quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Quer entender o consumo? Estude a cultura!

Por que fogão no Brasil tem tampa? Você gosta de catchup na pizza? Qual a cor preferida das crianças? Entenda como fatores culturais influenciam decisões de consumo e por que toda marca precisa compreender isso

Marcos Hiller, Compartilhar33 
 
 
Reprodução
 
A Unilever, por exemplo, trabalha suas marcas de sorvete de maneira particular em cada país. Com as aquisições, o tradicional coração é absorvido, mas os nomes originais são mantidos



Só no Brasil fogão tem tampa. No sul do Brasil, uma parcela da população come pizza com maionese. No Rio de Janeiro, se tem o hábito de colocar catchup na pizza. Peça catchup numa pizzaria tradicional da cidade de São Paulo para você ver a olhada de repressão que o garçom te dará. 

Em algumas regiões do Nordeste se tem o costume de comer catchup no meio do feijão com arroz. Só no Brasil, alguns carros modelo SUV, como a EcoSport, por exemplo, possuem aquele pneu do step afixado na traseira do veículo à mostra para os demais motoristas da rua verem e, geralmente, envolvidos com capas estilizadas ou até personalizadas.

Só no Brasil máquina de lavar tem a abertura na parte superior e, geralmente com tampa de vidro, para a dona de casa brasileira poder ver a roupa revirando pra lá e pra cá, limpando e lavando. Há quem diga que uma parcela de pessoas que usam dentadura no estado de Mato Grosso do Sul tem o costume de colocar aparelho dentário na dentadura, justamente para que o fato de possuir aparelho tente negar a existência de uma prótese dentária. No Brasil, a cor do luto é o preto e no Japão a cor do luto é o branco (vi isso outro dia numa cena de funeral em um dos filmes do Bruce Lee).

Todos esses fatos, por mais esquisitos e até mesmo pitorescos que possam parecer, se dão fortemente por conta de um elemento chamado cultura. Estudar marketing, comunicação, branding e práticas do consumo em geral nos requer cada vez mais, na contemporaneidade, que compreendamos a cultura do consumidor. E o que é a cultura? Nada mais é do que esse acervo de conhecimentos que modela e modula boa parte das relações entre as pessoas. Cultura é aquele elemento central formado por uma mistura de questões sociais, econômicas, políticas de um determinado grupo.

É na cultura onde encontramos as respostas mais profundas para desafios e dilemas do processo de marketing hoje em dia. Ferramentas mercadológicas, teoremas de Paretto, cinco forças de Porter, teorias de estratégia competitiva, os exaustivos quatro “pês” de marketing, entre outros modelos são fundamentais para entender os processos de marketing e consumo em dia? Acho que sim. Mas quer compreender um pouco mais a fundo as verdadeiras motivações, desejos e comportamentos das pessoas? Vá estudar a cultura. Tire o snorkel e coloque o tubo de oxigênio. Mergulhe. E nada melhor do que se ancorar em outras áreas do conhecimento.

Vamos com outro exemplo! Recentemente um amigo que trabalha na área de pesquisa de mercado da Kibon/Unilever me disse que fizeram algumas seções de pesquisa, por meio da técnica de grupo focal (ou focus group, como habitualmente se fala no mercado), com grupos de crianças para se detectar novas cores de picolé que a Kibon deveria lançar no Brasil. E após as discussões com a criançada, quais foram as cores preferidas? Rosa? Laranja? Vermelho? Verde? Amarelo? Azul? Quem respondeu alguma dessas, errou. A cor favorita da molecada foi o preto. Sim, um picolé de cor preta. Absolutamente imprevisível e inusitado. E se lançarmos um picolé preto seria um tremendo sucesso? Eu não apostaria nisso. E justamente por isso que esse negócio chamado pesquisa é tão fascinante.

