segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Plano 2030 da Petrobras deve conviver com quinquenal


Segundos fontes, objetivo do plano estratégico 2030 é dar previsibilidade maior aos investimentos

Sabrina Lorenzi, da
Dado Galdieri/Bloomberg
Frentista abastasse carro em um posto de gasolina da Petrobras no Rio de Janeiro
Posto da Petrobras: companhia vai divulgar junto com resultado trimestral um planejamento estratégico de longo prazo

Rio de Janeiro - A Petrobras vai divulgar na terça-feira juntamente com o resultado trimestral um planejamento estratégico de longo prazo, com objetivos e metas inéditas para esta e a próxima década, em um plano que conviverá com seu programa de investimentos quinquenal.

O objetivo do Plano Estratégico 2030, como foi chamado, é dar previsibilidade maior aos investimentos, disseram duas fontes com conhecimento direto do assunto.

A petroleira enviou no final da noite de sexta-feira um convite a investidores para a apresentação de resultados financeiros do quarto trimestre do ano passado e a divulgação do Plano Estratégico 2030.

Paralelamente, a Petrobras manterá seu plano de negócios para um período mais curto, de cinco anos, com previsão de recursos para o período de 2014 a 2018, disseram as duas fontes, na condição de anonimato.

As fontes não informaram se este plano de negócios, de prazo mais curto, será divulgado juntamente com o planejamento para o período mais longo, na terça-feira.

A Petrobras atualiza anualmente o plano de negócios com investimentos previstos para cinco anos.

O Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 previu investimentos de 236,7 bilhões de dólares, com um valor de 207 bilhões de dólares referentes à carteira de projetos em implantação.

Agora, a companhia poderá estabelecer no plano de negócios mais uma faixa de Capex, segundo reiterou nesta segunda-feira do Itaú BBA em relatório.

Desta vez, segundo o banco, haverá uma terceira referência, provavelmente, um nível mínimo excluindo os projetos com flexibilidade para adiamento.

Os analistas sugerem que a execução do plano deverá levar em conta a evolução da relação entre a dívida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Petrobras, o aumento da produção e a paridade de preços.

"Esta poderia ser uma solução adequada do ponto de vista das agências de classificação de crédito", disse o Itaú BBA em relatório recente, acrescentando que desta forma a empresa poderia estabelecer patamares em relação aos níveis de dívida e aos gastos futuros.

A Petrobras deverá apresentar melhora nos resultados operacionais do último trimestre de 2013, devido aos preços maiores do petróleo e derivados, mas a expectativa é de redução do lucro líquido, afetado pelo câmbio e aumento das despesas com juros da dívida.

A média das cinco estimativas de bancos de investimentos obtidas pela Reuters apontam para um lucro líquido da Petrobras de 5,41 bilhões de reais no quatro trimestre, 30 por cento menor que o registrado no mesmo período de 2012.

Brasil lidera fraude em compra corporativa, aponta estudo

Levantamento com executivos que atuam no Brasil aponta que o índice de fraudes na área de compras supera a média mundial e de regiões com perfil semelhante, segundo pesquisa global de crimes econômicos divulgada pela PwC, grupo que presta serviços de auditoria e consultoria. Entre os cinco primeiros crimes apontados no ranking, a fraude em aquisições corporativas foi apontada por 44% dos 132 entrevistados, à frente da taxa global (29%), latino-americana (27%) e de mercados emergentes (36%).

A pesquisa ouviu mais de 5 mil pessoas em 95 países. Mais da metade (54%) eram empresários de organizações com mais de mil funcionários. O desvio de bens de empresas, que ocupa o topo da lista da PwC, tem índice de 72% no Brasil, semelhante à média geral (69%) e de outras regiões. Suborno e corrupção estão em terceiro lugar. Enquanto esse tipo de delito foi lembrado por 28% dos entrevistados no país e 27% dos ouvidos no mundo, a taxa em mercados emergentes chegou a 38%.

Entre os crimes mais citados, a ocorrência de cibercrimes fez o Brasil ficar com a menor taxa: 17%, enquanto o índice global foi de 24%. Na América Latina e em mercados emergentes, a porcentagem para o mesmo crime foi de 20% e 22%, respectivamente.

Da amostragem, 27% das companhias com atividades no país disseram já ter sofrido algum tipo de crime econômico. Mais de 30% dos empresários estimaram que as fraudes geraram prejuízo entre US$ 100 mil a US$ 1 milhão. A maioria deles disse ainda que o inimigo está próximo: 64% acreditam que o fraudador atua dentro da própria empresa.

