segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A agonia de Cuba

 

 

05 de agosto de 2013
Conteúdo: O Estado de S.Paulo

Por mais que se diga que houve avanços e mudanças importantes nos últimos tempos, Cuba continua a ser Cuba. Meio século de feroz ditadura comunista deveria ser suficiente para acabar com qualquer ilusão de flexibilização voluntária de um regime como o dos irmãos Castro. Somente os incautos, ou aqueles que ainda nutrem simpatias ideológicas por uma tirania que um dia foi apresentada como a "libertação da América Latina", são capazes de ver, na "transição" promovida por Raúl Castro, sinais de avanço democrático e de racionalidade econômica. Cuba é, na verdade, um país que agoniza, e as "mudanças" nada mais são do que uma demão de tinta na carcomida muralha erguida para esconder as verdadeiras condições dessa Ilha da Fantasia. Enquanto os gerontocratas castristas vão encenando sua farsa, milhares de cubanos abandonaram o país nos últimos tempos, no maior êxodo em 20 anos.

Dados do Escritório Nacional de Estatística e Informação de Cuba, publicados pelo jornal O Globo (1/8), indicam que 46.662 cubanos saíram definitivamente do país somente no ano passado. É o maior número desde a chamada "crise dos balseros" de 1994, quando Fidel Castro abriu as fronteiras de Cuba para revidar as medidas tomadas pelo governo americano contra a entrada de imigrantes ilegais cubanos. Na ocasião, cerca de 47 mil cubanos fugiram para os Estados Unidos, a maioria em frágeis balsas improvisadas.

O movimento verificado agora, no entanto, é cada vez menos atípico. Segundo o próprio órgão cubano, 39 mil cidadãos deixaram anualmente o país, em média, nos últimos cinco anos, fluxo que só encontra paralelo com os primeiros anos da revolução - com exceção de 1980, quando mais de 140 mil cubanos fugiram para os Estados Unidos em meio a uma grave crise econômica.

Um dos motivos para o aumento do êxodo é a redução das restrições de viagens para os cubanos. Agora, se tiverem dinheiro e visto de entrada no país de destino, os cubanos podem ficar até 24 meses no exterior sem necessidade de permissão de saída - e os Estados Unidos, após negociação com Cuba, anunciaram que a vigência do visto de turista para cubanos foi estendida de seis meses para cinco anos. Essas novidades, no entanto, não atenuam o fato de que Cuba segue sendo uma ditadura e, portanto, cidadãos cubanos cuja presença na ilha seja considerada de "interesse nacional" continuam sem poder emigrar. É a maneira castrista de impedir a fuga de cérebros ou a saída de dissidentes.

O movimento migratório, no entanto, parece irresistível, acentuando uma crise demográfica que ameaça o futuro imediato da ilha. A maior parte dos migrantes dos últimos anos é formada por jovens, segundo sugere o próprio escritório cubano de estatísticas, conforme publicou o jornal oficial Granma. Com eufemismos característicos das ditaduras, o órgão alerta para o acelerado envelhecimento da população, causado, entre outros fatores, pelo incremento da "migração externa", ressaltando que a "maior tendência" é o êxodo "entre os jovens". O governo cubano, diz o Granma, estima que essa situação irá perdurar ao menos até 2020, com consequências dramáticas.

No atual ritmo, em 20 anos Cuba terá 31% de sua população com mais de 60 anos, tornando-se o país mais envelhecido da América Latina, algo que trará problemas adicionais para a pobre economia da ilha, principalmente em relação à Previdência e à saúde. O crescimento da população cubana no ano passado foi negativo em 1,5%, graças a uma importante redução da taxa de fecundidade, queda que tende a se acentuar com a crescente falta de jovens no país.

