quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Loja colaborativa leva conceito da web 2.0 a negócio físico




Óculos escuros, canecas, vestidos, camisetas, miniaturas, brincos, colares, chapéus, ímãs de geladeira, cinzeiros, chaveiros, lenços, anéis. Cada item de uma marca, a poucos passos de distância do outro e sem nenhum vendedor para apresentá-lo. Com a proposta de ser uma “loja colaborativa”, a Endossa vem conquistando clientes e empreendedores graças a um modelo que aplica princípios do e-commerce a um estabelecimento concreto.

“A Endossa é fruto de diversas tentativas de adaptar conceitos da web 2.0 para um negócio físico. Buscamos criar um modelo que ajudasse as pessoas a ‘publicar’ seus produtos, e que ao mesmo tempo incorporasse mecanismos de ‘ranking e sugestão’ comuns em sites e e-commerces”, explica Carlos Margarido, um dos sócios do empreendimento.

Na prática, a loja funciona como uma ponte entre pequenos fabricantes e consumidores. O espaço é formado por vários pequenos nichos em forma de quadrado, que são alugados para diferentes produtores exporem seus produtos. Cada locatário é responsável por customizar o seu quadrado. Já o consumidor circula livremente pelo estabelecimento, escolhe o que é do seu agrado e paga diretamente no caixa, onde o item é liberado para deixar o local sem disparar o alarme da entrada.

“Ao assinar contrato com a loja, o empreendedor se compromete a bater determinada meta de vendas. Caso ele não atinja o ‘endosso’ do consumidor por três meses consecutivos, será substituído por outro vendedor na lista de espera. Somos construídos pelas ideias de quem vende e pelas escolhas de quem compra”, afirma Helena Napoleone, gerente do check-in (administração da entrada de produtos) da loja.

A Endossa surgiu em São Paulo, em março de 2008, criada por três estudantes de publicidade e marketing. Pensada como um espaço para transformar ideias em negócios concretos e colocar novas marcas no mercado, ela hoje é uma franquia com quatro lojas: duas em São Paulo (uma na rua Augusta, com 201 boxes, e outra no Centro Cultural São Paulo, que abriga 102 marcas); uma em Curitiba, com 47 nichos; e uma em Brasília, com 93 espaços expositivos.

“O expositor não precisa de funcionários ou burocracia. Ele acompanha as vendas em tempo real pela internet e tem todas as vantagens de um ponto de varejo físico para divulgar seus negócios”, acrescenta Carlos.

Os empreendedores interessados em participar da iniciativa têm de se cadastrar no site da Endossa para entrar em uma fila de espera. De acordo com o sócio, quem se cadastrar hoje na Augusta terá de aguardar cerca de 1 ano para conseguir um espaço. Já nas outras unidades, a espera é de no máximo dois meses. No entanto, a paciência promete ser bem recompensada. “Temos um público muito diversificado, na sua maioria jovem. Todos adoram o ambiente, tanto pela música como pela variedade de produtos que temos a oferecer, o que faz com que a concorrência seja grande para participar”, afirma Helena.

As lojas da franquia funcionam todos os dias da semana. De segunda a quinta, elas ficam abertas das 12h às 20h; na sexta e no sábado, das 12h às 22h; e no domingo, das 15h às 22h.

A empresa não tem ponto, como cobrar horas extras?


Especialista explica como receber o pagamento pelas horas extras mesmo quando a empresa não registra os horários da jornada de trabalho

Editado por Talita Abrantes, de
Divulgação
Relógio da marca Patek Philippe
A empresa deve ser responsável por registrar suas jornadas. Se não o faz, a sua versão é pressuposta como verdadeira perante a justiça

Trabalhei como CLT por oito meses sem nenhum tipo de registro de horário. Trabalhava cerca de 60 horas semanais. Posso cobrar essas horas-extras?

Resposta do advogado Marcelo Costa Mascaro Nascimento, sócio majoritário do escritório Mascaro Nascimento Advocacia Trabalhista.
Sim, você tem direito a todas as horas extras trabalhadas mesmo neste caso. E mais: quem teve sua jornada ampliada deve receber um adicional de no mínimo 50% sobre o valor do salário-hora para cada hora extra. Caso tenha trabalhado no domingo (ou no dia determinado para seu descanso), o acréscimo é maior, de 100%.

