terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Ex-dono da Amil, Edson Bueno agora é o controlador da Dasa


Após comprar R$1,8 bilhão em ações da companhia de medicina diagnóstica dona dos laboratórios Delboni Auriemo, empresário agora tem 62% da empresa

Germano Lüders/EXAME
Edson Bueno, médico e empresário
Edson Bueno: ele agora é o maior controlador do grupo Dasa

São Paulo - Edson Bueno, o fundador ex-dono do grupo Amil, tornou-se nesta segunda-feira o maior controlador do grupo Dasa, dono dos laboratórios Delboni Auriemo.

Um ano após vender a empresa que criou por quase 10 bilhões de reais a um grupo americano, o empresário adquiriu 38% do capital da Dasa por 1,8 bilhão e agora possui 62% da companhia. Antes da transação, Bueno já possuía uma fatia de 23,6% em conjunto com sua ex-mulher, Dulce Bueno.

Essa porcentagem ainda pode subir, já que ainda há acionistas dispostos a vender seus papéis, segundo o jornal Valor Econômico

Como maior acionista, Bueno poderá indicar três dos cinco membros do conselho. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o empresário afirmou que não pretende buscar um cargo executivo, mas vai "montar um grande time de executivos" para colocar o grupo entre as maiores redes de laboratórios do Brasil.

Casino, dona do Pão de Açúcar, compra rede colombiana


Ao todo, 50 lojas se tornarão parte do grupo até 2015

Fabrice Dimier/Bloomberg
Supermercado Casino em Paris
Casino: grupo francês continua expansão na América Latina, desta vez com aquisições na Colômbia

São Paulo - A Almacenes Existo, unidade colombiana do grupo francês Casino, anunciou ontem que vai adquirir 50 lojas do grupo concorrente Super Inter até 2015.

Serão 19 lojas até o fim do ano e o restante será adquirido no ano que vem. O valor da transação não foi revelado. 

A Almacenes Exito é a maior rede varejista da Colômbia. No Brasil, o grupo Casino está presente desde agosto de 2012, quando comprou a rede Pão de Açúcar. A América Latina já representa 60% dos lucros da rede francesa.

Resultados ou pessoas? Brasileiros focam nas metas primeiro


Pesquisa da Michael Page mostra que 67% dos executivos brasileiros priorizam a entrega de resultados no trabalho

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Alvo

São Paulo – Entre os executivos de cinco países da América Latina, os brasileiros são os mais focados nos resultados, segundo pesquisa da Michael Page.

Ao todo, 58,6% dos entrevistados têm as metas em primeiro lugar na sua lista de prioridades.

Por outro lado, os brasileiros aparecem em último lugar no ranking que mostra a preocupação dos executivos com as pessoas que os rodeia. Enquanto no Chile, 33% dos líderes priorizam o desenvolvimento dos funcionários, por aqui, apenas 16% tem este objetivo em mente.

Quando o assunto é foco nos processos, a Argentina lidera com 21% dos executivos. O Brasil, por sua vez, divide a segunda posição com o México. 


Foco em resultados
País Executivos
Brasil 67%
Colômbia 61%
Argentina 58%
México 56%
Chile 51% 
Foco em pessoas
País Executivos
Chile 33%
México 27%
Colômbia 25%
Argentina 21%
Brasil 16%
Foco em processos
País Executivos
Argentina 21%
Brasil 17%
México 17%
Chile 16%
Colômbia 14%

STF julgará correção da poupança por planos econômicos dias 26 e 27

SÃO PAULO  -  O STF (Supremo Tribunal Federal) julgará nos próximos dias 26 e 27 de fevereiro as ações que questionam o índice de correção das cadernetas de poupança devido aos planos econômicos.

O julgamento foi iniciado em novembro do ano passado.

O caso foi apresentado pelos ministros e advogados que representam bancos, e poupadores foram ouvidos.

Por um lado, os bancos alegam que o pagamento pedido pelos poupadores resultaria em perdas potenciais de R$ 150 bilhões.

A defesa dos poupadores, por outro lado, diz que os valores, na verdade, somam cerca R$ 18 bilhões, uma vez que esse montante é o que teria sido preparado pelos bancos para uma eventual derrota na Justiça.

No fim do mês, o julgamento deve ser retomado por uma ação que está sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski. Das que tramitam no Supremo ela é a mais ampla e trata dos planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2.

Após a ação será analisado um recurso de poupadores que questionam especificamente a correção de poupanças dos Planos Bresser, Verão e Collor 1, que está sob a relatoria do ministro Dias Toffoli, e um outro que trata somente dos planos Collor 1 e 2 e tem Gilmar Mendes como relator.



