9 negócios que pediram recuperação judicial até agora
Tatiana Vaz, de EXAME.com
Em disparada
São Paulo - O número de pedidos de recuperação judicial subiram de 116 para 251 nos dois primeiros meses deste ano comparado ao mesmo período de 2015, revela uma pesquisa recente da Serasa Experian.
O resultado é o maior para o acumulado do primeiro bimestre desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências.
Reunimos, a seguir, nove grandes empresas que estão entre as que pediram recuperação de janeiro até agora.
Confira.
Divulgação/Schain
Grupo Schahin
Há poucos dias, o plano de recuperação judicial de 13 empresas do grupo Schahin foi homologado, decisão que evita a falência da companhia.
O grupo tem hoje uma dívida de R$ 6,5 bilhões, sendo que os bancos credores têm R$ 1,5 bilhão para receber cada um.
A companhia enfrenta dificuldades desde que a Schahin Engenharia foi citada nas investigações da Lava Jato, que investiga um cartel de corrupção formada a partir de relações com a Petrobras.
Camisaria Colombo
Na semana passada foi a vez do Grupo Colombo anunciar que reestruturaria
uma dívida de 1,3 bilhão de reais – sendo 800 reais devidos para
grandes bancos como HSBC, Credit Suisse, Santander, Itaú e Banco do
Brasil.
A crise que abalou todo o varejo também derrubou as vendas da empresa.
De 2014 para 2015, as receitas do grupo Colombo caíram 40%.
Grupo GEP
Queda de consumo e descontos excessivos aliados a desvalorização
cambial e altas taxas de juros acabaram por levar o dono da marca Luigi
Bertolli, o grupo GEP, a pedir recuperação judicial em fevereiro.
A companhia, que cresceu cerca de 10% por ano entre 2008 e 2014, teve
um 2015 complicado e não conseguiu vender o suficiente para compensar
suas dívidas.
BMart
O grupo Bmart, formado por 28 empresas diferentes de distribuição de
brinquedos, pediu recuperação judicial depois de acumular uma dívida de
118 milhões de reais.
A companhia, criada em 1995, começou com uma pequena loja na capital
paulista até atingir presença em 28 pontos comerciais em shoppings de
São Paulo e Minas Gerais.
Barred's
No início de março, a varejista de moda Barred’s entrou com pedido,
depois de acumular 104,2 milhões de reais em dívidas, a maioria para
shoppings – isso sem contar o montante destinado a bancos, fornecedores e
funcionários.
A companhia tinha faturamento estimado de R$ 90 milhões e, além de
vender, passou a fabricar as próprias roupas em 2008, quando iniciou um
plano de expansão de lojas.
Leader Magazine
No início de março, o BTG Pactual confirmou a contratação da
consultoria Alvarez & Marsal, especializada em gestão de empresas
com graves problemas financeiros, para a varejista Leader, iniciativa
relacionada ao processo de recuperação.
O banco informou que "não há informações adicionais relevantes" a serem divulgadas sobre a Leader por enquanto.
Bombril
Com alto endividamento, caixa reduzido e sucessivos prejuízos, a
fabricante de bens de consumo Bombril contratou assessoria para reestruturar o negócio em fevereiro.
A ideia é evitar a recuperação judicial, apesar do prejuízo de R$ 240
milhões e o caixa apertado da empresa nos primeiros nove meses de 2015.
Mabe
Dois anos depois de entrar com pedido de recuperação judicial, a Mabe Eletrodomésticos decretou falência por não conseguir pagar credores e manter pagamento de funcionários.
A empresa, que nasceu com a fusão entre as empresas GE e Dako em meados
de 2004, havia entrado com pedido de recuperação judicial em maio de
2013. Um ano depois, fechou uma de suas fábricas em Itu, SP, demitindo
1.000 pessoas.
Abengoa
O grupo espanhol de engenharia e energia Abengoa entrou com pedido de
recuperação judicial para três de suas subsidiárias no Brasil: Abengoa
Concessões, Abengoa Construção e Abengoa Greenfield.
Os pedidos foram feitos para "minimizar os impactos da suspensão de
alguns dos projetos em construção e alcançar uma solução que seja
adequada para todas as partes interessadas e afetadas pela situação
atual".
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