Consultor Jurídico


Com informações da Global Economic Crime Survey 2014 da PwC.

GE gastará outros US$10 bilhões em pesquisa até 2020


Companhia quer intensificar a pesquisa focada em projetos energéticos complexos como extração de gás de xisto sem água e eficiência de turbinas a gás

Joe Raedle/Getty Images
Logotipo da General Electric
General Electric: projeto "ecoimaginação", formado em 2005 para focar de maneira ampla em sustentabilidade e outras questões ambientais e que já custou por volta de US$15 bilhões, tinha previsão de acabar no ano que vem

São Paulo - A General Electric quer intensificar a pesquisa focada em projetos energéticos complexos como extração de gás de xisto sem água e eficiência de turbinas a gás, ao reservar mais 10 bilhões de dólares até 2020 para orçamento de "ecoimaginação".

Os novos gastos devem ser anunciados pelo presidente-executivo Jeff Immelt ainda nesta segunda-feira.

O orçamento de pesquisa mostra quão dependente a GE se tornou da indústria de energia, sua área com crescimento mais rápido, ao passo que busca se tornar uma fornecedora dominante de equipamento e serviços para companhias de petróleo, gás natural e fontes alternativas de energia, num momento que os Estados Unidos passam por um boom energético sem precedentes.

Mesmo sem detalhar sobre quanto planeja gastar em seu orçamento principal de capital nos anos futuros, o novo compromisso da GE dá a investidores uma pista sobre quais serão as prioridades da companhia na próxima década.

O projeto "ecoimaginação", formado em 2005 para focar de maneira ampla em sustentabilidade e outras questões ambientais e que já custou por volta de 15 bilhões de dólares, tinha previsão de acabar no ano que vem. Os executivos estenderam o programa até 2020 com 10 bilhões de dólares adicionais.

Embora os objetivos gerais do projeto permaneçam, uma porcentagem maior dos recursos será direcionada a projetos relacionados a energia, um reconhecimento de onde Immelt e outros executivos veem o futuro da companhia fundada por Thomas Edison em 1892.


Cacau Show e Kopenhagen disputam mercado e funcionários


A concorrência entre os dois principais fabricantes de chocolates finos do Brasil mostra que, em um ano de crescimento econômico moderado, as boas oportunidades podem estar nos mercados mais competitivos.

Omar Paixão / VOCÊ S/A
Marina Gentil, gerente de expansão do Grupo CRM
Marina Gentil, gerente de expansão do Grupo CRM: passagem de cinco anos pela concorrente, Cacau Show

São paulo - O mercado de chocolates finos no Brasil é dominado por dois grandes concorrentes. De um lado está a Cacau Show, com 1.540 lojas e faturamento de mais de 2 bilhões de reais no ano passado. Do outro, o Grupo CRM, com faturamento de 760 milhões de reais e 345 lojas das marcas Kopenhagen, de 85 anos de tradição, e mais 460 da Chocolates Brasil Cacau.

Ambos vivem um momento de crescimento e, de certa forma, reposicionamento. A Cacau Show, até o fim do ano, deverá inaugurar uma loja-conceito em lugar ainda não definido, mas em formato parecido com o da loja premium da empresa, Café & Chocolate, aberta no fim do ano passado em um dos endereços com metro quadrado mais caro do Brasil: a avenida Faria Lima, em São Paulo, ao lado do shopping Iguatemi.

Com dois andares, o espaço oferece experiências ao consumidor, como montar a própria trufa ou tomar um cappuccino com chocolate, com direito a um chocolatinho de brinde, em uma confortável cadeira. Um ambiente bastante parecido com o da loja-conceito da Kopenhagen, aberta três meses antes na rua Oscar Freire, em São Paulo.

Também em 2013, a Cacau Show anunciou a compra do controle acionário da Brigaderia, rede de 11 lojas do docinho com toque gourmet que a Cacau Par, holding criada pelo presidente e fundador, alexandre Costa, pretende expandir para 50 até 2015.

Essas ações sinalizam uma tentativa da Cacau Par de se sofisticar e começar a atacar a concorrente num segmento que até então permanecia exclusivo da Kopenhagen, do grupo CRM.

"A Gol seguiu a mesma estratégia quando comprou a Varig, marca que já tinha tradição e era sinônimo de sofisticação”, afirma Eduardo Murad, professor e coordenador adjunto de comunicação do Ibmec, do Rio de Janeiro, especializado em planejamento de marketing e gestão de marcas.