(Folhapress)

Reino Unido e Brasil assinam acordo de cooperação energética

Por Marta Nogueira | Valor
 


RIO DE JANEIRO  -  O secretário estadual de Desenvolvimento, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Julio Bueno, assinou memorando de entendimentos para cooperação no setor de energia com o ministro de Energia britânico, Michael Fallon. O documento, segundo nota enviada pelo consulado-geral britânico no Brasil, é fruto da visita de estado feita por Fallon ao Rio, em setembro do ano passado, e ocorre durante visita técnica do secretário a Londres e Aberdeen.

O documento prevê a troca de expertise no setor “subsea” e pré-sal, o compartilhamento de informações e fontes de estudo, treinamento operacional em “subsea”, missões executivas e a coordenação de uma gestão da cadeia logística para o setor de óleo e gás no Rio de Janeiro.

Uma das ações que parte desta cooperação entre o Reino Unido e Brasil é o seminário UK Energy 2014, que será realizado pelo UKTI-RJ, no Rio, em 25 de março. O evento tem como objetivo a troca de experiências entre empresas britânicas e brasileiras, além de apresentar novas tecnologias e discutir as últimas novidades e desafios do setor.

UE contesta Zona Franca e pode abrir litígio na OMC

Por Assis Moreira | De Genebra
 
 
A Zona Franca de Manaus está sendo questionada pela União Europeia (UE) na disputa contra o Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), naquele que poderá se tornar o maior litígio comercial enfrentado pelo país. A UE iniciou em 19 de dezembro o mecanismo de disputa contra o Brasil, acusando o governo de ter adotado uma série de medidas fiscais discriminatórias contra produtos estrangeiros e de fornecer "ajuda proibida" aos exportadores nacionais.

Na quinta e sexta-feiras, delegações da UE e do Brasil vão se reunir em Genebra, na primeira de duas consultas previstas pela OMC - uma última tentativa de entendimento. Se o impasse não for superado, Bruxelas poderá dar o passo seguinte e pedir a abertura de processo formal, painel no jargão comercial.

Desde 2011, a UE vinha reclamando do Inovar-Auto, programa que estimula a inovação na produção nacional de carros, mas dificulta a importação. Mas o alvo dos europeus agora é bem mais amplo. Os benefícios fiscais concedidos na Zona Franca de Manaus a diferentes setores industriais entraram na queixa.

Bruxelas alega que regimes similares ao Inovar-Auto dão vantagens fiscais a bens produzidos na região, qualquer que seja o setor. Os subsídios do governo entravam antes na categoria de "subsídios verdes" (autorizados), mas há algum tempo passaram à categoria de "acionáveis", que podem ser contestados.

Vários programas foram incluídos no caso, como incentivos à industria de semicondutores, smartphones, TV digital e outros.

Bruxelas afirma que as autoridades brasileiras ampliaram as desonerações fiscais para os exportadores e aumentaram o número de beneficiários potenciais. Para a UE, as medidas restringem o comércio ao favorecer produção e oferta locais. Se chegar aos juízes da OMC, o caso poderá se transformar no maior litígio que o Brasil terá de enfrentar na organização. Outros países desenvolvidos poderão aderir à queixa da UE.

Indústria-IBGE: Com pessimismo de empresários, emprego cai 1,1% em 2013


Por Pedro Soares


RIO DE JANEIRO, RJ, 11 de fevereiro (Folhapress) - Com a confiança reduzida de empresários e sem sinais de melhora da economia, o emprego na indústria fechou o ano de 2013 com queda de 1,1%, após perda em 2012 de 1,4%.

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.
Em dezembro, o emprego voltou a cair e registrou retração de 0,3% na comparação com novembro, quando havia tido leve recuo de 0,1%.

Na comparação com dezembro de 2012, o número de pessoas ocupadas na indústria caiu 1,7%. Foi a 27ª taxa negativa nesse indicador e a perda mais intensa desde setembro de 2012, segundo o IBGE.
Isso indica que o emprego no setor terminou 2013 pior do que começou e tende a demorar a reagir em 2014, segundo analistas.

O quadro contrasta com o da produção industrial, que embora tenha tido um desempenho fraco, ainda cresceu em 2013 1,2%.

É que o mercado de trabalho não resistiu a dois anos fracos do setor em 2012 a produção havia recuado e juros em alta, crédito em desaceleração e mercado de trabalho já com sinais de esgotamento não indicam uma retomada nem do consumo nem da indústria.

Com este cenário, as empresas ou adiam contratações ou demitem.




Rendimento


Apesar da perda de postos de trabalho na indústria, o rendimento cresceu 1,2% para os empregados do setor em razão da competição por mão de obra com ramos mais dinâmicos, como serviços e construção, e falta de mão de obra qualificada para alguns segmentos.

A renda (medida pelo total da folha de pagamento da industria) já começa a mostrar sinais de desaceleração, com queda na comparação anual em novembro (3,6%) e dezembro (2,9%).
De dezembro para novembro, na comparação mensal, a folha de pagamento ficou estável.