Renan Calheiros anunciou a decisão de manter o
trâmite do processo da presidente Dilma no Senado
Da Redação, com Agência Brasil
redacao@amanha.com.br
O presidente
interino, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), anulou nesta segunda-feira (9) as
sessões do dias 15, 16 e 17 de abril, quando os deputados federais aprovaram a
continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele
acatou pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). Com a aprovação,
o processo seguiu para o Senado. Maranhão já solicitou ao presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), a devolução dos autos do processo. O presidente
interino da Câmara determinou ainda nova sessão para votação do processo de
impeachment na Casa, a contar de cinco sessões a partir de hoje.
A
BM&FBovespa fechou o dia em baixa com a tensão política. O Ibovespa
retrocedeu 1,4%, fechando com 50.990 pontos. Entre as ações com as
maiores altas ficaram Qualicorp (+4,3%), Estácio Participações (+2,7%) e
Equatorial ON (+2,2%). As maiores baixas foram CSN ON (-10%), Vale ON (-9,7%) e
Usiminas PNA (-9%). Depois de abrir a R$ 3,49 e saltar para quase R$ 3,68,
a moeda americana terminou em torno de R$ 3,52, perdendo força conforme o
mercado tirou dos preços a possibilidade do processo da presidente Dilma
revertido.
Decisão
ignorada
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou, porém, no final da
tarde, a decisão de manter o trâmite do processo de impeachment de Dilma no
Senado. Renan decidiu ignorar a decisão de Maranhão que anulou a sessão da
Câmara que aprovou a continuidade do processo. Calheiros contestou que não
procede a argumentação de Waldir Maranhão sobre a forma que a decisão da Câmara
deveria ter sido comunicada ao Senado. "Aceitar essa brincadeira com a
democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao
fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é
justo ou injusto", declarou o presidente do Senado. Com isso, Renan
Calheiros determinou que o relator do processo na Comissão Especial do
Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), faça a leitura do seu
relatório pela admissibilidade do processo no plenário da Casa. Após a leitura,
começará a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a
admissibilidade e o afastamento imediato da presidenta, o que deve ocorrer na
quarta-feira (11).
Entenda o
caso
Waldir Maranhão, que assumiu a presidência após afastamento de Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), acolheu os argumentos do advogado-geral da União (AGU), José Eduardo
Cardozo, por entender que ocorreram vícios no processo de votação, tornando
nula a sessão. Ele considerou que os partidos políticos não poderiam ter
fechado questão ou orientado as bancadas a votarem de um jeito ou de outro
sobre o processo de impeachment. “Uma vez que, no caso, [os deputados]
deveriam votar de acordo com suas convicções pessoais e livremente”, diz nota
do presidente interino divulgada à imprensa. Maranhão também considera que
os deputados não poderiam ter anunciado publicamente os votos antes da votação
em plenário em declarações dadas à imprensa. Considerou ainda que o resultado
da votação deveria ter sido formalizado por resolução, como define o Regimento
Interno da Casa.
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Mercado reage ao ato de anulação da tramitação do impeachment
Renan Calheiros anunciou a decisão de manter o trâmite do processo da presidente Dilma no Senado
O presidente interino, deputado Waldir Maranhão (PP-MA),
anulou nesta segunda-feira (9) as sessões do dias 15, 16 e 17 de abril,
quando os deputados federais aprovaram a continuidade do processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele acatou pedido feito pela
Advocacia-Geral da União (AGU). Com
a aprovação, o processo seguiu para o Senado. Maranhão já solicitou ao
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a devolução dos autos
do processo. O presidente interino da Câmara determinou ainda nova
sessão para votação do processo de impeachment na Casa, a contar de
cinco sessões a partir de hoje.
A BM&FBovespa fechou o dia em baixa com a tensão política. O Ibovespa retrocedeu 1,4%, fechando com 50.990 pontos. Entre as ações com as maiores altas ficaram Qualicorp (+4,3%), Estácio Participações (+2,7%) e Equatorial ON (+2,2%). As maiores baixas foram CSN ON (-10%), Vale ON (-9,7%) e Usiminas PNA (-9%). Depois de abrir a R$ 3,49 e saltar para quase R$ 3,68, a moeda americana terminou em torno de R$ 3,52, perdendo força conforme o mercado tirou dos preços a possibilidade do processo da presidente Dilma revertido.
Decisão ignoradaO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou, porém, no final da tarde, a decisão de manter o trâmite do processo de impeachment de Dilma no Senado. Renan decidiu ignorar a decisão de Maranhão que anulou a sessão da Câmara que aprovou a continuidade do processo. Calheiros contestou que não procede a argumentação de Waldir Maranhão sobre a forma que a decisão da Câmara deveria ter sido comunicada ao Senado. "Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto", declarou o presidente do Senado. Com isso, Renan Calheiros determinou que o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), faça a leitura do seu relatório pela admissibilidade do processo no plenário da Casa. Após a leitura, começará a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento imediato da presidenta, o que deve ocorrer na quarta-feira (11).
Entenda o casoWaldir Maranhão, que assumiu a presidência após afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu os argumentos do advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, por entender que ocorreram vícios no processo de votação, tornando nula a sessão. Ele considerou que os partidos políticos não poderiam ter fechado questão ou orientado as bancadas a votarem de um jeito ou de outro sobre o processo de impeachment. “Uma vez que, no caso, [os deputados] deveriam votar de acordo com suas convicções pessoais e livremente”, diz nota do presidente interino divulgada à imprensa. Maranhão também considera que os deputados não poderiam ter anunciado publicamente os votos antes da votação em plenário em declarações dadas à imprensa. Considerou ainda que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, como define o Regimento Interno da Casa.
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Decisão ignoradaO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou, porém, no final da tarde, a decisão de manter o trâmite do processo de impeachment de Dilma no Senado. Renan decidiu ignorar a decisão de Maranhão que anulou a sessão da Câmara que aprovou a continuidade do processo. Calheiros contestou que não procede a argumentação de Waldir Maranhão sobre a forma que a decisão da Câmara deveria ter sido comunicada ao Senado. "Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto", declarou o presidente do Senado. Com isso, Renan Calheiros determinou que o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), faça a leitura do seu relatório pela admissibilidade do processo no plenário da Casa. Após a leitura, começará a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento imediato da presidenta, o que deve ocorrer na quarta-feira (11).
Entenda o casoWaldir Maranhão, que assumiu a presidência após afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu os argumentos do advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, por entender que ocorreram vícios no processo de votação, tornando nula a sessão. Ele considerou que os partidos políticos não poderiam ter fechado questão ou orientado as bancadas a votarem de um jeito ou de outro sobre o processo de impeachment. “Uma vez que, no caso, [os deputados] deveriam votar de acordo com suas convicções pessoais e livremente”, diz nota do presidente interino divulgada à imprensa. Maranhão também considera que os deputados não poderiam ter anunciado publicamente os votos antes da votação em plenário em declarações dadas à imprensa. Considerou ainda que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, como define o Regimento Interno da Casa.