Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Rio de Janeiro - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou nesta sexta-feira vai analisar proposta da Nestlé para compra da Garoto, vetada pelo órgão antitruste em 2004.
O Cade disse em nota que a Nestlé se comprometeu a assumir um conjunto
de obrigações estruturais e comportamentais, incluindo preocupações
sociais.
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"Tendo em vista o histórico de mais de 14 anos desse caso, o estágio do
processo judicial e a existência de um novo marco legal do antitruste no
Brasil, o Cade, após uma avaliação inicial fundamentada por pareceres
técnicos, considerou pertinente analisar a referida proposta", afirmou. O
caso foi distribuído na quinta-feira para o conselheiro Alexandre
Cordeiro, que dará continuidade à sua análise. O Cade e a Nestlé Brasil
irão solicitar a suspensão da ação judicial perante o Tribunal Regional
Federal da 1ª Região, até decisão definitiva do Conselho.
A Nestlé anunciou a compra da Garoto em 20002. Em 2004, o Cade
determinou que a operação fosse desfeita e que Nestlé vendesse a Garoto.
João Cláudio Genu, ex-tesoureiro do PP, e
sócio foram presos em Brasília na 29ª fase da Lava Jato
DANIEL HAIDAR
A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira João Cláudio Genu, ex-tesoureiro do PP, na Operação Repescagem, a 29ª fase da Lava Jato. O nome desta etapa é uma referência a Genu, considerado um dos elos entre o petrolão e do mensalão.
Genu foi réu no mensalão por ter recebido R$ 1,1 milhão de propina, mas
foi absolvido pelo crime de lavagem de dinheiro e foi beneficiado pela
prescrição do crime de corrupção.
Genu foi assessor do ex-deputado federal José Janene
(PP), morto em 2010, e teve um papel essencial nos dois esquemas
montados durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da silva.
Era Genu quem organizava parte dos pagamentos do doleiro Alberto Youssef para a turma do PP e ajudava o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, mesmo após a saída deste da Petrobras.
O ex-tesoureiro do PP foi preso em Brasília, alvo de um mandado de
prisão preventiva. Lá os policiais também prenderam, por mandado de
prisão temporária, Lúcio Amorim, que foi sócio de Genu e
recebia propina para ele. O terceiro alvo da operação é o empresário
Humberto do Amaral Carrilho, que foi procurado pela polícia em Recife,
mas não foi encontrado. Humberto está no exterior e sua defesa fez um
acordo para que ele se entregue em breve. Ele pagou propina a Paulo
Roberto Costa e ajudou Genu a movimentar recursos no exterior, de acordo
com as investigações. Os policiais também cumpriram três mandados de
busca e apreensão em Brasília, Rio de Janeiro e Recife.
A atuação de Genu foi desvendada ainda no começo da Operação Lava Jato.
Os policiais acharam um e-mail dele enviado ao doleiro Youssef, em que
ele adotava um tom ameaçador ao reclamar da falta de recebimento de
propina que julgava ter direito. Em fevereiro de 2013, disse Genu no
e-mail: "O que está acontecendo? Não tenho tido sucesso nas coisas que
você trata comigo. Não entendo muito bem porque sempre procurei te
respeitar e considerar. Ainda quando o finado [referência a Janene,
segundo a Polícia Federal] estava entre nós, a forma de aproximação era
grande, o agrado era de todo jeito, se falava em amizade e tudo mais".
Não foi o único rastro de Genu nos crimes investigados na Operação Lava
Jato. Eram dele as anotações encontradas com Costa em que eram
detalhadas doações para o senador Lindbergh Farias (PT)
na campanha de 2014. Com uma caligrafia inconfundível, Genu desenhou
uma tabela, listou cada doador e a situação da cobrança.
[Editorial do jornal O Estado de S. Paulo publicado na edição deste domingo (22/5) com o títuloA Justiça e os 'blogueiros'.]
Na
mesma semana em que começou o 5º Encontro Nacional de Blogueiros e
Ativistas Digitais, em Belo Horizonte, com a presença da presidente
afastada Dilma Rousseff prevista na programação, a juíza Camila
Rodrigues Borges de Azevedo, da 16ª Vara Civil de São Paulo, rejeitou
uma ação de indenização impetrada por um dos blogueiros mais simpáticos à
presidente afastada contra o site Consultor Jurídico,
especializado em questões legais. Segundo ela, esse blogueiro
“progressista” acostumou-se a misturar jornalismo e negócios, induzindo
seus leitores a acreditar que publica notícias quando, na realidade, sua
principal atividade é desmoralizar pessoas por encomenda de clientes,
quase todos vinculados ao PT.
Os dois acontecimentos não são fatos
isolados. Financiada por recursos públicos desde a ascensão de Lula à
Presidência da República, em janeiro de 2003, essa rede de blogueiros e
ativistas digitais converteu-se num dos principais instrumentos do
lulopetismo para publicar notícias favoráveis ao governo, atacar a
oposição, difamar adversários políticos, agredir moralmente repórteres e
colunistas dos grandes jornais e plantar boatos. Sempre invocando as
principais palavras de ordem do PT, como a “democratização da
comunicação” e a “luta contra o golpismo midiático”, essa rede também
promoveu campanhas de desmoralização de empresários que não se
submeteram a pressões, chantagens e achaques.
