sábado, 14 de dezembro de 2013

Uruguai autoriza compra do Citibank pelo Itaú


Resolução do Ministério da Economia conclui um negócio que foi aprovado semanas atrás pelo Banco Central do Uruguai

Mario Tama/Getty Images
Pessoas usando caixa-eletrônico do Citibank na sede da companhia em Manhatan, Nova York

Pessoas usando caixa-eletrônico do Citibank: Itaú Unibanco irá absorver a unidade de negócios com consumidores do Citibank no Uruguai

Montevidéu - O Governo do Uruguai autorizou a transferência de ativos de banco de varejo do Citibank local para o Itaú Unibanco, na última etapa de uma aquisição que começou em junho, segundo um documento oficial.

Uma resolução do Ministério da Economia, datada em 10 de dezembro e publicada no site da presidência do país, conclui um negócio que foi aprovado semanas atrás pelo Banco Central do Uruguai.

"Em 13 de dezembro de 2013, no final do dia, os negócios banco de varejo e cartões de crédito do Citi no Uruguai passaram para o Itaú", disseram os dois bancos em um anúncio publicado neste sábado na imprensa uruguaia.

A venda "não vai de forma alguma afetar as operações", acrescentaram.

O Itaú Unibanco, maior banco do Brasil em valor de mercado, irá absorver a unidade de negócios com consumidores do Citibank no Uruguai, com ativos brutos de mais de 60 milhões de dólares e depósitos de mais de 265 milhões.

Com a aquisição, o Itaú Unibanco reforça a sua presença no país sul-americano de 3,5 milhões de habitantes.

Após a operação, o banco brasileiro ocupa a terceira posição entre os maiores bancos do Uruguai, atrás do estatal Banco República e do espanhol Santander.

Tuma Jr. lança livro com ataques a Lula


Ex-secretário Nacional de Justiça acusa o partido do ex-presidente de utilizar a máquina do governo federal para montar dossiês contra adversários

Valter Campanato/ABr
Ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva durante sessão solene da Câmara dos Deputados para entrega da medalha Suprema Distinção em sua homenagem

Ex-presidente Lula: em uma das acusações mais polêmicas feitas no livro lançado ontem, o delegado afirma que Lula foi informante da ditadura

Rio - O ex-secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior lançou ontem o livro Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado, no qual ataca Luiz Inácio Lula da Silva e acusa o partido do ex-presidente, o PT, de utilizar a máquina do governo federal para montar dossiês contra adversários.

Tuma Júnior, que é delegado, foi secretário do Ministério entre 2007 e 2010, durante o segundo mandato de Lula na Presidência da República. Na época, foi demitido por suspeitas de envolvimento com a chamada máfia chinesa. Parte do conteúdo do livro foi revelada na edição da semana passada da revista Veja.

Em uma das acusações mais polêmicas feitas no livro lançado ontem, o delegado afirma que Lula foi informante da ditadura. Segundo escreveu Tuma Júnior, o então líder sindical repassava dados sobre greves sob o codinome de "Barba" ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), onde atuava seu pai, Romeu Tuma. O petista ficou preso em 1980 por 30 dias no Dops, após greves no ABC.

Segundo Tuma Júnior, ao dar informações ao governo militar, Lula garantiu "privilégios" na prisão. O livro do delegado lista como privilégios noites de sono em um sofá do Dops e uma visita à mãe, dona Lindu, que estava gravemente doente.

Procurado, o Instituto Lula informou ontem que o ex-presidente não iria fazer comentários.


Reputações


Boa parte do livro é dedicada ao que o delegado chama de "assassinato de reputações". Diz que o então ministro da Justiça e hoje governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, o assediava para que deixasse vazar documentos que prejudicariam adversários. Ele cita o caso do cartel que começou a ser investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em 2008.

Segundo Tuma Júnior, "começou a sair na imprensa que vinha informação da Alstom envolvendo os tucanos". "Um dia chegou o documento da Suíça, em nome da secretaria. Falei para não mandarem para o Ministério Público ainda: 'Lacrem o envelope, tragam para mim e avisemos ao ministro, porque chegou a bomba dos documentos da Alstom'", escreve. As informações tinham como alvo principal Robson Marinho, ex-chefe da Casa Civil do governo tucano de Mário Covas. Eram relatórios enviados voluntariamente pelo país europeu. O ex-secretário de Justiça relata que, mesmo sendo documentos compartilhados por poucas pessoas, eles acabaram vazando mesmo assim.

Ele também critica a ação de parte dos promotores paulistas. "É importante registrar: no Ministério Público de São Paulo existe uma ala que sempre protegeu tucanos de alta plumagem".

Tuma Júnior também acusa outro ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, de pedir que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), fosse investigado após dizer que Lula sabia do mensalão. A ordem ao ministro, diz Tuma Júnior, teria sido dada por Gilberto Carvalho, braço direito do ex-presidente. Carvalho afirma que vai processar o delegado.