Enquanto isso, o ditador Raúl Castro tenta seduzir os jovens dizendo que, um dia, o poder será deles, para "manter no alto as bandeiras da revolução e o socialismo". O problema é que os jovens a que Raúl se refere estão deixando Cuba aos milhares, ano após ano, justamente porque não suportam mais viver a mentira do "paraíso socialista", que encobre a falta de liberdade e a ruína econômica.

domingo, 4 de agosto de 2013

'Brasil está subordinado à Venezuela'

Senador que governou o Uruguai duas vezes critica o Brasil, a quem acusa de ter ciúme do México e não ser um líder de fato

04 de agosto de 2013 | 2h 02

ASSUNÇÃO - O Estado de S.Paulo
 
 
O ex-presidente uruguaio e senador Julio María Sanguinetti (1985-1990 e 1995-2000), entrevistado pelo jornal paraguaio ABC Color, afirmou na quinta-feira que o Paraguai deve retornar ao Mercosul, mas antes disso o órgão deve voltar às suas origens como rampa de lançamento para o mundo e não um "espartilho que nos amarra". 

O político uruguaio criticou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Sobre a líder brasileira, disse que o governo dela está "subordinado aos ímpetos da Venezuela". Os principais trechos da entrevista: 

Dentro de alguns dias deve assumir o novo governo eleito do Paraguai. Qual a sua avaliação do processo político paraguaio?

O Paraguai está no bom caminho. A crise envolvendo o presidente Fernando Lugo foi administrada dentro das normas constitucionais e esse foi um sintoma de amadurecimento político. Infelizmente isso não foi compreendido dentro do Mercosul, que agiu à margem do direito, como afirmou o próprio presidente José Mujica. Ele reconheceu expressamente isso ao afirmar que, em Mendoza, "o político superou amplamente o jurídico". 

Agora há um retorno do Partido Colorado, que obteve um triunfo cabal. O mais importante é o presidente (Horacio) Cartes consolidar uma maioria e, desta maneira, preservar uma estabilidade que permitirá ao Paraguai dar um salto qualitativo. Há uma expectativa positiva na região e mais além. Virão investimentos e com eles a modernização do país e mais trabalho. O essencial é que a política não prejudique a economia.
Por que o senhor acha que surgiu um Hugo Chávez na Venezuela e o bolivarianismo se propagou para alguns países da região?

Nossa região viveu a partir de 2003 uma fase de bonança única, com preços internacionais que do ponto de vista fiscal enriqueceram os Estados. Os períodos de prosperidades às vezes têm esse filho espúrio, o populismo, que nasce com essa bonança. Ele se alimenta da nostalgia dos tempos em que todos desfrutavam. Assim nasceu o peronismo e assim nascerão todos os populismos.

O senhor vê algo positivo no Socialismo do Século 21?
Não é uma doutrina. Apenas um discurso autoritário de um antiamericanismo anacrônico que divide as sociedades, as inflama e abre caminho para o autoritarismo. 

Quais são os aspectos mais negativos? 

A restrição da liberdade de imprensa e a violação do princípio da separação dos poderes. Essas são as bases da democracia que os populismos atacam em primeiro lugar. 

O senhor acha que o processo bolivariano está consolidado e vai perdurar sem Hugo Chávez? 

A última eleição na Venezuela mostrou uma oposição vigorosa apoiando Henrique Capriles. Hoje nada se assemelha aos tempos de Chávez, e assim como Chávez não foi Lula nem Dilma, Nicolás Maduro tampouco é Chávez. O desastre econômico da Venezuela, por outro lado, também abrirá muitos olhos. 

Qual deveria ser a atitude de Horacio Cartes diante da violação do direito e o menosprezo pela dignidade paraguaia por parte de seus parceiros do Mercosul em Mendoza?

O presidente Cartes tem agido, até hoje, com dignidade. Não foi ao Brasil, mesmo com seu desejo de encontrar-se com o papa Francisco. Anunciou que não terá nenhuma atuação no Mercosul sob a presidência da Venezuela, o que é mais lógico. Se foi arrogante e ilícito suspender o Paraguai, não é menos (arrogante) ratificar a presidência da Venezuela, justamente com um presidente que, como ministro do Exterior, esteve no Paraguai incentivando um golpe militar. O que ocorreria se esse mesmo comportamento fosse adotado por um secretário de Estado americano ou, ainda, um ministro do Exterior argentino? Confio e desejo que o Paraguai volte a ser um parceiro ativo no Mercosul, para defender um pacto que não continue traindo os valores estabelecidos quando da sua fundação. 

O senhor acredita que a crise do Mercosul é temporária?


