.
A Fast Company destacou o lançamento de milhares de bandejas feitas com
um tipo de material chamado UBQ, um compensado de materiais reciclados e
usado pela Arcos Dourados no Brasil. Esse materiais são cascas de
banana, ossos de frango e restos de comida, além de papelão e papel,
fraldas e plásticos mistos.
Segundo Albert Douer, presidente-executivo da UBQ Materials, empresa
israelense que cuida do processo, o vidro e metal são separados do
processo de reciclagem. A forma como esses resíduos são reciclados,
antes de serem encaminhados para aterros ou para incineração, fecham o
ciclo da reutilização de materiais e ajudam a geração de uma economia
circular.
No McDonald’s a política de redução de uso do plástico teve início em
2018, quando mais de 600 toneladas de plásticos deixaram de ser usados
pela rede no Brasil. Em 2019 a redução chegou a 700 toneladas e mais de 7
mil bandejas recicladas foram lançadas no País.
A distribuidora de livros americana Literati
captou US$ 40 milhões para sua plataforma de clube de livros. A nova
rodada de investimento foi liderada, entre outros, pelo jogador de
basquete da NBA Stephen Curry. As informações foram divulgadas pela
TechCrunch.
Os clubes recebem a curadoria de famosos, como o próprio Curry, a ativista e ganhadora do Nobel da Paz, Malala Yousafzai, o empresário e filantropo Richard Branson e a jornalista Susan Orlean.
Como funciona?
Quando o leitor se inscreve em um clube do livro, ele recebe uma
edição impressa da seleção de cada mês, com uma nota do curador. Além
disso, ele tem acesso ao aplicativo Literati, onde pode
discutir o livro com outros leitores e onde curadores hospedam conversas
com os autores.
Curry, por exemplo, está liderando um clube do livro
focado em não ficção sobre pessoas que “transcendem as expectativas”,
enquanto Yousafzai escolhe livros de mulheres “com ideias ousadas de
todo o mundo”.
Em 2020, o montante de Investimentos Diretos no País (IDP)
totalizou US$ 34,2 bilhões (2,38% do PIB), ante US$ 69,2 bilhões (3,68%
do PIB) em 2019, segundo o Banco Central.
Houve um recuo de US$ 35,0 bilhões, praticamente metade dos investimentos realizados no ano de 2019.
Dezembro de 2020
Para se ter uma ideia do recuo do ânimo internacional no ano passado,
em dezembro de 2020, os ingressos líquidos em investimentos diretos no
país somaram US$ 739 milhões, ante US$ 2,8 bilhões observados em
dezembro de 2019.
Houve ingressos líquidos de US$ 3,1 bilhões em participação no
capital e saídas líquidas de US$ 2,4 bilhões em operações
intercompanhia.
Estimativa para janeiro de 2021
Para o mês de janeiro de 2021, a estimativa para o IDP é de ingressos líquidos de US$ 2,8 bilhões.
Em 25 anos, Cresol passa de R$ 720 de capital para uma Instituição com mais de R$ 12,4 bi em ativos (Crédito: Divulgação)
Instituições financeiras são todas iguais? Como assim crescer em meio a
uma pandemia? Como migrar de 81 para 20 cooperativas em três anos? Profi
ssionalização no crédito e gestão das pessoas, como equilibrar para um
resultado de sucesso?
Essas e outras perguntas foram respondidas pelo Diretor
Superintendente da Cresol Adriano Michelon, que desde o primeiro dia da
Cooperativa que neste ano completou 25 anos, está a frente desse Sistema
de Cooperativas de Crédito que hoje representa mais de 600 mil famílias
cooperadas em 25 estados de atuação, com mais de R$ 12,4 bilhões em
ativos.
Acompanhe a conversa e conheça a história e os avanços da Cresol, seu
crescimento e destaque no Sistema Financeiro Nacional, e os planos
futuros para o desenvolvimento do cooperativismo por meio do crédito.
A Cresol tem um histórico de vivência com o crédito rural,
mas a cooperativa nesses 25 anos cresceu e se profi ssionalizou, como se
deu esse processo?