Mas por que o preto? Confesso que não sei a razão exata. Precisaria me aprofundar um pouco mais para encontrar respostas críveis. Mas acredito que a razão do porquê o preto foi a cor vencedora não esteja no marketing, mas sim na antropologia, na sociologia, na psicologia, na semiótica. No chamado Neuromarketing talvez? Eu acho que também não. Aliás, não quero soar como uma percepção leviana, mas eu acho que misturar Marketing com Medicina é forçar um pouco a barra. Pra mim, mergulhar nas ciências sociais e ler autores como Nestor Garcia Canclini, Jesus Martín Barbero, Gilles Lipovetsky, Gisela Castro, Rose de Melo Rocha e Maria Aparecida Baccega tem me dado respostas bastante lúcidas para todos esses dilemas e complexidades das relações entre pessoas e marcas. Aliás, estudar mais a fundo o porquê de o preto ter sido a cor favorita das crianças na pesquisa talvez nos traga evidências sobre por que a meninas piram hoje em dia nessas bonecas vestidas de vampiras e monstros. Isso particularmente me inquieta.

Muito de minha visão nesse despretensioso texto é fruto de um curso de mestrado que estou para concluir hoje na ESPM/SP na área de comunicação e práticas do consumo. Estudamos o consumo não como consumismo, não como uma mera relação de troca entre bens e valores monetários. Discutimos o consumo não à luz de teorias clássicas de comportamento do consumidor, como a de Abraham Maslow e tantos outros. Pensamos o consumo como uma apropriação social, sinérgica e simbólica. Consumir hoje em dia é estar na sociedade. Consumir é se inscrever em algo. Consumimos o tempo todo, desde um maço de cigarros que compramos na esquina até mesmo uma lata de Coca-Cola que seguramos na mão ou uma telenovela a que assistimos. Consumimos sempre. Negar o consumo é negar que vivemos em sociedade.

Ah, por que diabos só no Brasil fogão tem tampa? Oras, por conta de uma questão cultural. Mais que isso: para a dona de casa brasileira, e só para a brasileira, por mais que a cozinha não esteja com aquele brilho impecável, o ato sígnico de se abaixar uma tampa de fogão significa: “Pronto! Missão cumprida! Posso curtir minha novela e meu maridão”.

Pré-sal: Revista alemã diz que consórcio ganhou “tesouro por uma pechincha”


24 de outubro de 2013

Foto Divulgacao Petrobras

Brasília – A revista alemã Der Spiegel, em artigo publicado no seu site, disse que, como apenas o consórcio vencedor do Leilão de Libra apresentou proposta, “sem competidores, eles ganharam um tesouro por uma pechincha”.

Ao criticar a forma como se deu a realização do leilão do pré-sal, a publicação destaca ainda que que a exploração do petróleo catapulta o Brasil ao grupo dos grandes produtores do petróleo e sublinha o peso político global da “superpotência sul-americana”.

Para o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), publicação foi precisa: “O que houve foi uma ação desmedida que poderia ter sido evitada. Era possível promover um leilão, com concorrentes, de forma mais bem avaliada e com aproveitamento melhor das nossas reservas e gerando mais benefícios econômicos”, reiterou.

O parlamentar se mostrou inconformado com a condução do processo.

E lamentou: “Trata-se da maior privatização, de um bem natural, já feita no Brasil. Será danoso aos brasileiros. De uma só vez leilou-se cerca da metade das reservas de petróleo do país.”


Para The Economist, leilão do pré-sal 'foi uma decepção

 
 


Apesar das críticas, a reportagem reconhece que as perspectivas de extração dos campos nos próximos 35 anos "são tão vastas que os riscos de exploração são bem baixos"





Agência Estado

Publicação: 24/10/2013 14:13 Atualização: 24/10/2013 14:31
 


A revista britânica The Economist publica na edição que chega este fim de semana às bancas reportagem sobre o primeiro leilão para exploração do pré-sal. Com o título "Preço barato", a reportagem diz que a presença de apenas uma proposta para os campos de exploração de petróleo mostra "a fraqueza da abordagem liderada pelo governo para desenvolver as reservas". Para a revista, o resultado do leilão "foi uma decepção".

Na reportagem, a revista diz que a "a presença da Shell e da Total no consórcio vencedor permitiu que o governo declarasse o leilão como um sucesso". Apesar disso, a publicação discorda. "Enquanto o governo esperava mais de 40 empresas interessadas, apenas 11 se registraram no leilão", lembra o texto. "E, apesar de ter esperado pelo menos a oferta de seis consórcios, só foi feita uma proposta e com o valor mínimo exigido", diz a reportagem.

