sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Companhias aéreas farão comunicação sobre voos na Copa

Por Luciana Collet

As companhias aéreas devem iniciar nesta sexta-feira, 08, uma ação mais direta junto aos consumidores para explicar que os voos disponíveis atualmente para o período da Copa do Mundo ainda não correspondem exatamente à oferta existente durante a competição. Poderão ocorrer alterações de horários de voos, criação de novas frequências ou rotas, ou até mesmo o cancelamento temporário de voos menos procurados, provavelmente para destinos que não estão diretamente relacionados com o torneio.
 
Por meio de informações postadas em seus sites, as empresas explicarão as iniciativas de ajuste das malhas aéreas para atender ao público da Copa, informou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne as principais companhias do País - Avianca, Azul, Gol e TAM. Essa ação de comunicação foi acordada na semana passada, durante reunião da entidade com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e outros órgãos do governo federal.

As malhas aéreas das companhias durante a Copa do Mundo serão concebidas após a realização do sorteio final dos grupos do torneio, que está marcado para o dia 6 de dezembro. A partir daí, as empresas deverão estimar quais serão as rotas mais procuradas em razão da sequência dos jogos das seleções, avaliando especialmente as que mobilizam mais torcedores, e planejarão suas malhas para o período da competição. Os planos ainda deverão ser submetidos à aprovação das autoridades. Por isso, a estimativa das companhias é de que os bilhetes adicionais que devem ser oferecidos só serão comercializados a partir do início de 2014.

A Abear lembra que os passageiros que já tenham adquirido passagens ou que ainda venham a comprar bilhetes, mesmo para outros destinos que não diretamente envolvidos com a Copa, podem ser afetados e, nesses casos, serão informados individualmente e com antecedência, recebendo orientações quanto às alternativas disponíveis.

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Não tememos processo dos minoritários da OGX'', diz Edemir Pinto, da BM&F Bovespa


Bolsa considera que sua credibilidade não foi arranhada pela petroleira de Eike

Por Luiz Gustavo PACETE

O presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, está seguro em relação a todos os processos envolvendo a OGX, de Eike Batista. Em entrevista na manhã desta sexta-feira 8, o dirigente da Bolsa disse que não teme eventuais processos que possam surgir por parte dos acionistas minoritários da petroleira. “Todos nossos procedimentos foram cumpridos com rigor. Agora, se for identificado algo que deixamos de fazer, isso afeta nossa credibilidade. Mas estamos duzentos por cento seguros.”

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"Não tememos processo dos minoritários da OGX", diz Edemir

A declaração de Pinto vem à tona após Aurélio Valporto, representante de 70 minoritários da OGX, dizer em entrevista à DINHEIRO que a BM&F Bovespa e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) teriam sido coniventes com Eike Batista. Valporto chegou a comparar o caso OGX com o escândalo de corrupção envolvendo o ex-banqueiro americano Bernad Madoff.  Para Pinto, a comparação é de extremo exagero. “Aquilo foi fraude fiscal, no caso do Eike Batista não existiu má-fé, tanto que ele reinvestiu o que foi captado em ações da própria companhia.”  


Confira os principais trechos da entrevista de Edemir Pinto:
 
Minoritários na Justiça
 
A gente respeita o direito de todos de ir à Justiça. É um direito dos minoritários entrarem com um processo. Não estamos cem, mas duzentos por cento tranqüilos em relação a todos os procedimentos que foram adotados no processo da OGX. Uma vez que a empresa passou a ser listada sempre cumprimos nosso papel de fiscalização e acompanhamento. Agora, quanto à alegação de falta de fiscalização, se eventualmente for identificado que não fizemos algo que deveria ser feito, naturalmente isso prejudicará nossa imagem. Mas nosso dever foi cumprido. 
 
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Edemir Pinto: "É um absurdo comparar Eike Batista ao Madoff, aquilo foi uma fraude" 
 
Efeito Madoff?
 
Já ouvi gente dizendo que o caso Eike tem relação com a pirâmide de Madoff. Não tem nada a ver isso. Aquilo era uma fraude. Não podemos dizer que o Eike agiu de má-fé, até porque todo o dinheiro que ele captou, reinvestiu em suas empresas. O mercado sempre tem seus exageros, tanto para esquerda, quanto para a direita e isso esta acontecendo também. 
 