Contratando no concorrente


A ofensiva da Cacau Par no segmento de luxo deverá movimentar o mercado de trabalho, a exemplo do que aconteceu anos atrás, quando o grupo CRM criou, em 2009, a marca Chocolates Brasil Cacau para tentar recuperar a liderança do mercado de chocolates finos, perdida em 2004 para a Cacau Show. 

Nas lojas da nova marca, os chocolates podem custar um quinto dos equivalentes da Kopenhagen. A estratégia de copiar a rival parece ter dado resultado, já que a marca mais jovem do CRM dobrou de tamanho no ano passado e ultrapassou a pioneira, Kopenhagen.

Para ter uma ideia, a rede Chocolates Brasil Cacau começou 2013 com 232 lojas e terminou o ano com 460. Com o crescimento exponencial, a fábrica do grupo CRM precisou mais do que dobrar sua força de trabalho, de 900 para 1 900 pessoas.

No escritório, em São Paulo, os 80 funcionários receberam mais 70 colegas em um ano, e o quadro deverá crescer em torno de 10% em 2014, para dar sustentação a essa rede de franquias que cresce três dígitos. 

Desses novos funcionários, sete vieram justamente da concorrente Cacau Par. "Busco talentos no mercado de franquias de alimentos. Pessoas que já passaram por lá podem ter uma trajetória que cabe hoje em nossa empresa", diz Daniella Marqueti, diretora de RH do Grupo CRM.

Uma dessas pessoas é a executiva Marina Gentil, gerente de expansão do Grupo CRM, de 34 anos. Marina passou quase cinco anos na Cacau Show e acredita que o fato de saber lidar com a ascensão de franquias "democráticas" a ajudou a conseguir o cargo. 

Para os especialistas, o intercâmbio de funcionários é comum entre empresas que competem no mesmo segmento. "Apareceu uma nova classe média, que exige melhores produtos e atendimento, mas não quer pagar o que a Kopenhagen cobra. O Grupo CRM fez essa nova marca para atingir um público maior sem precisar popularizar seu selo mais tradicional", afirma Eduar do Murad, do Ibmec.

Atender esse novo público exige certa expertise, e um jeito efciente de obtê-la é buscando talentos no concorrente. "O próprio Eike fazia isso: tirava as pessoas da Petrobras para trabalhar com ele, por exemplo", diz Eduardo.

"Quando existe a necessidade do concorrente de comprar conhecimento específco, como gerentes de operações, vendas, modelos de análise e expansão, isso acaba refetindo em uma disputa por mão de obra", afirma Leonardo de Souza, diretor executivo da Michael Page.

Em outras palavras, quando duas ou mais empresas estão crescendo e competindo, há mais oportunidades para profissionais daquela indústria. No caso do mercado de chocolates finos, ambos os grupos têm boas perspectivas para os próximos anos: a Cacau Show pretende chegar a 2.000 lojas e, para isso, precisará de mais profissionais com conhecimento em expansão, cuja atribuição seja buscar bons pontos comerciais para lojas e dar suporte aos franqueados.

Apesar de projetar um crescimento menos ambicioso, o Grupo CRM pretende alcançar a marca de 800 lojas da Chocolates Brasil Cacau e 380 da Kopenhagen até 2015, e também deverá precisar de profissionais com esse mesmo perfil.

Na Cacau Par, líder incontestável com 70% do mercado, não se admite a estratégia de copiar o modelo de negócio ou de buscar profissionais do concorrente para atuar em seus novos negócios no segmento de luxo.

"Prefiro trazer pessoas de outros mercados a procurar na concorrência. Conseguimos, em 25 anos, fazer muito mais do que eles em 85", alfineta o presidente, Alexandre Costa. "Como formo as pessoas aqui, não tenho mão de obra que me interesse em uma empresa como a Kopenhagen."

Mesmo assim, a ofensiva da Cacau Par no terreno do luxo ainda deve gerar muitas oportunidades. Com um caixa de 50 milhões de reais para investir, Alexandre está em negociação para produzir no Brasil os produtos de uma marca estrangeira de chocolates finos — belga ou suíça. De acordo com fontes do mercado, a mais cotada é a belga Godiva.

Foi justamente para a Bélgica que Alexandre enviou seu mais novo diretor de operações, Marco Aurélio Lauria, de 44 anos. Marco Aurélio começou a trabalhar na Cacau Par no dia 2 de janeiro e dois dias depois já estava embarcando para uma imersão no mundo dos chocolates finos.