'Armação'. O ex-secretário Nacional de Justiça atribui a sua demissão do cargo, em 2010, a uma "armação" do governo Lula com o Estado.

Em 5 de maio de 2010, o jornal publicou reportagem revelando que a Polícia Federal tinha interceptado gravações e e-mails ligando-o a Li Kwok Kwen, o Paulo Li, acusado de ser um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo.

A quadrilha era suspeita de ser especializada em contrabando de telefones celulares e venda de vistos permanentes.

"A pergunta que faço é: o que era mais importante para o Estadão noticiar? A foto do 'chefe da máfia', um chinês, com o secretário Nacional de Justiça na China, ou entregando um presente para o presidente Lula (...)? Eu respondo: é óbvio que, se não fosse armação do governo com o jornal, se o indivíduo fosse mesmo um mafioso, o Lula estaria na capa do Estadão e não eu", escreve, referindo-se ao fato de o então suspeito de integrar a máfia chinesa aparecer em várias fotos ao lado de autoridades da República. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

MST e CUT fazem críticas e cobranças ao governo Dilma


Distanciamento da presidente com os movimentos sociais do campo e com pautas trabalhistas foram alvo de críticas

Ricardo Della Coletta e Daiene Cardoso, do
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam do 5º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores

Presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam do 5º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores

São Paulo - O distanciamento da presidente Dilma Rousseff com os movimentos sociais do campo e com pautas trabalhistas foram alvo de críticas na tarde desta sexta-feira, 13, durante o primeiro dia de debates do quinto Congresso do PT, em Brasília. João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), acusou o governo da petista de ter promovido "retrocessos" na área fundiária e cobrou que a presidente receba o movimento para discutir o tema.

"Uma parceria política não pode ser só um chavão, tem que ser concreto", disse João Paulo. A presidente tem sido cobrada pelo MST por um número pequeno de famílias assentadas. Segundo João Paulo, foram 150 famílias assentadas neste ano, enquanto que há 80 mil acampadas, à espera de assentamento.

Um dos convidados a falar na tarde desta sexta-feira no congresso, ele cobrou ainda a presidente pelo seu distanciamento com o movimento. "A Dilma se reúne com a Kátia Abreu (senadora pelo PMDB e presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil) e com o agronegócio", criticou. "O MST está tentando reunião (com Dilma) sobre os problemas com a reforma agrária. Achamos que vamos ter que falar com o papa".

Após a eclosão das manifestações populares do meio do ano, que abalaram a popularidade da presidente, Dilma recebeu no Palácio do Planalto representantes de movimentos sociais do campo, entre eles do MST. Na ocasião, o movimento assumiu a defesa da bandeira da reforma política, um dos pontos encampados por Dilma como resposta às manifestações.

A presidente também foi cobrada pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. "É um absurdo nós passarmos este governo e não mexermos com o fator previdenciário e não reduzir a jornada de trabalho", criticou. "Entendemos que o governo Dilma tem que ter um marco que deixe claro o seu compromisso com a classe trabalhadora, porque com os empresários já teve", concluiu.

As cobranças e críticas disparadas contra o governo Dilma foram minimizadas pelo secretário de comunicação do partido, José Américo, que é presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo. Ele disse que as críticas vieram de "setores minoritários" e que elas foram "muito residuais". "A Dilma recebeu até o Passe Livre", rebateu.

Governo e Anfavea decidem na 3ª sobre regra de airbag e ABS


Sobre a mesa de negociação está a possibilidade de escalonamento da regra de segurança

Quatro Rodas
ABS e Airbag: evolução na segurança

ABS e Airbag: hoje 60 por cento dos veículos que saem das fábricas têm que ter instalados airbag e freios ABS

Brasília - O eventual adiamento da exigência para que as montadoras instalem freios ABS e airbag em todos os veículos fabricados no país a partir de 2014 será decidido na terça-feira, em Brasília, informou o Ministério da Fazenda.

Na terça-feira, ocorrerá uma reunião em Brasília entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para definir a questão.

Sobre a mesa de negociação está a possibilidade de escalonamento da regra. Hoje 60 por cento dos veículos que saem das fábricas têm que ter instalados airbag e freios ABS.

O percentual subiria para 100 por cento em 2014, segundo a norma estabelecida em 2009. Isso atingiria modelos como Kombi e Gol G4, da Volkswagen; e Mille, da Fiat, segundo a consultoria Jato Dynamics.

De acordo com o Ministério da Fazenda, uma das possibilidade é estabelecer uma obrigatoriedade intermediária de 80 por cento para que os fabricantes tenham tempo maior para fazer adaptações nas fábricas, de forma a afastar risco de demissão de trabalhadores pela desativação de algumas linhas de montagem.