 O Mercosul poderia desaparecer? O Mercosul sobrevive, como sobrevivem todas as instituições internacionais que, depois de criadas, criam mecanismos para se sustentar. Mas hoje o Mercosul já não é o que construímos. Não existe uma liberdade comercial efetiva, não há uma coordenação macroeconômica, nem as sentenças emitidas pelo Judiciário são aceitas. Sua crise é muito profunda, mas a ideia continua válida. É incrível que estejamos marginalizando o Paraguai e aceitando o Suriname e a Guiana como parceiros. O mesmo ocorre com a Unasul, que abriga países alheios à nossa cultura e, por outro lado, deixa de fora o México, uma potência que se compara ao Brasil. 

Um país como o Paraguai poderia avançar à margem do Mercosul?

Pessoalmente acho que o Paraguai, dentro das simples normas comerciais da Organização Mundial do Comércio (OMC), poderia continuar crescendo como ocorre hoje, e até buscar melhores horizontes para se expandir. Acho que o Uruguai está nesta mesma situação. Mas na minha opinião tem sentido continuar no Mercosul se conseguirmos condições de flexibilidade para manter acordos comerciais fora dele, como fez o Uruguai com o México, por exemplo. Essa seria uma orientação política fundamental. O Mercosul deve ser uma rampa de lançamento para o mundo e não um espartilho que nos amarra. 

Se o senhor fosse presidente do Uruguai, o que faria em favor do Paraguai neste momento e nestas circunstâncias?

Não me coloco nessa posição, mas digo que os outros três países do Mercosul, incluindo o nosso, demonstram amplamente solidariedade com o Paraguai no seu processo de democratização, desde que iniciado pelo general Andrés Rodriguez, em cuja palavra acreditamos na época, felizmente, o que abriu um caminho valioso. Deveríamos hoje retomar essa orientação e respeitar o Paraguai. Não é possível que o Brasil acabe sempre subordinado aos ímpetos da Venezuela. Infelizmente é o que ocorre. 

O que o Uruguai fez bem na última década que seria recomendável ao Paraguai?

O Uruguai retrocedeu na educação, segurança pública e na integração social. Mas conservou a mesma linha econômica, respeitando a economia de mercado e os equilíbrios macroeconômicos. Meu país e mesmo alguns setores da esquerda aprenderam essa lição: não há preço para a estabilidade política e a continuidade econômica, que dão segurança ao investidor, estrangeiro ou nacional. E uma economia forte é o único caminho para lutar seriamente contra a pobreza, a partir de uma educação popular que consiga inserir a nova geração no mundo global da sociedade do conhecimento, para o qual a maioria hoje não está preparada. 

O senhor não acha que há uma competição entre Estados Unidos e o Brasil pela liderança na América Latina e o Caribe? 

Hoje, de maneira nenhuma. Os Estados Unidos não estão numa disputa dessa natureza. O Brasil pretende assumir um papel mais universal, mas fracassa no Mercosul, fracassa na Unasul e, não obstante sua relevância, não tem uma liderança de fato. Seus ciúmes do México tem apequenado o País. Digo tudo isso com pesar, porque a região necessita de um Brasil vigoroso e compreensivo. 

Socialismo do século 21, o Mercosul, Aliança do Pacífico, Brasil, Argentina, México, Estados Unidos, Europa, China, qual a sua visão geopolítica da região e do mundo nos próximos anos? 

Hoje estamos fora do jogo. Os países do Pacífico avançam entre si e avançam para a Ásia. Os Estados Unidos estão em recuperação e continuam a potência de sempre, já não dominante, mas participando na frente asiática e aproximando-se também de uma Europa em crise, que, mesmo debilitada, continua economicamente um bloco maior. Permanecendo na periferia não vamos nos fortalecer. Estamos aqui, fechados, olhando como os grandes blocos se associam e nós, mergulhados em batalhas de pequenas aldeias. O Mercosul está em crise e isso é admitido até pelos líderes do governo uruguaio atual. 

O senhor parece muito crítico do Brasil. Por quê? 

