segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Rejeitada 20 vezes, startup consegue aporte de US$ 58 mi



Thinkstock
Cereais
Produtos naturais: o Thrive Market tem feito sucesso vendendo alimentos orgânicos pela internet
São Paulo – Buscar investimento pode ser um pesadelo para muitos empreendedores. No caso dos sócios Gunnar Lovelace e Nick Green, significou ouvir mais de 20 "nãos". Porém, isso não os fez desistir do negócio --pelo contrário, eles buscaram melhorá-lo.

Os dois são co-CEOs do Thrive Market, uma startup americana que vende produtos naturais e orgânicos pela internet. Pouco mais de um ano depois, os empreendedores comemoram 180 mil usuários e um aporte de 58 milhões de dólares. O dinheiro veio do fundo Greycroft Partners e de celebridades como John Legend e Demi Moore, informa o Business Insider.

Mas isso só aconteceu depois de muito trabalho. Após terem sua ideia rejeitada, os co-CEOs do Thrive Market resolveram fazer algumas mudanças no negócio, ao lado dos também fundadores Sasha Siddhartha and Kate Mulling. A maré só começou a mudar depois que eles passaram a vender um estilo de vida, em vez de oferecer apenas produtos. Outra sacada foi buscar apoio de quem entendia a necessidade que eles se propunham a suprir, como famosos ligados à área da saúde e ao mundo fitness.
Publicidade

A aposta se mostrou acertada. Ainda segundo o Business Insider, em três meses eles precisaram se mudar para um galpão dez vezes maior. Para Green, além das adaptações na abordagem no negócio, a falta de confiança dos fundos no primeiro momento se deveu também ao distanciamento entre esses investidores e as necessidades da classe média americana.

O serviço funciona com base num sistema de assinaturas. Cada cliente paga uma taxa de 60 dólares por ano, em troca de descontos de até 50% nos produtos. O site já oferece 4 mil produtos, de 400 marcas diferentes. Agora, o Thrive Market aposta nos produtos de marca própria. De acordo com o site da Fortune, a empresa espera ter cerca de cem itens do tipo até o fim do primeiro semestre. A estratégia faz parte do objetivo de oferecer produtos orgânicos a um preço acessível para os clientes. Além de alimentos, o site vende produtos sem aditivos químicos para bebês (como fraldas), cosméticos naturais não testados em animais, dentre outros.

Engenheira derrota sindicatos e vence eleição na Petrobras




Tânia Rêgo/Agência Brasil
Petrobras
Petrobras: eleição para o Conselho teve participação de 39,6% dos eleitores da empresa no segundo turno
Da REUTERS


Rio de Janeiro - Eleita representante dos funcionários da Petrobras no Conselho de Administração da estatal para o ano de 2016, Betânia Coutinho é a primeira empregada a vencer a disputa pela importante cadeira do colegiado sem o apoio de grandes federações de petroleiros e com um discurso de independência em relação aos sindicatos.

A engenheira de petróleo Betânia venceu o segundo turno da eleição com 13.034 votos, ou 58,64 por cento dos votos válidos, informou a Petrobras nesta segunda-feira, por e-mail.

Já o técnico de segurança na Refinaria Landulpho Alves (Rlam) Deyvid Bacelar, candidato à reeleição, obteve 9.194 votos, correspondente a 41,36 por cento dos votos válidos.
Publicidade

Bacelar era o nome apoiado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), historicamente ligada ao PT, que representa 13 sindicatos de petroleiros.

O resultado aconteceu mesmo depois de a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que representa outros cinco sindicatos, ter declarado apoio ao candidato à reeleição no segundo turno.

Em nota publicada em seu blog, Bacelar voltou a afirmar que Betânia foi apoiada por parte da atual gestão da companhia, que teria orientado e pressionado trabalhadores na decisão do voto.

"Quem perde com esse resultado, com certeza, é a categoria petroleira e a sociedade brasileira em meio a uma conjuntura adversa sem informações suficientes que municiem a luta", disse.

Em entrevista à Reuters, publicada na semana passada, Betânia negou que tivesse o apoio da gestão e disse que recebeu mensagens de apoio de funcionários de todas as áreas da empresa, com e sem funções gratificadas.

