sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

CEO da Elsevier diz que Brasil busca novas alternativas de gestão de saúde para fugir de métodos tradicionais

Cláudia Toledo, CEO da Elsevier, aponta quatro novos modelos de gestão de saúde global e analisa adaptação do Brasil à estas transformações

Melhorar o acesso à saúde é um assunto debatido e pendente no Brasil há muitos anos. Em 2020, esses problemas ficaram ainda mais em evidência, diante de todo o caos na saúde brasileira e mundial, onde todos precisaram se isolar e evitar o contato físico ao máximo. Diante disso, um assunto que estava se fazendo presente na área da saúde, pouco a pouco, foi acelerado e colocado como uma das prioridades em diversas corporações e gestões hospitalares: a telemedicina e os novos modelos de saúde. 

De acordo com a CEO da Elsevier, Cláudia Toledo, a cooperação entre as empresas abrange estágios que vão desde cuidados preventivos e cuidados primários remotos, até o suporte a pacientes crônicos e idosos. “Nós, da Elsevier, queremos disponibilizar práticas e apps de saúde não apenas para pessoas saudáveis e pacientes que já se beneficiam deste novo modelo, mas também nos sistemas de saúde do Brasil em geral”, afirmou Cláudia. 

Já com um olhar voltado para a gestão de saúde, essa área aliada à tecnologia possibilita que as organizações hospitalares usem as melhores práticas para construir programas escaláveis e lucrativos, que alavancam a combinação certa de pessoas e tecnologia. “Os desafios da área de saúde são enormes, mas trazendo para o contexto atual, tudo o que aconteceu em termos de aceleração em função da Covid-19, serão resultados que a maioria das gestões vão adotar daqui pra frente. Atualmente essa gestão é voltada para a equipe clínica que recomenda um tratamento para um paciente de acordo com o que é disponível, e esse foco é voltado para o sistema de saúde em questão de lucros e não no paciente, que é a maneira correta”, explicou a CEO da Elsevier. 

O modelo atual de gestão de saúde é voltado para o recebimento por procedimento ou por serviço que é feito e não pela qualidade do resultado e eficiência. “O Brasil ainda é retrógrado nesse sistema, visto que o foco está no valor do serviço, quanto será cobrado pelo procedimento. No entanto, o segredo do desenvolvimento nesta área é voltar as atenções para o modelo que preza por uma maior qualidade e eficácia do tratamento. Os países que já adotaram esse modelo e que vão realizando os procedimentos de acordo com a evolução do paciente, com foco na cura e tratamento, se saíram muito melhor”, finalizou Cláudia.

https://www.wtcclub.com.br/ceo-da-elsevier-diz-que-brasil-busca-novas-alternativas-de-gestao-de-saude-para-fugir-de-metodos-tradicionais/

Castertech, do Grupo Randon, adquire metalúrgica CNCS


Negócio foi fechado por R$ 21,5 milhões 
 
 
A Randon afirmou que o objetivo da aquisição é ampliar a capacidade de produção em serviços de usinagem

 

A Randon comunicou nesta quarta-feira (27) que adquiriu, por intermédio da Castertech, a CNCS Indústria Metalúrgica, de Caxias do Sul (RS), pelo preço de R$ 21,5 milhões. O valor, no entanto, poderá ser ajustado na data do fechamento, de acordo com o contrato firmado. A concretização do negócio ocorrerá após o cumprimento das condições precedentes.

"Essa aquisição é mais um passo no plano de expansão da companhia, seguindo o seu plano estratégico de negócios. Com a nova unidade, ampliamos nossa carteira de clientes, que atualmente se concentra nas principais montadoras de caminhões, ônibus e semirreboques, adicionando fabricantes de máquinas e implementos agrícolas", reforça o diretor de suspensão e rodagem das Empresas Randon, Eduardo Dalla Nora.

Com esse movimento, a Castertech ampliará a sua receita em R$ 27 milhões e aumentará a capacidade de usinagem em 35%. A empresa adquirida possui tecnologia atualizada e está localizada no bairro Cristo Redentor, em Caxias do Sul. Os cerca de 100 funcionários que já atuam na unidade serão integrados ao time da Castertech. Em operação desde 2009,, a Castertech surgiu, inicialmente, para atender as necessidades internas das Empresas Randon. Hoje, a empresa fornece seus produtos para montadoras de caminhões, ônibus, semirreboques, sistemistas automotivos, para o segmento agrícola e para o mercado de peças de reposição.

A Randon é a 27ª empresa da região e a oitava do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ com o apoio técnico da PwC.

 https://amanha.com.br/categoria/negocios-do-sul1/castertech-do-grupo-randon-adquire-cncs

Copel investirá R$ 100 milhões na Usina Parigot de Souza


Aporte inaugura uma nova etapa de modernização do empreendimento 
 
 

Encravada na Serra do Mar paranaense, a usina é a maior central geradora subterrânea do Sul do Brasil

A Usina Governador Pedro Viriato Parigot de Souza (GPS) completou 50 anos nesta semana. O marco levou a Copel a anunciar um investimento de R$ 100 milhões para uma nova etapa de modernização do empreendimento. Com quatro unidades geradores que somam 260 megawatts de potência, está localizada no município de Antonina, no Litoral, e pode produzir energia para atender ao consumo de até 750 mil pessoas. Apesar de cinquentenária, a GPS está em plena forma. No ano 2000 houve uma ampla modernização e ela passou a ser operada a distância a partir do Centro de Operação de Geração e Transmissão da Copel, em Curitiba.

Encravada na Serra do Mar paranaense, GPS é a maior central geradora subterrânea do Sul do Brasil. A hidrelétrica é alimentada pelo represamento das águas do Rio Capivari – que integra a bacia do Rio Ribeira. A construção da barragem de terra compactada permitiu a formação de um reservatório de 16,3 quilômetros quadrados, localizado à margem da rodovia BR-116, no trecho Curitiba - São Paulo, a 50 quilômetros da capital paranaense. Depois de movimentar as turbinas, a água do Rio Capivari é lançada no Rio Cachoeira. E é por essa configuração que o empreendimento foi originalmente batizado com o nome de Usina Capivari-Cachoeira.

O segredo de engenharia dessa usina é o desnível entre o reservatório e as turbinas. A quantidade de água utilizada é pequena, mas a velocidade proporcionada pelos 750 metros de queda pode chegar a 426 km/hora gerando uma grande pressão sobre as conchas das turbinas Pelton. Para gerar energia, a água atravessa um túnel de adução de 15 quilômetros escavado no coração da Serra do Mar, passa pela chaminé de equilíbrio que reduz a pressão nos túneis, e chega ao conduto forçado que tem mais 1.080 metros e leva a água até as turbinas, instaladas na base da montanha. Ali, três grandes cavernas foram escavadas e abrigam a sala de máquinas, sala dos transformadores e sala de válvulas.

