quarta-feira, 30 de março de 2016

Bolsa apresenta alta com desembarque do PMDB do governo


Segundo operadores, jogo político estimula apetite ao risco dos investidores; dólar mais fraco no exterior também se desvaloriza ante o real

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Bovespa registra ganhos após saída do PMDB
Bovespa registra ganhos após saída do PMDB
SÃO PAULO - A Bovespa está renovando máximas desde a abertura do pregão, enquanto o dólar se mantém em queda e os juros futuros oscilam mais próximos da estabilidade. Segundo operadores, o apetite ao risco dos investidores é estimulado pela percepção de fortalecimento do impeachment após o desembarque do PMDB do governo Dilma, além da sinalização da presidente do Federal Reserve de que não há intenção de elevar os juros no país no curto prazo e da alta do petróleo. O dólar mais fraco no exterior também favorece a desvalorização frente o real.

Na Bolsa brasileira, às 11h32, o Ibovespa registrou uma máxima, com alta de 1,60%, aos 51.972,86 pontos. O destaque positivo era Gerdau PN, com ganho de 12,50% no mesmo horário, após o Bank of America Merrill Lynch elevar a recomendação da companhia para compra. Petrobrás também computava ganhos de mais de 5%, com o avanço do petróleo. Apesar da queda do minério de ferro, de 2,7% hoje para a US$ 53,2 a tonelada seca, as ações da Vale PNA subiam 6,45%% e a ON, 7,95%, acompanhando a valorização de mineradoras no exterior, após os comentários dovish da presidente do Federal Reserve ontem. Em Nova York, com exceção da Coca-cola e Verizon, todas as demais 28 ações que compõem o Dow Jones operavam em alta.

No mercado de câmbio, às 11h50, o dólar à vista estava cotado a R$ 3,6088, com queda de 0,73%. O dólar futuro de abril recuava 0,67%, a R$ 3,61.

Na renda fixa, a política segue no radar, ao passo que o exterior traz pressão de baixa para as taxas, via dólar. O DI para janeiro de 2021 estava em 13,49%, de 13,50% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2018 exibia taxa de 13,35%, de 13,30%. O vencimento para janeiro de 2017 estava em 13,735%, de 13,725% no ajuste de ontem.

No noticiário político, Pesquisa Ibope/CNI com 2.002 pessoas em 142 municípios mostrou que a porcentagem dos que consideram o governo da presidente Dilma Rousseff ruim ou péssimo oscilou de 70% para 69% de dezembro para março; ótimo ou bom, passou de 9% para 10%; e regular, de 20% para 19%. Além disso, em março 82% desaprovam a maneira de governar de Dilma, mesmo patamar desde setembro de 2015, enquanto os que aprovam se manteve em 14%. Já a parcela dos que não confiam nela oscilou de 78% em dezembro para 80% em março - o pior nível desde o governo José Sarney (80% em junho de 1989).

Em relação aos fundamentos econômicos, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobrás e Eletrobras), apresentou déficit primário de R$ 23,040 bilhões em fevereiro, segundo o Banco Central (BC). É o pior resultado para o mês da série histórica iniciada em dezembro de 2001.

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