terça-feira, 8 de março de 2016

Ato pró-Dilma não poderá acontecer na Paulista, diz Alckmin


Lula Marques/Agência PT/Fotos Públicas
Protesto contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, em Brasília
Protesto contra o pedido de impeachment: manifestantes não protestarão sob alegação de que a manifestação pró-impeachment foi marcada antes e é preciso todo cuidado para evitar um confronto
 
 
Elizabeth Lopes, do Estadão Conteúdo

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta terça-feira, 8, que não será permitido ato pró-Dilma Rousseff neste domingo, dia 13, na Avenida Paulista, data em que grupos que defendem o impeachment da petista organizam um ato.

A determinação de que grupos de esquerda, como a CUT e o MST, não poderiam se manifestar na avenida localizada na área central de São Paulo neste domingo já havia sido anunciada pelo secretário de Segurança do Estado, Alexandre de Moraes, sob alegação de que a manifestação pró-impeachment foi marcada antes e é preciso todo cuidado para evitar o confronto entre grupos antagônicos.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta manhã, Alckmin disse que a segurança dos manifestantes está garantida no dia 13 e que não serão permitidos atos pró e contra o impeachment nos mesmos local e horário.
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"Nossa posição é extremamente clara, temos que apressar uma decisão, o Brasil não aguenta mais uma espiral recessiva sem precedente", afirmou.

"A situação política se agravou ainda mais e domingo estamos preparados aqui em São Paulo para oferecer toda a segurança para que as pessoas possam se manifestar."

"Havia uma solicitação para ter uma outra manifestação no sentido contrário e dissemos: no mesmo local não pode. Esse pleito a favor do impeachment e contra a corrupção já estava pré-agendado há mais de um mês, não tinha nada a ver com a operação ocorrida na semana passada (condução coercitiva de Lula)", disse Alckmin, em referência à 24ª fase da Lava Jato.

"É direito constitucional o direito à manifestação, mas é dever do poder público garantir a tranquilidade e a manifestação da população, a polícia está preparando um trabalho pormenorizado", disse o governador.

Sobre a condução coercitiva de Lula, na Sexta-feira (4) para depor no âmbito da Lava Jato, o tucano disse à Jovem Pan que Lula não deveria usar subterfúgio para fugir da Justiça.

"Todos são iguais perante a lei, aliás, quem foi presidente, governador, prefeito tem até mais responsabilidade e mais dever do que o cidadão comum em prestar conta porque conhece a lei e sabe o que pode e não pode."

Exportações chinesas sofrem maior queda em 7 anos


AFP
Contêineres na China
Contêineres na China: em fevereiro, as exportações totalizaram 126,1 bilhões de dólares, uma queda de 25,4% em relação ao mesmo mês de 2015
Da AFP



As exportações chinesas sofreram em fevereiro a maior queda em sete anos, apesar da desvalorização do iuane, segundo dados divulgados nesta terça-feira, que aumentam a pressão para que o país reoriente seu motor de crescimento para o mercado interno.

Os dados, piores que os previstos pelos analistas, aumentam ainda mais os temores de um "pouso forçado" da segunda economia mundial, poucos dias depois de o governo ter reduzido suas expectativas de crescimento para este ano e prometido reformas para dinamizar a atividade econômica.

Em fevereiro, as exportações totalizaram 126,1 bilhões de dólares, uma queda de 25,4% em relação ao mesmo mês de 2015, segundo dados divulgados pelos serviços alfandegários chineses. Trata-se do pior valor desde abril de 2009.
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Os especialistas consultados pela agência Bloomberg News apostavam em uma queda menor das exportações, de 14,5%.

A China é o principal exportador de bens do mundo, mas suas empresas têm sido prejudicadas pelo escasso dinamismo econômico global.

Como resultado deste processo, sua própria economia tem desacelerado, afetando grandes países exportadores de matérias-primas, como Austrália e Brasil.