Outra possibilidade, conforme informou o ministério é a redução do Imposto de Importação (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incidem sobre os equipamentos de segurança como freio ABS e airbag.

Mantega já havia afirmado esta semana que o assunto seria discutido com as montadoras na próxima terça-feira. Na ocasião, o ministro afirmou que o custo dos equipamentos eleva o preço do carro entre 1.000 e 1.500 reais.

A avaliação do governo sobre a possibilidade de concessão de mais benefícios tributários ao setor automotivo ocorre diante necessidade de obtenção de mais receitas para cumprir a meta ajustada de superávit primário de 2,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor público consolidado (governo central, Estados e municípios).

Em 12 meses encerrados até outubro, a o superávit estava em 1,44 por cento do PIB, distante da meta ajustada e um dos fatores desse resultado ruim é o elevado peso das desonerações tributárias.

A avaliação do governo em dar mais benefícios ocorre, também, em meio às indicações da Fazenda de que as alíquotas reduzidas do IPI de automóveis não serão integralmente recompostas, conforme sinalizado anteriormente.

Segundo a Anfavea, a redução do IPI, em vigor desde o final de maio do ano passado, gera arrecadação adicional de outros impostos em âmbito federal, estadual e municipal, como PIS/COFINS, ICMS e IPVA. 

A entidade afirmou no início de novembro que o incremento das vendas de veículos após a redução do IPI gerou arrecadação adicional de mais de 6 bilhões de reais.

Um dos segmentos mais fortes e expressivos da base industrial brasileira, o setor automotivo foi responsável pela remessa de 2,692 bilhões de dólares em lucros e dividendos ao exterior entre janeiro e outubro deste ano, 59 por cento superior ao remetido em igual período de 2012. Foi o segmento com o maior volume de remessa entre os subsetores industriais, conforme dados do Banco Central.

Empresário dá carros de presente a funcionários


Comerciante de polo mundial do corte de pedras preciosas na Índia presenteou com um carro zero cada um de seus 70 funcionários, como bônus de final de ano

Getty Images
Carros em concessionária

Carros em concessionária: o paradoxo é que muitos dos presenteados não têm nem a carteira de habilitação

Nova Déli - Um comerciante de diamantes da localidade de Surate, polo mundial do corte de pedras preciosas na Índia, presenteou com um carro zero cada um de seus 70 funcionários como bônus de final de ano, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

O empresário, Savij Dholakia, tem em suas empresas cerca de 2 mil artesãos responsáveis pelo corte dos diamantes, e como disse ao jornal The Indian Express, "100 deles alcançaram as metas de produção fixadas no ano passado".

Enquanto 70 empregados receberam um Chevrolet-Beat como incentivo, outros 30 foram agraciados com a some de 300 mil rupias (cerca de 3,5 mil euros) "porque tinham algumas dívidas para pagar", explicou o empreendedor que tem uma fábrica em Varachcha, o distrito onde são trabalhados a maior parte dos diamantes brutos do mundo.

No passado, Dholakia já tinha aparecido nas notícias dos jornais pela sua generosidade e um luxuoso casamento do filho organizado em Singapura.

O paradoxo é que muitos dos artesãos não têm nem a carteira de habilitação para dirigir um carro, destaca o jornal.

Segundo o presidente da Associação dos Diamantes de Surat, Dinesh Navadia, depois da crise dos anos passados, o setor está em forte crescimento graças ao baixo custo da mão de obra indiana.

"Premiações em dinheiro são frequentes no final do ano, mas é a primeira vez que são dados carros", informou ele.

Petrobras compra 2,9 mi barris de diesel indiano


Companhia teria reservado cargas extra de combustível após um incêndio paralisar a sua quinta maior refinaria

Sindipetro-PR/SC/Divulgação via Reuters 

Danos casados pelo incêndio que atingiu a refinaria Getúlio Vargas, da Petrobras, em Araucária
Danos casados pelo incêndio que atingiu a refinaria Getúlio Vargas, da Petrobras, em Araucária

Houston/Nova Délhi - A Petrobras encomendou cargas extras de combustível da Índia, a maior parte delas de diesel, disseram fontes do mercado nesta sexta-feira, após um incêndio paralisar a quinta maior refinaria da estatal, há duas semanas.

A refinaria indiana Reliance, que se tornou um fornecedor corriqueiro, ajudando o Brasil a suprir sua grande defasagem na produção de derivados, irá enviar à Petrobras cerca de 2,9 milhões de barris de diesel em dezembro.

A Petrobras comprou três cargas e está negociando uma entrega adicional após o incidente na refinaria Repar, de capacidade de 200 mil barris por dia (bpd), em Araucária, no Paraná, disseram operadores.

Outros carregamentos devem seguir, somando-se a uma abrupta recuperação na demanda latino-americana por combustível importado que tem ajudado a impulsionar globalmente as margens de lucro das refinarias.

