terça-feira, 26 de maio de 2015

Altice busca financiamento para oferta por Time Warner Cable




Patrick Fallon/Bloomberg
Capacete de um técnico da Time Warner Cable em Manhattan Beach, Califórnia
Time Warner Cable: as conversas destacam as intenções da Altice de perseguir um acordo com a Time Warner Cable 


 
O grupo francês de telecomunicações Altice está em conversas com vários bancos sobre uma emissão de dívida para realizar uma oferta pela Time Warner Cable, a segunda maior operadora de serviços a cabo dos Estados Unidos, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

As conversas destacam as intenções da Altice de perseguir um acordo com a Time Warner Cable, que também está sendo procurada pela Charter Communications depois que a Comcast abandou sua oferta de 45,2 bilhões de dólares pela TWC no mês passado devido a preocopações antitruste nos EUA.

CVM suspende oferta do Ibis Ibirapuera feita pela Bavete




Divulgação/Ibis Ibirapuera
Ibis Ibirapuera
Ibis Ibirapuera
 
Fátima Laranjeira, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu por até 30 dias a oferta pública de distribuição de contratos de investimento coletivo relacionados ao empreendimento Ibis Ibirapuera, da Bavete Empreendimentos Imobiliários.

A decisão ocorreu devido ao uso de material publicitário irregular, por meio de e-mail a clientes e canais de comunicação na internet, como no site www.invistanohotel.com.br/ibis e vídeos no You Tube, afirmou a CVM, que ressaltou que a SRE já havia alertado a empresa sobre infração semelhante em outras duas oportunidades.

A área técnica ainda determinou a publicação imediata de comunicado ao mercado informando sobre a suspensão, sem prejuízo das demais providências cabíveis em relação à oferta.

A suspensão poderá ser revogada, dentro do prazo acima indicado, se a irregularidade for corrigida, caso contrário, a oferta será cancelada, diz a CVM em comunicado.


Alvo de protestos, Uber adota tom conciliatório na China



Raul Aragao/I Hate Flash
Logo do Uber
Uber: a empresa vem tentando forjar laços mais próximos com governos locais, numa tentativa de combater protestos de firmas de táxi
 
Da REUTERS


Xangai/Guiyang - O Uber vem liderando um esforço de aproximação com governos na China, no momento em que o controverso aplicativo de serviço de transporte de passageiros, avaliado em 40 bilhões de dólares, enfrenta invasões em seus escritórios e uma repressão contra seus motoristas, que são vistos como atuando ilegalmente.

Numa conferência de tecnologia na China, o presidente-executivo do Uber, Travis Kalanick, pediu que governos e líderes locais trabalhem em colaboração com o Uber, um tom similar ao adotado por líderes da Microsoft e da Qualcomm, que recentemente têm sofrido maior escrutínio no país.

"Tudo o que fazemos está focado em tornar as cidades melhores. Os benefícios chegam às cidades quando o Uber trabalha com o governo local e líderes locais para tornar este progresso uma realidade", disse ele, acrescentando que o Uber criou mais de 60 mil empregos na China só no mês passado.

Pessoas com conhecimento do assunto disseram que o Uber vem tentando forjar laços mais próximos com governos locais, numa tentativa de combater protestos de firmas de táxi, invasões em seus escritórios e rivais locais bem conectados.


Charter Communications comprará Time Warner Cable


Mike Blake/Reuters
Escritório da Time Warner Cable em Carlsbad, nos Estados Unidos
A aquisição feita pela Charter transformará a empresa em uma das maiores operadoras de banda larga e televisão paga dos EUA 

Nova York - A Charter Communications vai comprar a Time Warner Cable por US$ 55 bilhões, em um acordo que avalia as ações da empresa alvo em US$ 195 cada, um prêmio de 14% sobre o valor do fechamento dos papéis na sexta-feira passada. 

Incluindo dívida, o acordo chega a US$ 78,7 bilhões. No pré-mercado em Nova York, as ações da Charter subiam 4,09% e as da Time Warner Cable avançavam 7,78%.

A aquisição feita pela Charter, que é apoiada pela Liberty Broadband, do magnata do setor John Malone, transformará a empresa em uma das maiores operadoras de banda larga e televisão paga dos EUA. 

