quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Dilma pede unidade de governo e rapidez em corte de gastos


Marcelo Camargo/Agência Brasil
Dilma recebe campeões da olimpíada de profissões técnicas
Dilma: a posição do governo é "reconhecer as dificuldades financeiras" e demonstrar que está preparado para tomar todas as "medidas de caráter emergencial"
 
Isadora Peron, do Estadão Conteúdo

Brasília - Em reunião de emergência convocada após o país perder o grau de investimento do Brasil, a presidente Dilma Rousseff pediu unidade do governo e determinou agilidade nos anúncios das medidas para reverter a situação.

A expectativa é que as primeiras decisões relativas a cortes de gastos sejam anunciadas nesta quinta-feira, 10, à tarde durante entrevista que será concedida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Segundo um ministro que participou do encontro, a posição do governo é "reconhecer as dificuldades financeiras" e demonstrar que está preparado para tomar todas as "medidas de caráter emergencial" que são necessárias para adotar uma forte "política de austeridade fiscal".
Depois de patrocinar sucessivas tentativas frustradas de criação ou aumento de impostos, o Palácio do Planalto está convencido de que o melhor caminho é "cortar na própria carne", ou seja, investir na chamada reforma administrativa e diminuir os gastos da máquina pública.

As decisões não serão anunciadas de uma vez só, mas a conta-gotas, conforme forem sendo definidas pela equipe econômica. Não entraria, neste primeiro momento, a lista de quais ministérios serão cortados.

Apesar de garantir que Dilma não pretende acabar com nenhum programa social, o mesmo ministro ouvido pela reportagem afirmou que será feito um "pente-fino" nos benefícios que são pagos pelo governo, para "combater todo tipo de fraudes" e otimizar os gastos. Um exemplo das medidas que o Planalto pretende adotar é fazer um recadastramento do chamado seguro defeso, alvo de diversas denúncias de irregularidades.

Após a decisão da S&P, Dilma reuniu hoje os principais ministros do governo no Planalto para discutir como reagir ao rebaixamento. O vice-presidente da República, Michel Temer, também participou do encontro. O peemedebista é um dos que sempre defendeu a tese de que, antes de elevar impostos, o governo deveria diminuir despesas.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Levy não descarta aumento do Imposto de Renda da pessoa física

Joaquim Levy




O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, confirmou nesta terça-feira, 8, conforme antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que está sendo feita uma discussão, inclusive junto ao Congresso, para encontrar as formas mais adequadas para viabilizar "uma ponte fiscal sustentável". Levy disse que, em relação "à maioria dos países da OCDE, o Brasil tem menos Imposto de Renda sobre a pessoa física. É uma coisa a se pensar".

Perguntado pelo Broadcast se seria o caso de elevar o IR no Brasil, Levy afirmou que "pode ser um caminho". "Esta é a discussão que a gente está tendo agora, e que eu acho que tem que amadurecer mais rapidamente no Congresso."

Nikkei ganha aprovação para aquisição do Financial Times


Getty Images
Homem lê Financial Times
Homem lê Financial Times
 
Diane Bartz, da REUTERS


Washington - O grupo de mídia japonês Nikkei recebeu aprovação antitruste dos Estados Unidos para sua aquisição do jornal Financial Times da britânica Pearson, por 1,3 bilhão de dólares, disse a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) nesta quarta-feira.

A transação estava na lista de acordos que a FTC e o Departamento de Justiça garantiram "conclusão antecipada", essencialmente uma aprovação rápida antitruste.

A aquisição do Financial Times pelo Nikkei marca o ápice de décadas de tentativas para adentrar no mercado da grande mídia em língua inglesa.
O Nikkei, cujo jornal carro-chefe desfruta de uma reputação de ser leitura obrigatória para notícias financeiras no Japão, anteriormente teve uma aliança que durou anos com a Dow Jones, editora do The Wall Street Journal, que foi encerrada na última década.

Valid compra dinamarquesa Fundamenture por US$ 90 milhões


Divulgação
 
SIM Card
SIM Card: a Valid informou que a compra se dará por meio de sua subsidiária Valid Espanha
 
Aluísio Alves, da REUTERS


São Paulo - A empresa de tecnologia de meios de pagamento Valid anunciou nesta quarta-feira a compra da fabricante dinamarquesa de SIM Cards Fundamenture por 90 milhões de dólares.

Em comunicado, a Valid informou que a compra se dará por meio de sua subsidiária Valid Espanha.
Segundo a Valid, a Fundamenture tem 6,5 por cento do mercado mundial de SIM Cards, com 300 milhões de cartões vendidos por ano. Com a compra, a Valid passa da décima terceira para a quinta posição no ranking mundial de fornecedores de SIM Cards.
A Fundamenture, que desenvolve tecnologia para smart card bancário, atua em 35 países na Ásia, África e Oriente Médio. A empresa teve receita líquida de 71,7 milhões de dólares e Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 10 milhões de dólares em 2014.