A queda das importações chinesas registraram em fevereiro sua 16ª contração mensal consecutiva, de 13,8%, totalizando 93,6 bilhões de dólares. Essa cifra também é pior do que a contração de 12% esperada pelos operadores consultados pela Bloomberg.

Desse modo, a China teve, em fevereiro, um excedente comercial de 32,6 bilhões de dólares, um retrocesso de 46,2% em relação ao mesmo mês de 2014.

"Os excedentes com os principais parceiros comerciais do país caíram nos dois primeiros meses do ano", afirmou o órgão alfandegário chinês.

As exportações de bens que requerem mão de obra intensiva, assim como aparatos mecânicos e elétricos, sofreram quedas especialmente fortes, acrescenta o comunicado.

As importações de minério de ferro e de petróleo aumentaram em volume, mas pesaram menos devido à queda dos preços. As compras de carvão e aço também caíram em volume.

"Os preços das principais commodities importadas caíram com força", aponta o comunicado.

Os dados do comércio e de outros setores da economia "sugerem que o dinamismo do crescimento continuou piorando em janeiro-fevereiro", avalia Zhao Yang, analista do grupo financeiro japonês Nomura.

Mais pressões à vista


As medidas de estímulo fiscal adotadas pelas autoridades "não podem compensar integralmente a queda do setor imobiliário e dos investimentos industriais", acrescentou.

Os mercados chineses reagiram aos novos dados, mas logo se recuperaram. A Bolsa de Xangai fechou com alta de 0,14%, depois de ter chegado a cair mais de 2% durante a sessão. Hong Kong também fechou com alta de 0,73%.

A nova queda das exportações (trata-se de seu oitavo retrocesso mensal consecutivo) acontece após duas desvalorizações do iuane, em agosto de 2015 e em janeiro deste ano. Essas desvalorizações alimentaram suspeitas, rejeitadas por Pequim, de que se trata de medidas deliberadas para baratear os produtos chineses.

"As estatísticas aumentarão a pressão por novas medidas de estímulo fiscal e monetário e advogarão contra os desejos de manter a estabilidade de iuane", afirmou Michael Every, do Rabobank Group, de Hong Kong.

O primeiro-ministro Li Keqiang anunciou no sábado que a China fixaria uma meta de crescimento econômico em 2016 "entre 6,5 e 7%", depois de ter crescido 6,9% em 2015, seu resultado mais baixo em 25 anos.

O governo chinês atribui a desaceleração à vontade de orientar seu modelo de crescimento ao desenvolvimento do consumo interno, dos serviços e de novas tecnologias, em detrimento do investimento e das exportações, principais motores da economia do país até agora.

Um lembrete no dia da Mulher

Violência doméstica mata cinco mulheres por hora diariamente em todo o mundo.


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A violência doméstica é responsável pela morte de cinco mulheres por hora no mundo, mostra a organização não governamental (ONG) Action Aid. A informação é resultado de análise do estudo global de crimes das Nações Unidas e indica um número estimado de 119 mulheres assassinadas diariamente por um parceiro ou parente.


Um lembrete no dia da Mulher


A ActionAid prevê que mais de 500 mil mulheres serão mortas por seus parceiros ou familiares até 2030. O documento faz um apelo a governos, doadores e à comunidade internacional para que se unam a fim de dar prioridade a ações que preservem os diretos das mulheres. O estudo considera dados levantados em 70 países e revela que, apesar de diversas campanhas pelo mundo, a violência ou a ameaça dela ainda é uma realidade diária para milhões de mulheres.

“A intenção do relatório é fazer um levantamento sobre as diversas formas de violência que a mulher sofre no mundo. Na África, por exemplo, temos países que até hoje têm práticas de mutilação genital. Aqui, na América Latina, o Brasil é o quinto país em violência contra as mulheres. Segundo dados do Instituto Avon, três em cada cinco mulheres já sofreram violência nos relacionamentos em nosso país”, informa a assistente do programa de direitos das mulheres da Action Aid Brasil, Jéssica Barbosa.