O acordo surge apenas um mês depois de a Time Warner Cable ser novamente colocada à venda após a Comcast cancelar a planejada fusão de US$ 45,2 bilhões entre as duas companhias em razão da oposição de órgãos reguladores.

O acordo entre a Charter e a Time Warner Cable também deve ser analisado pelas autoridades.
Como parte da transação, a Charter também vai se fundir com a operadora menor Bright House Networks. A empresa resultante terá um total de 23 milhões de clientes, atrás apenas dos 27 milhões de clientes da Comcast.

A Charter, que possui 5,9 milhões de assinantes residenciais em mais de 25 estados norte-americanos, e Malone acreditam que o aumento de escala ajudará a companhia a enfrentar um momento difícil para o setor de televisão a cabo. As operadoras estão enfrentando a queda no número de clientes e a concorrência de fornecedoras de vídeos, como Netflix e Apple. Fonte: Dow Jones Newswires.

Imposto sobre fortunas foi barrado por Levy, diz Folha



Valter Campanato/ABr
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: em outras ocasiões, o ministro já havia pedido para que o Congresso não criasse novas despesas


São Paulo - O Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) estava entre as medidas preparadas pelo ex-ministro Guido Mantega para depois das eleições, mas foi barrado por Joaquim Levy por ser considerado ineficiente, diz reportagem do jornal Folha de São Paulo desta terça-feira.

Um estudo feito pelo Senado a pedido da senadora Gleisi Hoffman calculou o efeito de uma alíquota de 1,5% sobre 221 mil contribuintes (o 0,2% mais rico da população) que detinham em 2013 mais de US$ 1 milhão, segundo o Credit Suisse.

Com isso, chegaria-se a uma arrecadação de R$ 10 bilhões, que cairia para algo em torno de R$ 6 bilhões por causa de fatores como transferência de ativos para o exterior e imóveis declarados abaixo do mercado.

O IGF está na Constituição de 1988 mas nunca foi regulamentado. Todos os países da Europa ocidental (com exceção de Portugal, Reino Unido e Bélgica) e países latinos como Argentina e Colômbia já o adotaram.
Em fevereiro, o ministro Joaquim Levy disse que “a taxação estática de grandes fortunas não arrecada muito e não tem muita vantagem. O principal instrumento de tributação é a renda”.

Ele também disse que existem outras alternativas e "numerosas combinações e possibilidades que não se restringem ao Imposto sobre Grandes Fortunas”.

Já em março, o ministro encontrou com senadores da base aliada e discutiu a criação de um imposto federal para taxar a renda dos contribuintes obtida por meio de doações e heranças e outros tipos de transferências que não envolvam a venda de ativos, de acordo com a Agência Estado

O PT demonstra desconforto com os cortes que o governo promove como parte do ajuste fiscal e tem pressionado por medidas de aumento de arrecadação que atinjam "o andar de cima". 

Na semana passada, uma Medida Provisória elevou o imposto sobre lucros de bancos de 15% para 20%. Nesta semana, o vice-presidente e atual coordenador político do governo pediu para a presidente Dilma Rousseff para que a base fosse disciplinada em favor das medidas de ajuste.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Caso de gerente com cliente pode custar US$ 400 mi a banco



Stephen Chernin/Getty Images
Logo da Morgan Stanley na sede do banco em Nova York, Estados Unidos
Morgan Stanley: ação foi movida pela viúva de um empresário multimilionário, falecido desde 2012
 
 
 
São Paulo – O banco de investimento Morgan Stanley corre o risco de levar uma pesada multa se perder uma ação movida contra o banco pela viúva de um cliente multimilionário.

Lynnda Speer foi casada com Roy Speer, co-fundador da uma grande varejista de eletrônicos, a Home Shopping Network, até ele falecer, em 2012.

O fato é que ela acusa a gerente de fortunas do banco, a executiva Ami Forte, de realizar milhares de transações não autorizadas na conta de seu marido.

As operações teriam gerado um desvio de 40 milhões de dólares e teriam sido feitas de 2007 até depois da morte de Roy.