Além disso, disse que quer contribuir com sua experiência de empregada de carreira, sendo uma alternativa apartidária para a defesa dos interesses dos empregados. Betânia não pôde ser contatada imediatamente nesta segunda-feira para novos comentários.

Funcionária da empresa desde 2004, Betânia trabalhou oito anos como especialista na área de reservatórios e, há três anos, trabalha na coordenação técnica de parcerias da Unidade de Operações do Rio de Janeiro (UO-Rio).

Seu suplente será Daniel Dellamora Bonolo, também engenheiro de petróleo.

Dos 56.856 eleitores da Petrobras, 22.518 exerceram o direito de voto, totalizando 39,6 por cento de participação neste segundo turno, segundo a estatal. O total de votos válidos foi de 22.228. Foram 124 votos brancos e 166 nulos.

A Petrobras informou que o regulamento eleitoral prevê que, no prazo de um dia útil, a chapa não eleita poderá interpor recurso contra o resultado provisório da eleição.

A homologação dos nomes dos representantes eleitos ocorrerá na próxima Assembleia Geral Ordinária, que reúne os acionistas da companhia e costuma acontecer em abril. A empresa tem membros dos trabalhadores eleitos para o Conselho desde 2012.

Foxconn recebe nova lista com US$2,6 bi em passivos da Sharp


Reprodução
Sharp
Sharp: lista enviada à Foxconn incluiu dívidas potenciais não reveladas antes que levaram ao adiamento do acordo
 
Da REUTERS


TÓQUIO - A lista de passivos da Sharp que levou a Foxconn a suspender a assinatura de um acordo de aquisição foi um estudo não verificado do pior cenário de riscos, em vez de passivos que exijam divulgação, disse uma fonte informada sobre o assunto.

A lista enviada à Foxconn na quarta-feira incluiu dívidas potenciais não reveladas antes de cerca de 2,6 bilhões de dólares, o que levou o fundador da Foxconn Terry Gou a adiar a assinatura do acordo de cerca de 5,8 bilhões, disseram fontes.

Altos funcionários da Sharp não examinaram a lista e não tinham planejado compartilhar com a Foxconn, disse a fonte à Reuters neste sábado, recusando-se a ser identificada por causa da sensibilidade do assunto.
Publicidade

Os itens incluem eventos ou riscos improváveis e a quantidade era muito maior do que passivos contingentes que exigem a divulgação, acrescentou a fonte sem dar mais detalhes.
A Sharp não quis comentar.

Foxconn concordou com a Sharp na sexta-feira em estender um prazo para as negociações de aquisição por uma ou duas semanas para além termo previsto de segunda-feira, disse outra fonte.

Se Sharp e Foxconn chegarem a acordo, seria a maior compra de uma empresa japonesa de tecnologia por uma estrangeira. (Reportagem de Makiko Yamazaki e Taro Fuse)

China financiará Petrobras com US$ 10 bi para fornecimento




Ueslei Marcelino/Reuters
Petrobras, tanque da Petrobras
Petrobras: o novo contrato prevê um acordo comercial mediante o qual a Petrobras fornecerá petróleo a companhias chinesas
 
Da EFE


São Paulo - A Petrobras e o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, por sua sigla em inglês) assinaram nesta segunda-feira um termo de compromisso que prevê o financiamento de US$ 10 bilhões em troca do fornecimento de petróleo a empresas chinesas, informou a companhia brasileira.

O documento faz parte do acordo de cooperação assinado no ano passado pela empresa brasileira e a entidade estatal de fomento para implementar durante 2015 e 2016 uma aliança entre ambas as instituições, anunciou a Petrobras em comunicado dirigido ao mercado.

O novo contrato, cujo minuta ainda está sendo negociada, prevê um acordo comercial mediante o qual a Petrobras fornecerá petróleo a companhias chinesas em condições "similares" às estipuladas em 2009, quando os governos de ambos países pactuaram 160 mil barris de petróleo diários.
Publicidade

A Petrobras Global Trading BV-PGT, subsidiária da estatal, e o CDB tinham assinado em abril seu primeiro contrato de financiamento no valor de US$ 3,5 bilhões.

