terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

ConAgra, Cargill e CHS adiam novamente joint venture


Em documento submetido à Securities and Exchange Commission (SEC), a ConAgra disse que o adiamento se deve ao processo de aprovação regulatória e outros fatores

Germano Lüders/EXAME
Fábrica da Cargill em Minas Gerais
Fábrica da Cargill: para obter aprovação regulatória, a ConAgra Foods, a Cargill e a CHS precisam vender quatro moinhos

Nova York - A ConAgra Foods, a Cargill e a CHS adiaram novamente a criação da joint venture que irá combinar os moinhos das três companhias na América do Norte.

Em documento submetido à Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA) na segunda-feira, 10, a ConAgra disse que o adiamento se deve ao processo de aprovação regulatória e outros fatores.

Inicialmente, a nova empresa, que se chamará Ardent Mills, seria criada no final de 2013.
Em novembro, a data foi postergada para o primeiro trimestre de 2014 e agora, para o segundo trimestre. 

O negócio vai unir a ConAgra Mills e a Horizon Milling, uma joint venture formada em 2002 entre a Cargill e a CHS, e resultará no maior player do setor.

Para obter aprovação regulatória, as três companhias precisam vender quatro moinhos, o que deve ocorrer antes ou ao mesmo tempo da criação da joint venture. 

Fonte: Dow Jones Newswires.

Oportunidade motiva brasileiros, aponta pesquisa da FGV/EAESP



No ano de 2002, apenas 42% das pessoas abriam uma empresa por acreditar na demanda de mercado; para as demais, o empreendedorismo era uma necessidade principalmente por não terem emprego. Assim, o índice de empreendedorismo por oportunidade alcançado em 2013 subiu para 71% – o maior em 12 anos.
Sete de cada dez brasileiros que abrem uma empresa tomam a iniciativa por identificar uma oportunidade para ganhar dinheiro como donos do próprio negócio. Esta é uma das conclusões da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) – realizada no Brasil em parceria com o Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios (GVCenn) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV/EAESP) e o Sebrae.

No ano de 2002, apenas 42% das pessoas abriam uma empresa por acreditar na demanda de mercado; para as demais, o empreendedorismo era uma necessidade principalmente por não terem emprego. Assim, o índice de empreendedorismo por oportunidade alcançado em 2013 subiu para 71% – o maior em 12 anos.

Ainda de acordo com o levantamento, metade dos negócios com até três anos e meio de atividade tem como donos jovens entre 18 e 34 anos, enquanto nas empresas há mais tempo no mercado apenas 25% dos proprietários são dessa faixa etária.  As mulheres também são maioria entre os novos empreendedores, chegando a 52%.

O melhor entre os BRICS



O Brasil teve o melhor desempenho no ranking de empreendedorismo por oportunidade entre os países dos BRICS (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul): quase 85% dos brasileiros consideram abrir uma empresa como boa opção de carreira, acima do percentual da Rússia (66%), Índia (61%), China (70%) e África do Sul (74%).

Nos Estados Unidos, o índice dos que desejam abrir o próprio negócio chega a 78% e, no Reino Unido, a 84%.

A pesquisa foi realizada em 68 países, a partir de entrevistas com 10 mil pessoas de 18 a 64 anos, de todas as regiões, além de 85 especialistas em empreendedorismo. 


Soros prova (de novo) por que é o melhor gestor do mundo


Fundo do bilionário, Quantum Endowment, registrou o maior ganho dentre todos os hedge funds em 2013

Akos Stiller/Bloomberg
George Soros, fundador do Soros Fund Management, posa para uma foto durante uma entrevista em Budapeste, na Hungria
Soros também fez fortuna com a derrocada da libra esterlina em 1992, ao apostar contra a moeda britânica cerca de 10 bilhões de dólares

São Paulo – Mais um recorde para o incansável George Soros. O fundo de hedge do bilionário, Quantum Endowment, registrou o maior ganho dentre todos os hedge funds em 2013, segundo levantamento da LCH Investments.

O Quantum apresentou um retorno de 5,5 bilhões de dólares, o segundo maior ganho de toda sua história. 
A alta do ano passado só não superou o desempenho visto em 2009, quando Soros e seu time alcançaram um retorno de 29%.


Pé no freio


Em 2011, depois de quase 40 anos de carreira, Soros decidiu pisar no freio e anunciar sua aposentadoria – antes, distribuiu um bilhão de dólares aos investidores do fundo.

Em uma carta, dois de seus cinco filhos afirmavam que o Quantum passaria a aplicar apenas com recursos familiares e não mais com o de terceiros. O motivo da decisão, de acordo com a nota, eram as novas propostas de regulamentação do mercado de fundos de hedge.

Soros também fez fortuna com a derrocada da libra esterlina em 1992, ao apostar contra a moeda britânica cerca de 10 bilhões de dólares.


Veja abaixo os cinco maiores fundos de hedge do mundo, segundo levantamento da LCH Investments.


Fundo Gestor Valor administrado (em US$ bilhões Ganhos líquidos desde o início do fundo (em US$ bilhões)
Quantum Endowment George Soros 28,6 39,6
Bridgewater Pure Alpha Ray Dalio 79 39,2
Paulson & Co. John Paulson 20,3 25,4
Baupost Seth Klarman 26,4 21,5
Appaloosa David Tepper 19,3 21,2

Sam Zell e Morgan Stanley se unem em novo negócio no Brasil


Investimentos conjuntos em empresa de autoarmazenagem GuardeAqui deve chegar a R$ 1 bilhão até 2019


GettyImages
Sam Zell, megainvestidor americano, dono da Equity International

Sam Zell: investimentos no mercado imobiliário e, agora, armazenagem

São Paulo - O bilionário americano Sam Zell quer agora lucrar com autoarmazenagem, lugares que são alugados para guardar produtos ou pertences. Para tanto, a GuardeAqui, empresa que faz parte da Equity International, fundo do megainvestidor, acaba de fechar uma joint venture com a área de investimento do Morgan Stanley para investir 1 bilhão de reais no negócios nos próximos cinco anos.