Para agravar ainda mais a situação, a gerente e o empresário estariam tendo um caso desde 1998 e testemunhas poderiam endossar isso.


Pior que o esperado


O banco acredita que a ação movida pela viúva possa lhe render uma multa um pouco menor, de apenas 170 milhões de dólares.

Porém, o caso tende a ser agravado por mais um detalhe: perto do fim, Roy estava com a saúde debilitada.

Por uma lei de amparo ao idoso da Flórida, o banco não poderia seguir administrando os bens de uma pessoa com frágil saúde mental e física.

"Durante os últimos anos de sua vida, Roy Speer sofria de capacidade mental diminuída e graves enfermidades físicas", disse ao Business Insider um dos advogados que representa a viúva. “Ele estava de cadeira de rodas, usava fralda e não poderia dirigir."

Ami Forte teria cuidado da fortuna multimilionária de Roy por anos. Mas a preocupação também é de como o caso pode abalar sua reputação.

Ela é uma das poucas executivas mulheres participantes do comitê de conselheiros de riquezas do Morgan Stanley e está no grupo desde 2001, graças ao seu prestígio profissional.

Ministério do Turismo pede isenção de visto para americanos


Kat/Flickr/CreativeCommons
Passaporte dos Estados Unidos
Ministro das Relações Exteriores diz que não existe nenhuma dificuldade ideológica para atender ao pedido, mas ressaltou que a política de reciprocidade nacional deve ser respeitada
 
Da EFE


Brasília - O Ministério do Turismo defende a isenção de vistos para os norte-americanos que visitarão o país entre junho de 2015 e dezembro de 2016, principalmente para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro do próximo ano, segundo um pedido enviado à Chancelaria, informou nesta sexta-feira a pasta turística.

O pedido que pretende favorecer os visitantes dos Estados Unidos, Canadá e México foi formalizado na quinta-feira em um documento entregue ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, segundo um comunicado do Ministério do Turismo.

"A barreira dos vistos, em um país que se prepara para receber um dos maiores eventos esportivos do mundo em 2016, representa uma demanda contida, com ingressos reduzidos", disse na nota de imprensa o ministro de Turismo, Henrique Alves.

Segundo Alves, "a decisão, seguramente, vai contribuir para a redução do déficit do Turismo, que em 2014 foi de US$ 18,6 bilhões".

O Brasil ocupa a 91ª posição no ranking de Abertura Internacional do Fórum Econômico Mundial, que conta com 141 países, mas quando é avaliada a porcentagem da população mundial que necessita de visto para entrar no gigante sul-americano, cai para a 102ª colocação da lista.

O ministro destacou a importância do pedido e afirmou que essa é uma estratégia para aumentar o fluxo de estrangeiros e a entrada de divisas para o Brasil, que deve seguir a tendência internacional de outros 50 países, que mudaram sua política de vistos para os cidadãos de outras 30 nações entre 2010 e 2014.

A solicitação é sustentada na experiência durante a Copa do Mundo de 2014, quando um milhão de estrangeiros visitaram o país e cerca de 100 mil vistos 'especiais' foram emitidos para o período, e que pode ser aplicada de maneira similar nos Jogos Olímpicos previstos para entre 5 e 21 de agosto de 2016.

A América do Norte representa o segundo mercado emissor de turistas para o Brasil, com um perfil de despesas de US$ 1.427 -o maior entre os visitantes estrangeiros- durante uma estadia de 20 dias, também a maior na média.

"Durante o mundial de futebol, os estrangeiros gastaram US$ 1,4 bilhão desde o começo de junho até 23 de julho -uma semana antes e outra depois do torneio-, um valor recorde", destacou o Ministério.

Para o chanceler Vieira não existe nenhuma dificuldade ideológica para atender ao pedido, mas ressaltou que a política de reciprocidade nacional deve ser respeitada e, nesse sentido, o Brasil administra com os Estados Unidos, por exemplo, a isenção de vistos para os cidadãos que viajarem para essa nação americana.

"Temos acordos de isenção com 82 países, mas necessitamos seguir a lei e as políticas vigentes no país", assinalou o chefe da diplomacia brasileira.