As críticas dos
coordenadores desse encontro ao presidente interino, Michel Temer, que
determinou a suspensão do patrocínio da Caixa Econômica Federal a esse
evento e ainda solicitou aos Ministérios informações sobre seus planos
de comunicação para avaliar como estão sendo aplicados os recursos de
publicidade do governo, mostram quão desonestas são as atividades desse
pessoal. O apoio financeiro da Caixa foi autorizado por Dilma em março e
a decisão foi publicada pelo Diário Oficial.
Em resposta à suspensão do
patrocínio, os coordenadores do encontro apresentaram-se como
“jornalistas independentes” e pediram contribuições aos seus leitores.
“Nós, blogueiros e ativistas digitais, produzimos uma comunicação livre
de amarras mercadológicas, que aposta no jornalismo cidadão, dando voz e
vez a grupos sociais que são historicamente criminalizados pela mídia
tradicional, que nos cotizamos num processo colaborativo para produzir
reportagens investigativas de interesse local, regional e nacional” –
afirmaram.
Apesar de alegarem contar com o patrocínio de
sindicatos e movimentos sociais, anunciaram que acionarão judicialmente a
Caixa Econômica Federal, por “quebra de contrato”. Também alegaram que,
após o encontro, exigirão o pagamento do patrocínio autorizado por
Dilma, o que revela que não são tão independentes como se apresentam.
Por fim, acusaram o governo Temer de ser “reacionário, fascista,
criminoso, racista e misógino” e disseram que continuarão as “lutas para
garantir que posicionamentos retrógrados não mais assumam espaços de
poder no País”.
A justificativa para o encontro, que abre mais uma
oportunidade para que o lulopetismo possa voltar a denunciar um
“golpe”, foram as propostas de discutir os “desafios da democracia no
Brasil”, o futuro da democracia na América Latina e as formas de
“democratização da comunicação”. São temas que já foram debatidos na
Conferência Nacional de Comunicação patrocinada pelo governo Lula, em
2009, da qual resultaram propostas de censura da chamada “imprensa
burguesa”.
Por trás desses jargões ideológicos, o que se tem na
realidade é uma máquina de difamação travestida de jornalismo
independente, como a juíza da 16ª Vara Civil de São Paulo deixou claro
na sentença em que condenou o blogueiro a serviço do lulopetismo a arcar
com as custas judiciais, despesas processuais e honorários advocatícios
fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa.
O Congresso Nacional, agora, precisa autorizar que
o país encerre as contas no vermelho
Por Agência Brasil
O governo
interino do presidente Michel Temer trabalha com estimativa de déficit primário
de R$ 170,5 bilhões para 2016. A projeção supera o déficit de R$ 96,7 bilhões
informado em fevereiro pela equipe econômica da presidente afastada Dilma
Rousseff.
O
Congresso Nacional, agora, precisa autorizar que o país encerre as contas com
déficit. Caso a aprovação não ocorra até 30 de maio, o país terá de fazer
contingenciamento que pode comprometer o funcionamento da máquina pública. A
meta fiscal vigente no momento para o governo federal é superávit de R$ 24
bilhões. Incluindo estados e municípios, sobe a superávit para R$ 30,5 bilhões.
Os
ministros da Fazenda, Henrique Meirelles (foto), e do Planejamento, Romero
Jucá, deram a informação. Na quinta-feira (19), Jucá havia informado que a nova
meta só seria anunciada na segunda-feira (23), mas o governo adiantou a
informação. Hoje, por lei, tem de ocorrer a divulgação do Relatório de
Avaliação de Receitas e Despesas, documento bimestral de publicação
obrigatória, até o dia 22 de cada mês.
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São Paulo – Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, confirmou que deve anunciar as primeiras medidas fiscais do governo Temer amanhã.
Elas terão entre seus eixos o controle de despesas primárias e
financeiras, combater a ineficiência do gasto público e ênfase do
desempenho dos serviços públicos.
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A ideia é que as novas medidas tenham "efeitos plurianuais e impactos
permanentes" e que como "agora não é momento para errar", pretende "agir
com rapidez, mas segurança".
As declarações foram dadas no evento "Fórum VEJA: o Brasil que temos e o
Brasil que queremos", realizado na manhã desta segunda-feira (23), em
São Paulo.
"Estamos no sétimo dia útil de governo e às vezes parece que foram
anos", disse Meirelles, repetindo seu mantra: "vamos devagar que estou
com pressa".
O ministro disse que o processo de ajuste fiscal começa com "um controle
rígido de despesas", mas no longo prazo será "viabilizado por uma
arrecadação crescente e por um país que esteja crescendo".
Sua estimativa é que se nada fosse feito, a dívida pública em relação ao
PIB passaria dos atuais 66% para algo próximo de 80% nos próximos anos,
quase o dobro da média nos países emergentes, de 44%.