"A falta de competição foi uma decepção após a euforia de seis anos atrás quando o presidente da época, Luiz Inácio Lula da Silva, descreveu o pré-sal como um 'bilhete de loteria premiado'", diz o texto. Para a revista, uma das causas dessa falta de interesse foi a demora do governo em oferecer os campos. "Durante a longa espera, enquanto as regras do leilão foram reescritas e os governos discutiam como dividir os eventuais recursos, o xisto retirou do pré-sal o título de perspectiva energética mais emocionante do mundo.

A maioria do interesse privado desapareceu", completa a reportagem, que destaca a ausência das gigantes BG, BP, Chevron e Exxon. Apesar das críticas, a reportagem reconhece que as perspectivas de extração dos campos nos próximos 35 anos "são tão vastas que os riscos de exploração são bem baixos".

Bancos mandam executivos estudarem

 

 


Pergunte a pessoas de fora do setor de serviços financeiros o que os banqueiros vêm fazendo nos últimos anos e provavelmente terá uma resposta impublicável.
 
Pergunte aos próprios banqueiros e eles responderão: treinamento. Na esteira da crise financeira e de uma série de escândalos e danos a reputações, todos os 98 mil funcionários do Deutsche Bank, cerca de 13 mil banqueiros seniores do Goldman Sachs e 140 mil funcionários do Barclays foram, ou estão sendo, encaminhados para programas destinados a reforçar seus códigos, valores, comportamentos e culturas corporativas positivas.

Câmara de Comércio Exterior aprova 110 ex-tarifários



Foram publicadas hoje (23), no Diário Oficial da União, duas novas Resoluções Camex que reduzem o Imposto de Importação para 110 ex-tarifários, sendo 108 novos e 2 renovações. A Resolução Camex n°89 reduz de 14% para 2% as alíquotas para compras externas de 109 bens de capital. São 108 novos ex-tarifários e uma renovação. Já a Resolução Camex n°88 concede renovação para um item da categoria de bens de informática e telecomunicação, com redução de alíquota de 16% para 2%. Com as duas novas Resoluções Camex, o número de ex-tarifários concedidos em 2013 chega a 2.318.

Os investimentos globais vinculados aos projetos onde serão utilizados os 110 produtos com redução de tarifas são de US$ 449,959 milhões e os principais setores contemplados são o alimentício (19,48%),o de logística (15,83%),o de mineração (12,08%),o de plásticos (10%),a agroindústria (8,26%), o setor de bens de capital (7,41%), o metalúrgico (7,05%) e o setor de construção civil (5,13%). Já os valores relativos aos investimentos diretos em importação de máquinas e equipamentos chegam a US$ 133 milhões. As máquinas e equipamentos com redução de alíquotas virão, principalmente, da Alemanha (29,34%); do Japão (18,19%); da Itália (16,23%); dos Estados Unidos (11,73%) e da Suíça (9,98%).


Serão contemplados projetos como a construção de uma fábrica para processar produtos derivados de cacau, em Arroio do Meio- RS; a construção de um centro de distribuição para atender o comércio eletrônico, em Barueri-SP; o aumento da capacidade de produção de compostos de polipropileno, em Itatiba-SP; investimentos na produção de diamantes do tipo gema, para a indústria joalheira, em Nordestina-BA; a implantação de uma unidade de extração de óleo vegetal e deslintamento de caroço de algodão, em Campo Novo do Parecis-MT; a duplicação da capacidade de produção de peças fundidas em ferro para indústria automotiva, em Mogi Mirim-SP; a melhoria da infraestrutura de produção na área de embalagem de medicamentos, em Taboão da Serra-SP; e o aumento da produção de cilindros de laminar para eixos de transmissão para veículos, em Caxias do Sul-RS.

 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

GESTÃO AMBIENTAL DA VIOLÊNCIA URBANA





 



Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro


"A certeza moral revela o comportamento do tirano" (AFPP)

Há anos tenho combatido o biocentrismo fascista, praga que assola a militância e a burocracia ambiental brasileira e contamina corações e mentes de técnicos, promotores e juízes em nosso território.

O biocentrismo é uma droga que torna insensíveis os indivíduos que a consomem – um verdadeiro “alucinógeno” social que os deixa embevecidos com a ilusão de praticarem um bem para um mundo utópico, preservado, porém desprovido de gente…

Esse posicionamento imbecilizante torna praticamente insuportável a convivência democrática entre partes e operadores do direito e impede a busca por JUSTIÇA na resolução dos conflitos humanos, decorrentes da aplicação da Lei face à dura realidade brasileira.