São diversos estágios até aqui, eu diria que os primeiros 15 anos da
Cresol foram momentos de descobrimento. Anos de identifi car o que ela
queria, como funcionava, anos de testes e capacitações internas. A
partir de 2010 a Cresol passou a se desafi ar a enfrentar de forma muito
direta esse mercado financeiro que temos, o que ocorreu neste processo é
que a Cresol teve a sensibilidade de olhar o que estava ocorrendo fora,
por meio de experiências internacionais e com outros sistemas de
cooperativas de crédito, adaptando isso da melhor forma possível dentro
da estrutura, onde muitas vezes sofremos para fazer essas mudanças, mas a
Cresol é resiliente e garante que passos técnicos, de governança e
capacitação importantes sejam implantados, onde nesse período até,
aproximadamente, 2015 esse estágio foi sendo construído e vencido. E
desse período até os dias de hoje se fortalece todo esse processo de
profi ssionalização e a Cresol dá importância e visibilidade à
estratégia fi nanceira a ser implantada, focando em uma estratégia
econômica de sustentabilidade, colocando isso como ponto prioritário,
saindo de uma Cresol que passava 80% do seu tempo discutindo questões
políticas e 20% questões econômicas, e a partir de 2015 isso se
inverteu, o foco mudou, com clareza, dinamismo e planejamento de onde
queremos chegar.
Podemos dizer então que o processo de governança e defi
nições de papéis e também a contratação de quadros executivos qualifi
cados tecnicamente auxiliou nesse crescimento e na profi ssionalização
da Cresol em uma Instituição Financeira?
Eu não tenho dúvidas de que quando a gente faz a segregação de
funções, clarifi ca a governança e separa os papéis de representação
política e execução técnica, o Sistema Cresol dá um grande salto e faz
com que as pessoas desenvolvam as funções que lhe foram atribuídas, tudo
isso com metas e foco no resultado. E quando a Cresol passa por esse
estágio, que antes por muitos não era visto com bons olhos, afi nal,
falar de metas nas cooperativas Cresol era algo nunca pensado em anos
anteriores, Sistema avança, cresce e caminha para outro momento de
desenvolvimento.
Como você avalia a atuação do Marco Regulatório do
Cooperativismo e, ainda, na sua visão ele tem sido fundamental para esse
crescimento da Cresol?
O marco regulatório foi um grande aliado para que tenhamos avançado,
ele dá as condições para que você, enquanto instituição financeira
cooperativa, possa fazer as coisas de forma correta. O grande
diferencial da Cresol foi internalizar as normas e regras e trabalhar
com seus grupos de dirigentes e
colaboradores, fazendo com que todos de fato entendam a importância
disso. O grande desafio das regras é a implementação delas, para isso o
grupo executivo da Cresol foi extremamente assertivo, adaptando-as para
sua realidade e as implementando, e ainda está implementando. Fazemos
com que esse processo todo fosse realizado de forma tranquila, no geral é
bom lembrarmos que a base regulamentar ajuda, mas a regra por si só não
faz nada, precisa ter uma orientação, uma decisão interna para ser
feita e executada. O mais interessante é que conforme isso passa a dar
resultado há uma assimilação por parte de todos para que isso seja
implementado de forma rápida, mudando a forma de gerir e conduzir a
Cresol.
Automatização de processos, digitalização de documentos,
analise centralizada e segurança tecnológica, são ações que
profissionalizaram o crédito da Cresol e facilitaram o processo de fazer
negócio. Focando os esforços no relacionamento com o cooperado, como
você observa esses processos na Cooperativa?
A Cresol a partir do momento em que ela toma a decisão de ter um
sistema de compensação próprio, no ano de 20105/16, ela avança e busca
um caminho de autonomia dos seus negócios em relação a dependência de
qualquer banco, ela investe fortemente em tecnologia, para que o
software possa estar ainda mais acessível ao quadro social, e a
estrutura de tecnologia possa ser voltada para o cooperado, não apenas
para suas estruturas internas. Acima de tudo eu quero deixar claro aqui
que tecnologia é uma parte, a profissionalização executiva, bem
desenhada, que se comunica com a sociedade de forma competente e
eficiente, é esse um eixo fundamental. A medida também que ela passa a
investir em pessoas e ter reconhecimento nacional por tratar bem seus
colaboradores, tendo uma avalição positiva, ela passa para outro pilar.