Segundo a Valid, a transação prevê um pagamento adicional aos vendedores de até 48,3 milhões de dólares, caso o Ebitda médio anual combinado da Valid Espanha e da Fundamenture entre 2015 e 2017 atinja 31 milhões de dólares.

Seguradora RSA vende ativos na América do Sul


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RSA seguros

Seguradora RSA: a venda será completada no fim de 2016 porque exigirá as permissões necessárias das autoridades reguladoras em todos os países envolvidos
 
Da AFP


A companhia de seguros britânica RSA anunciou nesta terça-feira que venderá seus ativos na América do Sul por 403 milhões de libras (618 milhões de dólares) à Suramericana, filial da colombiana Sura.

O montante da transação será pago em dinheiro, disse a RSA, que está presente em Chile, Argentina, Brasil, México, Colômbia e Uruguai.

A venda será completada no fim de 2016 porque exigirá as permissões necessárias das autoridades reguladoras em todos os países envolvidos.
"Estamos felizes em anunciar a venda de nossas atividades sul-americanas. A RSA se posiciona principalmente em seus grandes mercados de Reino Unido, Irlanda, Escandinávia e Canadá, e estava claro que não era a melhor proprietária para estes ativos", disse Stephen Hester, presidente-executivo da RSA, no comunicado.

Com a entrada de 403 milhões de libras em dinheiro, esta venda reforçará o capital da RSA e aumentará sua flexibilidade, acrescentou Hester.

A RSA está em negociações com a empresa suíça Zurich Insurance, que quer comprá-la. A seguradora suíça aumentou recentemente sua oferta a 5,6 bilhões de libras (7,6 bilhões de euros, 8,6 bilhões de dólares).

O conselho de administração da RSA se disse a princípio disposto a recomendar esta oferta aos seus acionistas, mas quer estudar com mais calma alguns de seus aspectos.

A RSA, conhecida anteriormente pelo nome de Royal & Sun Alliance, se viu afetada em 2013 pela descoberta de um rombo em suas contas relacionado às atividades da empresa na Irlanda, um escândalo que levou à renúncia de seu diretor geral na época, Simon Lee.

O ex-CEO do britânico Royal Bank of Scotland (RBS) Stephen Hester substituiu-o em fevereiro de 2014, com a missão de voltar a colocar a empresa no bom caminho.

Aquisição bilionária forma 3ª maior emissora de TV dos EUA



Valter Campanato/Agência Brasil
Campanha foi determinada pelo Ministério das Comunicações às concessionárias de canais de televisão
Televisão: a companhia combinada deve atingir receitas de 3 bilhões de dólares


São Paulo - A Media General anunciou nesta terça-feira (8) que comprará a rival Meredith Corp. por cerca de 2,4 bilhões de dólares em dinheiro e ações (algo em torno de 9 bilhões de reais).

O negócio dá origem à terceira maior emissora de televisão dos Estados Unidos, que se chamará Meredith Media General.

Pelo acordo, os acionistas da Meredith vão receber 51,53 dólares por cada um dos papeis da companhia, um prêmio de 12% sobre o valor em que eles fecharam na última sexta-feira (4). Incluindo as dívidas, a transação é avaliada em aproximadamente 3,1 bilhões de dólares.
A companhia combinada deve atingir receitas de 3 bilhões de dólares e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de cerca de 900 milhões de dólares ao ano.

A aquisição ainda precisa ser aprovada pelos investidores das duas empresas e por órgão regulatórios e deve ser concluída em 30 de junho do ano que vem.

São esperadas sinergias totais de 80 milhões de dólares nos primeiros dois anos após a conclusão do processo.

A nova organização terá, inicialmente, 88 afiliadas em 54 mercados nos Estados Unidos e alcançará 30% dos lares com televisão do país. Ela também administrará uma plataforma digital com alcance de 200 milhões de visitantes únicos por mês.

A Meredith Media General será comandada pelo atual presidente da Meredith Corp., Steve Lacy.

Usiminas dispara após notícia de "trégua" entre os sócios


Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano/Veja
Usiminas
Fábrica da Usiminas: Papéis da companhia subiam acima dos 7% nesta terça-feira
São Paulo - Os papéis da Usiminas disparam nesta terça-feira e tanto as ações preferenciais quanto as ordinárias subiam acima dos 7%.

A alta é impulsionada pela notícia divulgada hoje pelo jornal Valor Econômico de que a piora operacional da empresa gerou uma trégua entre suas sócias, Nippon e Ternium.
 
De acordo com a publicação a empresa já perdeu 800 milhões de reais do seu valor de mercado desde o fim de agosto de 2014, antes da troca de direção, em um reflexo dos problemas entre os sócios. O valor de mercado da companhia atualmente está em torno de 7,1 bilhões de reais.