O GuardeAqui já atua no Brasil há alguns anos com oito galpões espalhados pela capital paulista, mineira e carioca, além das cidades de Campinas e Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Com o aporte, a ideia é ampliar o número para 50 empreendimentos até 2019 em vários outros estados do país. O número equivale a metade de todos os self storages existentes em todo o país hoje – a grande maioria deles fica em São Paulo.

A empresa calcula que, apenas no mercado americano, existam mais de 50.000 instalações deste tipo.
“Há uma tremenda oportunidade para o desenvolvimento do setor no Brasil, um mercado ainda caracterizado por oferta limitada e que oferece, ao mesmo tempo, condições demográficas favoráveis e de crescimento econômico”, disse Allan Paiotti, CEO do GuardeAqui.

A Equity International, fundo do investidor conhecido no Brasil por seus investimentos no mercado imobiliário, em especial na Gafisa, investe em empresas com alto potencial de crescimento fora dos Estados Unidos. O fundo dispõe de mais de 2 bilhões de dólares de ativos e investe em 25 empresas em 15 países.

Coca-Cola compra empresa para fazer cápsulas de refrigerante


Companhia pagou US$ 1,25 bilhão por 10% de participação na Green Moutain. As duas vão criar juntas cápsulas de bebidas para serem vendidas no futuro

Justin Sullivan/Getty Images
Garrafas de Coca-Cola
Coca em cápsula: no futuro, bebidas da marca poderão ser feitas em casa

São Paulo – Imagine ter uma cápsula para fazer sua própria Coca-Cola gelada em casa. Pode parecer mentira, mas a gigante de bebidas acaba de fechar um negócio que pode resultar nisso.

A Coca pagou 1,25 bilhão de dólares por 10% de participação na Green Mountain, uma empresa que produz máquinas e cápsulas para produção de café e bebidas quentes. O aporte vai ajudar na criação e lançamento, em outubro, de uma nova máquina para bebidas frias da Green Mountain.

Será nessas novas máquinas que as futuras cápsulas de refrigerantes da Coca-Cola poderão ser feitas. As empresas vão trabalhar juntas no produto pelos próximos dez anos, com a ideia de ofertar bebidas com e sem gás, como refrigerantes, chás e sucos.

Pelo acordo, a Green Mountain poderá trabalhar para outras marcas, mas será parceira exclusiva da Coca para produção e distribuição de seus refrigerantes em cápsulas. Um negócio que dará aos consumidores a chance de ter um pouco da fórmula secreta mais cobiçada do mundo em suas casas. 

Alibaba faz oferta por companhia de mapeamento digital


Acordo avalia a companhia chinesa de mapeamento digital e navegação AutoNavi em 1,45 bilhão de dólares

Carlos Barria/Reuters
Logo da empresa Alibaba, no chão

Alibaba: oferta representa um prêmio de 27 por cento sobre o valor de fechamento do ADR da AutoNavi na Nasdaq na sexta-feira, de 16,54 dólares

São Paulo - O Alibaba, maior empresa de comércio eletrônico da China, fez uma oferta de aquisição pela AutoNavi, em um acordo que avalia a companhia chinesa de mapeamento digital e navegação em 1,45 bilhão de dólares.

O Alibaba tem buscado expandir sua linha de produtos para competir melhor com as rivais Tencent e Baidu, particularmente em dispositivos móveis.

A AutoNavi disse nesta segunda-feira que o Alibaba fez uma proposta de aquisição dos 72 por cento da companhia que ainda não possui por 21 dólares o American Depositary Receipt (ADR), negociados em Nova York.

A oferta representa um prêmio de 27 por cento sobre o valor de fechamento do ADR da AutoNavi na Nasdaq na sexta-feira, de 16,54 dólares.

O Alibaba comprou uma fatia do serviço de microblogs da Sina Corp, o Weibo, no fim de abril do ano passado.

L'Oréal compra 8% de seu capital após acordo com a Nestlé


A operação será financiada com a cessão por parte da L'Oréal dos 50% que possui na Galderma

THOMAS SAMSON/AFP
Logo da L'Oréal

Logo da L'Oréal: com a operação, a família fundadora da L'Oréal, Bettencourt, passará a ter 33,1% das ações do grupo, contra 30,6% previamente

Paris - A L'Oréal, líder mundial no setor de cosméticos, anunciou nesta terça-feira a compra de 8% de seu capital em poder da suíça Nestlé, sem precisar alterar sua participação nos laboratórios farmacêuticos Sanofi.

O projeto de "operação estratégica" foi aprovado por unanimidade pelos conselhos de administração dos dois grupos reunidos na segunda-feira, informam Nestlé e L'Oréal em um comunicado conjunto.

A operação será financiada com a cessão por parte da L'Oréal dos 50% que possui na Galderma, uma empresa conjunta que possui com a Nestlé dedicada à dermatologia e avaliada em 3,1 bilhões de euros, e por um pagamento de 3,4 bilhões de euros (4,6 bilhões de dólares).

As ações compradas serão anuladas, o que terá um impacto positivo de 5% a partir do primeiro ano nos resultados da L'Oréal.

Com a operação, a família fundadora da L'Oréal, Bettencourt, passará a ter 33,1% das ações do grupo, contra 30,6% previamente.