Concessão
Em 2015, a Copel venceu o leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e garantiu o direito de continuar operando a Usina Hidrelétrica Governador Parigot de Souza, em Antonina, por mais 30 anos. Parigot de Souza foi construída pela Copel na década de 1960 e teve seu primeiro contrato renovado em 1995 por 20 anos. A renovação expirou em julho de 2015 e, por isso, a concessão foi a leilão.

https://amanha.com.br/categoria/empresa/copel-investira-r-100-milhoes-na-usina-parigot-de-souza

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Huawei volta a pedir ao Brasil ‘critérios técnicos e não discriminatórios’ no 5G

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Estadão Conteúdo 

 

O diretor global de Cibersegurança da Huawei, Marcelo Motta, voltou a afirmar que a fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações tem a expectativa de que o governo brasileiro aplique unicamente “critérios técnicos e não discriminatórios” para as empresas que atuarem na implantação das redes 5G.

 A defesa de critérios técnicos reiterada hoje pelo representante da Huawei tem como pano de fundo a possibilidade cogitada pelo governo de Jair Bolsonaro de barrar a empresa chinesa no 5G.

A medida representaria um alinhamento do Brasil aos Estados Unidos, que atravessa uma disputa geopolítica com a China.

 Entretanto, uma restrição à Huawei não deve prosperar, tendo em vista a dificuldade do governo Bolsonaro em achar meios legais para isso, sem contar o custo elevado para substituição dos equipamentos da Huawei no mercado nacional e os riscos de retaliações da China no campo comercial.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/huawei-volta-a-pedir-ao-brasil-criterios-tecnicos-e-nao-discriminatorios-no-5g-2/


 

Nubank levanta R$ 2,1 bilhões em nova rodada de investimento


Crédito: Divulgação / Nubank

O aporte coloca o banco digital como uma das cinco instituições financeiras mais valiosas da América Latina (Crédito: Divulgação / Nubank)

 

 

Nesta quinta-feira (28), o Nubank participou de uma nova rodada de investimentos com uma captação de US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões no câmbio de hoje). O aporte coloca o banco digital como uma das cinco instituições financeiras mais valiosas da América Latina.  

A rodada foi liderada por um grupo de investidores. Entre eles, os fundos GIC, Whale Rock e Invesco. A captação também contou com a participação de investidores de rodadas anteriores, como Sequoia, Tencent, Dragoneer e Ribbit. 

De acordo com comunicado da empresa, o capital desta nova rodada será direcionado para a ampliação da oferta de produtos no Brasil e a aceleração da expansão internacional. Desde a sua última rodada de investimento, em julho de 2019, o Nubank triplicou sua base de clientes, passando de 12 para 34 milhões de pessoas.

A companhia realizou ainda três aquisições durante este período: a Easynvest, corretora digital de investimentos; a Cognitect, empresa de engenharia de software e programação; e a Plataformatec, consultoria de tecnologia especializada em metodologia ágil.

“Com esta nova rodada de investimentos, seremos capazes de acelerar e escalar nossas operações no México e na Colômbia e liberar ainda mais pessoas das complexidades financeiras”, disse David Vélez, CEO e fundador do Nubank.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/nubank-levanta-r-21-bilhoes-em-nova-rodada-de-investimento/


A expansão da gestão ambiental

 


Ambipar se torna a primeira empresa de gestão ambiental a entrar na B3 e intensifica estratégia de crescimento com aquisições no Brasil e no mercado internacional.

Crédito: Claudio Gatti

O CEU é O LIMITE Companhia liderada pela CEO Cristina Andriotti (foto) busca consolidação nos Estados Unidos e na Europa e prevê crescimento com aquisições. (Crédito: Claudio Gatti )

A expressão “se a vida te der um limão, faça uma limonada” cabe perfeitamente ao momento vivido pela Ambipar, pioneira em gestão ambiental no Brasil. Com sede em Nova Odessa, no interior de São Paulo, a companhia fundada em 1995 por Tercio Borlenghi Junior aproveitou os olhares atentos do mundo após a contratação, pelo governo britânico, para a desinfecção de aeronaves e ônibus utilizados na retirada de cidadãos de Wuhan, primeiro epicentro da pandemia, e intensificou sua estratégia de expansão iniciada em 2018. Somente em 2020, quatro aquisições foram contabilizadas pelo grupo. Um investimento total de R$ 100 milhões. Este ano, a previsão é investir ainda mais e riscar outras empresas da lista de compras. Para a CEO do grupo, Cristina Andriotti, a expansão no mercado internacional está apenas começando. “No Brasil e na América Latina já possuímos presença quase 100% maciça. Após uma demanda muito grande dos nossos clientes, o plano de expansão está voltado aos Estados Unidos e à Europa”, afirmou.

 

CONSOLIDAÇÃO 

Após o anúncio da abertura de IPO (oferta pública inicial, em inglês) em julho de 2020, a Ambipar se tornou a primeira empresa de gestão ambiental a entrar na bolsa de valores brasileira. Com presença consolidada no mercado industrial do País, através de serviços como coleta e transporte de resíduos e contenção de vazamentos de produtos químicos, a companhia soube usufruir do holofote e expandiu sua atuação para mercados inéditos, atuando na descontaminação de ambientes como shoppings e hospitais de campanha. Esse rápido crescimento possibilitou a aquisição de empresas impactadas pela crise. “A abertura de capital fazia parte do planejamento da empresa havia anos, mas faltava dinheiro. Com as aquisições e a entrada em mercados inéditos, conseguimos concretizar esse objetivo”, disse a CEO.

Presente em 15 países entre África, América do Norte, América Latina e Europa, o grupo formado pela Ambipar Response e Ambipar Environment aposta na economia circular e na reintrodução de resíduos para ampliar sua atuação global. Com 12 anos de presença na organização, Cristina Andriotti assumiu o cargo de CEO após a abertura de capital. Para ela, o futuro do segmento é bastante positivo. “A sustentabilidade antes era pautada pela legislação, mas hoje existe o interesse genuíno das grandes empresas de fazer a diferença.” Sem divulgar os nomes dos futuros investimentos, a Ambipar contabiliza em seu portfólio as americanas Custom Environmental Services, One Stop Environmental, IntraCoastal Environmental, e as brasileiras Verde Ghaia e Âmbito Negócios Sustentáveis.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/a-expansao-da-gestao-ambiental/

Um caminhão de investimentos

 


Na contramão da Ford, a Scania acelera seus investimentos no País. Embalada pela alta das exportações, a montadora sueca vai desembolsar R$ 1,4 bilhão até 2024.