O relatório considera as diferenças regionais entre os países e, além disso, observa o universo de denúncias subnotificadas, de mulheres que sofrem assédio, estupro ou outros tipos de violência e têm vergonha de denunciar.

“A forma de contar é sempre muito difícil, existe uma cultura de silenciar a violência contra a mulher. É a cultura da naturalização, onde há um investimento social para naturalizar a violência contra a mulher com o que se ouve na música, nas novelas, na rua. Tudo isso é muito banalizado e a mulher se questiona: 'será que o que aconteceu comigo foi uma violência? Será que se eu denunciar vão acreditar em mim?”, diz Jéssica Barbosa.

No Brasil, a organização promove a campanha Cidade Segura para as Mulheres, que busca o compromisso do Poder Público com uma cidade justa e igualitária para todos os gêneros.

“Muitas mulheres não conseguem exercer seu direito de ir e vir. A cidade não foi pensada para as mulheres, os becos são muito estreitos e escuros no Brasil. É necessário que haja o empoderamento das mulheres para superar a situação de violência. Por mais que o Estado tenha a obrigação de garantir instrumentos, é preciso que a gente invista na autonomia dessas mulheres”, acrescenta Jéssica.


Fonte: EBC Agência Brasil

segunda-feira, 7 de março de 2016

Mônica Moura, não suporta mais o cárcere





O sorriso deu lugar às lágrimas.

Mônica Moura, esposa de João Santana, está inconsolável.

Um publicitário que a visitou na semana passada, mas que pediu que seu nome não fosse revelado, saiu chocado com o estado emocional da empresária.

Mônica teria dito que já avisou aos advogados que está ‘no limite’, exigindo uma solução imediata para a sua situação.

Na realidade, a esposa do marqueteiro nunca imaginou que pudesse ser presa.

Agora, com a investida da Lava Jato sobre o próprio Lula e mediante a robustez das provas, enriquecidas com a recente delação do senador Delcídio do Amaral, Mônica está antevendo que tão cedo não irá recuperar sua liberdade.
 
Acostumada com as regalias que o dinheiro e o poder lhe proporcionaram nos últimos tempos, está em estado de absoluto desespero.

Mônica pode se rebelar a qualquer momento, E, com certeza, tem muita coisa pra contar.

Há quem diga que Mônica sabe mais que João Santana.


da Redação.                                           
 

ANÁLISE: Lava Jato não se curva ao vitimismo de Lula

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Brasileiros só engoliram décadas de farsa lulista por covardia das demais lideranças

Por: Felipe Moura Brasil

Lava Jato

I. O medo do vitimismo adversário é um dos fatores que tornou o PSDB inócuo em quatro disputas presidenciais contra o PT.

Estimulando esse medo, a máquina petista tornou-se duplamente eficaz, já que evita ataques a seus candidatos, enquanto assassina a reputação dos demais sem a menor cerimônia.

“Por delicadeza, eu perdi minha vida”, dizia o verso de Artur Rimbaud; “a fraqueza atrai a agressividade”, ecoava Donald Rumsfeld; mas os tucanos nunca aprenderam a lição.

O desempenho memorável de Aécio Neves no debate presidencial do SBT em 2014 contra Dilma Rousseff foi apenas a exceção que confirma a regra.

Outros elementos exaustivamente apontados neste blog, como a dificuldade de comunicação com o cidadão comum, o apego a uma linguagem técnica indigerível, a falta de maior diferença ideológica e a própria incompreensão da necessidade de desmontar a imagem pessoal do rival agravaram o quadro.

Era possível desmontar o PT, Lula e Dilma falando somente verdades de modo simples e incisivo, mas prevaleceram a incompetência verbal e o pavor de soar agressivo, intolerante e direitista.

O marqueteiro petista, atualmente preso, tachou os tucanos de tudo isso, do mesmo jeito, de modo que levaram o ônus sem ganhar bônus algum.