Colapso de Eike Batista
 
O mercado ficou frustrado com tudo que aconteceu, e vem acontecendo, com as empresas de Eike Batista. Ele é um empresário que foi reconhecido não só aqui, mas também em todo o mercado internacional. Ele representou um ícone do empreendedorismo global. Teve uma história de vida que hoje todos conhecem. O Eike era um poço de virtudes e se transformou em frustração e um canal de defeitos por parte do mercado.
 
Fato Histórico
 
A saída de um papel do Ibovespa não é trivial. Não é algo que aconteça todos os dias. Mas eventualmente acontece. Acontecer com um papel com a liquidez e relevância que tinha a OGX foi algo realmente preocupante. A petroleira estava presente em todos os produtos que a bolsa negocia, desde ações até swatchs. Foi uma operação importante e um procedimento delicado.
 
Impacto da Saída
 
Foi um processo importante para a bolsa e para o mercado. Eu diria que ele foi exitoso e ordeiro. Não tivemos nessa retirada de papel absolutamente nada que pudesse gerar criticas ou margem para algum tipo de irregularidade. Foi um trabalho muito grande do lado da área técnica da Bolsa para identificar todos os impactos que essa retirada poderiam provocar nos produtos. E sempre tem a primeira vez. 
 
Efeito Pós-OGX
 
O fato da OGX ainda está rendendo muito no mercado. Eu posso dizer que, com base inclusive nos feedbacks que eu tenho recebido, acreditamos que a OGX não arranhou a imagem da Bolsa.  Muito pelo contrário, a Bolsa vem com uma parceria muito próxima do regulador, que já é normal, mas que neste caso foi mais intensa, colaborando para apurar qualquer irregularidade que possa ter ocorrido envolvendo os papéis da OGX.
 
Demora na Resposta
 
Não acredito que a Bolsa demorou na resposta para tirar a empresa do índice. Assim que a companhia pediu recuperação. A gente já tem parceria com a Junta Comercial para receber informações. Claro que no caso da OGX estávamos acompanhado bem de perto, mas você tem uma dinâmica que acaba envolvendo maior tempo. Não foi só a questão da Justiça, também era necessário que a empresa fizesse seu comunicado. 
 

Desonerações custarão R$ 24 bi ao próximo governo

Por Mauro Zanatta



O pacote de 47 medidas de desoneração tributária adotadas pelo governo federal apenas neste ano deixará uma "herança" de quase R$ 24 bilhões ao próximo presidente da República, segundo estimativa oficial da Receita Federal para esses gastos indiretos em 2015. O valor equivale, por exemplo, ao orçamento do programa Bolsa Família para este ano, de R$ 23,2 bilhões.
 
A conta dos estímulos econômicos deve somar quase R$ 28 bilhões em isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios tributários em 2014, ainda na gestão Dilma Rousseff, de acordo com cálculos do Fisco.

O governo tenta, desde 2010, reanimar a economia com uma dose cavalar de subsídios e isenções, incluindo as previdenciárias. No acumulado até setembro, a Receita Federal contabiliza R$ 58,1 bilhões em desonerações tributárias, sobretudo em razão da retirada de impostos sobre as folhas de salários, reduções de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e da Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico (Cide) dos combustíveis.

O Ministério da Fazenda estima chegar a R$ 80 bilhões em desonerações de tributos até o fim de 2013. "É uma estimativa inicial. Pelo andamento das coisas, deve ser maior do que isso", disse um fonte da área tributária sobre as previsões para 2015.

Desde a semana passada, o mercado financeiro vem apostando que o Banco Central terá que elevar os juros mais do que o previsto inicialmente devido a um suposto descontrole dos gastos do governo, que pressionam a inflação. A desconfiança foi reforçada pela divulgação de um déficit de R$ 9,04 bilhões, antes do pagamento de juros da dívida, nas contas públicas em setembro.


Alimentos


Um dos principais itens a reduzir a arrecadação de impostos no primeiro ano de mandato da nova gestão será a desoneração de PIS/Cofins da cesta básica, cujo custo está previsto em R$ 8,3 bilhões.