Quando ela tem um planejamento claro e sabe onde quer chegar em 2020,
isso passa a ser uma orientação sistêmica, a Cresol conseguiu dar esses
passos porque todos estavam olhando e focados no mesmo lugar, sabendo
onde queriam chegar, e isso faz com que o foco do planejamento não seja
apenas político e passe a ser também econômico, e ai temos mais um eixo.
E à medida que a Cresol se aproxima dos órgãos reguladores e
fiscalizadores do sistema bancário, e passa a ser reconhecido pela sua
competência técnica, tendo mais segurança pra entrar na relação com os
bancos privados, os quais têm um olhar extremamente críticos em relação
as instituições financeiras cooperativas. Assim, essa qualificação que
tivemos é resultado que um conjunto de ações macros e decisões
estratégicas tomadas e executadas de forma prioritária.
Como se explica um crescimento sustentável acima da média nacional de mais de 30% ao ano?
A Cresol estava extremamente tímida e sabíamos que tínhamos potencial
pra muito mais, e esse conjunto de ações que eu comentei anteriormente,
com pessoas capacitadas para conduzir esse processo com atitude de
entregar e fazer mais, foi possível a medida em que deixamos a equipe
livre para trabalhar e produzir, segregando um conjunto de funções e
deixando o norte claro. A Cresol tem um reconhecimento muito forte com
seu quadro social, e esse processo todo fez com que déssemos esses
passos largos de crescimento. E a preocupação constante com o
crescimento em tecnologia, pessoas, relações humanas e estratégia foi
fundamental para sustentar esse avanço, mas estou convicto que a Cresol
leva isso pelos próximos anos, cuidando dessas questões e estimulando as
pessoas a produzirem mais, pois no momento que você tem um cooperado
que ganha, um colaborador que ganha e uma Cresol que ganha, é um tripé
estratégico que fortalece o desenvolvimento e gera o crescimento.
Como você define a estratégia de incorporações das Cooperativas para
esse crescimento, sendo que em 2015 a Cresol tinha cooperativas com
aproximadamente R$ 30 milhões de ativos e hoje a média de ativo das
cooperativas está em R$ 350 milhões. Quero destacar aqui algo que
considero extremamente importante que é a capacidade de leitura de
mercado. A medida em que vimos que as margens iriam apertar, que a
concorrência iria aumentar, a nossa ação estratégica não foi se
desesperar, mas sim, pensar e planejar qual o caminho que teríamos que
tomar, e com essa leitura um dos caminhos desenhados pelo mercado era o
de juntar forças, então neste processo saímos de 81 cooperativas para 20
cooperativas, fazendo com que a nossa capacidade de enfrentar desafios
se multiplicassem, e no mercado financeiro isso é ainda maior.
Obviamente que isso exigiu muita maturidade dos dirigentes, mas essa
capacidade de leitura fez com que pudéssemos entregar esses resultados
alcançados e, consecutivamente, o melhor ano da Cresol, com crescimento
de ativos, resultados, reconhecimento bancário e da sociedade, ou seja,
essa profissionalização que a Cresol fez nos últimos cinco anos gerou
essas condições, e essa
postura otimizou custos e ganhamos escala para poder enfrentar o mercado de forma competente.
O ano de 2020 está sendo marcado por uma Pandemia em
decorrência da Covid-19. Mas percebemos que quando todos pararam, e a
economia desestabilizou. Foi neste momento em que a Cresol teve seu
maior crescimento. Como explicar isso?
A Cresol traz em seu DNA, desde a sua origem essa essência de ajudar
os mais necessitados, o cooperativismo é assim. Quando iniciou a
Pandemia, os executivos com essa visão e DNA, viram que agora era a hora
da Cresol mostrar seu diferencial e não temer a situação, fazendo com
que toda a estrutura pudesse ter um único foco: poder ajudar o quadro
social em um momento de grande dificuldade. Foi o ano em que mais
tivemos contato com nosso cooperado, foi o ano em que tivemos mais
produtos e serviços adaptados para atender as demandas do nosso quadro
social, foi o período que mais avançamos na tecnologia para atender
essas demandas. A grande questão acima de tudo estava em atender as
demandas do quadro social com competência e transparência no processo, e
o cooperado sentiu isso, acreditando e movimentando na Cresol.