Como tantas vezes escrevi aqui: faltou testosterona política.


II. Então surgiu a Operação Lava Jato.


Uma força-tarefa capaz de enfrentar qualquer organização criminosa por aquilo que ela é.

Encurralados pela tonelada de provas que levou – e indícios que provavelmente levarão – à prisão vários de seus integrantes, o PT naturalmente se faz de vítima de uma grande conspiração de natureza política.

Na tentativa de desqualificar a atuação de instituições democráticas constituídas para fiscalizar o cumprimento da lei, os petistas atribuem tal conspiração logo ao PSDB.

Como se o PSDB tivesse a coragem dos procuradores do Ministério Público Federal. Como se o PSDB fosse capaz de controlar a Polícia Federal em pleno governo do PT.
Como tuitei no sábado:
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Claro que é patético – ou não seria o PT.

Não se pode negar, no entanto, que chamar de tucana a Lava Jato é uma das melhores formas de ofendê-la. A operação é justamente o oposto do PSDB.

Ela não teme o vitimismo petista. Ela faz o que tem de ser feito, sem deixar de se preparar para a reação adversária.


III. Analistas não entenderam ou fingem não entender as diferenças.


Avaliam que a deflagração da Operação Aletheia foi um erro da Lava Jato por ter permitido que Lula posasse de vítima após ser conduzido coercitivamente a depor na sexta-feira (4).

Na prática, cobram da Lava Jato, na esfera da investigação criminal, o medo que o PSDB nunca deveria ter tido do vitimismo petista na esfera da disputa política.

Os procuradores do MPF não estão disputando contra Lula um cargo eletivo. Estão investigando o petista com base em fortes indicíos que poderão levá-lo à prisão.

As batidas policiais da Aletheia tinham o objetivo de colher mais provas e depoimentos sobre os casos investigados, nos quais, diferentemente do ocorrido com o senador petista Delcídio do Amaral, não houve um flagrante de crime que justificasse a prisão imediata.

Se Lula não depusesse no mesmo horário dos demais alvos, poderia se informar sobre o que disseram e combinar versões embusteiras.

Se Lula não fosse obrigado a depor, poderia postergar o depoimento ou se recusar a prestá-lo, como vinha fazendo após intimações para depor ao Ministério Público de São Paulo no caso do tríplex e também como testemunha de defesa de seu amigo José Carlos Bumlai.

Se o juiz Sérgio Moro tivesse decretado a prisão temporária ou preventiva de Lula, sua defesa poderia alegar que não teve direito ao contraditório.

Por exemplo: um dos motivos que levaram Moro a autorizar a condução coercitiva de Lula foi o contrato da OAS de armazenagem com a Granero Transportes, no valor mensal de R$ 21.536,84, em benefício do petista.

Era necessário não apenas ouvir as versões de Lula e do presidente do seu instituto, Paulo Okamotto, sobre o contrato que encobre lavagem de propina, como também ouvi-las na mesma hora do depoimento dos responsáveis pela entrega dos bens: Alexandro Antonio da Silva, Luiz Antonio Pazine e Paulo Marcelino Mello Coelho.

É pura propaganda vitimista de Lula dizer que foi obrigado a ir responder as mesmas perguntas que já havia respondido.

Lula teve de responder a novas e necessárias perguntas – e uma investigação não pode se furtar a esse tipo de procedimento se quiser chegar à verdade dos fatos, mesmo que eles não venham a ser suficientes para justificar uma prisão.

A informação do contrato só foi revelada pela imprensa neste domingo, dias depois da Aletheia e de um monte de analistas precipitar suas críticas.


IV. O vitimismo de Lula, por mais eficaz que seja com a sua base eleitoral, concorre ademais com a repercussão negativa dos crimes de que ele é suspeito e com os desmentidos documentais da Lava Jato às suas declarações.