Crédito: Claudio Gatti

DE OLHO NO FUTURO Fabricando somente conforme demanda, montadora espera um ano de retomada consistente e sustentável. (Crédito: Claudio Gatti )

Em ano atípico de apenas 46 semanas, como definiu Christopher Podgorski, presidente da Scania para a América Latina, a montadora sueca registrou, até novembro de 2020, queda de 12,8% nos emplacamentos de veículos pesados (acima de 16 toneladas) em comparação a 2019, após ter as atividades paralisadas por quase seis semanas, entre março e abril, por causa da pandemia. E a aposta para a retomada dos negócios em 2021 está no início do emprego de R$ 1,4 bilhão na planta de São Bernardo do Campo (SP), programado para até 2024, e na eficiência dos sistemas modular (permite montar os caminhões para diferentes aplicações) e de produção global (aliado nas exportações). “A previsão para 2021 é positiva do ponto de vista de produção levando em conta que o Brasil está retomando as atividades, a exemplo de alguns países, como Chile, Peru e Colômbia”, disse à DINHEIRO.

 

A utilização do sistema modular na linha de montagem, segundo o executivo, oferece melhores resultados econômico e financeiro. A empresa fabrica apenas a quantidade correspondente à comercializada. No início da quarentena, em março, a montadora tinha em carteira 2,3 mil caminhões a serem produzidos. Diante da situação, a Scania antecipou o retorno às atividades com a preocupação de honrar os compromissos com os clientes. “O mercado de transportes reagiu em V. Não demorou a retomarmos as nossas atividades normais em termos de produção e comercialização.”

O sistema de produção global também tem garantido negócios importantes para a operação brasileira. As dez unidades produtivas instaladas em São Bernardo são idênticas em processo, método e equipamentos às plantas européias. A Scania do Brasil exporta para a Rússia e a África do Sul, além de ter a Argentina e o Chile como dois dos principais clientes na América do Sul. “Com a desvalorização cambial do real (cerca de 40% em um ano) repentinamente nos tornamos supercompetitivos como exportadores”, afirmou o executivo, ao destacar que 30% dos veículos fabricados no ano passado foram para o mercado internacional.

Para atender às novas tendências globais de transportes, a montadora vai iniciar neste ano o aporte de R$ 1,4 bilhão na modernização da planta de São Bernardo. O montante será aplicado ainda em novas tecnologias e no prosseguimento de projetos relacionados a combustíveis alternativos, como o gás natural e o biometano. A Scania também tem acelerado o processo jornada de eletrificação e mobilidade. Mesmo durante a pandemia, a companhia concluiu a viabilização da industrialização de veículos a gás, no caso caminhões – até outubro, 50 unidades foram comercializadas. E espera que, nos próximos meses, a produção de ônibus a gás seja realidade no mercado brasileiro.

A planta da montadora automotiva tem trabalhado em alerta nas últimas semanas em razão de problema comum a outros setores da economia: a falta de matéria-prima e insumos. No caso da Scania, de aço e sucata. A empresa, no entanto, não deixou de produzir qualquer unidade programada. “O pior já passou. A situação deve estar normalizada ainda no primeiro trimestre”. Além disso, como a cadeia de suprimentos da empresa tem muitos componentes importados, o presidente revelou discussão comercial com fornecedores para precificação em decorrência da desvalorização cambial. “Tudo está equacionado.”

Apesar da preocupação com a desvalorização do real, além do possível aumento da inflação e dos juros durante o ano, Podgorski revela confiança na economia brasileira. “Temos 62 anos de Brasil. Estamos acostumados à volatilidade. O nome do jogo é sempre flexibilidade. A perspectiva é positiva”. De acordo com ele, com base na estimativa de crescimento do agronegócio (3%, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e da indústria (de 4,2% para a Confederação Nacional da Indústria), ”a retomada não parece ser em bolha e, sim, consistente e sustentável pelo, no mínimo, os próximos 12 meses.”

ALTA A expectativa de bons negócios em 2021 demonstrada pela Scania é compartilhada pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Apesar de o segmento de caminhões novos ter registrado queda de 12,3% no fechamento dos emplacamentos de 2020 – foram vendidas 89.207 unidades no total contra 101.733 de 2019 –, o resultado foi superior ao projetado e depois revisado pela entidade em outubro, que estimava redução de 15% (86,6 mil), e maior do que o computado nos anos de 2015 a 2018. Diante deste cenário, a Fenabrave estima crescimento de 21,7% neste ano (em relação ao último período), com a comercialização de 108,5 mil veículos.

O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, acredita que as vendas só não foram maiores devido à retração da produção em virtude da pandemia. “Os fabricantes de caminhões tiveram muita dificuldade para atender à demanda”, afirmou, ao destacar que “boa oferta de crédito e melhora do preço das commodities são fatores positivos, que impulsionaram e continuam mantendo a procura.” Resta saber se a demanda irá se manter ou se as montadoras terão de suspender novamente as atividades em virtude do aumento dos casos de coronavírus pelo País.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

BRF vai investir R$ 45 milhões em laboratórios ao longo de três anos

BRF vai investir R$ 45 milhões em laboratórios ao longo de três anos

Objetivo é ampliar capacidade de testes em todas as fases da cadeia produtiva 
 
O laboratório de Concórdia atende também às unidades de Chapecó e Faxinal dos Guedes, além de Carambeí, Castro, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Toledo, no Paraná

A catarinense BRF planeja investir cerca de R$ 45 milhões, nos próximos três anos, nos 31 laboratórios de qualidade próprios que a Companhia mantém distribuídos pelos países em que atua. Os investimentos serão destinados para projetos estratégicos e de tecnologia, ampliação da capacidade e modernização das estruturas para consolidar-se como referência em segurança dos alimentos. As unidades laboratoriais da BRF monitoram toda a cadeia produtiva, desde o campo até a mesa de nosso consumidor, através de cerca de 4 milhões de análises por ano.

Cada região onde há produção da BRF é atendida por um laboratório com equipe multidisciplinar. Dotadas de médicos veterinários, biólogos, químicos, engenheiros de alimentos, administradores, farmacêuticos, biotecnologistas, biomédicos e outros especialistas, as equipes são incumbidas de mapear, por meio de análises microbiológicas, sorológicas, moleculares, físico-químicas, bromatológicas, de resíduos, de qualidade das embalagens e sensoriais, para garantir a qualidade e a segurança de seus produtos.

No Sudoeste do Paraná, explica a gerente de laboratórios industriais Christiane Huller, os laboratórios das unidades de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão trabalham de forma complementar. O laboratório de Dois Vizinhos faz as análises físico-químicas da matéria-prima para a formulação das rações que vão alimentar os frangos dos produtores integrados às unidades e amostras da ração pronta para os diferentes estágios do ciclo de vida dos animais. Também são analisados cortes in natura de frango, de acordo com as especificações e padrões estabelecidos em legislações.