Agora, o que fazer se a empresa não faz registros de horários? Primeiro, é necessário entrar com uma ação na Justiça do Trabalho e requerer que a empresa junte cartões de pontos que comprovem a sua jornada de trabalho.

Se a companhia tiver mais de dez funcionários, cabe a ela controlar a jornada de trabalho de cada profissional e apresentar os registros ao juiz. Se ela não faz isso, a justiça entende como verdadeiro aquilo que foi descrito pelo funcionário.

Para dar mais peso à ação, é importante conseguir testemunhas que confirmem as horas extras declaradas por você perante o juiz. No máximo, escolha três pessoas que prestem este depoimento.

Dê preferência a colegas que trabalharam todo período com você, principalmente aqueles que o presenciaram executando as horas extras. (Conforme está descrito no Artigo 74 da CLT e na Súmula 338 do TST).

Por outro lado, se a sua empresa possui banco de horas regulamentado com o sindicato e caso você tenha compensado as horas trabalhadas a mais por descansos dentro das regras do banco de horas, não cabe este tipo de pagamento.

Vale espanta pessimismo e ganha destaque na Bovespa


Em 2013, a companhia acumulou um lucro líquido de 584 milhões de dólares

AGENCIA VALE/Divulgação
Jazida de ferro na mina da Vale, no terminal de Ponta da Madeira
Vale: adesão ao Refis no fim do ano passado trouxe grande impacto aos números da companhia

São Paulo – As ações da Vale começaram o dia em alta, após a divulgação do balanço da empresa. A ação ordinária (VALE3) subia 2,55% às 10:15 horas, enquanto a ação preferencial classe A (VALE5) tinha alta de 2,34% e o Ibovespa subia 0,92%, a 47.026 pontos.

Em seu balanço, a empresa apresentou prejuízo no último trimestre, de 6,451 bilhões de dólares. O prejuízo dos últimos três meses de 2013 foi pior que o prejuízo de 3,83 bilhões de dólares esperados por analistas.
A adesão ao programa de refinanciamento de dívidas tributárias (Refis) do governo federal no fim do ano passado trouxe grande impacto aos números da companhia. Na época, a Vale estimava que a adesão ao Refis teria impacto de 20,725 bilhões de reais sobre o lucro apurado em 2013. Com o acordo, a empresa terá de desembolsar, ao todo, 22,325 bilhões de reais, sendo que 5,965 bilhões de reais foram pagos à vista no fim de novembro.

Em 2013, a companhia acumulou um lucro líquido de 584 milhões de dólares, ante um lucro de 5,454 bilhões de dólares em 2012 – queda de quase 90%. Em 2013, a produção de minério de ferro da Vale recuou 3%, para 299,79 milhões de toneladas, o volume ficou um pouco abaixo da meta de produção da companhia, de 306 milhões de toneladas para 2013.

Rodolfo Amstalden, da Empiricus, gostou do balanço da empresa. “A Vale foi afetada no quarto trimestre por dois efeitos não recorrente, o Refis e a baixa de alguns ativos (...) Se você olhar para o que é realmente operacional em Vale, vai perceber que eles estão economizando, cumpriram à risca, ao contrário da Petrobras, o programa de desinvestimentos de ativos”, afirmou em seu boletim diário de mercado.
A empresa realiza nesta manhã sua teleconferência sobre o resultado.
 
http://exame.abril.com.br/mercados/cotacoes-bovespa/acoes/VALE3
 

PCC tem plano para resgatar Marcola e mais três presos


Um avião e dois helicópteros com as cores da Polícia Militar são alguns dos equipamentos que a facção está reunindo para o audacioso plano

Marcelo Godoy, do
Shad Gross/stock.XCHNG
Cadeia
Cadeia: a facção começou seu plano em janeiro do ano passado

São Paulo - Um avião Cessna 510, um helicóptero Bell e um Esquilo blindado e com as cores da Polícia Militar armado com uma metralhadora calibre .30.