Isto ajuda não apenas a fortalecer, também, o movimento popular anti-Lula, como a preparar a sociedade e as forças militares gradativamente para a sua eventual prisão e os riscos de tumulto que decorrem dela.

Com isso, a prisão do petista, por mais turbulenta que possa vir a ser, não terá mais o potencial avassalador (e perigoso) da surpresa, dado o cumprimento das etapas prévias de prestação de esclarecimentos e condução coercitiva.

Este blog aplaude a coragem da Lava Jato e acredita que os brasileiros só engoliram décadas da farsa chamada Lula por covardia das demais lideranças nacionais.

Covardia esta, sem dúvida, alimentada por analistas e/ou militantes da imprensa brasileira.

Acionistas fecham acordo para vender Sem Parar por R$ 4 bi


INFO
Automóvel equipado com etiqueta inteligente, passando por pedágio Sem Parar/Via Fácil
Sem Parar: empresa deve ser vendida pela STP à companhia americana FleetCor
Mônica Scaramuzzo, do Estadão Conteúdo

São Paulo - As negociações entre a companhia americana FleetCor e a STP, dona da Sem Parar, empresa de serviços de pagamento eletrônico para pedágios e estacionamentos, avançaram. A venda do controle da companhia poderá ser anunciada nos próximos dias, apurou o ‘Estado’.

Todos os acionistas da STP teriam chegado a um acordo para vender 100% do negócio à companhia americana, segundo três fontes próximas à operação. O valor da transação, se toda a empresa for vendida, é de cerca de R$ 4 bilhões.

A STP tem como acionistas a concessionária CCR (com participação de 34,24%); o fundador do negócio, Ivan Toledo (com 31,33%); o fundo americano Capital Group (com 11,41%); a Raízen (joint venture entre Shell e o Grupo Cosan, com 10%); a empresa de tecnologia GSMP (8,34%); e a espanhola Arteris (4,68%).
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O Estado informou em janeiro que ainda não havia um consenso entre os acionistas para a venda de suas participações. O BTG Pactual é o assessor financeiro da STP.

"As conversas avançaram nas últimas semanas e a decisão é pela venda total do negócio", disse um dos acionistas relevantes, que não quis se identificar.

Maior acionista da empresa, a CCR manteve o mesmo posicionamento de dia 18 de janeiro, quando divulgou fato relevante ao mercado, informando que recebeu e está analisando "uma oportunidade de alienação de sua participação acionária na STP, apresentada em caráter não vinculativo." À época, a CCR não informou qual seria a empresa interessada no ativo.

Uma outra fonte familiarizada com a negociação afirmou que as conversas agora dependem de detalhes que envolvem acertos entre advogados que fazem parte da operação.

Procuradas, STP, FleetCor e Capital Group não retornaram os pedidos de entrevista. A Raízen, BTG e Arteris preferiram não comentar a operação. O fundador da Sem Parar, Ivan Toledo, e a empresa GSMP não foram encontrados pela reportagem para comentar.
 

Venda


Não é a primeira vez que a Sem Parar é colocada à venda. Em 2011, o grupo, fundado em 2000, já tinha sido sondado por vários investidores, incluindo fundos de private equity (que compram participações em empresas), entre eles, o americano Advent, e a própria FleetCor, uma das maiores empresas globais de cartões de pagamento de combustíveis, com receita líquida de US$ 1,2 bilhão em 2014.

O que pesou contra a venda, à época, foi a mudança regulatória do setor, que teve seu monopólio quebrado em 2013, com a entrada de concorrentes no mercado, como a ConectCar, empresa controlada pelo grupo Ultra, dono da Rede Ipiranga, e Itaú; a Auto Expresso DBTrans, que pertence ao próprio FleetCor, e Move Mais.

A receita da Sem Parar vem de clientes que usam pedágios, estacionamentos e postos de gasolina. Líder no segmento, a companhia é considerada um negócio atraente. Em agosto de 2013, a Raízen adquiriu 10% da Sem Parar e, no ano seguinte, a Ecovias vendeu sua fatia na STP ao fundo Capital Group.