O laboratório de Francisco Beltrão atende às duas unidades em análises microbiológicas de produtos acabados, feitas seguindo a legislação brasileira e as regulamentações internacionais dos mercados para os quais as plantas são habilitadas a exportar. Somados, os dois laboratórios fazem, em média, 13,5 mil análises por mês. Em Toledo, oeste do Paraná, a BRF prepara a expansão do laboratório, que hoje faz em torno de 22 mil análises por mês. A ampliação, prevista para os próximos meses, terá o investimento aproximado de R$ 14 milhões e deverá ampliar o volume de análises, além de criar uma estrutura interna para atendimento regional às operações locais, ampliando o escopo de atendimento para a cadeia agropecuária.

O laboratório de Concórdia (SC) funciona há 38 anos e atende também às unidades de Chapecó e Faxinal dos Guedes, além de Carambeí, Castro, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Toledo, no Paraná. Faz cerca de 35 mil análises microbiológicas, moleculares, sorológicas e virológicas por mês. Coordenadora dos Laboratórios de Saúde Animal das cidades catarinenses (além dos de Lucas do Rio Verde/MT, Rio Verde/GO e Uberlândia/MG), Camila Plieski exemplifica que os diagnósticos e monitorias moleculares e microbiológicas em sanidade animal são para manter a produção livre de patógenos diversos (incluindo a bactéria Salmonela), assegurando plantéis saudáveis e produtos seguros.

Na região norte do Rio Grande do Sul, o laboratório da unidade de Marau realiza em torno de 20 mil análises por mês. Nesse laboratório são analisados alimentos in natura e processados produzidos pelas unidades de Marau, Garibaldi, Lajeado e Serafina Corrêa. Também analisa matéria-prima usada na formulação das rações e amostras de ração pronta produzida na unidade e fornecida aos produtores integrados. Assim como os demais laboratórios da região Sul, o laboratório de Marau realiza análises seguindo as legislações brasileiras e regulamentações internacionais de acordo com os mercados para os quais as unidades são habilitadas para exportação.

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Grupo francês Kuhn adquire Khor


Empresas não informaram o valor do negócio 
 
A Kuhn atua na fabricação de máquinas agrícolas especializadas em preparo do solo

O grupo francês Kuhn anunciou a aquisição da fabricante gaúcha de implementos agrícolas Khor, de Tuparendi. O valor do negócio não foi informado pelas empresas. A aquisição ocorreu por meio da subsidiária brasileira Kuhn-Montana Indústria de Máquinas. De acordo com nota emitida pelo grupo francês, a negociação depende do cumprimento de várias condições pelos atuais proprietários, porém não há mais detalhes sobre isso. O negócio vai fortalecer a inserção no mercado brasileiro, projeta a multinacional em seu comunicado.

A Kuhn aua na fabricação de máquinas agrícolas especializadas em preparo do solo, pulverização e manejo de nutrientes, manutenção de áreas, fenação e forragem, e alimentação animal. No Brasil, a companhia francesa tem unidades em São José dos Pinhais (PR) e em Passo Fundo (RS). A Khor, que fabrica carretas graneleiras, escarificadores e outros implementos, faturou R$ 26 milhões no ano passado.

 

 https://amanha.com.br/categoria/negocios-do-sul1/grupo-frances-kuhn-adquire-khor

Ícone de uma era da Serra Gaúcha, hotel Laje de Pedra é vendido


Complexo fundado pelo Grupo Habitasul deve receber investimento de R$ 500 milhões 
 
 
O novo Laje da Pedra, após terminada a revitalização e ampliação, deverá contar ainda com 366 apartamentos, e 204 suítes darão lugar aos 250 apartamentos atuais

O Grupo Habitasul anunciou a venda do Complexo Hoteleiro Laje de Pedra, localizado em Canela (RS), para LPD Canela Empreendimentos e Participações S/A. O valor da transação foi de R$ 52 milhões. Os investidores do empreendimento são os fundadores da LDP Canela Empreendimentos e Márcio Carvalho, fundador da Smart, incorporadora imobiliária gaúcha. A LDP Canela tem como sócios José Paim de Andrade Jr. e José Ernesto Marino Neto. Paim fundou a Rossi Residencial, da MaxCap e da Habitat CP, tendo realizado diversos investimentos imobiliários nos últimos 40 anos em quase todo o país. Marino Neto é fundador da BSH International e, nos últimos 30 anos, participou da estruturação, planejamento, implantação e gestão de investimos de hotéis em 22 estados brasileiros.

O icônico complexo, que inclui as marcas Laje de Pedra, Hotel Laje de Pedra e HLP, deverá receber investimento de mais de R$ 500 milhões para sua expansão e revitalização a fim de oferecer um padrão hoteleiro internacional de seis estrelas inédito na região, além de gerar 500 empregos diretos. De acordo com o presidente do Grupo Habitasul, Sérgio Ribas, o novo empreendimento será um grande marco para a região de Canela. "O Laje de Pedra possui mais de quatro décadas de história e por muito tempo foi um dos responsáveis pela consolidação da cidade no setor turístico brasileiro. Assim, é com alegria que anunciamos o projeto deste novo complexo de luxo, que trará muitas oportunidades para a região", afirma o executivo. Uma das principais novidades será o teatro instalado no interior do complexo, que também funcionará como cinema, onde os hóspedes poderão conferir diversas atrações da cultura regional. A capacidade do espaço será de 350 pessoas.

Localizado estrategicamente próximo ao Aeroporto de Canela e a apenas 103 quilômetros do Aeroporto Internacional de Porto Alegre, o novo Laje da Pedra, após terminada a revitalização e ampliação, deverá contar ainda com 366 apartamentos, e 204 suítes darão lugar aos 250 apartamentos atuais. Os outros 132 apartamentos deverão ser objeto da expansão. O empreendimento terá ainda quatro restaurantes, cinco bares, espaço Kids Club, SPA & Fitness Center, Sport Bar com várias atividades no Game Center. "O projeto do Novo Laje de Pedra foi concebido para ser o mais sofisticado e luxuoso hotel de lazer do país. Passei minha juventude no Laje de Pedra e sei da sua importância para a sociedade local. Será uma celebração à natureza, à história e à cultura gaúcha", afirma Andrade Jr., um dos sócios fundadores da LDP Canela, cuja família é natural de Vacaria (RS).

