REUTERS/Ueslei Marcelino
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central
São Paulo - Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, deve deixar o governo caso Lula assuma um ministério e promova uma mudança na política econômica.
A informação foi citada em reportagem do jornal Valor Econômico, da Folha de São Paulo e da agência de notícias Broadcast. O dólar opera em forte alta com os rumores.
Tombini está no comando do BC desde o início do governo Dilma em 2011 e
esteve à frente de um ciclo de corte dos juros em 2012/2013 mesmo diante
de inflação acima da meta.
Atualmente, ele é criticado pelo Partido dos Trabalhadores e por alas do
governo justamente pelo contrário: o aumento dos juros em meio a uma
recessão para combater uma inflação que em 2015 registrou sua maior taxa
desde 2002.
O ex-presidente Lula chegou na manhã desta quarta-feira em Brasília e
está reunido no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff e os
ministros Aloízio Mercadante. Nelson Barbosa e Jaques Wagner.
A expectativa é que Lula anuncie ainda hoje se aceita entrar para o
governo, mas não está claro se iria para a Secretaria de Governo (no
lugar de Ricardo Berzoini) ou para a Casa Civil (no lugar de Jaques
Wagner).
Segundo o Valor,
a ideia de Lula dentro do governo é promover um "plano de reanimação
nacional" com medidas que resgatem a confiança de empresários e
consumidores.
Não seria uma "guinada à esquerda" com queda forçada da Selic ou a saída
de Barbosa, mas a reforma da Previdência seria engavetada por enquanto.
De resto, o plano teria uma combinação difícil de contemplar entre as
diretrizes fiscais já anunciadas por Barbosa com liberação de crédito
para a construção civil e mais recursos para o Programa de Aceleração do
Crescimento e o Minha Casa Minha Vida.
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