Também em 2014, a Sem Parar anunciou um acordo para integrar o serviço de abastecimento da rede de combustíveis Shell com os aparelhos da Sem Parar. Esse movimento foi uma resposta à expansão da ConectCar, que tem os postos Ipiranga como ponto de venda.

Em 2014, a receita líquida da STP foi de R$ 744,5 milhões e o lucro líquido de R$ 131 milhões. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 325 milhões. A empresa opera em 12 Estados e tem 5 milhões de clientes. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Oposição quer acelerar impeachment por meio de Lewandowski


Roosewelt Pinheiro/ABR
O ministro do STF Ricardo Lewandovski:
Ricardo Lewandovski: oposição de Dilma ainda quer que ministro do STF acrescente ao processo a delação premiada de Delcídio do Amaral
 
Carolina Gonçalves, da AGÊNCIA BRASIL

Brasília - Líderes da oposição vão tentar se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, ainda hoje (7) para pedir celeridade na decisão sobre a comissão especial que vai julgar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A Corte havia se pronunciado no final do ano passado contra a composição da comissão por chapas avulsas – não indicadas pelos líderes de cada partido – e declarando que esta decisão tem que ser tomada por voto aberto. “O Supremo tomou uma decisão equivocada.

É possível que haja uma releitura”, disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). Contrários à continuidade do governo Dilma, PPS, ao lado de DEM e PSDB, vão pedir que o STF responda os embargos apresentados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo esclarecimentos sobre o rito.
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A oposição ainda quer acrescentar ao processo a reportagem, divulgada semana passada pela revista IstoÉ, de que o senador Delcídio Amaral (PT-MS), ex-líder do governo, fez delação premiada e teria dito que a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

Bueno disse que este aditivo não vai atrasar o andamento do impeachment. Líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), disse que mesmo que o depoimento não seja homologado pela Justiça, “a oposição vai entrar com um pedido de investigação”.

Ele lembrou que os partidos contrários ao governo fecharam questão e vão obstruir as votações na Casa até que a comissão que vai analisar o pedido de impeachment seja instalada.Críticas

Em evento hoje (7), em Caxias do Sul (RS), a presidente Dilma Rousseff que parte da oposição está dividindo o país. Ao rebater as declarações da presidente, Avelino disse que o papel da oposição é de fiscalização do governo. “Somos a minoria.

Não fomos eleitos para governar o país. Nosso papel é fiscalizar. Ela [Dilma] e o governo dela não têm propostas sérias”.Requerimento A Mesa Diretora da Câmara já recebeu o requerimento, assinado por Rubens Bueno,  que pede esclarecimentos sobre custos da viagem de Dilma a São Bernardo do Campo (SP) para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último sábado (5).

O requerimento deve encaminhar até o final do dia para Casa Civil da Presidência da República. 

“Pedimos esclarecimentos sobre custos da viagem, aparato de servidores que a acompanharam, o deslocamento de helicóptero para depois pedir na Justiça o ressarcimento desses gastos”, argumentou o parlamentar.

Dilma viajou em jato da Força Aérea Brasileira acompanhada pelo ministro Jaques Wagner (Casa Civil) para prestar solidariedade a Lula, que no dia anterior foi levado coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal sobre investigações da Lava Jato.

No encontro, Lula e Dilma apareceram na varanda do apartamento de Lula, em São Bernardo do Campo, e cumprimentaram apoiadores que se aglomeraram em frente ao prédio. “Foi o abraço dos afogados”, disse Bueno.

Em relação ao pedido de esclarecimentos, a assessoria da Presidência da República informou que "por imposição de segurança, todo o deslocamento da presidenta Dilma Rousseff precisa ser feito por meio do avião presidencial.

Também por questões de segurança, se necessário o uso de helicóptero, será o helicóptero militar"