 

https://amanha.com.br/categoria/negocios-do-sul1/grupo-habitasul-anuncia-venda-de-complexo-hoteleiro-laje-de-pedra

Klabin firma acordo com Timo para constituir SPE na área florestal

 

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A Klabin informa que celebrou nesta terça-feira, 27, os acordos necessários para associação com a Timber Investment Management Organization (Timo) para a constituição de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). O objetivo principal da SPE será a exploração da atividade florestal no Estado de Santa Catarina.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que a contribuição da Klabin para a formação do patrimônio da SPE se dará por meio do aporte de cerca de 9,7 mil hectares de florestas plantadas. A Timo, por sua vez, contribuirá com o montante de até R$ 500 milhões em caixa, parte no fechamento da operação e o restante em até 3 anos.

Os recursos aportados na SPE serão utilizados para aquisições e arrendamentos de cerca de 19,5 mil hectares de efetivo plantio, bem como o financiamento do plantio, substancialmente de Pinus, dessas áreas.

Conforme o comunicado, a Klabin terá o direito de preferência na compra da madeira produzida pela SPE, dentre outros direitos típicos conferidos a acionistas controladores de uma sociedade desta natureza. A conclusão desta operação está sujeita a condições precedentes usuais, incluindo a aprovação pelas autoridades regulatórias competentes.

 “Essa associação permitirá à companhia ampliar seu maciço florestal no estado de Santa Catarina com eficiência de capital. Essa ampliação visa o abastecimento das fábricas atuais na região bem como a viabilização de futuros projetos de expansão. Dessa forma a Klabin reforça o seu compromisso com a disciplina na alocação de capital e criação de valor para todos os seus stakeholders”, diz a empresa no documento.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/klabin-firma-acordo-com-timo-para-constituir-spe-na-area-florestal-2/

McDonald’s Brasil usa bandejas recicladas e chama atenção no exterior


Crédito: Reprodução/FC

Usando diversos materiais recicláveis, as bandejas do McDonald's no Brasil mostram ao mundo como gerar uma economia circular (Crédito: Reprodução/FC)

A forma como as bandejas do McDonald’s são produzidas no Brasil chamaram a atenção da mídia internacional nesta semana. Feitas com resíduos de alimentos e outros tipos de lixo, as bandejas serviram como exemplo de boas práticas sustentáveis.

A Fast Company destacou o lançamento de milhares de bandejas feitas com um tipo de material chamado UBQ, um compensado de materiais reciclados e usado pela Arcos Dourados no Brasil. Esse materiais são cascas de banana, ossos de frango e restos de comida, além de papelão e papel, fraldas e plásticos mistos.

 Segundo Albert Douer, presidente-executivo da UBQ Materials, empresa israelense que cuida do processo, o vidro e metal são separados do processo de reciclagem. A forma como esses resíduos são reciclados, antes de serem encaminhados para aterros ou para incineração, fecham o ciclo da reutilização de materiais e ajudam a geração de uma economia circular.

 No McDonald’s a política de redução de uso do plástico teve início em 2018, quando mais de 600 toneladas de plásticos deixaram de ser usados pela rede no Brasil. Em 2019 a redução chegou a 700 toneladas e mais de 7 mil bandejas recicladas foram lançadas no País.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/mcdonalds-brasil-usa-bandejas-recicladas-e-chama-atencao-no-exterior/

 

Literati capta US$ 40 milhões para clube de livros com curadoria de famosos

Literati capta US$ 40 milhões para clube de livros com curadoria de famosos

Crédito: Reprodução/ Facebook Literati

Os clubes recebem a curadoria de famosos como o Curry (Crédito: Reprodução/ Facebook Literati)

Da redação 

 

A distribuidora de livros americana Literati captou US$ 40 milhões para sua plataforma de clube de livros. A nova rodada de investimento foi liderada, entre outros, pelo jogador de basquete da NBA Stephen Curry. As informações foram divulgadas pela TechCrunch.

Os clubes recebem a curadoria de famosos, como o próprio Curry, a ativista e ganhadora do Nobel da Paz, Malala Yousafzai, o empresário e filantropo Richard Branson e a jornalista Susan Orlean.


Como funciona?

Quando o leitor se inscreve em um clube do livro, ele recebe uma edição impressa da seleção de cada mês, com uma nota do curador. Além disso, ele tem acesso ao aplicativo Literati, onde pode discutir o livro com outros leitores e onde curadores hospedam conversas com os autores.

Curry, por exemplo, está liderando um clube do livro focado em não ficção sobre pessoas que “transcendem as expectativas”, enquanto Yousafzai escolhe livros de mulheres “com ideias ousadas de todo o mundo”.

 

Investimento estrangeiro direto no Brasil cai pela metade em 2020

Crédito: Pixabay

Houve um recuo de US$ 35 bilhões, praticamente metade dos investimentos realizados em 2019 (Crédito: Pixabay)


Em 2020, o montante de Investimentos Diretos no País (IDP) totalizou US$ 34,2 bilhões (2,38% do PIB), ante US$ 69,2 bilhões (3,68% do PIB) em 2019, segundo o Banco Central.

Houve um recuo de US$ 35,0 bilhões, praticamente metade dos investimentos realizados no ano de 2019.


Dezembro de 2020

Para se ter uma ideia do recuo do ânimo internacional no ano passado, em dezembro de 2020, os ingressos líquidos em investimentos diretos no país somaram US$ 739 milhões, ante US$ 2,8 bilhões observados em dezembro de 2019.

Houve ingressos líquidos de US$ 3,1 bilhões em participação no capital e saídas líquidas de US$ 2,4 bilhões em operações intercompanhia.

 Estimativa para janeiro de 2021

Para o mês de janeiro de 2021, a estimativa para o IDP é de ingressos líquidos de US$ 2,8 bilhões.

 


Em 25 anos, Cresol passa de R$ 720 de capital para uma Instituição com mais de R$ 12,4 bi em ativos


Crédito: Divulgação

Em 25 anos, Cresol passa de R$ 720 de capital para uma Instituição com mais de R$ 12,4 bi em ativos (Crédito: Divulgação)


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Instituições financeiras são todas iguais? Como assim crescer em meio a uma pandemia? Como migrar de 81 para 20 cooperativas em três anos? Profi ssionalização no crédito e gestão das pessoas, como equilibrar para um resultado de sucesso?

Essas e outras perguntas foram respondidas pelo Diretor Superintendente da Cresol Adriano Michelon, que desde o primeiro dia da Cooperativa que neste ano completou 25 anos, está a frente desse Sistema de Cooperativas de Crédito que hoje representa mais de 600 mil famílias cooperadas em 25 estados de atuação, com mais de R$ 12,4 bilhões em ativos.

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Acompanhe a conversa e conheça a história e os avanços da Cresol, seu crescimento e destaque no Sistema Financeiro Nacional, e os planos futuros para o desenvolvimento do cooperativismo por meio do crédito.