Anunciada em março, e com prazo de validade indeterminado, a medida zerou a alíquota para vários produtos, como carnes bovina, suína, ovina, caprina, de aves e de peixe, café, açúcar, óleo de soja, manteiga, margarina e até sabão, pasta de dente, fio dental e papel higiênico.

Outra conta pesada para 2015, estimada em R$ 4,1 bilhões, é a redução da base de cálculo de PIS/Cofins Importação, incluída na lei que reabriu prazos para o refinanciamento de dívidas (Refis). Com a lei, o governo passou a calcular o total devido apenas sobre o valor aduaneiro, e não mais sobre o ICMS e as próprias contribuições.

Publicada em maio deste ano, a Lei n.º 12.859, com validade até 2017, também significará forte redução na arrecadação, projetada em R$ 2,42 bilhões em 2015. Derivado da Medida Provisória n.º 613, o texto reduziu as alíquotas de PIS/Cofins para a importação e a produção de químicos, como etano, propano e butano, entre outros. A medida também instituiu o crédito presumido para a importação e produção de etanol, cujo custo tributário está estimado em R$ 1,46 bilhão em 2015.


Também terão impacto relevante no próximo governo a zeragem das alíquotas de PIS/Cofins sobre serviços de transporte coletivo municipal de passageiros, previsto em R$ 1,58 bilhão, e a prorrogação da alíquota zero sobre trigo (farinha, pré-mistura e pão) e massas - R$ 1,3 bilhão. Da mesma forma, deve afetar a receita o aumento do limite de faturamento bruto, de R$ 48 milhões para R$ 72 milhões, para opção pela tributação pelo regime do lucro presumido, que tem previsão inicial de R$ 1,08 bilhão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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J.P.Morgan compra participação no grupo brasileiro Unicoba


Segundo o jornal Valor Econômico, o One Equity, braço de investimento do banco, deseja investir em projetos com lâmpadas de LED da companhia brasileira

Eduardo Munoz/Reuters
Fachada do prédio-sede do banco JPMorgan em Nova York, Estados Unidos

J.P.Morgan: braço de investimento da financeira, One Equity, comprou participação no grupo brasileiro Unicoba

São Paulo – O One Equity, braço de investimento do J.P.Morgan, comprou participação no grupo brasileiro Unicoba, que atua no mercado com empresas de infraestrutura para telecomunicações, linha de baterias e serviços. As informações são do jornal Valor Econômico desta quinta-feira.

De acordo com a publicação, o valor do investimento não foi divulgado e a parceria tem como objetivo ampliar as operações da companhia brasileira e colocar em prática as estratégias para os próximos anos.

Com o aporte, o fundo terá participação no conselho de administração do grupo, que, apesar de ter capital fechado, tem balanços auditados e incorporou governança corporativa similar a de companhias com ações na bolsa.

Segundo depoimento do presidente da Unicoba, Eduardo Park, ao Valor Econômico, o fundo americano foi atraído pelo potencial de crescimento do setor da empresa que atua com lâmpadas de LED.

Fundada no início dos anos 70 pelo imigrante coreano Young Moo Park, a Unicoba tem atualmente três fábricas e aproximadamente 1.200 funcionários.

Em 2012, a empresa faturou 600 milhões de reais. 

Everis é comprada por NTT Data e tem planos para Brasil


Companhia espanhola de TI quer expandir os negócios no país após compra por grupo japonês

Divulgação
Eva Labarta, presidente da Everis Brasil

Eva Labarta, presidente da everis Brasil: "Já atendemos as quatro principais seguradoras do Brasil"

São Paulo - A everis, companhia espanhola da área de TI, anunciou nessa semana sua compra pela japonesa NTT Data. Com a aquisição, a empresa europeia pretende incrementar sua capacidade de crescimento no Brasil.

"Agora, poderemos abraçar projetos mais complexos e mais caros", afirmou Eva Labata, presidente da subsidiária brasileira da everis, em entrevista exclusiva à EXAME.com.

De acordo com Eva, o país já representa a melhor operação da companhia na América Latina e a segunda melhor do mundo. No Brasil, a empresa tem entre seus clientes grupos financeiros, empresas de telecomunicações e indústrias - além de companhias aéreas e órgãos do governo.