“Ambientalistas”, “jus ambientalistas”, “sonháticos” e “eco burocratas” são acometidos de autismo social, cujo efeito é a distorção do sentido hermenêutico e exegético da norma legal ambiental (ou seja, o cenário contextualizado da norma e o escopo social desta).

O fenômeno da distorção ideocrática da norma pelo autismo social do biocentrismo, destrói  o conceito jurídico de “Ambiente Ecologicamente Equilibrado”, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida que devemos proteger para as presentes e futuras gerações (como reza nossa Constituição Federal).

De fato, todo equilíbrio é DINÂMICO – está inserido no complexo PROCESSO DE INTERAÇÃO da atividade antrópica face aos recursos naturais e artificiais por ela consumidos, impactados ou modificados.

O patrimônio legal tutelado constitui-se de dinâmicos e complexos processos de interação. Esse patrimônio não se confunde com um meio ambiente idílico, um processo ecológico visto isoladamente, um ambiente segregado do mundo tecnológico que o cerca, um quadro bucólico pintado academicamente – pregado na parede da sala de trabalho do promotor de justiça. Muito menos se confunde esse patrimônio com o aquário mantido a custo de energia e esforço humano – confundido como equilíbrio biológico pelo visitante que o observa, numa recepção de um escritório qualquer.

Assim como os dinossauros já dominaram o mundo, por milhões de anos, inexoravelmente, por ação antrópica, cósmica, geomórfica, química ou biológica, o ambiente que hoje presenciamos também desaparecerá – é da vida, é da física, estejam elas onde estiverem…

O que nos compete é buscar, uma melhor qualidade de vida para todos nós – humanos, pois não fazemos e nem pretendemos fazer leis para a natureza em que estamos inseridos - isso é tarefa sobre-humana, é prerrogativa de Deus.

A Organização das Nações Unidas, em todas as declarações de princípios estatuídas sobre a causa ambiental, sempre asseverou sua preocupação humanista com a questão, ainda que objetivasse pontualmente a preservação de espécies, da biodiversidade ou da conservação de matas.

Biocentristas costumam propositadamente confundir o viés humanista estatuído pela ONU com o que entendem ser um famigerado “antropocentrismo”, intentando datar e estigmatizar o humanismo desenvolvimentista, construindo a partir daí falsa polêmica.
Na verdade, não há como excluir preservação das espécies e conservação da natureza da busca pelo Desenvolvimento Sustentável. Também, não há Desenvolvimento Sustentável sem humanismo e Democracia.

Nisso reside a ruína do biocentrismo: desprezar a diversidade de ideias e posicionamentos humanos e não reconhecer o pluralismo democrático como esteio para a resolução dos conflitos.

Vem daí a ação nefasta de grupos organizados que corroem diuturnamente as bases do desenvolvimento econômico e social brasileiro, impedindo melhorias essenciais na infraestrutura do país, alterações urbanísticas que permitam a mobilidade e a regularização fundiária nas cidades e, principalmente, ações que efetivamente reduzam a violência.

A crise do apagão na Índia, em 2012,  serve como exemplo para demonstrar que, se dependesse de nossos biocentristas, estaríamos em situação similar. De fato, o atraso absurdo na composição da nova estrutura projetada para a geração de energia nacional, se deve em grande parte às indefinições de ordem ambiental, provocadas pela infestação de preocupações biocêntricas no bojo da nossa Administração Pública.

O conflito provocado pela insistência de organizações indígenas, Ministério Público e FUNAI, por exemplo, em desobedecer ao entendimento constitucional já estatuído pelo próprio Supremo Tribunal Federal, a pretexto de “preservar Nações Indígenas” (em evidente desrespeito à doutrina de Rondon), fere o princípio do respeito às terras tradicionalmente ocupadas (e, contrario sensu, o respeito à propriedade já consolidada e constituída em terras “pretendidas”, embora não ocupadas). Ainda que neguem seus protagonistas, o movimento atenta contra a própria soberania nacional e constitui outra faceta perversa desta moeda biocentrista.

