terça-feira, 10 de maio de 2016

Oi demite 2 mil funcionários de áreas administrativas


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Chips de celular da Oi: a dívida bruta da Oi, de 54,9 bilhões de reais, tem quase metade do valor vencendo até o fim de 2017 

Da REUTERS



São Paulo - O grupo de telecomunicações Oi está demitindo cerca de 2 mil funcionários, em processo concentrado em áreas administrativas e que deve reduzir de 15 a 20% os custos com pessoal da companhia, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto nesta terça-feira.

Os cortes começaram na véspera e serão concluídos nesta terça, segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato.
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As demissões ocorrem pouco mais de um ano depois que a empresa promoveu cerca de 1.100 cortes de pessoal.

Em comunicado, a empresa não confirmou o número de demissões nesta semana, mas afirmou que "com o intuito de manter níveis de rentabilidade e produtividade para fazer frente ao cenário macroeconômico atual, a Oi está realizando uma readequação da sua estrutura administrativa".

A Oi afirmou na nota divulgada à imprensa que este ano incorporou posições de operação e manutenção de rede, envolvendo as regiões Sul e Sudeste, e que "este movimento é bastante desafiador considerando as questões financeiras envolvidas".

O grupo divulga seu resultado trimestral na quinta-feira. Em 2015, a Oi acumulou prejuízo de 5,35 bilhões de reais, após resultado negativo de 4,4 bilhões de reais em 2014.

A empresa está negociando com credores reestruturação de 14 bilhões de dólares em bônus, segundo fontes familiarizadas com a situação disseram à Reuters no fim de abril.

A dívida bruta da Oi, de 54,9 bilhões de reais, tem quase metade do valor vencendo até o fim de 2017.

Petrobras dá lugar à Bunge em ranking de empresas químicas





Germano Luders, EXAME
Bunge
Bunge: a estatal petroleira, que em 2015 ocupou a quinta posição do ranking Mais Valor Produzido (MVP) - Agro/Química e Petroquímica, cedeu espaço neste ano à Bunge
 
 
Gabriela Mello, do Estadão Conteúdo
 
 
 
São Paulo - A Petrobras deixou de figurar neste ano entre as cinco mais valiosas empresas da indústria química, conforme levantamento conduzido pela consultoria DOM Strategy Partners e divulgado nesta terça-feira, 10.

A estatal petroleira, que em 2015 ocupou a quinta posição do ranking Mais Valor Produzido (MVP) - Agro/Química e Petroquímica, cedeu espaço neste ano à Bunge.
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Ainda de acordo com a pesquisa, a Basf ficou pelo segundo ano no topo da lista, seguida por Raízen, 3M, Dow e Bunge.

O levantamento, que este ano está em sua terceira edição, considera aspectos como eficácia da estratégia corporativa, resultados gerados, crescimento evolutivo, valor das marcas, qualidade de relacionamento com clientes, governança corporativa, gestão de talentos, cultura corporativa, inovação, grau de transformação, uso de tecnologias digitais e sustentabilidade, conforme a DOM Strategy Partners.

Casino deve vender mais ativos, diz jornal


Ludo29880/Creative Commons
Fachada do supermercado Casino, na França
Supermercado Casino, na França: de 4,2 bilhões de euros levantados com a venda de ativos, 4 bilhões vão para reduzir a dívida da companhia.


São Paulo - A varejista francesa Casino pretende vender mais ativos nos próximos meses, já tendo levantado 4,2 bilhões de euros ao se desfazer de negócios na Tailândia e Vietnã, disse seu presidente-executivo em uma entrevista.

Jean-Charles Naouri também afirmou ao jornal Le Figaro que quatro dos 4,2 bilhões de euros levantados serão dedicados a reduzir dívida. A simplificação da estrutura do grupo, que controla o Grupo Pão de Açúcar no Brasil, é outra prioridade.

Em dezembro, o investidor ativista americano Muddy Waters disse que o Casino está "perigosamente alavancado" e a Standard & Poor’s cortou em março a recomendação de crédito do Casino para "junk", citando a fraqueza no Brasil. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AGU vai ao STF pedir anulação de impeachment contra Dilma




Adriano Machado / Reuters
Advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, faz defesa da presidente Dilma no Senado, dia 05/05/2016
AGU: os detalhes do recurso serão apresentados nesta tarde pelo ministro José Eduardo Cardozo
 
Da REUTERS


Brasília - A Advocacia-Geral da União encaminha nesta terça-feira mandado de segurança em que pede a anulação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita no Congresso, informou a assessoria de imprensa da AGU.