Esses são alguns dos equipamentos que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está reunindo para o mais audacioso plano de fuga montado pela facção: o resgate de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e outros três líderes, obtido pelo Estado e revelado no estadao.com.br. Para a polícia, a tentativa de resgate pode ocorrer a qualquer momento.

As informações estão em um relatório sigiloso preparado pela inteligência das Polícias Civil e Militar e pelo Ministério Público Estadual (MPE) em mãos da Justiça paulista. 

Para que o plano dê certo, três integrantes da facção tiveram aulas de voo em 2013 no Campo de Marte, na zona norte da capital. O professor dos bandidos foi, segundo o relatório, Alexandre José de Oliveira Junior, copiloto do helicóptero do deputado federal Gustavo Perrella (SDD-MG).

Oliveira Junior foi preso em 25 de novembro do ano passado no Espírito Santo pela Polícia Federal quando descarregava 450 quilos de cocaína de um helicóptero - a aeronave pertencia ao deputado. A facção começou seu plano em janeiro do ano passado. 

Os bandidos montaram uma base em Porto Rico, no Paraná. De lá, iriam de carro até o Aeroporto de Loanda, também no Paraná, que seria o ponto central do plano.

Aeronaves compradas em São Paulo ou sequestradas pousariam em Loanda, na região de Maringá, onde carregariam a tropa de assalto do PCC. Seriam dois helicópteros - o Esquilo é o modelo usado pela PM. A intenção dos bandidos era camuflá-lo para que policiais que guardam a muralha da Penitenciária-2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, o confundissem com uma helicóptero Águia.

A outra aeronave carregaria a metralhadora e daria proteção ao Esquilo. Durante a aproximação, Marcola, Claudio Barbará da Silva, Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden, e Luiz Eduardo Marcondes Machado, o Du Bela Vista, sairiam de suas celas em direção ao pátio interno. As grades delas já estão serradas e camufladas. Os quatro bandidos subiriam em um cesto blindado, preso ao helicóptero. 

Norambuena
O plano é semelhante ao executado em 30 de dezembro de 1996 pela Frente Patriótica Manoel Rodriguez (FPMR) para resgatar quatro de seus líderes detidos no CAS (Cárcere de Alta Segurança), em Santiago, no Chile. 

A ação tirou da cadeia, entre outros, Maurício Hernandez Norambuena, o chefe da FPMR, que seis anos mais tarde seria preso em Serra Negra, no interior de São Paulo, quando liderava o sequestro do publicitário Washington Olivetto.

Do Aeroporto de Loanda, os quatro criminosos do PCC seriam levados para fora do País, provavelmente em um Cessna 510. O destino seria o Paraguai, onde seriam aguardados por Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, que gerenciaria o tráfico de drogas para Marcola.

Só em dois voos feitos com aeronaves para testes do plano de resgate, a facção teria gasto, na primeira semana deste mês, R$ 35 mil. No dia 14, policiais do Paraná informaram aos colegas paulistas que haviam identificado um Cessna 510 que havia pousado em Loanda. A suspeita é de que ele seria usado. Eles não conseguiram, entretanto, o registro de um helicóptero usado nos voos de teste do PCC.

O atual plano substituiu outro, detectado em 2011 e 2012 em escutas telefônicas, conhecido como Cachorro Quente. Naquela época, o objetivo era fugir pelo solo. Para tanto, o PCC montou um arsenal com fuzis e pretendia sequestrar funcionários para ter acesso ao presídio. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Tradicional hotel carioca, Copacabana Palace terá novo nome


A partir de março, um dos hotéis mais famosos do Brasil passará a se chamar Belmond Copacabana Palace

Lucro líquido da Airbus sobe 22% no ano fiscal de 2013


O lucro subiu para 1,465 bilhão de euros

Marcelo Ribeiro Silva e com informações da Dow Jones Newswires, do
x3.wolfgang/ Creative Commons
Airbus A380
Avião Airbus A380: a receita da companhia teve alta de 5%, para 59,256 bilhões de euros

São Paulo - A Airbus anunciou nesta quarta-feira que seu lucro líquido subiu 22% no ano fiscal de 2013, para 1,465 bilhão de euros, na comparação com o ganho de 1,197 bilhão de euros do ano anterior. A receita da companhia teve alta de 5%, para 59,256 bilhões de euros, na mesma base de comparação.

