Corrupção na Petrobras seria o principal motivo
para o pessimismo
Marcos Graciani
graciani@amanha.com.br
Em um
novo editorial, o jornal britânico Financial Times destacou que as
perspectivas para o setor de petróleo no Brasil são "sombrias" e que
podem atingir o pré-sal. Há dúvidas de que o Brasil se torne um dos cinco
maiores produtores de petróleo do mundo em 2020, ideia que foi lançada logo
após a descoberta do pré-sal, em 2007.
"Analistas
e executivos do setor dizem que a exploração do pré-sal pode ser a maior vítima
da crise que aflige a Petrobras, juntamente com o sonho de se tornar uma das
cinco maiores produtores mundiais de petróleo do mundo em 2020 no Brasil",
destacou o FT.
O jornal
ressalta que, enterrado sob uma camada de sal de até dois quilômetros de espessura
no fundo do mar ao largo da costa sudeste do Brasil, as descobertas do pré-sal
são estimadas para conter pelo menos tanto quanto os quase 60 bilhões de barris
de petróleo no Mar do Norte. A descoberta provocou euforia quando os primeiros
grandes depósitos foram descobertos em 2007, segundo o texto do editorial.
Contudo,
após ouvir analistas, o jornal ressalta que o robusto programa de investimentos
da Petrobras na camada do pré-sal pode "não ser mais viável". Além do
escândalo de corrupção, a queda do preço de petróleo também pode inviabilizar a
produção de petróleo no pré-sal, uma vez que o ponto de equilíbrio para a
produção é de US$ 45 o barril.
"Se
a Petrobras, que detém quase um monopólio sobre a produção do petróleo e gás no
Brasil, for forçada a cortar seus investimentos no pré-sal, os efeitos seriam
sentidos muito além da indústria", alertam analistas ouvidos pelo FT.
Assim, fundos de pesquisa e desenvolvimento e até escolas e hospitais no Brasil
poderiam ser privados de bilhões de dólares prometidos a eles a partir dos
lucros do pré-sal e royalties.
Além
disso, embora as empresas chinesas pudessem preencher algumas das lacunas na
indústria, a crise na Petrobras já está batendo na estagnada economia do
Brasil. Há perda de empregos no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, estados
que são base da cadeia de construção naval do Brasil, ressalta o jornal.
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Sonho do Brasil no pré-sal pode acabar, diz FT
Corrupção na Petrobras seria o principal motivo para o pessimismo
Em um novo editorial, o jornal britânico Financial Times destacou
que as perspectivas para o setor de petróleo no Brasil são "sombrias" e
que podem atingir o pré-sal. Há dúvidas de que o Brasil se torne um dos
cinco maiores produtores de petróleo do mundo em 2020, ideia que foi
lançada logo após a descoberta do pré-sal, em 2007.
"Analistas e executivos do setor dizem que a exploração do pré-sal pode ser a maior vítima da crise que aflige a Petrobras, juntamente com o sonho de se tornar uma das cinco maiores produtores mundiais de petróleo do mundo em 2020 no Brasil", destacou o FT.
O jornal ressalta que, enterrado sob uma camada de sal de até dois quilômetros de espessura no fundo do mar ao largo da costa sudeste do Brasil, as descobertas do pré-sal são estimadas para conter pelo menos tanto quanto os quase 60 bilhões de barris de petróleo no Mar do Norte. A descoberta provocou euforia quando os primeiros grandes depósitos foram descobertos em 2007, segundo o texto do editorial.
Contudo, após ouvir analistas, o jornal ressalta que o robusto programa de investimentos da Petrobras na camada do pré-sal pode "não ser mais viável". Além do escândalo de corrupção, a queda do preço de petróleo também pode inviabilizar a produção de petróleo no pré-sal, uma vez que o ponto de equilíbrio para a produção é de US$ 45 o barril.
"Se a Petrobras, que detém quase um monopólio sobre a produção do petróleo e gás no Brasil, for forçada a cortar seus investimentos no pré-sal, os efeitos seriam sentidos muito além da indústria", alertam analistas ouvidos pelo FT. Assim, fundos de pesquisa e desenvolvimento e até escolas e hospitais no Brasil poderiam ser privados de bilhões de dólares prometidos a eles a partir dos lucros do pré-sal e royalties.
Além disso, embora as empresas chinesas pudessem preencher algumas das lacunas na indústria, a crise na Petrobras já está batendo na estagnada economia do Brasil. Há perda de empregos no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, estados que são base da cadeia de construção naval do Brasil, ressalta o jornal.
- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/156#sthash.RF3b7lOc.dpuf"Analistas e executivos do setor dizem que a exploração do pré-sal pode ser a maior vítima da crise que aflige a Petrobras, juntamente com o sonho de se tornar uma das cinco maiores produtores mundiais de petróleo do mundo em 2020 no Brasil", destacou o FT.
O jornal ressalta que, enterrado sob uma camada de sal de até dois quilômetros de espessura no fundo do mar ao largo da costa sudeste do Brasil, as descobertas do pré-sal são estimadas para conter pelo menos tanto quanto os quase 60 bilhões de barris de petróleo no Mar do Norte. A descoberta provocou euforia quando os primeiros grandes depósitos foram descobertos em 2007, segundo o texto do editorial.
Contudo, após ouvir analistas, o jornal ressalta que o robusto programa de investimentos da Petrobras na camada do pré-sal pode "não ser mais viável". Além do escândalo de corrupção, a queda do preço de petróleo também pode inviabilizar a produção de petróleo no pré-sal, uma vez que o ponto de equilíbrio para a produção é de US$ 45 o barril.
"Se a Petrobras, que detém quase um monopólio sobre a produção do petróleo e gás no Brasil, for forçada a cortar seus investimentos no pré-sal, os efeitos seriam sentidos muito além da indústria", alertam analistas ouvidos pelo FT. Assim, fundos de pesquisa e desenvolvimento e até escolas e hospitais no Brasil poderiam ser privados de bilhões de dólares prometidos a eles a partir dos lucros do pré-sal e royalties.
Além disso, embora as empresas chinesas pudessem preencher algumas das lacunas na indústria, a crise na Petrobras já está batendo na estagnada economia do Brasil. Há perda de empregos no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, estados que são base da cadeia de construção naval do Brasil, ressalta o jornal.