Ressalto, são atitudes tomadas no momento certo, de forma certa e com a
clareza necessária, ou seja, foco no cooperado, competência técnica e
muito planejamento, destacam essa robustez econômica que a Cresol trouxe
para esse momento e tantos outros.
O marco fundamental para o desenvolvimento da Cresol foi o
Planejamento Estratégico 2015/2020. Como a Cresol está organizada para
os próximos anos?
A principal virtude do próximo planejamento é que ele é prático e que
a cada ano tem que ser revisitado, pois a economia e a dinâmica
financeira mudam muito rápido e é impossível prever o que vai acontecer
daqui a cinco anos, o planejamento 2021/2025 está desenhado com
objetivos muito claros do que precisa ser feito e de onde queremos
chegar, trabalhando grandes eixos como a segurança, a fortaleza da
Cresol enquanto instituição financeira, a valorização das competências
técnicas que a estrutura da Cresol tem. O planejamento trabalha muito
também as pessoas, afinal, é extremamente importante sermos valorizados
nacionalmente como uma das melhores instituições financeiras
cooperativas para trabalhar, isso é resultado de muitas ações e um
trabalho de base forte para esse processo. Além disso, traz com grande
destaque a tecnologia e as relações com o cooperado, muita competência
técnica e muita sensibilidade com o cooperado. O nosso planejamento traz
tudo isso para os próximos anos, mas eu quero destacar que existe uma
tendência que as instituições financeiras fiquem muito parecidas no
futuro, ou seja, todos oferecem produtos e serviços iguais, mas pra mim o
que vai diferenciar a Cresol é ela fazer o tripé: sendo uma estrutura
forte, consolidada e reconhecida, uma fortaleza financeira para o
cooperado, ter seu quadro de colaboradores estruturado e ativos neste
processo e, por fim, o cooperado, crescendo e desenvolvendo junto com a
Cresol. Essa na minha visão será a diferença que fará o cooperado
escolher vir para a Cresol
O que você considera como um dos grandes diferenciais da
Cresol no Sistema Financeiro Nacional que trouxe ela até aqui e vai
mantê-la nesse caminho?
Quando você faz ações em que o olho do funcionário enche de água
quando fala de Cresol, isso tem uma competência, isso faz a diferença.
Tudo o que eu trouxe aqui para que a Cresol tenha uma bom relacionamento
com o quadro social, pra ela crescer e ter uma boa estratégia para o
futuro, pensando no coletivo, a instituição precisa de pessoas
apaixonadas e engajadas, e isso é, além apenas de uma remuneração, o
prazer do pertencimento, de saber que você faz parte de algo maior e com
um propósito claro. Sinto orgulho em dizer que se chegamos até aqui é
porque na Cresol temos muitos profissionais bons, com visão estratégica e
prática, capacitado e pronto para os desafios, pois quando falamos que
queremos atingir uma meta e que o nosso foco é esse a estrutura toda
está preparada e engajada para isso, e essa realidade é um dos nossos
grandes diferenciais. Outro fator importante é que a Cresol não deve em
nada para qualquer estrutura de banco, de fiscalização, de auditoria.
Hoje as visitas desses órgãos são de rotina de trabalho, a nossa prática
com o crédito é extremamente correta e transparente, e isso nos traz
para a nossa fortaleza do crédito e o exercício diário dos nossos
princípios.
Sobre a Cresol
Com 25 anos de história, a Cresol é hoje um sistema sólido que se
destaca entre as principais cooperativas de crédito do Brasil.
Recentemente, a Cresol chegou à marca de 600 mil famílias cooperadas
espalhadas por 25 estados brasileiros. Cada cooperativa trabalha para o
desenvolvimento econômico e social dos seus cooperados, proporcionando
soluções financeiras com sensibilidade e eficiência para que todos
realizem seus sonhos, propósitos e negócios.