Ele disse que estimar o déficit fiscal foi um "trabalho duríssimo" feito
com "realismo fiscal" mesmo que ainda tenha "doses de incerteza".
Na última sexta-feira (20), o ministro anunciou uma previsão de R$ 170,5
bilhões de déficit neste ano, quase o dobro do estimado pelo governo
anterior.
Seu diagnóstico do problema é que no passado, "houve uma expansão sem
precedentes do gasto público com envolvimento concomitante com outros
fatores desorganizadores como concessão de privilégios e intervenção de
preços".
Desde o
final de abril, a fabricante de lonas de freio Fras-le (foto) tem em caixa R$
300 milhões, fruto de uma oferta pública de ações capitaneada pela empresa. De
acordo com Geraldo Santa Catharina, diretor financeiro e de relações com
investidores da Randon, que controla a Fras-le, o montante será usado
especialmente para expansão fora do país. A estratégia compreende, inclusive,
possibilidade de fusões e aquisições no exterior.
“É uma
forma, também, de se proteger das intempéries do mercado interno”, revelou
Santa Catharina ao Portal AMANHÃ sublinhando que o investimento não será feito
de um só golpe. Nas contas do executivo, o aporte poderá ser feito dentro de um
ou dois anos. O executivo também manifestou sua satisfação pela procura pelos
papéis da companhia na época da captação dos recursos. “Isso nos deixou
felizes, pois é um voto de confiança nos projetos que a Fras-le tem”,
declarou.
Os
resultados da empresa comprovam o otimismo de Santa Catharina. No acumulado de
janeiro a março deste ano, a receita bruta total (sem eliminações e com
impostos) totalizou R$ 298 milhões. O valor é 6,7% maior do que o acumulado no
mesmo período de 2015. O lucro líquido consolidado, no mesmo período, somou R$
11,7 milhões ou 15,8% inferior ao trimestre do ano anterior.
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Romero Jucá: Jucá, um dos nomes mais próximos ao presidente interino
Michel Temer, afirmou que defende que haja uma aceleração da
investigação da Lava Jato
O ministro do Planejamento, Romero Jucá, negou nesta segunda-feira em
entrevista à rádio CBN que tenha sugerido um pacto para deter o avanço
da operação Lava Jato
em conversa gravada de forma oculta com o ex-presidente da Transpetro
Sérgio Machado e que se sente em condições de continuar no seu cargo.
"Eu não estava me referindo à operação Lava Jato. Nós estávamos
conversando sobre a economia do país, a situação de gravidade", disse o
senador licenciado à rádio sobre o conteúdo da conversa que teve com
Machado em março, antes da votação na Câmara dos Deputados que aprovou o
andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Eu entendia que o governo Dilma tinha se exaurido, que nós tínhamos que
ter um novo governo, que o eixo do novo governo não podia ser a
operação Lava Jato, que estava paralisando o governo. Essa sangria eu me
refiro à situação de gravidade econômica e social do país",
acrescentou Jucá, que também é o presidente em exercício do PMDB
atualmente.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira revelou
conversa gravada entre Jucá e Machado, ambos investigados pela Lava
Jato, em que o atual ministro sugere que uma troca no governo federal
resultaria em pacto para frear os avanços da Lava Jato.
Em um dos trechos da conversa, Jucá diz ao interlocutor: "Tem que mudar o
governo para estancar essa sangria", em resposta à preocupação
expressada por Machado de que sua investigação na Lava Jato saísse do
Supremo Tribunal Federal (STF) e fosse parar nas mãos do juiz federal do
Paraná Sérgio Moro, segundo o jornal.
Jucá, um dos nomes mais próximos ao presidente interino Michel Temer,
afirmou que defende que haja uma aceleração da investigação da Lava Jato
para "delimitar quem é culpado e quem não é culpado", e disse que essa
também é a posição de Temer.
"Tem que definir quem tem culpa e quem não tem culpa. Outra coisa que
tem que ser delimitada é as empresas que são criminosas, que tipo de
penalidade elas vão pagar, para que a ação e os investimentos sejam
retomados", disse o ministro em entrevista ao vivo à
rádio.Jucá acrescentou não ter "cometido crime nenhum".
Segundo o ministro, a conversa com Machado, que é ligado ao PMDB,
aconteceu pessoalmente e só os dois estavam presentes no momento.
Machado presidiu a Transpetro de 2003 a 2015 e deixou o cargo após
denúncias de suposto envolvimento em esquema de corrupção relacionado à
Petrobras.
Jucá afirmou ainda que se sente totalmente em condições de permanecer no
governo e continuar normalmente com o trabalho, lembrando que nesta
segunda-feira vai trabalhar junto ao Congresso Nacional para a aprovação
da nova meta de déficit fiscal.
"Pretendo continuar trabalhando. Hoje tenho que cuidar da aprovação do
déficit fiscal, que é um problema para o governo que está dentro desse
quadro de dificuldades que foi herdado pelo governo Temer", afirmou.