Os detalhes do recurso serão apresentados nesta tarde pelo ministro José Eduardo Cardozo, da AGU.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Suspensão do impeachment de Dilma dá o que falar no mundo





Ueslei Marcelino / Reuters
Presidente Dilma Rousseff' durante cerimônia, dia 04/05/2016
Dilma Rousseff: mídia internacional já comenta a reviravolta brasileira
 
 
 
 
 
São Paulo - A anulação da sessão da Câmara dos Deputados, que decidiu pela aceitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, balançou o cenário político brasileiro e impressionou os principais jornais do mundo.

Para o americano The New York Times, "a decisão causa um tumulto ainda maior em meio à luta pelo poder no maior país latino-americano".
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Qualificando o atual presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), como obscuro, o NYT diz que ele "atordoou o país com essa decisão, apenas dois dias antes que o Senado votasse por afastar a presidente de seu gabinete".

"Caos" é a palavra usada pelo The Guardian para definir o Congresso Nacional, em um momento em que oposição e situação devem brigar pela validade da decisão do presidente da Câmara.

O jornal britânico brinca novamente com a comparação entre a política brasileira e o seriado "House of Cards". Para ele, o último acontecimento foi uma virada que abalaria a credibilidade do enredo da Netflix.

O espanhol El País conta que o governo já dava por certo o afastamento da presidente, antes dessa surpresa.

A publicação lembra ainda que, mesmo sendo aliado de Eduardo Cunha, afastado da Presidência da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal, Waldir Maranhão votou contra o processo de impeachment.

A posição foi influenciada pelo governador de seu estado, Flávio Dino, definido pelo jornal como "fiel escudeiro de Dilma Rousseff".

Para o Wall Street Journal, essa notícia chega "em um já tumultuado processo, no qual era esperado ver Dilma suspensa ainda nesta semana".

Segundo o jornal americano, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, foi quem orquestrou o processo de impeachment da presidente Dilma. 

O texto lembra ainda que Waldir Maranhão é investigado por propinas em esquema de corrupção, assim como Cunha.


Protesto contra suspensão fecha parte da Avenida Paulista


Paulo Whitaker / Reuters
Manifestantes na Avenida Paulista contra anulação do impeachment, dia 09/05/2016
Protesto: ele foi convocado pelo movimento Vem Pra Rua, mas é esperada também a participação de militantes do Movimento Brasil Livre



Cerca de 20 pessoas fecham neste momento duas vias de um quarteirão da Avenida Paulista, sentido Paraíso, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). 

Com bandeiras do Brasil, apitos e vestindo camisas da seleção brasileira de futebol, os manifestantes protestam contra a decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular as sessões de votação da admissão do processo de impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff.
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O protesto foi convocado pelo movimento Vem Pra Rua, mas é esperada também a participação de militantes do Movimento Brasil Livre.

Desde o início do mês de março, alguns desses manifestantes estão acampados na calçada da Fiesp, pedindo pelo impeachment da presidenta Dilma.

No início da tarde de hoje, eles tiraram as barracas da calçada e as colocaram na rua. O protesto, até o momento, ocorre de forma pacífica.

Contra impeachment


Por volta das 17h, um grupo de manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma começaram a se reunir no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para comemorar a decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados.

A reportagem da Agência Brasil contou cerca de 10 pessoas no local. O Masp e a Fiesp estão ambos localizados na Avenida Paulista, a cerca de 280 metros de distância um do outro.


Mercado reage ao ato de anulação da tramitação do impeachment


 

Renan Calheiros anunciou a decisão de manter o trâmite do processo da presidente Dilma no Senado


Da Redação, com Agência Brasil
redacao@amanha.com.br

O presidente interino, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), anulou nesta segunda-feira (9) as sessões do dias 15, 16 e 17 de abril, quando os deputados federais aprovaram a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele acatou pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). Com a aprovação, o processo seguiu para o Senado. Maranhão já solicitou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a devolução dos autos do processo. O presidente interino da Câmara determinou ainda nova sessão para votação do processo de impeachment na Casa, a contar de cinco sessões a partir de hoje. 