Durante a expedição, o executivo visitou fábricas de chocolates e 15 lojas das principais marcas belgas, entre elas a Godiva, para analisar desde display dos produtos, embalagens, qualidade e composição do doce até a forma de atendimento. Sinal de que novos negócios podem estar prestes a ser fechados, com muitas contratações a caminho.

Sucessão de Guido Mantega gera fábrica de rumores


Guido Mantega está no cargo há quase 8 anos; veja 5 nomes apontados como possíveis sucessores



Nacho Doce/Reuters
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Ministro da Fazenda, Guido Mantega

O dia seguinte

São Paulo - Guido Mantega completa hoje 2.892 dias no comando do Ministério da Fazenda. Se ficar no cargo até 27 de março, vai ultrapassar o recorde de 8 anos de Pedro Malan e se tornar o ministro mais longevo da pasta na história do Brasil.

Durante o governo Dilma, sua atuação foi desgastada por baixo crescimento, inflação no teto da meta e o uso de mecanismos fiscais heterodoxos, a chamada "contabilidade criativa". 

Mantega já sinalizou que fica até o final da gestão, mas não para um eventual segundo mandato. De acordo com a Folha, o ex-presidente Lula acha que a equipe está com "prazo vencido" - o que colocou ainda mais fogo na usina de rumores sobre a sucessão.

Dilma ainda vai enfrentar uma campanha e é conhecida pelo estilo centralizador e imprevisível, mas as cartas estão na mesa. Veja a seguir:





Nelson Barbosa, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda

Nelson Barbosa

Quem é: Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, onde ficou entre 2007 e 2013
Ponto forte: tem relação antiga com a presidente Dilma, com quem trabalhou desde quando ela era ministra da Casa Civil
Ponto fraco: saiu do governo por "razões pessoais", mas reportagens apontam que ele havia perdido espaço para o secretário do Tesouro, Arno Augustin
De onde vem o rumor: Foi apontado como potencial sucessor por muito tempo e tem aparecido mais recentemente. Seu nome voltou a ser citado em reportagem da Folha publicada hoje.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini

Alexandre Tombini

Quem é: Atual presidente do Banco Central
Ponto forte: nome conhecido e respeitado pelo mercado
Ponto fraco: com sua saída, seria necessário encontrar um substituto para o BC
De onde vem o rumor: citada por reportagem do Valor Econômico em meados de 2013, a possibilidade voltou a ser apontada pela coluna de Ilimar Franco no Globo no início deste ano.



Henrique Meirelles da J&F

Henrique Meirelles

Quem é: Ex-presidente do Banco Central, faz parte do conselho da J&F
Ponto forte: tem credibilidade com o mercado financeiro e a simpatia do ex-presidente Lula
Ponto fraco: não tem uma boa relação com Dilma .
De onde vem o o rumor: citada pelo jornal O Globo e por outras fontes, a possibilidade voltou a aparecer em reportagem da Folha de hoje.


Conselheiro e ex-vice presidente do Banco Mundial, Otaviano Canuto, em visita ao Brasil em 2011

Otaviano Canuto

Quem é: Ex-secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e atual consultor sênior para economias em desenvolvimento do Banco Mundial (veja entrevista)
Ponto forte: currículo e experiência
Ponto fraco: não mora no Brasil e já não faz parte do governo há alguns anos De onde vem o o rumor: De acordo com o Correio Braziliense, a Folha e O Globo, o ex-ministro Antonio Palocci tentou emplacar a indicação em meados do ano passado.

 Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado

Luciano Coutinho

Quem é: Atual presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)
Ponto forte: tem boa circulação no meio empresarial e político
Ponto fraco: a relação com Dilma teria "azedado" recentemente.
 De onde vem o rumor: havia sido cotado para o cargo no início do governo Dilma. Petistas voltaram a defender a candidatura recentemente, de acordo com o jornal O Globo.

Cosan confirma proposta para incorporação da ALL pela Rumo

Terminal da Cosan no Porto de Santos, em Santos
Por Fábio Pupo | Valor
 
SÃO PAULO  -  (Atualizada às 12h12) O grupo sucroalcooleiro e de infraestrutura Cosan confirmou nesta segunda-feira que apresentou ao grupo de concessões de ferrovias América Latina Logística (ALL) uma proposta vinculante para incorporação da ALL pela Rumo – braço logístico da Cosan — conforme antecipado pelo Valor em reportagens neste mês.