Cresol Confederação
• 600 mil cooperados
• Presença em 25 estados
• 585 agências
• R$ 12,4 Bilhões em ativos
• R$ 1,4 Bilhão Patrimônio de Referência
Índice
recuou em relação a dezembro. Avançou nos setores de farmoquímicos e
farmacêuticos e de produtos de madeira e ficou estável em máquinas e
materiais elétricos e veículos automotores
Índice de Confiança do Empresarial Industrial, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI),
mostra queda na confiança em 26 dos 30 setores da indústria pesquisados
em janeiro deste ano, na comparação com dezembro de 2020. Apesar da
queda, todos os setores seguem confiantes na economia e no futuro da
empresa e nenhum rompeu a barreira dos 50 pontos. O ICEI varia entre 0 e
100 pontos, sendo que valores abaixo de 50 pontos indicam desconfiança e
acima confiança. A CNI ouviu 2.298 empresas, sendo 888 pequeno, 851
médio e 559 de grande porte.
“Se compararmos o ICEI deste ano com janeiro de 2020, vamos ver uma
queda ainda mais expressiva em alguns setores. Mas isso não significa
que os empresários não estejam confiantes, porque eles estão. Mas no
início do ano passado, essa confiança era excepcional. Havia uma
expectativa de crescimento, mas veio a pandemia e todos conhecemos a
história. Mas a confiança atual não é baixa, apesar de ter caído”,
explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Os únicos setores em que a confiança avançou em janeiro foram o setor
Produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que passou de 60 para 61,4
pontos, e o setor Produtos de madeira, subiu de 64,6 para 65,6 pontos). A
confiança não mudou em dois setores: máquinas e materiais elétricos e
veículos automotores.
Maiores quedas da confiança ocorreram no setor de equipamentos de
transporte, que caiu 10 pontos, passando para 53,7 pontos, Equipamentos
de informática, eletrônicos e ópticos, com menos seis pontos o ICEI do
setor é de 58 pontos) e produtos de borracha, com menos 4,8 pontos, a
confiança ficou em 61,4 pontos. É importante notar que nenhum desses
setores passou a categoria de desconfiança, pois estão acima da linha de
corte de 50 pontos.
O vice-presidente
Hamilton Mourão falou sobre oportunidades de financiamento para a
floresta durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos
Por Maria Clara Dias e Estadão
Hamilton Mourão: Vice-presidente falou
sobre oportunidades de financiamento na Amazônia durante o Fórum
Econômico Mundial, em Davos. (World Economic Forum/Divulgação)
Apesar de ter responsabilidade majoritária na proteção da
Amazônia, o Brasil só será capaz de salvar a floresta com ajuda
internacional e apoio do setor privado. A afirmação foi feita pelo
vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, nesta quarta-feira (27),
durante painel do Fórum Econômico Mundial, cuja edição acontece nesta
semana.
O painel “Financiamento para a transição da Amazônia para a
bioeconomia sustentável” também contou com as presenças de Gustavo
Montezano, presidente do BNDES; Candido Bracher, presidente do Itaú;
Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale e Ivan Duque, presidente da
Colômbia. A moderação foi da líder do Fórum Econômico Mundial para a
América Latina, Marisol Barillas.
Mourão criticou o descompasso entre o interesse internacional na
preservação da Amazônia e o recebimento de recursos financeiros e
técnicos para ações concretas de proteção do bioma. “Mesmo com o aumento
no interesse sobre a situação da Amazônia tenha aumentado
drasticamente, o mesmo não pode ser dito sobre a cooperação
internacional técnica e financeira para a região”, disse.
Segundo ele, o setor privado tem papel fundamental na preservação da
Amazônia, e o foco das empresas daqui em diante deve estar no potencial
econômico do bioma e na bioeconomia – modelo que une a exploração
ambiental com a conservação e a criação de empregos e valor social. “Sem
a parceria com os setores públicos e privados e cooperação
internacional, o Brasil será incapaz de atingir o objetivo principal de
preservação da Amazônia.”
Durante o evento, Mourão repetiu por diversas vezes que o Brasil está
comprometido com o desenvolvimento de políticas e leis que permitam o
avanço da bioeconomia na Amazônia e com a proteção da floresta. O
governante também reforçou que o Brasil irá liderar um painel da ONU
sobre o setor energético, ainda em 2021, e relembrou a novo compromisso
do país com o Acordo de Paris, que estabelece a neutralidade em carbono até 2060.