A BM&FBovespa fechou o dia em baixa com a tensão política. O Ibovespa retrocedeu  1,4%, fechando com 50.990 pontos. Entre as ações com as maiores altas ficaram Qualicorp (+4,3%), Estácio Participações (+2,7%) e Equatorial ON (+2,2%). As maiores baixas foram CSN ON (-10%), Vale ON (-9,7%) e Usiminas PNA (-9%). Depois de abrir a R$ 3,49 e saltar para quase R$ 3,68, a moeda americana terminou em torno de R$ 3,52, perdendo força conforme o mercado tirou dos preços a possibilidade do processo da presidente Dilma revertido. 


Decisão ignorada
 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou, porém, no final da tarde, a decisão de manter o trâmite do processo de impeachment de Dilma no Senado. Renan decidiu ignorar a decisão de Maranhão que anulou a sessão da Câmara que aprovou a continuidade do processo. Calheiros contestou que não procede a argumentação de Waldir Maranhão sobre a forma que a decisão da Câmara deveria ter sido comunicada ao Senado. "Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto", declarou o presidente do Senado. Com isso, Renan Calheiros determinou que o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), faça a leitura do seu relatório pela admissibilidade do processo no plenário da Casa. Após a leitura, começará a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento imediato da presidenta, o que deve ocorrer na quarta-feira (11).


Entenda o caso
 

Waldir Maranhão, que assumiu a presidência após afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu os argumentos do advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, por entender que ocorreram vícios no processo de votação, tornando nula a sessão. Ele considerou que os partidos políticos não poderiam ter fechado questão ou orientado as bancadas a votarem de um jeito ou de outro sobre o processo de impeachment. “Uma vez que, no caso, [os deputados] deveriam votar de acordo com suas convicções pessoais e livremente”, diz nota do presidente interino divulgada à imprensa. Maranhão também considera que os deputados não poderiam ter anunciado publicamente os votos antes da votação em plenário em declarações dadas à imprensa. Considerou ainda que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, como define o Regimento Interno da Casa.


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Mercado reage ao ato de anulação da tramitação do impeachment

Renan Calheiros anunciou a decisão de manter o trâmite do processo da presidente Dilma no Senado

Da Redação, com Agência Brasil

redacao@amanha.com.br
O presidente interino, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), anulou nesta segunda-feira (9) as sessões do dias 15, 16 e 17 de abril, quando os deputados federais aprovaram a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele acatou pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). Com a aprovação, o processo seguiu para o Senado. Maranhão já solicitou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a devolução dos autos do processo. O presidente interino da Câmara determinou ainda nova sessão para votação do processo de impeachment na Casa, a contar de cinco sessões a partir de hoje. 
A BM&FBovespa fechou o dia em baixa com a tensão política. O Ibovespa retrocedeu  1,4%, fechando com 50.990 pontos. Entre as ações com as maiores altas ficaram Qualicorp (+4,3%), Estácio Participações (+2,7%) e Equatorial ON (+2,2%). As maiores baixas foram CSN ON (-10%), Vale ON (-9,7%) e Usiminas PNA (-9%). Depois de abrir a R$ 3,49 e saltar para quase R$ 3,68, a moeda americana terminou em torno de R$ 3,52, perdendo força conforme o mercado tirou dos preços a possibilidade do processo da presidente Dilma revertido. 
Decisão ignoradaO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou, porém, no final da tarde, a decisão de manter o trâmite do processo de impeachment de Dilma no Senado. Renan decidiu ignorar a decisão de Maranhão que anulou a sessão da Câmara que aprovou a continuidade do processo. Calheiros contestou que não procede a argumentação de Waldir Maranhão sobre a forma que a decisão da Câmara deveria ter sido comunicada ao Senado. "Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto", declarou o presidente do Senado. Com isso, Renan Calheiros determinou que o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), faça a leitura do seu relatório pela admissibilidade do processo no plenário da Casa. Após a leitura, começará a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento imediato da presidenta, o que deve ocorrer na quarta-feira (11).
Entenda o casoWaldir Maranhão, que assumiu a presidência após afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu os argumentos do advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, por entender que ocorreram vícios no processo de votação, tornando nula a sessão. Ele considerou que os partidos políticos não poderiam ter fechado questão ou orientado as bancadas a votarem de um jeito ou de outro sobre o processo de impeachment. “Uma vez que, no caso, [os deputados] deveriam votar de acordo com suas convicções pessoais e livremente”, diz nota do presidente interino divulgada à imprensa. Maranhão também considera que os deputados não poderiam ter anunciado publicamente os votos antes da votação em plenário em declarações dadas à imprensa. Considerou ainda que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, como define o Regimento Interno da Casa.
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