A Cresol tem um histórico de vivência com o crédito rural, mas a cooperativa nesses 25 anos cresceu e se profi ssionalizou, como se deu esse processo?

São diversos estágios até aqui, eu diria que os primeiros 15 anos da Cresol foram momentos de descobrimento. Anos de identifi car o que ela queria, como funcionava, anos de testes e capacitações internas. A partir de 2010 a Cresol passou a se desafi ar a enfrentar de forma muito direta esse mercado financeiro que temos, o que ocorreu neste processo é que a Cresol teve a sensibilidade de olhar o que estava ocorrendo fora, por meio de experiências internacionais e com outros sistemas de cooperativas de crédito, adaptando isso da melhor forma possível dentro da estrutura, onde muitas vezes sofremos para fazer essas mudanças, mas a Cresol é resiliente e garante que passos técnicos, de governança e capacitação importantes sejam implantados, onde nesse período até, aproximadamente, 2015 esse estágio foi sendo construído e vencido. E desse período até os dias de hoje se fortalece todo esse processo de profi ssionalização e a Cresol dá importância e visibilidade à estratégia fi nanceira a ser implantada, focando em uma estratégia econômica de sustentabilidade, colocando isso como ponto prioritário, saindo de uma Cresol que passava 80% do seu tempo discutindo questões políticas e 20% questões econômicas, e a partir de 2015 isso se inverteu, o foco mudou, com clareza, dinamismo e planejamento de onde queremos chegar.

Podemos dizer então que o processo de governança e defi nições de papéis e também a contratação de quadros executivos qualifi cados tecnicamente auxiliou nesse crescimento e na profi ssionalização da Cresol em uma Instituição Financeira?

Eu não tenho dúvidas de que quando a gente faz a segregação de funções, clarifi ca a governança e separa os papéis de representação política e execução técnica, o Sistema Cresol dá um grande salto e faz com que as pessoas desenvolvam as funções que lhe foram atribuídas, tudo isso com metas e foco no resultado. E quando a Cresol passa por esse estágio, que antes por muitos não era visto com bons olhos, afi nal, falar de metas nas cooperativas Cresol era algo nunca pensado em anos anteriores, Sistema avança, cresce e caminha para outro momento de desenvolvimento.

Como você avalia a atuação do Marco Regulatório do Cooperativismo e, ainda, na sua visão ele tem sido fundamental para esse crescimento da Cresol?

O marco regulatório foi um grande aliado para que tenhamos avançado, ele dá as condições para que você, enquanto instituição financeira cooperativa, possa fazer as coisas de forma correta. O grande diferencial da Cresol foi internalizar as normas e regras e trabalhar com seus grupos de dirigentes e
colaboradores, fazendo com que todos de fato entendam a importância disso. O grande desafio das regras é a implementação delas, para isso o grupo executivo da Cresol foi extremamente assertivo, adaptando-as para sua realidade e as implementando, e ainda está implementando. Fazemos com que esse processo todo fosse realizado de forma tranquila, no geral é bom lembrarmos que a base regulamentar ajuda, mas a regra por si só não faz nada, precisa ter uma orientação, uma decisão interna para ser feita e executada. O mais interessante é que conforme isso passa a dar resultado há uma assimilação por parte de todos para que isso seja implementado de forma rápida, mudando a forma de gerir e conduzir a Cresol.

Automatização de processos, digitalização de documentos, analise centralizada e segurança tecnológica, são ações que profissionalizaram o crédito da Cresol e facilitaram o processo de fazer negócio. Focando os esforços no relacionamento com o cooperado, como você observa esses processos na Cooperativa?

A Cresol a partir do momento em que ela toma a decisão de ter um sistema de compensação próprio, no ano de 20105/16, ela avança e busca um caminho de autonomia dos seus negócios em relação a dependência de qualquer banco, ela investe fortemente em tecnologia, para que o software possa estar ainda mais acessível ao quadro social, e a estrutura de tecnologia possa ser voltada para o cooperado, não apenas para suas estruturas internas. Acima de tudo eu quero deixar claro aqui que tecnologia é uma parte, a profissionalização executiva, bem desenhada, que se comunica com a sociedade de forma competente e eficiente, é esse um eixo fundamental. A medida também que ela passa a investir em pessoas e ter reconhecimento nacional por tratar bem seus colaboradores, tendo uma avalição positiva, ela passa para outro pilar. Quando ela tem um planejamento claro e sabe onde quer chegar em 2020, isso passa a ser uma orientação sistêmica, a Cresol conseguiu dar esses passos porque todos estavam olhando e focados no mesmo lugar, sabendo onde queriam chegar, e isso faz com que o foco do planejamento não seja apenas político e passe a ser também econômico, e ai temos mais um eixo. E à medida que a Cresol se aproxima dos órgãos reguladores e fiscalizadores do sistema bancário, e passa a ser reconhecido pela sua competência técnica, tendo mais segurança pra entrar na relação com os bancos privados, os quais têm um olhar extremamente críticos em relação as instituições financeiras cooperativas. Assim, essa qualificação que tivemos é resultado que um conjunto de ações macros e decisões estratégicas tomadas e executadas de forma prioritária.

Como se explica um crescimento sustentável acima da média nacional de mais de 30% ao ano?

A Cresol estava extremamente tímida e sabíamos que tínhamos potencial pra muito mais, e esse conjunto de ações que eu comentei anteriormente, com pessoas capacitadas para conduzir esse processo com atitude de entregar e fazer mais, foi possível a medida em que deixamos a equipe livre para trabalhar e produzir, segregando um conjunto de funções e deixando o norte claro. A Cresol tem um reconhecimento muito forte com seu quadro social, e esse processo todo fez com que déssemos esses passos largos de crescimento. E a preocupação constante com o crescimento em tecnologia, pessoas, relações humanas e estratégia foi fundamental para sustentar esse avanço, mas estou convicto que a Cresol leva isso pelos próximos anos, cuidando dessas questões e estimulando as pessoas a produzirem mais, pois no momento que você tem um cooperado que ganha, um colaborador que ganha e uma Cresol que ganha, é um tripé estratégico que fortalece o desenvolvimento e gera o crescimento.