Outro dado da empresa observado de perto pelos agentes do mercado é o lucro antes de juros e impostos (Ebit) com exclusão de itens especiais, que subiu 24% em 2013, para 2,661 bilhões de euros.

No quarto trimestre de 2013, o lucro líquido da Airbus recuou 15% frente ao mesmo período do ano anterior, passando de 317 milhões de euros para 270 milhões de euros. Já a receita permaneceu inalterada entre outubro e dezembro, na mesma base de comparação, atingindo 19,29 bilhões de euros.

Em seu comunicado, a companhia informou que espera que a receita de 2014 continue estável em relação à reportada no ano passado e que pretende atingir um nível de equilíbrio do fluxo de caixa livre antes de aquisições em 2014.

Além disso, a Airbus acredita que o retorno sobre as vendas terá crescimento moderado neste ano e manteve a meta para 2015.

A forte demanda pelo A320ceo e a expectativa de que o A320neo consiga atingir o mesmo nível de procura elevou a estimativa de produção das aeronaves A320 para 46 por mês a partir do segundo trimestre de 2016.

Por que a Ambev espera vender mais cerveja em 2014


Gigante de bebidas diz que vai reverter queda de 3,7% nas vendas de 2013

Divulgação/Ambev
Planta da Ambev
Planta da Ambev: gigante de bebidas espera reverter queda nas vendas de 2013 ainda neste ano

São Paulo – A Ambev apresentou nesta quarta-feira, resultados acima do esperado pelos analistas. Seus lucros chegaram a 11,3 bilhões de reais, valor 9% maior que o ano passado.

O bom resultado, porém, aconteceu não por conta das vendas, mas apesar delas.
2013 foi um ano ruim para a indústria de alimentos e bebidas em geral, com aumento da inflação, dos impostos e, no caso específico das bebidas, um verão curto e frio. A Ambev sentiu o peso desses fatores e suas vendas caíram 3,7% no ano. 

Para 2014, porém, a gigante de bebidas espera reverter esse quadro, e tem motivos para isso:

1. Um ano mais quente
O ano de 2013 foi atipicamente frio. O verão durou pouco e o inverno foi um dos mais rigorosos da história do país. Em 2014, o Brasil vivencia um dos verões mais quentes já vistos e é esperado que as temperaturas ao longo do ano não fujam muito da média histórica, como ocorreu no ano passado.


2. Carnaval atrasado
“Em anos em que o carnaval chega tarde, como é o caso deste, é como se o verão, as férias e as viagens fossem estendidas, o que impulsiona nossas vendas”, explicou Nelson Jamel, vice-presidente da Ambev, em conferência para jornalistas.


3. Copa do Mundo
Para o executivo, a Copa do Mundo tem grande potencial de impulsionar as vendas da companhia. “No ano passado, o único mês em que não caímos nas vendas foi o período em que aconteceu a Copa das Confederações, que era um torneio muito menor”, afirmou. “O evento deste ano terá quatro vezes mais jogos, será mais longo e envolverá mais cidades”, disse.


4. Queda da inflação
A partir da segunda metade de 2013, já foi possível sentir uma redução na inflação dos preços de alimentos e bebidas, que derrubaram as vendas da Ambev no primeiro trimestre em mais de 8%, o pior resultado trimestral desde 2005. Em 2014, a companhia prevê que a inflação se estabilize para o setor, o que impediria o aumento dos preços.


5. Estagnação dos impostos
Além da inflação, outro fator que deve contribuir para manter os preços é o não aumento dos impostos sobre a cerveja, que também ocorreu no ano passado. Por conta disso, a Ambev criou, no início do verão, a campanha “Verão sem aumento”, para pedir aos postos de venda que não inflacionassem o preço das bebidas só por conta do calor, para que o consumo voltasse finalmente a subir. Mais de 500 mil pontos aderiram à iniciativa.