segunda-feira, 28 de março de 2016

Moro envia superplanilha da Odebrecht para o Supremo


REUTERS/Rodrigo Paiva
Sede da Odebrecht, em São Paulo
Odebrecht: A superplanilha é a maior relação de políticos e partidos associada a pagamentos de uma empreiteira capturada pela Lava Jato desde o início da operação, há dois anos
 
 
Ricardo Brandt, do Estadão Conteúdo
Mateus Coutinho, do Estadão Conteúdo
Fausto Macedo e Julia Affonso, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro decidiu enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a superplanilha com a indicação de pagamentos feitos pela Odebrecht a políticos, encontrada pela força-tarefa da Operação Lava Jato na casa do ex-presidente de Infraestrutura da empreiteira Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio de Janeiro.

A superplanilha traz cerca de 300 nomes ligados a 24 partidos políticos. Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo com base no documento mostra que, em vários casos, os valores são superiores aos declarados pelos candidatos indicando possível caixa 2.
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"O ideal seria antes aprofundar as apurações para remeter os processos apenas di­ante de indícios mais concretos de que esses pagamentos seriam também ilícitos. A cautela recomenda, porém, que a questão seja submetida desde logo ao Egrégio ­Supremo Tribunal Federal", registra Moro, na decisão desta segunda-feira, 28.

A superplanilha, como está sendo chamada a lista nos bastidores do poder, é a maior relação de políticos e partidos associada a pagamentos de uma empreiteira capturada pela Lava Jato desde o início da operação, há dois anos.

Ela foi encontrada nas buscas da 23.ª fase, a Acarajé, que teve como alvo principal o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura.

A planilha foi divulgada oficialmente pela operação na manhã de quarta-feira, 23. Mas, no início da tarde, o juiz federal decretou sigilo sobre o documento. Moro pediu ao Ministério Público Federal que se manifeste sobre "eventual remessa" dos papéis ao Supremo Tribunal Federal.
 

Campanhas


As anotações, indica a Lava Jato, referem-se às campanhas eleitorais de 2012 (municipais) e 2014 (presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais). Segundo a força-tarefa, não há nenhum indicativo de que os pagamentos sejam irregulares ou fruto de caixa 2.

Barbosa Silva Jr. é apontado pelos investigadores como o encarregado de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, para tratar de doações eleitorais e repasses a políticos.

Também há inúmeras anotações manuscritas fazendo referência a repasses para políticos e partidos, acertos com outras empresas referentes a obras e até documentos sobre "campeonatos esportivos", que lembram documentos semelhantes já encontrados na Lava Jato e revelaram a atuação de cartel das empreiteiras em obras na Petrobras.

Os partidos que constam na planilha são PT, PMDB, PSDB, PP, PSB, DEM, PDT, PSD, PC do B, PPS, PV, PR, PRB, SD, PSC, PTB, PTN, PT do B, PSOL, PPL, PTB, PRP, PCB e PTC.

O levantamento jornal O Estado de S. Paulo baseou-se nas planilhas às quais a reportagem teve acesso.

Weg anuncia aquisição da norte-americana Bluffton Motor Works



Negócio ampliará atuação da companhia catarinense na América do Norte

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Weg anuncia aquisição da norte-americana Bluffton Motor Works

A Weg (foto) anunciou nesta segunda-feira (28) a aquisição da Bluffton Motor Works, fabricante de motores elétricos com sede na cidade de Bluffton, no estado de Indiana, nos Estados Unidos. O valor da transação não foi revelado, mas não representa investimento relevante, de acordo com comunicado da empresa.

Fundada em 1944, a Bluffton é especializada na manufatura de motores elétricos fracionários de até 5 cavalos, oferecendo uma série de produtos customizados para clientes nos Estados Unidos. Entre os clientes atendidos destacam-se os setores de processamento de alimentos e bebidas, fabricantes de maquinas industriais, equipamentos para comércio e serviços, bombas e ventilação entre outros. A Bluffton tem aproximadamente 400 funcionários. Em 2015, a receita líquida da Bluffton foi de US$ 64 milhões.

De acordo com o diretor superintendente da Weg Motores, Luis Alberto Tiefensee, a Bluffton é reconhecida no mercado pela excelência e robustez dos motores fracionários para aplicações customizadas, um dos focos de atuação da Weg nos Estados Unidos. “Essa aquisição é estratégica para ampliar e dar mais agilidade a atuação da companhia no maior mercado mundial de motores elétricos fracionários. Além disso, trará uma importante ampliação de linhas de produtos que complementará nossa plataforma de manufatura para a América do Norte”, explica.


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Weg anuncia aquisição da norte-americana Bluffton Motor Works

Negócio ampliará atuação da companhia catarinense na América do Norte

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Weg anuncia aquisição da norte-americana Bluffton Motor Works
A Weg (foto) anunciou nesta segunda-feira (28) a aquisição da Bluffton Motor Works, fabricante de motores elétricos com sede na cidade de Bluffton, no estado de Indiana, nos Estados Unidos. O valor da transação não foi revelado, mas não representa investimento relevante, de acordo com comunicado da empresa.
Fundada em 1944, a Bluffton é especializada na manufatura de motores elétricos fracionários de até 5 cavalos, oferecendo uma série de produtos customizados para clientes nos Estados Unidos. Entre os clientes atendidos destacam-se os setores de processamento de alimentos e bebidas, fabricantes de maquinas industriais, equipamentos para comércio e serviços, bombas e ventilação entre outros. A Bluffton tem aproximadamente 400 funcionários. Em 2015, a receita líquida da Bluffton foi de US$ 64 milhões.
De acordo com o diretor superintendente da Weg Motores, Luis Alberto Tiefensee, a Bluffton é reconhecida no mercado pela excelência e robustez dos motores fracionários para aplicações customizadas, um dos focos de atuação da Weg nos Estados Unidos. “Essa aquisição é estratégica para ampliar e dar mais agilidade a atuação da companhia no maior mercado mundial de motores elétricos fracionários. Além disso, trará uma importante ampliação de linhas de produtos que complementará nossa plataforma de manufatura para a América do Norte”, explica.

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Governo começa a acomodar aliados contra impeachment


Agência Brasil
Logo da Funasa
Funasa: órgão foi um dos que sofreu alterações no segundo escalão para acomodar aliados do governo em processo de impeachment.
 
 
Isadora Peron, do Estadão Conteúdo

Brasília - O Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 28, traz um exemplo de como o Palácio do Planalto vai começar a atuar "no varejo" para barrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara.

Os cargos no segundo escalão do governo vão servir como moeda de troca para garantir o apoio de deputados na votação que pode levar ao afastamento da presidente.

Nesta segunda, o atual diretor de Obtenção de Terras do Incra, Marcelo Afonso Silva, foi exonerado do cargo para dar lugar a Luiz Antônio Possas de Carvalho, aliado do deputado do PMDB Carlos Bezerra (MT).

Afonso Silva havia chegado à diretoria do Incra em 2011, como indicado da senadora Gleisi Hoffmann, que acabava de assumir a chefia da Casa Civil.

Na época, a vaga era reivindicada pela bancada do PMDB do Senado e foi usada como exemplo de como os dois partidos estavam disputando espaços no governo.

Bezerra é um dos deputados do PMDB que tem se manifestado contra o impeachment de Dilma. Advogado por formação, ele argumenta não ver sustentação jurídica para o afastamento da presidente.

Na semana passada, um aliado do vice-presidente Michel Temer foi exonerado da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para dar espaço a um nome do PTN, que daria dez votos a favor de Dilma no processo do impeachment.

Se o desembarque do PMDB do governo se concretizar nesta terça-feira, a ideia é distribuir os cargos que estavam com o partido às demais legendas da base aliada.

quarta-feira, 23 de março de 2016

“Eu vou derrubar o planalto” afirma Marcelo Odebrecht ao fechar delação premiada


Condenado a quase 20 anos de prisão pelo juiz federal Sergio Moro, o maior empreiteiro do país e herdeiro do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, fechou acordo de delação premiada na Operação Lava Jato e já começou a colaborar com as investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras, como revelou a coluna Radar. 

Nas últimas fases da Lava Jato, foi colhida uma avalanche de provas contra o executivo, deixando a defesa técnica cada vez mais difícil.

Além de Marcelo Odebrecht, também vão colaborar com a justiça todos os executivos ligados à Odebrecht e investigados na Operação Lava Jato. O conglomerado fundado por Norberto Odebrecht também aceitou celebrar um acordo de leniência, que é o equivalente à delação premiada para as empresas. 



Com isso, o grupo deve se comprometer a pagar uma multa bilionária e tenta não ser banido de contratos futuros com a administração pública. “As avaliações e reflexões levadas a efeito por nossos acionistas e executivos levaram a Odebrecht a decidir por uma colaboração definitiva com as investigações da Operação Lava Jato”, disse em nota a Odebrecht. A concorrente Andrade Gutierrez, que teve os executivos presos na mesma fase em que Marcelo Odebrecht foi levado à cadeia, também fechou acordo de leniência e aceitou pagar multa de 1 bilhão de reais. 

Nos depoimentos de colaboração com a justiça, a Andrade implicou a campanha da presidente Dilma Rousseff e admitiu aos investigadores ter desembolsado propina para vencer a disputa para a construção e revitalização de estádios para a Copa do Mundo e para participar de obras na usina de Belo Monte, no Rio Madeira.

Marcelo Odebrecht está preso desde o dia 19 de junho de 2015, quando foi deflagrada a fase da Lava Jato que investigou a atuação da Odebrecht e da Andrade Gutierrez com o esquema de fraude em contratos da Petrobras e de pagamento de propina a agentes públicos. 

Odebrecht já foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa e responde a outras ações penais relacionadas ao petrolão. Nos bastidores, Odebrecht era pressionado por familiares para fechar um acordo de delação premiada e, mesmo com a penalidade imposta pelo juiz Sergio Moro, conseguir benefícios judiciais.

Argentina e EUA assinam acordos de comércio e investimento


AFP
Presidente americano Barack Obama e o presidente da Argentina Mauricio Macri, em Buenos Aires, na Casa Rosada, dia 23/03/2016
Obama e Macri: as autoridades também fizeram uma declaração em apoio à OEA e ao Sistema Interamericano de Direitos Humanos
Da EFE


Buenos Aires - Autoridades americanas e argentinas assinaram nesta quarta-feira em Buenos Aires acordos em matéria de segurança, comércio e investimento em reunião prévia ao encontro entre os presidentes de ambos os países, Barack Obama e Mauricio Macri, informaram fontes oficiais.

A chanceler argentina, Susana Malcorra, o embaixador americano, Noah Mamet, a ministra de Segurança argentina, Patricia Bullrich, e de Interior, Rogelio Frigerio, se reuniram hoje no Palácio San Martín, sede do Ministério das Relações Exteriores, para assinar os acordos.

Os novos pactos buscam aumentar a cooperação para "prevenir e combater o crime grave", regular o "lugar de oficiais de segurança a bordo" e fomentar o comércio e o investimento entre ambos os países, informou a Chancelaria em comunicado.

As autoridades também fizeram uma declaração em apoio à Organização dos Estados Americanos (OEA) e ao Sistema Interamericano de Direitos Humanos.

"Isto marca uma nova forma de trabalho, com relações maduras e inteligentes que nos ajudam a construir um futuro melhor, tal como nos disse o presidente Macri", declarou a chanceler argentina.

Malcorra comentou que estes acordos representam "o início de um percurso" e "uma mudança importante" na forma que a Argentina tem de se relacionar.

A assinatura dos documentos faz parte de um pacote que inclui um memorando de entendimento entre a Unidade de Informação Financeira (UIF) da Argentina e o Financial Crimes Enforcement Network (FINCEN) dos Estados Unidos para prevenir a lavagem de dinheiro.

O presidente dos EUA, Barack Obama, chegou hoje à sede do governo da Argentina, em Buenos Aires, para se reunir com Macri em visita oficial de dois dias.
Acompanhado de sua esposa, Michelle, das filhas Malia e Sasha e da sogra, Obama chegou nesta quarta-feira à Argentina, após passagem por Cuba, para realizar uma visita que busca reforçar os laços e cooperação entre as duas nações.

Obama diz esperar que Brasil resolva crise política


David Fernandez/ Reuters
Presidente americano Barack Obama na Argentina - 23/03/2016
Barack Obama na Argentina: "Precisamos de um Brasil forte e efetivo para as nossas próprias economias e para a paz mundial", acrescentou
 
Da REUTERS


Buenos Aires - O presidente do Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira, que espera que o Brasil consiga resolver a sua crise política no Brasil de forma positiva.

"A democracia (do Brasil) é suficientemente madura, o sistema legal e as instituições acredito que são fortes o suficiente para que isso se resolva de uma forma que permita ao Brasil prosperar...", disse o presidente norte-americano durante visita à Argentina.

"Precisamos de um Brasil forte e efetivo para as nossas próprias economias e para a paz mundial", acrescentou.

O Brasil passa por uma grave crise política, agravada por um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff no Congresso e um quadro de recessão econômica, em meio ao maior escândalo de corrupção de sua história, envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras, partidos e políticos.

Moro põe sob sigilo superplanilha da Odebrecht


Rodolfo Buhrer/REUTERS
O juiz Sérgio Moro
O juiz Sérgio Moro: o documento aponta uma longa sucessão de transferências para deputados, senadores, prefeitos, governadores e agremiações políticas
 
Fausto Macedo, do Estadão Conteúdo
Julia Affonso, do Estadão Conteúdo
Mateus Coutinho e Ricardo Brandt, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro decretou nesta quarta-feira, 23, sigilo sobre a superplanilha da Odebrecht que cita dezenas de políticos e partidos como supostos destinatários de valores da empreiteira.

O magistrado pediu ao Ministério Público Federal que se manifeste sobre ‘eventual remessa’ da documentação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A superplanilha foi apreendida em fevereiro na Operação Acarajé, desdobramento da Lava Jato, na residência do empresário Benedicto Barbosa da Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura.

O documento aponta uma longa sucessão de transferências para deputados, senadores, prefeitos, governadores e agremiações políticas.

Inicialmente, a Acarajé estava sob sigilo. Depois que a operação foi deflagrada, em fevereiro, o magistrado afastou o sigilo dos autos, como tem feito desde o início da Lava Jato.

Nesta quarta-feira, ao constatar que a lista contém ‘registros de pagamentos a agentes políticos’, Moro restabeleceu o sigilo nos autos.

"Prematura conclusão quanto à natureza desses pagamentos.

Não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht e o referido Grupo Odebrecht realizou, notoriamente, diversas doações eleitorais registradas nos últimos anos", argumentou o juiz.

"De todo modo, considerando o ocorrido, restabeleço sigilo neste feito e determino a intimação do Ministério Público Federal para se manifestar, com urgência, quanto à eventual remessa ao Egrégio Supremo Triunal Federal para continuidade da apuração em relação às autoridades com foro privilegiado."