Como você define a estratégia de incorporações das Cooperativas para esse crescimento, sendo que em 2015 a Cresol tinha cooperativas com aproximadamente R$ 30 milhões de ativos e hoje a média de ativo das cooperativas está em R$ 350 milhões. Quero destacar aqui algo que considero extremamente importante que é a capacidade de leitura de mercado. A medida em que vimos que as margens iriam apertar, que a concorrência iria aumentar, a nossa ação estratégica não foi se desesperar, mas sim, pensar e planejar qual o caminho que teríamos que tomar, e com essa leitura um dos caminhos desenhados pelo mercado era o de juntar forças, então neste processo saímos de 81 cooperativas para 20 cooperativas, fazendo com que a nossa capacidade de enfrentar desafios se multiplicassem, e no mercado financeiro isso é ainda maior. Obviamente que isso exigiu muita maturidade dos dirigentes, mas essa capacidade de leitura fez com que pudéssemos entregar esses resultados alcançados e, consecutivamente, o melhor ano da Cresol, com crescimento de ativos, resultados, reconhecimento bancário e da sociedade, ou seja, essa profissionalização que a Cresol fez nos últimos cinco anos gerou essas condições, e essa
postura otimizou custos e ganhamos escala para poder enfrentar o mercado de forma competente.

O ano de 2020 está sendo marcado por uma Pandemia em decorrência da Covid-19. Mas percebemos que quando todos pararam, e a economia desestabilizou. Foi neste momento em que a Cresol teve seu maior crescimento. Como explicar isso?

A Cresol traz em seu DNA, desde a sua origem essa essência de ajudar os mais necessitados, o cooperativismo é assim. Quando iniciou a Pandemia, os executivos com essa visão e DNA, viram que agora era a hora da Cresol mostrar seu diferencial e não temer a situação, fazendo com que toda a estrutura pudesse ter um único foco: poder ajudar o quadro social em um momento de grande dificuldade. Foi o ano em que mais tivemos contato com nosso cooperado, foi o ano em que tivemos mais produtos e serviços adaptados para atender as demandas do nosso quadro social, foi o período que mais avançamos na tecnologia para atender essas demandas. A grande questão acima de tudo estava em atender as demandas do quadro social com competência e transparência no processo, e o cooperado sentiu isso, acreditando e movimentando na Cresol. Ressalto, são atitudes tomadas no momento certo, de forma certa e com a clareza necessária, ou seja, foco no cooperado, competência técnica e muito planejamento, destacam essa robustez econômica que a Cresol trouxe para esse momento e tantos outros.

O marco fundamental para o desenvolvimento da Cresol foi o Planejamento Estratégico 2015/2020. Como a Cresol está organizada para os próximos anos?

A principal virtude do próximo planejamento é que ele é prático e que a cada ano tem que ser revisitado, pois a economia e a dinâmica financeira mudam muito rápido e é impossível prever o que vai acontecer daqui a cinco anos, o planejamento 2021/2025 está desenhado com objetivos muito claros do que precisa ser feito e de onde queremos chegar, trabalhando grandes eixos como a segurança, a fortaleza da Cresol enquanto instituição financeira, a valorização das competências técnicas que a estrutura da Cresol tem. O planejamento trabalha muito também as pessoas, afinal, é extremamente importante sermos valorizados nacionalmente como uma das melhores instituições financeiras cooperativas para trabalhar, isso é resultado de muitas ações e um trabalho de base forte para esse processo. Além disso, traz com grande destaque a tecnologia e as relações com o cooperado, muita competência técnica e muita sensibilidade com o cooperado. O nosso planejamento traz tudo isso para os próximos anos, mas eu quero destacar que existe uma tendência que as instituições financeiras fiquem muito parecidas no futuro, ou seja, todos oferecem produtos e serviços iguais, mas pra mim o que vai diferenciar a Cresol é ela fazer o tripé: sendo uma estrutura forte, consolidada e reconhecida, uma fortaleza financeira para o cooperado, ter seu quadro de colaboradores estruturado e ativos neste processo e, por fim, o cooperado, crescendo e desenvolvendo junto com a Cresol. Essa na minha visão será a diferença que fará o cooperado escolher vir para a Cresol

O que você considera como um dos grandes diferenciais da Cresol no Sistema Financeiro Nacional que trouxe ela até aqui e vai mantê-la nesse caminho?

Quando você faz ações em que o olho do funcionário enche de água quando fala de Cresol, isso tem uma competência, isso faz a diferença. Tudo o que eu trouxe aqui para que a Cresol tenha uma bom relacionamento com o quadro social, pra ela crescer e ter uma boa estratégia para o futuro, pensando no coletivo, a instituição precisa de pessoas apaixonadas e engajadas, e isso é, além apenas de uma remuneração, o prazer do pertencimento, de saber que você faz parte de algo maior e com um propósito claro. Sinto orgulho em dizer que se chegamos até aqui é porque na Cresol temos muitos profissionais bons, com visão estratégica e prática, capacitado e pronto para os desafios, pois quando falamos que queremos atingir uma meta e que o nosso foco é esse a estrutura toda está preparada e engajada para isso, e essa realidade é um dos nossos grandes diferenciais. Outro fator importante é que a Cresol não deve em nada para qualquer estrutura de banco, de fiscalização, de auditoria. Hoje as visitas desses órgãos são de rotina de trabalho, a nossa prática com o crédito é extremamente correta e transparente, e isso nos traz para a nossa fortaleza do crédito e o exercício diário dos nossos princípios.

Sobre a Cresol

Com 25 anos de história, a Cresol é hoje um sistema sólido que se destaca entre as principais cooperativas de crédito do Brasil. Recentemente, a Cresol chegou à marca de 600 mil famílias cooperadas espalhadas por 25 estados brasileiros. Cada cooperativa trabalha para o desenvolvimento econômico e social dos seus cooperados, proporcionando soluções financeiras com sensibilidade e eficiência para que todos realizem seus sonhos, propósitos e negócios.

Cresol Confederação
• 600 mil cooperados
• Presença em 25 estados
• 585 agências
• R$ 12,4 Bilhões em ativos
• R$ 1,4 Bilhão Patrimônio de Referência

 

Confiança cai em 26 dos 30 setores da indústria em janeiro

Índice recuou em relação a dezembro. Avançou nos setores de farmoquímicos e farmacêuticos e de produtos de madeira e ficou estável em máquinas e materiais elétricos e veículos automotores

Crédito: UnB Agência
Índice de Confiança do Empresarial Industrial, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra queda na confiança em 26 dos 30 setores da indústria pesquisados em janeiro deste ano, na comparação com dezembro de 2020. Apesar da queda, todos os setores seguem confiantes na economia e no futuro da empresa e nenhum rompeu a barreira dos 50 pontos. O ICEI varia entre 0 e 100 pontos, sendo que valores abaixo de 50 pontos indicam desconfiança e acima confiança. A CNI ouviu 2.298 empresas, sendo 888 pequeno, 851 médio e 559 de grande porte.