A atração de investidores privados e do setor empresarial é algo
válido para o setor de energias renováveis, algo prioritário para o
Brasil, segundo Mourão. O governante também afirma que o pagamento por
serviços ambientais é vital para que haja “um contínuo trabalho para
prevenir ilegalidades na região”.
Parte dessas irregularidades serão resolvidas com políticas
direcionadas a regularização de terras e o pagamento por serviços
ambientais. Para isso, o Ministério da Economia tem trabalhado no
projeto “Amazônia Verde”, que pretende trazer mais investimentos
privados para a região, ressaltou.
“2020 foi, sem dúvida, o ano mais desafiador da história recente. Não
apenas para nossa população e economia, mas para o meio ambiente”,
disse.
De acordo com Mourão, o governo brasileiro também voltará a negociar o
Fundo Amazônia, projeto criado em 2008 em parceria com os governos da
Noruega e Alemanha. “O Governo Federal continuará a mostrar
comprometimento contínuo com a agenda sustentável, e com projetos
promissores nessa área, e para isso, investimentos internacionais são
vitais”.
Cooperação na América Latina
Ivan Duque, presidente da Colômbia, defendeu que a proteção da
Amazônia vai além da exploração da bioeconomia, mas define o futuro do
planeta em relação às mudanças climáticas. “Para valorizar, é preciso
entender os problemas que a Amazônia enfrenta”, disse. Apesar de ter
apenas 6% da mata no país, cerca de 35% do território colombiano é
composto pela vegetação amazônica.
Há 2 anos, os sete países da América do Sul que compartilham a bacia
criaram o Pacto de Letícia, que promove a preservação do bioma e seu
reflorestamento e procura mitigar os danos das queimadas e desmatamento
na região. O desafio agora, segundo Duque, é unir com eficiência a
bioversidade a inovação e engajar o setor empresarial na criação de um
mercado que priorize a proteção e acelere a implementação de um mercado
de carbono.
Agro e transformação digital
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a
transformação digital tem ocorrido muito rapidamente no Brasil e que o
setor de agronegócios precisa estar inserido neste contexto de mudança. O
País tem, segundo ela, um dos “mais vibrantes” ambientes de negócios,
com mais de 2 mil agritechs – startups do agronegócio. O Brasil, afirmou
a ministra, tem ampliado os investimentos nesta frente ao longo dos
últimos anos.
“Os investimentos passaram de US$ 4 milhões em 2013 para mais de R$
200 milhões em 2019. Temos mais de 2 mil agritechs trabalhando em
diversas áreas, como rastreabilidade, e diversas tecnologias para
entregar produtos mais sustentáveis e seguros”, disse a ministra da
Agricultura, durante a edição virtual do Fórum Econômico Mundial de
Davos.
De acordo com ela, a atuação do agronegócio brasileiro está debruçada
em diretrizes claras, com cinco eixos: sustentabilidade, inovação
aberta, biotecnologia, agregação de valor e agricultura digital.
Tereza Cristina participa nesta quarta-feira de painel virtual sobre a
transformação de sistemas alimentares por meio da tecnologia e
inovação, no âmbito do Fórum Econômico Mundial de Davos. Ela dividiu a
arena digital com representantes de organizações internacionais ligadas à
alimentação, dos governos da Índia e África do Sul e ainda de empresas
privadas.
Tereza Cristina disse que a próxima década será marcada por
“convergência digital e biológica”, principalmente, na agropecuária.
“Inovação é imprescindível para adequar a agropecuária à realidade
global e é o único vetor capaz de conciliar segurança alimentar e
preservação ambiental”, disse a ministra.
Tereza Cristina também aproveitou a plateia digital e com
participação global para evidenciar a importância da integração dos
pequenos produtores no setor de agronegócios. Segundo ela, esse é o
passaporte para manter o jovem no campo e impedir que a população fique
tão envelhecida no meio rural. Destacou, ainda, a importância de ajudar
as mulheres que trabalham no campo.