Cardozo deve assumir Advocacia-Geral da União, diz fonte




Valter Campanato/Agência Brasil
“O ministro da Justiça não tem esse poder. É crime”, explicou José Eduardo Cardozo na CPI da Petrobras
José Eduardo Cardozo: Cardozo deixa o Ministério da Justiça em meio a pressões e críticas aos rumos das investigações da Polícia Federal
 
Da REUTERS


Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vai assumir a Advocacia-Geral da União (AGU) após deixar o cargo que ocupa atualmente, informou uma fonte do Palácio do Planalto nesta segunda-feira.

Cardozo deixa o Ministério da Justiça em meio a pressões e críticas aos rumos das investigações da Polícia Federal, subordinada à pasta, especialmente às relativas à operação Lava Jato.

Ele será substituído pelo procurador-geral-adjunto do Ministério Público da Bahia, Wellington César Lima e Silva

Oposicionistas criticam saída de Cardozo e veem ameaça à PF




Valter Campanato/Agência Brasil
"Se fosse para falar da Lava Jato, teríamos de tratar com o ministro Teori Zavaski”, disse José Eduardo Cardozo na CPI da Petrobras
José Eduardo Cardozo: o presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), acredita que há um processo de implosão do partido da presidente Dilma Rousseff
 
Daiene Cardoso, do Estadão Conteúdo

Brasília - Representantes de partidos de oposição na Câmara criticaram a saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça.

Para os oposicionistas, a pressão do PT tem como objetivo preservar figuras importantes da sigla que estão na mira da Operação Lava Jato e transformar a Polícia Federal em polícia política.

"No PT, a lógica é inversa: quem está atrás das grades ou na iminência de parar lá é tratado como herói. Já quem se posiciona no sentido de cumprir a lei, que parece ser o caso do atual ministro, é alvo de pressões políticas para deixar o cargo. Ou seja, estamos diante de uma ação do partido de Dilma para cortar a cabeça de Cardozo e transformar a PF em um órgão político", comentou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).
Publicidade

Por meio de nota, Bueno ressaltou que a saída de Cardozo ocorre às vésperas do depoimento da família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Ministério Público, quando devem dar explicações sobre o apartamento tríplex no Guarujá, litoral sul de São Paulo, e o sítio de Atibaia, no interior de São Paulo.

"A sociedade deve ficar atentar a uma possível mexida de cadeiras na Esplanada com o objetivo de tentar amenizar a situação daqueles que estão enrolados nas principais operações de investigação em curso. É preciso lembrar que a Polícia Federal, que vem realizando um trabalho sério nesta área, não poderá sofrer qualquer revés, a partir de ingerências políticas", acrescentou Bueno.

O presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), acredita que há um processo de implosão do partido da presidente Dilma Rousseff.

"No PT, as coisas funcionam assim: Aos que não cumprem a ordem do rei, forca! É possível que o ministro não tenha aguentado a pressão da ala do PT, simpatizante de Lula, para que o partido tenha mais influência sobre a Polícia Federal e trabalhe para inocentar Lula", resumiu.

Paulinho da Força, como é conhecido, disse que a mudança na Esplanada pode impulsionar o processo de impeachment. "A oposição está vigilante a mais uma manobra criminosa do PT.

Se Dilma permitir isso, o impeachment ganha mais força. Não vamos aceitar que um partido político trabalhe para livrar o Lula e a Dilma", afirmou em nota.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Sumitomo comprará até 20% da Cosan Biomassa por até R$ 70 mi


Nelson Almeida/AFP
Cosan (CSAN3)
Trabalhador corta cana em fazenda do grupo Cosan: a Cosan Biomassa foi criada em 2010 para produção de pelletes de biomassa de cana-de-açúcar
 
Da REUTERS


São Paulo - A Cosan fechou acordo de investimento com a Sumitomo Corporation pelo qual a companhia japonesa investirá até 70 milhões de reais por uma fatia de até 20 por cento do capital da Cosan Biomassa, segundo comunicado ao mercado nesta sexta-feira.

A Cosan Biomassa foi criada em 2010 para produção de pelletes de biomassa de cana-de-açúcar para geração de energia elétrica e possui uma planta em Jaú, no interior de São Paulo, que entrou em operação em 2015, segundo a Cosan.