“Se compararmos o ICEI deste ano com janeiro de 2020, vamos ver uma queda ainda mais expressiva em alguns setores. Mas isso não significa que os empresários não estejam confiantes, porque eles estão. Mas no início do ano passado, essa confiança era excepcional. Havia uma expectativa de crescimento, mas veio a pandemia e todos conhecemos a história. Mas a confiança atual não é baixa, apesar de ter caído”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Os únicos setores em que a confiança avançou em janeiro foram o setor Produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que passou de 60 para 61,4 pontos, e o setor Produtos de madeira, subiu de 64,6 para 65,6 pontos). A confiança não mudou em dois setores: máquinas e materiais elétricos e veículos automotores.

Maiores quedas da confiança ocorreram no setor de equipamentos de transporte, que caiu 10 pontos, passando para 53,7 pontos, Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos, com menos seis pontos o ICEI do setor é de 58 pontos) e produtos de borracha, com menos 4,8 pontos, a confiança ficou em 61,4 pontos. É importante notar que nenhum desses setores passou a categoria de desconfiança, pois estão acima da linha de corte de 50 pontos.

 

Sem empresas, Brasil será incapaz de preservar Amazônia, diz Mourão

 


O vice-presidente Hamilton Mourão falou sobre oportunidades de financiamento para a floresta durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos

Apesar de ter responsabilidade majoritária na proteção da Amazônia, o Brasil só será capaz de salvar a floresta com ajuda internacional e apoio do setor privado. A afirmação foi feita pelo vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, nesta quarta-feira (27), durante painel do Fórum Econômico Mundial, cuja edição acontece nesta semana.

O painel “Financiamento para a transição da Amazônia para a bioeconomia sustentável” também contou com as presenças de Gustavo Montezano, presidente do BNDES; Candido Bracher, presidente do Itaú; Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale e Ivan Duque, presidente da Colômbia. A moderação foi da líder do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, Marisol Barillas.

Mourão criticou o descompasso entre o interesse internacional na preservação da Amazônia e o recebimento de recursos financeiros e técnicos para ações concretas de proteção do bioma. “Mesmo com o aumento no interesse sobre a situação da Amazônia tenha aumentado drasticamente, o mesmo não pode ser dito sobre a cooperação internacional técnica e financeira para a região”, disse.

Segundo ele, o setor privado tem papel fundamental na preservação da Amazônia, e o foco das empresas daqui em diante deve estar no potencial econômico do bioma e na bioeconomia – modelo que une a exploração ambiental com a conservação e a criação de empregos e valor social. “Sem a parceria com os setores públicos e privados e cooperação internacional, o Brasil será incapaz de atingir o objetivo principal de preservação da Amazônia.”

Durante o evento, Mourão repetiu por diversas vezes que o Brasil está comprometido com o desenvolvimento de políticas e leis que permitam o avanço da bioeconomia na Amazônia e com a proteção da floresta. O governante também reforçou que o Brasil irá liderar um painel da ONU sobre o setor energético, ainda em 2021, e relembrou a novo compromisso do país com o Acordo de Paris, que estabelece a neutralidade em carbono até 2060.

A atração de investidores privados e do setor empresarial é algo válido para o setor de energias renováveis, algo prioritário para o Brasil, segundo Mourão. O governante também afirma que o pagamento por serviços ambientais é vital para que haja “um contínuo trabalho para prevenir ilegalidades na região”.

Parte dessas irregularidades serão resolvidas com políticas direcionadas a regularização de terras e o pagamento por serviços ambientais. Para isso, o Ministério da Economia tem trabalhado no projeto “Amazônia Verde”, que pretende trazer mais investimentos privados para a região, ressaltou.

“2020 foi, sem dúvida, o ano mais desafiador da história recente. Não apenas para nossa população e economia, mas para o meio ambiente”, disse.

De acordo com Mourão, o governo brasileiro também voltará a negociar o Fundo Amazônia, projeto criado em 2008 em parceria com os governos da Noruega e Alemanha. “O Governo Federal continuará a mostrar comprometimento contínuo com a agenda sustentável, e com projetos promissores nessa área, e para isso, investimentos internacionais são vitais”.

Cooperação na América Latina

Ivan Duque, presidente da Colômbia, defendeu que a proteção da Amazônia vai além da exploração da bioeconomia, mas define o futuro do planeta em relação às mudanças climáticas. “Para valorizar, é preciso entender os problemas que a Amazônia enfrenta”, disse. Apesar de ter apenas 6% da mata no país, cerca de 35% do território colombiano é composto pela vegetação amazônica.

Há 2 anos, os sete países da América do Sul que compartilham a bacia criaram o Pacto de Letícia, que promove a preservação do bioma e seu reflorestamento e procura mitigar os danos das queimadas e desmatamento na região. O desafio agora, segundo Duque, é unir com eficiência a bioversidade a inovação e engajar o setor empresarial na criação de um mercado que priorize a proteção e acelere a implementação de um mercado de carbono.

Agro e transformação digital

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a transformação digital tem ocorrido muito rapidamente no Brasil e que o setor de agronegócios precisa estar inserido neste contexto de mudança. O País tem, segundo ela, um dos “mais vibrantes” ambientes de negócios, com mais de 2 mil agritechs – startups do agronegócio. O Brasil, afirmou a ministra, tem ampliado os investimentos nesta frente ao longo dos últimos anos.

“Os investimentos passaram de US$ 4 milhões em 2013 para mais de R$ 200 milhões em 2019. Temos mais de 2 mil agritechs trabalhando em diversas áreas, como rastreabilidade, e diversas tecnologias para entregar produtos mais sustentáveis e seguros”, disse a ministra da Agricultura, durante a edição virtual do Fórum Econômico Mundial de Davos.

De acordo com ela, a atuação do agronegócio brasileiro está debruçada em diretrizes claras, com cinco eixos: sustentabilidade, inovação aberta, biotecnologia, agregação de valor e agricultura digital.

Tereza Cristina participa nesta quarta-feira de painel virtual sobre a transformação de sistemas alimentares por meio da tecnologia e inovação, no âmbito do Fórum Econômico Mundial de Davos. Ela dividiu a arena digital com representantes de organizações internacionais ligadas à alimentação, dos governos da Índia e África do Sul e ainda de empresas privadas.

Tereza Cristina disse que a próxima década será marcada por “convergência digital e biológica”, principalmente, na agropecuária. “Inovação é imprescindível para adequar a agropecuária à realidade global e é o único vetor capaz de conciliar segurança alimentar e preservação ambiental”, disse a ministra.

Tereza Cristina também aproveitou a plateia digital e com participação global para evidenciar a importância da integração dos pequenos produtores no setor de agronegócios. Segundo ela, esse é o passaporte para manter o jovem no campo e impedir que a população fique tão envelhecida no meio rural. Destacou, ainda, a importância de ajudar as mulheres que trabalham no campo.