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Pedestres em Nova York: quem ganha mais de 665 mil dólares por ano faz parte do 1% mais rico do estado
São Paulo - Um grupo de 40 milionários do estado de Nova York está pedindo para que o governo aumente seus impostos.
"Como nova-iorquinos que contribuíram e se beneficiaram da economia
vibrante do nosso estado, temos tanto a habilidade quanto a
responsabilidade de pagar nossa parte justa", dizem em uma carta aberta.
Seu "Plano do 1% para Justiça Tributária em Nova York", divulgado na
semana passada, foi desenvolvido junto com o Fiscal Policy Institute e o
projeto nacional Responsible Wealth.
O título faz referência ao movimento Occupy Wall Street, que destacava o
fosso entre os 99% da população e os 1% mais ricos (no caso de Nova
York, quem ganha mais de 665 mil dólares por ano).
Proposta
Não por acaso, o plano pede pela manutenção das taxas mais baixas para
famílias de baixa e média renda e por taxas de 7,65% para quem está
acima destes 665 mil dólares.
A partir daí, o esquema continua progressivo: 8,82% para quem ganha mais
de US$ 1 milhão, 9,35% para quem ganha mais de US$ 2 milhões, 9,65%
para quem ganha acima de US$ 10 milhões e 9,99% para quem ganha acima de
US$ 100 milhões.
A estrutura tributária atual, promulgada pelo atual governador Andrew
Cuomo em 2011, vai expirar no final do ano que vem. Ela tem apenas uma
taxa única de 8,82% para quem ganha mais de 2 milhões.
Se nada for colocado no lugar, o estado volta para sua lei original:
6,85% de taxa para todo mundo que ganha mais de 40 mil dólares.
O Legislativo estadual já discute novas possibilidades, mais duras do
que a lei antiga mas menos progresistas que a do grupo, e deve
apresentar um acordo até a sexta-feira.
A Assembleia é dominada pelos democratas, a favor dos impostos mais
altos para os mais ricos, mas o Senado é de maioria republicana, de
posição contrária.
Apoio
Entre os signatários da carta estão milionários de famílias tradicionais
como Steven C. Rockefeller, Leo Hindery, Jr., Abigail Disney, Agnes
Gund, Dal Lamagna, Martin Rothenberg e Lewis B. Cullman.
"Nos últimos 35 anos houve um alargamento enorme na renda pré-taxação. O
fato de que a política pública contribuiu com o aumento desse fosso é
vergonhoso", disse David Levine, ex-economista chefe da
AllianceBernstein.
A carta nota que o estado tem visto recordes no número de famílias sem
casa (80 mil) e nas taxas de pobreza infantil (acima de 50% em alguns
centros urbanos) e que precisa de receita para cobrir investimentos.
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