"Já atendemos as 4 principais seguradoras do Brasil", afirma Eva. Segudo ela, companhias da área de saúde são o próximo alvo da everis.


Números


Com cerca de 1.000 funcionários no Brasil, a everis tem três escritórios abertos em São Paulo (SP) e duas fábricas em Uberlândia (MG). Segundo Eva, a companhia planeja abrir novas unidades em Minas Gerais e deve iniciar suas operações no Rio no começo de 2014.

"Temos um plano estratégico bastante agressivo e a NTT Data, sexta maior empresa de TI do mundo, pode nos auxiliar a executá-lo", afirmou Eva. Segundo ela, a incorporação pela companhia japonesa aumenta a capacidade de crescimento da everis em função do grande aporte técnico e financeiro.

"Já para a NTT, a everis representa novos negócios fora do Japão", complementa Eva. Além do Brasil, a everis atua no Chile, Itália, Portugal, Estados Unidos e outros países.

Internexa compra empresa no RJ e anuncia aporte de U$ 250 mi

A Internexa, braço do grupo Isa, investirá 250 milhões de dólares na América Latina entre 2014 e 2016 e tem o Brasil como foco

Daniel Berehulak/Getty Images
Telecomunicações: antenas de transmissão

Antenas de transmissão: Internexa, braço de telecomunicações do grupo Isa, anunciou a compra da NQT, empresa de transporte de dados e acesso à internet

São Paulo - A Internexa, companhia de telecomunicações do grupo Isa, anunciou, nesta quinta-feira, a aquisição da NQT, empresa que atua no mercado atacadista de transporte de dados e acesso à internet no estado do Rio de Janeiro.

O valor da negociação não foi divulgado.
Por meio de nota da assessoria de imprensa, a Internexa informou que o objetivo da transação é expandir as operações no país e obter potencial para atingir até 10% do mercado de operador de operadores em três anos.

Além disso, a companhia anunciou um aporte de 250 milhões de dólares para os negócios da América Latina, tendo o Brasil como foco de desenvolvimento.


Linhas de transmissão


Outro anúncio feito pela empresa foi a instalação de 4.000 quilômetros de fibras ópticas em São Paulo, em conjunto com a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP).

De acordo com a empresa, o investimento tem como objetivo oferecer solução tecnológica, com custo-benefício capaz de garantir níveis de disponibilidade e confiabilidade. 

Nestlé vende parte da Jenny Craig, sua empresa de dieta


A venda faz parte da estratégia da companhia em se desfazer de negócios com fraco desempenho

REUTERS/Denis Balibouse
Nestlé

Nestlé anuncia venda de parte da Jenny Craig, braço da Nestlé Nutrition

São Paulo - A Nestlé anunciou na última quinta-feira que vendeu as operações da Jenny Craig, empresa de gestão de peso, da Oceania e América para a North Castle Partners, um grupo de private equity dos Estados Unidos. O valor do negócio não foi divulgado.

A venda faz parte da estratégia da Nestlé em se desfazer dos braços com baixo desempenho. 
Em outubro, Paul Bulcke, executivo-chefe da companhia, disse em entrevista ao jornal The Wall Street Journal, que estava reavaliando o portfólio da empresa e que não iria “tolerar” negócios com fraco desempenho.

Na entrevista, Bulcke explicou que uma porcentagem relevante dos negócios da companhia poderia ser melhorada ou vendida.

Fundada em 1983, a Jenny Craig oferece programas de controle de peso aos consumidores, adaptados às suas necessidades específicas. A empresa faz parte da Nestlé Nutrition desde 2006.

No entanto, com a crise econômica dos últimos tempos, a marca sofreu perdas, pois os clientes passaram a procurar métodos mais baratos – e até mesmo gratuitos - para perder peso.

Ainda neste ano a Jenny Craig se retirou do Reino Unido, após as vendas não corresponderam às expectativas, em decorrência aos preços e concorrência acirrada com os Vigilantes do Peso.

Por meio de nota, a Nestlé informou que os funcionários das empresas na América e Oceania deverão permanecer na companhia mesmo com a nova gestão.

Atualmente, a Nestlé emprega mais de 330.000 pessoas e seus produtos são vendidos em quase todos os países do mundo.

A conclusão da transação está sujeita às condições habituais de fechamento.