Paraguaios e uruguaios, somos "brasileirólogos" ontológicos, ou seja, o Brasil é parte da nossa razão de ser. Um Brasil grande e respeitoso, um Brasil a la Barão de Rio Branco é importante para todos nós. Infelizmente, hoje o País não vem agindo assim e nossos governos teriam de encontrar um modo de superar esta situação. O Brasil é fundamental, mas arrastado pela retórica venezuelana e isolado do México, não age à altura do seu peso específico e da qualidade dos seus governantes. Tomara que possamos fazer com que ele entenda isso, para toda a região se inserir num mundo globalizado. 

/ TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

Governo não eleva tarifas de importação para reduzir custos da indústria


 





O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira que o governo decidiu não renovar o aumento das tarifas de importação de cem itens para reduzir os custos da indústria de transformação. 

O objetivo é diminuir a pressão sobre a inflação, disse Mantega.As alíquotas maiores, que variam conforme o produto, foram definidas no ano passado e têm validade até o fim de setembro.A maioria dos produtos são insumos, como aço, químicos e vidros."Temos um dólar mais valorizado e não faz sentido manter o imposto elevado", afirmou Mantega. "A indústria se fortaleceu no país e pode enfrentar a concorrência maior", acrescentou.   
 
O governo decidiu antecipar o anúncio da medida para ajudar na formação das expectativas de inflação que, apesar de dar sinais de melhora, ainda continua em patamares elevados. Assim, apesar de o imposto permanecer em patamar elevado por mais dois meses, o setor produtivo já fica informado de que ele será reduzido.
 
 Em setembro do ano passado, o governo anunciou a elevação da alíquota do Imposto de Importação de 100 produtos, incluindo siderúrgicos e petroquímicos, a fim de estimular o setor industrial a enfrentar a concorrência dos produtos estrangeiros. Naquele momento, as alíquotas foram elevadas para, em média, 25%.  Fontes: Agência Brail, MDIC e Ministério da Fazenda

Secex abre consulta pública sobre digitalização de processos de defesa comercial


 
Foi publicada nesta sexta-feira (2/8), no Diário Oficial da União, a Circular nº 44/2013 da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que abre consulta pública, pelo prazo de quarenta dias, sobre a regulamentação dos processos eletrônicos no Sistema Digital do Departamento de Defesa Comercial do MDIC (Decom Digital). 

Com o novo sistema, o acesso aos autos dos processos poderá ser feito remotamente pelos usuários (partes interessadas) a qualquer momento, em ambiente digital seguro.

Além disso, será possível submeter documentos eletronicamente, sem que haja risco à confidencialidade.

As petições passarão também a serem elaboradas e submetidas virtualmente, com suporte probatório documental. 

O sistema de informatização dos processos de defesa comercial trará maior transparência à condução das investigações realizadas pelo Decom e reduzirá custos para os envolvidos, já que documentos impressos serão substituídos por eletrônicos, eliminando despesas com impressão, papel, cópias, arquivos, correspondências, viagens, entre outras. 

As sugestões sobre a regulamentação do Decom Digital devem ser encaminhadas para o e-mail: consultasdecomdigital@mdic.gov.br.
No campo ‘assunto’, deverá constar, obrigatoriamente, ‘Consulta Pública – DECOM Digital’.

O conteúdo da mensagem também deverá indicar, claramente, o nome do proponente, o endereço e o telefone, além de informações sobre órgãos, entidades ou empresas que represente. Não serão consideradas mensagens anônimas.

Fonte: Mdic
 

 

 

Estrangeiros no Brasil têm pós e falam dois idiomas; maioria deles é europeia



 
 
A maioria dos estrangeiros que vieram trabalhar no Brasil tem curso superior e fala dois idiomas. Esse é um dos resultados de uma pesquisa da Vagas Tecnologia, empresa de consultoria e informatização da gestão de processos seletivos. 
 
Entre os imigrantes, 57% têm pós-graduação.O levantamento foi feito em maio com 7677 currículos no site vagas.com.br. 
 
O site, que é usado para buscar vagas, apontou que 27% dos estrangeiros estão desempregados.Desses, 65% são homens e 35% mulheres e a maior parte (59%) tem entre 25 e 40 anos. Além dos 27% que se declararam desempregados, 11% não explicitaram se estão trabalhando. Ou seja, a taxa pode ser ainda maior.
 
