joseneumanne
31 março 2016 | 11:39
Antes de falar, Dilma e Marco Aurélio deviam consultar o sentido de golpe no dicionário de Houaiss
Muitíssimo agradecido por sua visita a este blog de iniciante. Sua
adesão representa para mim muita força nesta hora de dificuldades e o
reconhecimento de minha participação nesta luta em que dou o melhor de
mim para informar e opinar de forma a contribuir para o fortalecimento
de nossas instituições republicanas.
A cena política nacional nos últimos dias está contaminada por uma
discussão absolutamente estúpida e com efeitos maléficos sobre o que
mais nos interessa no momento, que é não deixar que as instituições de
nossa democracia, que têm mostrado muita resiliência e até agora não
vergaram. Mas é bom e será útil disso não abusar nem deixar que ninguém
abuse. Como qualquer condenado preso, que propaga a qualquer
interlocutor sua inocência, a Vácua Insana fez da sede do governo “Meu
palácio, meu mandato”, berrando de forma histérica que impeachment é
golpe e contando, como de hábito, com o ensandecido apoio de sua torcida
organizada, que parecia estar torcendo por um time mambembe num desafio
ao galo de várzea.
Também foi apoiada pelo ministro do Supremo Tribunal
Federal Marco Aurélio Mello, que cometeu junto com ela um erro de
conhecimento do vernáculo, que está configurado no sentido atribuído ao
termo pelo maior verbete da página nº 1.464 do dicionário do mestre
Houaiss. Golpe de estado, que os puristas consideram galicismo por ser
uma tradução literal da expressão francesa coup d’État, é assim
definido: “tomada inesperada do poder governamental pela força e sem a
participação do povo; ato pelo qual um governo tenta manter-se pela
força além do tempo previsto ; e efeito da realização de tais atos”. Em
qual destas três definições, se enquadra o golpe de que ela se diz
vítima, hein?
Ao exercerem o direito líquido e certo de acionar a
Justiça para garantir seus direito de cidadãos perante a comissão
especial da Câmara para o impeachment da presidente, Miguel Reale Jr e
Janaína Paschoal argumentaram de forma brilhante que “sobram crimes”
configurados nas pedaladas fiscais.
E tanto isso é verdade que muitos
prefeitos perderam seus mandatos por causa de idêntico delito.
Quem
madama Dilama pensa que é, uma cidadã brasileira acima da lei? E isso
existe em nosso Estado Democrático de Direito?
Pois então, tenha uma quinta em cima da pinta e, sobretudo, muita fé para tirar da lama o pé.
Inté!
http://politica.estadao.com.br/blogs/neumanne/um-houaiss-para-dilma-e-marco-aurelio/
Nenhum comentário:
Postar um comentário