Entidade não fazia apelo a governantes brasileiros há mais de dez anos.
Pela primeira vez, em mais de uma década, a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu
se pronunciar sobre o que acontece no Brasil. Desde que entrou na
liderança da instituição, o secretário-geral Ban Ki Moon nunca tinha
feito qualquer apelo direto aos governantes brasileiros.
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Dilma, ele no entanto, acabou puxando a orelha de Rousseff,
pedindo que o governo não obstrua ou crie artimanhas para que possa
obstruir o trabalho da justiça. Recentemente, o juiz federal
Sérgio Moro
disse que Luiz Inácio Lula da Silva tentou atrapalhar as investigações
da Lava Jato e que ao que tudo indica, ele já saberia das interceptações
telefônicas autorizadas legalmente.
Ban Ki Moon lembrou que o Brasil é um país com grande importância no
cenário internacional, que a crise por enquanto é um problema nacional,
mas que se continuar a crescer pode prejudicar diversos outros países e
que isso acaba virando uma preocupação social para a Organização mais
importante internacionalmente. A declaração do Secretário-Geral da ONU
foi dada em um pronunciamento realizado em Genebra.
É o primeiro apelo do coreano para que haja uma cooperação entre os
poderes no Brasil desde que ele entrou no poder. A atitude é vista como
raríssima na entidade. Ban Ki Moon pediu uma solução harmoniosa para o
caso. Ele disse que isso é um desafio para os brasileiros, mas que
sabendo do retrospecto histórico do país, isso conseguirá ser superado
por todos.
O recado também é dado à oposição, já que a entidade pede a
colaboração de todos os partidos políticos para passar por essa fase. A
colaboração do poder judiciário também foi solicitada pela ONU nas
investigações se supostos atos de corrupção em alto nível. A entidade
falava, entre meias palavras, do juiz federal Sérgio Moro e da
investigação da Lava Jato, que já chegou até ao ex-presidente da
república Lula. A Organização pediu que a justiça seja feita, mas com
"escrúpulos" e dentro do que é estabelecido no direito brasileiro e
internacional, evitando que um julgamento ocorra meramente por opiniões
políticas.
http://br.blastingnews.com/mundo/2016/03/onu-da-puxao-de-orelha-em-dilma-e-pede-que-governo-nao-obstrua-justica-00856505.html
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