O Equador também está buscando embarques extras após um incêndio em Esmeraldas, sua principal refinaria, responsável pela produção de 110 mil bpd.

Devido aos problemas na Repar, a Petrobras receberia em dezembro um volume total de 3,65 milhões de barris de combustíveis da Ásia, alta de pelo menos 20 por cento ante novembro.

O Myrtos, petroleiro grego de tipo Aframax, deve chegar a um porto brasileiro não revelado entre 19 e 20 de dezembro para entregar cerca de 700 mil barris de diesel comprados antes do incêndio, segundo operadores e o sistema de rastreamento de navios da Reuters.

O carregamento, embarcado em 16 de novembro no porto indiano de Sikka, ajudaria a Petrobras a fornecer combustível para postos localizados no Sul do Brasil, depois que a empresa limitou o abastecimento de várias cidades.

A Repar produz cerca de 100 mil bpd de diesel e 60 mil bpd de gasolina para o Sul do país, fornecendo inclusive para partes de São Paulo --coração industrial do país. A refinaria responde por cerca de 11 por cento da capacidade nacional.

O incêndio ocorreu em uma das unidades de destilação da refinaria, forçando uma paralisação da refinaria. A Repar está prevista para retomar suas operações em 17 de dezembro, mas só será capaz de operar a dois terços de sua capacidade por conta dos danos, disse um diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira.

Embora a ANP tenha permitido nesta semana que a Petrobras utilize um oleoduto para transportar diesel importado, a empresa precisa receber mais combustível importado para satisfazer a demanda doméstica, disseram analistas.

A estatal também lançou uma licitação na semana passada para comprar um carregamento de 300 mil a 450 mil barris de diesel para entrega entre 22 e 28 de dezembro.

A Petrobras importou uma média de 55,6 mil bpd de gasolina entre janeiro e outubro, mostrou um estudo independente.

Francesa Total quer crescer mais no Brasil


Além de arrematar 10 blocos de exploração de petróleo na 11ª Rodada da ANP, grupo garantiu fatia de 20% no consórcio para explorar o campo de Libra

Antonio Pita, do
Wikipedia
Posto da Total

Posto da Total: empresa negocia a entrada no ramo de distribuição de combustíveis, com a conclusão da compra da mineira Ale Distribuidora

Rio - Com o objetivo declarado de estreitar os laços comerciais com o país, a visita do presidente François Hollande, da França, é acompanhada de perto pelos executivos do grupo Total - que fez de 2013 um marco de sua expansão e consolidação no país.

"Só olhando o que foi realizado nos últimos meses, têm-se uma visão ampla e integral da presença e estratégia do grupo Total no país", avalia o diretor-geral, Luis David Rodriguez.

Além de arrematar 10 blocos de exploração de petróleo na 11ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o grupo ainda garantiu uma fatia de 20% no consórcio para explorar o campo de Libra no pré-sal brasileiro. Agora, negocia a entrada no ramo de distribuição de combustíveis, com a conclusão da compra da mineira Ale Distribuidora, dona de 1.800 postos em todo o país.

"Não posso confirmar nem desmentir. O grupo Total pensa em desenvolver outros negócios, seja na área de exploração e produção, na área de combustíveis renováveis, ou em outra área de negócio, como a área de distribuição", diz o executivo, sobre o estágio avançado de negociações.

"A ambição de crescimento do grupo passa pela presença maior em grandes países. É uma lista que não chega a dez, como a China e a África do Sul, e a Rússia", completa Rodriguez, executivo do segmento de Lubrificantes.

De concreto, o investimento de R$ 20 milhões na ampliação de sua fábrica, na cidade de Pindamonhangaba, interior de São Paulo, para dobrar a capacidade de processamento dos lubrificantes. O objetivo é repetir em 2014 os resultados deste ano, quando o segmento representou um crescimento de 20% no faturamento.
"É a única empresa do mercado que tem cinco anos consecutivos de crescimento no market share. Hoje estamos indo para 2,5%. Até 2017 e 2018 a meta é 5% de participação de mercado só levando em conta o crescimento orgânico das vendas", descreve.

O desafio, segundo ele, é expandir suas operações em direção ao Nordeste, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A estratégia é descentralizar a venda, com a busca por parceiros locais, como operadores logísticos e distribuidores de combustíveis e lubrificantes. Uma das apostas são os projetos de fornecimento para montadoras, como a Honda, que passará a integrar o time de clientes como Peugeot, Citroen e Renault.

"Não podemos inventar a roda em relação à logística da distribuição no País. A logística é uma fraqueza do Brasil todo, e afeta a muitos negócios. Às vezes, ela é um freio, mas a gente, mesmo assim, vai ter um crescimento de vendas para o ano a partir da aproximação com o cliente", garante.