Segundo fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a proposta consiste na incorporação da totalidade das ações de emissão da ALL. Serão atribuídas aos atuais acionistas da Rumo 36,5% das ações da nova companhia. Os atuais acionistas da ALL ficarão com 63,5% do capital.

O texto destaca que a proposta considera um valor de referência para a ALL de R$ 6,958 bilhões, equivalente a um preço implícito de R$ 10,184 por ação, e para a Rumo de R$ 4 bilhões, o que corresponde a um preço implícito de R$3,90 por ação.

O comunicado informa que a Cosan será responsável por indicar a maioria dos conselheiros da companhia combinada.

A ALL deve submeter a  proposta à deliberação de seu conselho de administração em até 40 dias a partir de hoje. Sendo aprovada a proposta, o conselho deve, então, convocar a assembleia geral, que será realizada  em até 30 dias, para votar a respeito da incorporação de ações.

O comunicado ressalta que a associação é sujeita a condições, sendo três principais. A primeira delas é que a Rumo deverá obter seu registro de companhia aberta e, simultaneamente à operação, ingressará no Novo Mercado da BM&FBovespa.

A segunda é que o acordo deve receber das aprovações  regulatórias  por parte do  Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Por último, a proposta deve obter todas as aprovações societárias e de terceiros necessárias, na forma da legislação aplicável e dos estatutos sociais das companhias.

A Cosan avalia que a associação “permitirá a captura de sinergias e otimização da utilização dos ativos ferroviários e portuários das duas companhias bem como a realização de investimentos que levarão a malha ferroviária atualmente operada pela ALL para melhor aproveitamento  da capacidade de originação e escoamento de cargas de cada empresa”.

Também nesta segunda-feira, a Cosan informou que vai propor aos acionistas a cisão parcial de seus ativos para a criação da Cosan Logística e da Cosan Energia.

A Cosan Logística será responsável pelo investimento na Rumo Logística e a Cosan Energia, pelos investimentos na Raízen, Comgás, Cosan Lubrificantes e Radar. Ambas as companhias terão capital aberto e serão listadas no segmento do Novo Mercado da BM&FBovespa.

A Cosan Logística deverá ser o veículo de investimento dos atuais acionistas da Cosan na Rumo Logística e, futuramente, caso seja aprovada a associação entre a Rumo Logística e a ALL, o veículo de investimento na companhia resultante desta associação.

O grupo nota que a cisão “proporcionará ao mercado maior visibilidade sobre a performance isolada de cada uma das companhias, permitindo aos acionistas e investidores uma melhor avaliação de cada ramo de negócio, d e forma a permitir a alocação de recursos de acordo com seus interesses e estratégia de investimento”.

UE e Brasil tentam impulsionar negociação entre Europa e Mercosul


A União Europeia (UE) e o Brasil realizam nesta segunda-feira uma cúpula na qual esperam dar um impulso definitivo à negociação de um acordo de associação entre o bloco europeu e os países do Mercosul, estagnada há anos.
A UE é o destino principal das exportações e importações do Brasil Foto: AP
A UE é o destino principal das exportações e importações do Brasil
Foto: AP

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, junto com os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, farão um balanço das negociações que as partes retomaram em 2010 sem grandes avanços desde então.

"Esta cúpula será uma ocasião importante para confirmar nosso compromisso conjunto de conseguir um ambicioso e equilibrado acordo UE-Mercosul", disse Barroso dias antes da reunião.

O objetivo é continuar o cumprimento dado pelos 28 países europeus de negociar "com todo o grupo", apesar das diferenças expressadas pelos membros do bloco sul-americano, segundo fontes comunitárias. Os dirigentes falarão, por outro lado, de sua cooperação em âmbitos como investimentos, tecnologia e educação.

A UE é o destino principal das exportações e importações do Brasil, enquanto que as empresas europeias são as que mais transferem tecnologia e inovação para Brasil e América Latina.

Nesse contexto, os líderes respaldarão os trabalhos de um grupo de especialistas para fomentar a competitividade e os investimentos, assim como um plano de ação para conseguir objetivos nesse terreno.

Está previsto também que façam um balanço das negociações de um novo acordo bilateral de transporte aéreo que abriria seus mercados, criaria renovadas oportunidades de investimento e melhoraria o âmbito operacional e comercial para suas companhias aéreas.

Além disso, revisarão os progressos para criar um consórcio euro-brasileiro para esticar um cabo submarino entre as duas partes que melhore as conexões telefônicas e de internet entre o subcontinente sul-americano e o europeu.

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