O fato é que o exemplo acima em nada ajuda à causa indigenista e apenas expõe populações indígenas à violência,  tudo a troco de verbas e ingerências internacionais – cujas motivações muitas vezes são inconfessáveis.

No campo da produção agrícola, verificou-se uma batalha intensa, a partir da famigerada Medida Provisória de 2001, que desfigurou completamente o Código Florestal, levando o Congresso Nacional a tentar pôr as coisas em ordem, no que se vê, agora, combatido por hordas de Biocentristas pouco interessadas em resolver o conflito e, sim, preocupadas em incendiar o agronegócio brasileiro, favorecendo interesses internacionais de grande monta, em desfavor de nossa economia – simples assim.

Por fim, nas cidades brasileiras é que o biocentrismo leviano e fascista provoca os maiores danos.

O maior exemplo vem do combate sistemático dos biocentristas a administradores urbanos. Com efeito, após doze anos de luta intensa no Congresso Nacional e mais doze anos de busca por sua implementação, ainda observamos o Estatuto da Cidade engatinhar, pulverizado por conflitos judiciais e administrativos de toda ordem, querelas mesquinhas e disputas por “incompetências” concorrentes e comuns, advindos de interpretações histriônicas e desprovidas de qualquer sensibilidade social. O efeito é a obstrução da autonomia municipal para gerir o meio ambiente urbano, regularizar ocupações em áreas ambientalmente sensíveis, instituir programas habitacionais, rasgar ruas e avenidas, retificar cursos d´água, implantar aparelhos urbanos essenciais, alterar modais logísticos, ou mesmo operar melhorias para combater a degradação social e humana.

O resultado da causa biocentrista urbanoide está na corrupção endêmica, ocasionada principalmente pela falta de diretrizes claras, objetivas e aplicáveis no planejamento urbano. A febre legiferante ambientalista pereniza a venda de facilidades, por criar contínuas dificuldades, atrapalhar o desenvolvimento de atividades de toda ordem e burocratizar ao máximo a vida do cidadão comum.


A judicialização dos conflitos administrativos urbanos deforma o equilíbrio dos Poderes da República, transfere a vontade política para o judiciário e, com isso, despreza absolutamente a vontade e a soberania popular. Estamos, graças aos Quixotes biocentristas de plantão, prestando um excelente desserviço à causa do Desenvolvimento Sustentável.

É hora de repensarmos tudo isso…


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Brasil apresenta documento a FMI sobre cálculo da dívida

Por Altamiro Silva Júnior, enviado especial
 
O Brasil começará nesta quinta-feira, 24, uma série de reuniões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e vai apresentar um documento técnico em que defende mudanças no cálculo da sua dívida bruta. Os encontros terminam na sexta-feira, 25, mas não devem trazer novidades ainda, de acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, que está em Washington para participar das conversas.
 
Após as reuniões desta semana, o FMI deve avaliar o documento brasileiro por algum tempo e Holland disse que uma nova rodada de reuniões será marcada. "O Fundo superestima nossa dívida bruta", disse a jornalistas, destacando que isso pode comprometer a percepção sobre a situação fiscal do País.

O documento que o Ministério da Fazenda vai apresentar nas reuniões, segundo Holland, mostra que a metodologia de cálculo do Brasil é mais consistente. "Nosso conceito de dívida é muito mais sensível aos esforços fiscais que são feitos." A dívida bruta é um indicador de solvência formado pela soma de todos os passivos do governo e de empresas estatais e é um dos mais observados por analistas internacionais para avaliar a situação das contas públicas de um país.

Pelo critério do Brasil, a dívida pública é de 59,3%, mas pelo do FMI, o País deve terminar o ano com uma dívida de 68,3%, nível mais alto nos mercados emergentes. A diferença é que o FMI usa na metodologia todos os títulos emitidos pelo Tesouro e que estão em poder do Banco Central. O Brasil, por sua vez, só considera os títulos que o BC usa para fazer as chamadas operações compromissadas, um instrumento de política monetária para encolher a liquidez do mercado.

Em julho, o ministro Guido Mantega enviou uma carta à diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, pedindo a revisão do cálculo da dívida bruta. Na carta, ele defendeu que a mudança daria uma visão mais clara sobre o perfil do endividamento do País.

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