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Petrobras: as condições do plano já foram definidas e devem ser apresentadas aos funcionários ainda neste semestre
Antonio Pita e Fernanda Nunes, do Estadão Conteúdo
Rio de Janeiro - A Petrobras
planeja apresentar aos funcionários um novo Plano de Demissão
Voluntária (PDV) para desligar até 12 mil trabalhadores, dentro do seu
plano de reestruturação.
Segundo fontes próximas às negociações, as condições do plano já foram
definidas e devem ser apresentadas aos funcionários ainda neste
semestre. A previsão é que o PDV seja incluído no Plano de Negócios para
o período de 2016 e 2020, que deve ser apresentado no próximo mês.
O corte representa cerca de 15% do total de 77,8 mil funcionários
efetivos da Petrobras, e envolve, além da área administrativa, também as
subsidiárias BR Distribuidora e Transpetro, entre outras.
Os cortes nas subsidiárias são vistos como uma etapa do ajuste interno
na gestão, com o objetivo de tornar as duas empresas mais atrativas para
uma venda.
A previsão é contemplar tanto funcionários novos quanto antigos,
aposentáveis ou não, para garantir o maior número de adesões. Os
interessados receberão indenização proporcional ao tempo de serviço,
idade e salário.
O plano deverá ser apresentado aos empregados ainda neste semestre e
terá, a princípio, duração de dois meses. As condições do plano já
teriam sido apresentadas a centrais sindicais por executivos da
petroleira, e aguardam apenas validação final pelo conselho de
administração.
O último PDV da companhia, anunciado em janeiro de 2014, teve adesão de
6,2 mil funcionários, com economia estimada de R$ 13 bilhões até 2018.
Em nota, a Petrobras informou que "não há qualquer decisão tomada em
relação a plano de demissão voluntária.
Mudança
O tema estava na pauta da reunião extraordinária do colegiado na última sexta-feira, dia 14.
O encontro, entretanto, foi cancelado de última hora em função de um
impasse entre os conselheiros sobre a reestruturação administrativa da
empresa.
Alguns conselheiros defendem que toda a diretoria seja substituída, uma
vez que os atuais executivos assumiram o cargo de forma interina, em
fevereiro de 2015, após a renúncia coletiva dos antigos diretores da
gestão Graça Foster.
Eles argumentam também que o conselho tem um Comitê de Remuneração e Sucessão, que poderia indicar novos nomes.
A posição do atual comando da companhia é manter os executivos - até mesmo o diretor de Gás e Energia, Hugo Repsold.
No novo desenho de governança da estatal, a diretoria foi extinta e teve
suas atribuições e gerências redistribuídas. Ainda assim, o executivo
continua trabalhando no cargo.
A definição dos escolhidos para as funções gerenciais de segundo
escalão, que terão cortes de até 40%, também está na pauta do conselho à
espera de votação. A previsão é que o tema seja deliberado no próximo
encontro, dia 21, quando será analisado o resultado financeiro de 2015.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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