A Europa é a origem de 45% deles. Há 32% de sul-americanos.O restante se divide em América do Norte (7%), asiáticos e africanos (6% cada) e América Central (4%).E, segundo o levantamento, eles aceitariam trabalhar em uma ocupação que não exige a formação deles. Entre os que já estão em posição de média e alta gestão, quase um terço (27%) aceitaria um cargo inferior.

Fonte: Vagas Tecnologia
 

Multi de equipamento submarino para petróleo e gás vai gerar 500 empregos no Rio


 
A empresa americana Oil States, que atua no setor de petróleo e gás, irá instalar fábrica em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, gerando 500 empregos diretos e 1,5 mil indiretos. Com investimento de US$ 70 milhões, a unidade ocupará uma área de 126 mil metros quadrados no Distrito Industrial da Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial), em Santa Cruz. O empreendimento produzirá equipamentos submarinos para produção de petróleo offshore.

A empresa se beneficiará da proximidade com o Arco Metropolitano, para distribuir sua produção, que começará em 2016. No país, são previstos investimentos de cerca de US$ 100 bilhões até 2020 em equipamentos submarinos. A Secretaria de Desenvolvimento .

Econômico dispõe de mecanismos de atração de negócios. Entre eles estão a concessão de incentivos; a disponibilização de áreas para novos empreendimentos; infraestrutura, através da Codin; capacitação de mão de obra especializada, em parceria com a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro); e a oferta de financiamentos, por meio da AgeRio (Agência de Fomento do Estado).

Diversos eventos e reuniões têm ocorrido para a modelagem do cluster do setor no estado. Além de ter participado da Underwater Technology Conference (UTC) 2013, em Bergen, na Noruega, e da OTC 2013, em Houston, nos Estados Unidos, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico tem recebido diplomatas de países-referência e coordenado encontros com empresas do setor. 

Outra iniciativa foi uma reunião, na Petrobras, com cerca de 15 representantes das principais empresas fabricantes de equipamentos e fornecedores. - No Estado do Rio Janeiro, atualmente, temos em carteira diversas empresas fabricantes de equipamentos do setor de óleo e gás em implantação, somando mais de R$ 1,6 bilhão em investimentos e que irão gerar cerca de 1,6 mil empregos diretos. Além disso, já identificamos gargalos na cadeia de fornecimento e estamos trabalhando para atração de negócios nestas áreas - disse o subsecretário de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial, Marcelo Vertis.

Fonte: ImprensaRJ
 


 

Chineses tem 44 empresas com 60 projetos e investimentos de US$ 24,4 billhões no Brasil



 
 
Em parceria com o Governo do Estado do Rio, o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) promoveu, nesta sexta-feira (2/8), um painel no Palácio Guanabara para divulgar seu recente estudo "Investimentos Chineses no Brasil: 2007-2012". O levantamento dos últimos anos identificou 60 projetos de 44 empresas de capital chinês, resultando em US$ 24,4 bilhões de investimentos. 
 
 O subsecretário fluminense de Relações Internacionais, Pedro Spadale, destacou que o país vive uma nova tendência no relacionamento econômico com a China e que os chineses deixaram de se interessar apenas pelas matérias-primas brasileiras e passam a buscar oportunidades em infraestrutura.  "Até 2006, a relação era mais de comércio, com interesse por matéria-prima. 
 
Desde 2007, vemos que estão focados em investir, acessar nosso mercado e se estabelecer no Brasil. Apenas no Rio, temos empresas chinesas de energias e petrolíferas, por exemplo. Em breve, teremos uma fábrica de ônibus e caminhões que já manifestou o interesse de se instalar no Estado", afirmou Spadale.  
 
O objetivo da CEBC foi promover subsídios para parcerias empresariais e contribuir para a formulação de políticas que aprimorem o intercâmbio econômico. Além de apresentação dos resultados da pesquisa, empresas chinesas que já se instalaram no Brasil explanaram sobre suas experiências.  O economista e consultor do CEBC, Claudio Frischtak, conduziu o painel com a participação o Embaixador Sergio Amaral, presidente do conselho, e do Embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang.