quinta-feira, 31 de março de 2016

Lula costura acordos com o PMDB






Paulo Whitaker/Reuters
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 28/03
Lula: o resultado do encontro pode ser medido na edição de hoje do Diário Oficial, com a indicação de Luiz Otávio Oliveira Campos para a diretoria-geral da Antaq
 
Irany Tereza, do Estadão Conteúdo


Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que mantém o posto de articulador informal do governo Dilma Rousseff enquanto aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal sobre sua nomeação para a Casa Civil - teve nesta quarta-feira, 30, uma longa reunião com o paraense Jader

Barbalho no apartamento do senador peemedebista, em Brasília.

O resultado do encontro pode ser medido na edição de hoje do Diário Oficial da União, com a indicação de Luiz Otávio Oliveira Campos para a diretoria-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
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Campos, que ainda terá de ser sabatinado no Senado antes de ser efetivado na agência reguladora, é hoje o secretário executivo da Secretaria dos Portos, comandada pelo ministro Helder Barbalho, um dos seis peemedebistas que ainda integram o ministério de Dilma.

Helder fica no governo, a despeito da orientação da cúpula do PMDB, decisão tomada por aclamação na terça-feira. Ele e o pai irão trabalhar para arregimentar votos a favor de Dilma no processo de impeachment.

Jader Barbalho deixou claro, em entrevista na própria terça-feira ao jornal O Estado de S. Paulo, que não concorda com a decisão do PMDB.

Segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o senador esteve, semana passada, com o vice-presidente Michel Temer, em São Paulo.

No encontro, selaram um acordo que fixava prazo até 12 de abril para os ministros do partido deixarem o governo.

No dia da convenção, o PMDB exigiu saída imediata de seus ministros. Uma ala do PMDB considerou que Temer rompeu o acordo.

Os senadores Jader Barbalho, Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP) não compareceram à reunião do partido que selou a debandada do PMDB do governo.

As bancadas parlamentares do Pará, Alagoas e Maranhão, Estado de Sarney, passaram a despertar um interesse maior do governo e entraram na alça de mira de Lula.

Ontem, a ministra Kátia Abreu escreveu no microblog Twitter que os seis ministros peemedebistas - Henrique Alves, o sétimo, fiel escudeiro de Temer, entregou o cargo no dia da decisão anunciada pelo PMDB - permanecerão no governo.

Ela fez a postagem depois de ser flagrada, por um fotógrafo da Folha de S.Paulo, numa conversa por mensagens de celular na qual revelava a rebeldia dos ministros e a estratégia de se licenciarem do partido para fugir do risco de expulsão.

A despeito da tentativa de demonstrar unidade, com a decisão por aclamação, o PMDB está expondo cada vez mais sua divisão interna.

Ministro vai explicar ao Senado telegramas sobre golpe





Creative Commons
O ministro das relações exteriores, Mauro Vieira
Ministro das relações exteriores, Mauro Vieira: Senado convidou chanceler a explicar telegramas enviados a embaixadas alertando para "golpe" no Brasil.
 
Isabela Bonfim, do Estadão Conteúdo


Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai ter de dar explicações no Senado sobre o envio de telegramas pelo Itamaraty que alertavam suposto golpe político no Brasil.

O chanceler brasileiro vai participar de reunião da Comissão de Relações Exteriores, após aprovação de requerimento de convite de autoria do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). A audiência pública está marcada para o dia 14 de abril.
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As mensagens foram enviadas no dia 18 de março às embaixadas, consulados e escritórios brasileiros em todo o mundo.

Os dois telegramas foram escritos pelo chefe da Coordenação-Geral de Cooperação Humanitária e Combate à Fome do Itamaraty, Milton Rondó Filho.

Nos comunicados, o diplomata pede a cada posto que designe funcionário para atuar na interlocução com a população brasileira nos países e na sociedade civil local.

Para o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), a ação do funcionário do Itamaraty foi "grave".

"É espantoso que um funcionário do Itamaraty se dedique a dizer para o mundo inteiro que nós não temos instituições que funcionam, que há um golpe de Estado em marcha", afirmou.

Impeachment não é golpe, é remédio institucional, afirma FHC





Renato Araujo / Agência Brasil
Ex presidente da república Fernando Henrique Cardoso
FHC: o ex-presidente reforça repetidamente, que os movimentos ocorrem "dentro da democracia" e "dentro da Constituição"
 
Ana Fernandes, do Estadão Conteúdo
Elizabeth Lopes e Pedro Venceslau, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu que o PSDB deve caminhar "unido" pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em evento de lançamento do novo site do Instituto Teotônio Vilela, braço de articulação política do PSDB, foi exibido um vídeo no qual FHC rebate os argumentos do PT e do governo e diz que o impeachment não é golpe, mas um "remédio constitucional".
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"Diante da incapacidade do governo de governar, de flagrantes abusos que ferem a nossa Constituição praticados reiteradamente por aqueles que detêm o poder, infelizmente, não resta outro caminho se não marcharmos para o impeachment. Não tem nada a ver com golpe, é um remédio constitucional", diz o tucano.

O ex-presidente reforça repetidamente, no vídeo de cerca de três minutos, que os movimentos ocorrem "dentro da democracia" e "dentro da Constituição". "Quando há apoio na sociedade, quando há maioria no Congresso e há uma base jurídica, vai ser o impeachment."

Ele insiste também que o processo de impeachment é político, não penal, refutando a defesa do governo de que Dilma é uma pessoa 'honesta' e que, por isso, não poderia ser deposta.

"As pessoas que sofrem eventualmente impeachment não são criminosas, não têm penalidade, não se trata de um processo penal. É um processo político, da incapacidade demonstrada pelo governo de governar e, para tentar governar, infringir a constituição. É por isso que o PSDB deve marchar unido para o impeachment", frisou.

No vídeo, FHC responsabiliza o governo Dilma e o PT pela situação "dramática" que o país vive.

"Esse processo que estamos vivendo é dramático, repito, por erros do governo petista. Nos levaram ao caos que estamos na economia, a essa indecisão na vida política, por incapacidade e vontade de serem hegemônicos, ou seja, de mandar em tudo e não respeitar o outro", afirmou.

"Não queremos o impeachment para desrespeitar o outro, queremos impeachment para reconstruir uma situação democrática que permita a convivência de todos", prosseguiu.

E disse que o PSDB tem que ser "o partido da construção do futuro do Brasil", mas sem que isso seja feito "através de acomodações".
 

Lava Jato


Sem mencionar diretamente o PMDB ou Michel Temer, FHC saiu em defesa da continuidade das investigações da Lava Jato. Ele disse ser necessário um "consenso nacional", mas que o acordo político não pode atropelar a operação.

"O preço do acordo não pode ser acabar com a Lava Jato. A Lava Jato é parte do processo democrático brasileiro, vai continuar, dentro da regra. Se houver abuso, há tribunais capazes de conter o abuso", disse o tucano

O ex-presidente avaliou que a situação do país é ruim e que não é possível ter uma visão otimista no curto prazo, mas destacou que o Brasil "tem potencial" e, com avanço das reformas estruturais, vai ter condições de recuperar a confiança.
 

Site


No lançamento do novo site do instituto, o presidente do ITV, José Aníbal, disse que a ideia é o PSDB ampliar a comunicação, para não ser apenas com militantes tucanos, mas para fazer "debates sobre o momento do país", ainda mais em um momento em que avança um processo de impeachment.

"O portal ITV quer pensar o Brasil", afirmou ao apresentar o novo portal a jornalistas. Segundo o tucano, eles identificaram essa necessidade com a crescente crise da representação política com a sociedade - algo que vem ficando cada vez mais evidente desde os protestos de rua de 2013.

MPF denuncia Joseph Safra e mais cinco na Operação Zelotes


Epitacio Pessoa
Joseph Safra
Joseph Safra: o MPF pediu que os envolvidos respondam por corrupção ativa, corrupção passiva e falsidade ideológica
 
 
Da REUTERS


São Paulo/ Brasília - O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília denunciou seis pessoas, incluindo o banqueiro Joseph Safra, por envolvimento na manipulação de julgamentos junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), no âmbito da Operação Zelotes.

De acordo com a denúncia, após inquérito que apurou o andamento de três recursos apresentados pelo Banco Safra, servidores públicos teriam pedido propina de 15,3 milhões de reais para conseguir decisões favoráveis ao grupo junto ao Carf.
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As irregularidades teriam ocorrido em processos administrativos de interesse da JS Administração de Recursos, do grupo Safra. Além de Joseph Safra, o MPF denunciou o diretor João Inácio Puga, que negociava em nome do grupo Safra, dois servidores da Receita Federal e dois ex-servidores.

O MPF pediu que os envolvidos respondam por corrupção ativa, corrupção passiva e falsidade ideológica.

Procurado, o grupo Safra não estava imediatamente disponível para comentar.

quarta-feira, 30 de março de 2016

O pior do governo Dilma, na visão dos brasileiros


Evaristo Sá / AFP
Presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, dia 22/03/2016
Dilma Rousseff: 69% dos brasileiros consideram o governo da presidente ruim ou péssimo
 
 
 
São Paulo — Impostos e taxas de juros são as áreas de atuação do governo Dilma Rousseff que menos agradam os brasileiros.

De acordo com pesquisa CNI-Ibope, divulgada na manhã desta quarta-feira (30), 91% da população desaprova os impostos. Em relação à política de juros, 90% dos entrevistados disseram estar insatisfeitos.
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Saúde, combate à inflação, combate ao desemprego e segurança pública também foram áreas mal avaliadas, com índices de reprovação superiores a 80%.

As políticas melhor avaliadas são as de combate à fome e à pobreza, com 29% de aprovação. 
 

Pequeno recuo


Em relação à dezembro, quando a mesma pesquisa foi realizada, houve um recuo na desaprovação de algumas áreas.

É o caso das políticas públicas de combate ao desemprego (hoje 87% desaprovam, ante 86% em dezembro), da educação (de 76% para 74%) e de meio ambiente (de 74% para 68%). 
 

Gestão Dilma


O governo de Dilma Rousseff continua sendo o mais impopular desde o fim da gestão de José Sarney. De acordo com a pesquisa de hoje, 69% dos brasileiros avaliam o governo atual como ruim ou péssimo.

Oito em cada dez entrevistados disseram não confiar na presidente Dilma. Em dezembro, 78% deles pensavam o mesmo. O percentual dos que confiam permaneceu o mesmo: 18%. 

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas, entre os dias 17 e 22 de abril, em 142 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
 

ONU dá 'puxão de orelha' em Dilma e pede que governo não obstrua justiça


Entidade não fazia apelo a governantes brasileiros há mais de dez anos.



Governo brasileiro entra na mira da ONU


Pela primeira vez, em mais de uma década, a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu se pronunciar sobre o que acontece no Brasil. Desde que entrou na liderança da instituição, o secretário-geral Ban Ki Moon nunca tinha feito qualquer apelo direto aos governantes brasileiros. 

Sem citar Dilma, ele no entanto, acabou puxando a orelha de Rousseff, pedindo que o governo não obstrua ou crie artimanhas para que possa obstruir o trabalho da justiça. Recentemente, o juiz federal 
Sérgio Moro disse que Luiz Inácio Lula da Silva tentou atrapalhar as investigações da Lava Jato e que ao que tudo indica, ele já saberia das interceptações telefônicas autorizadas legalmente. 

Ban Ki Moon lembrou que o Brasil é um país com grande importância no cenário internacional, que a crise por enquanto é um problema nacional, mas que se continuar a crescer pode prejudicar diversos outros países e que isso acaba virando uma preocupação social para a Organização mais importante internacionalmente. A declaração do Secretário-Geral da ONU foi dada em um pronunciamento realizado em Genebra. 

É o primeiro apelo do coreano para que haja uma cooperação entre os poderes no Brasil desde que ele entrou no poder. A atitude é vista como raríssima na entidade. Ban Ki Moon pediu uma solução harmoniosa para o caso. Ele disse que isso é um desafio para os brasileiros, mas que sabendo do retrospecto histórico do país, isso conseguirá ser superado por todos. 

O recado também é dado à oposição, já que a entidade pede a colaboração de todos os partidos políticos para passar por essa fase. A colaboração do poder judiciário também foi solicitada pela ONU nas investigações se supostos atos de corrupção em alto nível. A entidade falava, entre meias palavras, do juiz federal Sérgio Moro e da investigação da Lava Jato, que já chegou até ao ex-presidente da república Lula. A Organização pediu que a justiça seja feita, mas com "escrúpulos" e dentro do que é estabelecido no direito brasileiro e internacional, evitando que um julgamento ocorra meramente por opiniões políticas. 

 http://br.blastingnews.com/mundo/2016/03/onu-da-puxao-de-orelha-em-dilma-e-pede-que-governo-nao-obstrua-justica-00856505.html

Macri decide retirar participação argentina em TV criada por Chávez e esquerda enlouquece






Em mais uma decisão para reduzir o tamanho do estado argentino e sua influência na economia e nos meios de comunicações, o governo Macri decidiu retirar a participação acionária de 16% que a Argentina possui na Telesur – fundada em 2005 por Hugo Chávez e que também possui como acionistas os governos da Venezuela, Cuba, Nicarágua, Bolívia e Uruguai – e uma das principais defensoras dos governos socialistas latino-americanos.

A venda da participação acionária da Argentina na empresa também desobrigará os operadores de televisão por assinatura a incluir o canal em suas programações – conforme decreto assinado pela socialista Cristina Kirchner em 2010 – bem como no sinal de televisão digital aberta, que atinge 80% da população.

A decisão do governo Macri levou a esquerda latino-americana à loucura nas redes sociais, gerando acusações de “censura” à oposição e autoritarismo – como se o governo argentino fosse obrigado a financiar com o dinheiro dos pagadores de impostos um canal socialista.


 http://www.ilisp.org/noticias/macri-decide-retirar-participacao-argentina-em-tv-criada-por-chavez-e-esquerda-enlouquece/