segunda-feira, 6 de junho de 2016

Fundador da Avianca Brasil diz porta está aberta às rivais






Wikicommons
Avião da companhia aérea da Avianca
Avianca: companhia divulgou que estava trabalhando com bancos de investimento
 
Da REUTERS


São Paulo - As portas da companhia aérea sul-americana Avianca estão abertas a todas as oportunidades apresentadas pelos parceiros interessados ​​para ajudar a crescer quando as condições econômicas em sua região melhorar, afirmou o sócio co-fundador da Avianca Brasil neste sábado.

A Avianca divulgou na sexta-feira que estava trabalhando com bancos de investimento após a Reuters informar que o chinês HNA Group e as norte-americanas United Continental e Delta Air Lines estão interessadas em adquirir a Avianca Holdings e a Avianca Brasil.
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"Este é um negócio muito intensivo em capital. Vamos estar abertos para as oportunidades", disse José Efromovich, em um evento em Zurique organizada pelo grupo de companhias aéreas internacionais Star Alliance.

A Avianca Holdings SA e Avianca Brasil são controladas pela Synergy Group, do seu irmão, o empresário nascido na Bolívia Germán Efromovich.

José Efromovich disse que a Avianca Colômbia não está necessariamente à venda, mas a porta está aberta a todos para as duas companhias aéreas, quer companhias aéreas parceiras ou outros.

"Não é como se alguém tenha batido na porta, é o oposto. O hotel abriu a porta, nós estamos esperando, não há pressa", disse ele a repórteres.


A definição de democracia em uma era de confusão democrática







No livro Teoria Democrática, Giovanni Sartori discutia o significado da democracia em um mundo politicamente polarizado pela Guerra Fria[1]. Nesse trabalho, Sartori avaliou a importância — talvez o melhor seria dizer: a necessidade — de uma definição que satisfizesse certas exigências analíticas do conceito de democracia. Entendia ele que, no chamado “mundo livre”, vivia-se em uma era da “confusão democrática”. E, de fato, ele estava certo ao afirmar que nenhum termo-chave do universo político-jurídico prestava-se a interpretações tão controversas quanto a palavra “democracia”. Basta lembrar que muitas das ditaduras do cone-sul (senão, todas elas) insistiam em se anunciar como “democráticas”, sendo que seus governos de exceção, geridos por juntas militares ou assemelhados, justificavam-se como uma necessidade justamente para a defesa da democracia e da liberdade contra o fantasma do comunismo.

Em 1989, o maior símbolo desse mundo polarizado ruiu, e a guerra fria acabou enterrada pelo entulho e pela poeira de sua destruição.
 
Porém, isso não significou uma alteração nas coordenadas conceituais equívocas que caracterizavam a era da “confusão democrática”. A aparente generalização da democracia como fórmula mundial de governo não contribuiu para que o mar de interpretações divergentes ou contraditórias sobre o seu significado ficasse, digamos assim, um pouco mais calmo. Ao contrário, à exceção daqueles que, precipitadamente, viram a dissolução da União Soviética como uma manifestação do fim da história, é possível afirmar que essa pretensa universalização da fórmula democrática de governo aumentou — em vez de diminuir — esse estado de embaraço semântico-conceitual.

No cone-sul, as ditaduras que queriam ser chamadas de democracias foram se esfarelando uma a uma. Em alguns casos, antes mesmo que a queda do muro de Berlim estabelecesse o marco definitivo do crepúsculo soviético. E, no lugar da pseudodemocracia, anunciava-se a era da efetiva democracia. Na África do Sul, o regime do apartheid foi derrotado e, em seu lugar, erigiu-se um governo que se dizia inclusivo, não racial e democrático. No Leste Europeu, na Ásia, na Oceania, cada vez mais, apareciam nações que adotavam a democracia e suas instituições como fórmula de governo. Porém, não tardou muito para que cientistas políticos e sociólogos começassem a perguntar: serão mesmo, todas essas “novas democracias”, democracias?

Novamente, então, a questão da definição conceitual, posta por Sartori anos antes, voltava a ser um problema importante para a avaliação critica do regime político, efetivamente praticado, nessas nações que pretendiam se reinventar politicamente a partir da fórmula democrática. Ou seja: o que existe entre o nome e a coisa; entre o rótulo e aquilo que, de fato, encontramos nas vivencias dessas comunidades.

Alguns autores, como é o caso de Guilhermo O’Donnell, procuravam recuperar Robert Dahl e seu conceito de poliarquia para se livrar do embaraçoso problema de ter que chamar de democracia um regime político que não parecia satisfazer às expectativas projetadas pelo conceito, que envolvem um regime de inclusão, com igualdade política universalizada e efetiva participação do povo nas deliberações públicas fundamentais (importante considerar que, na fórmula de Dahl, ou mesmo na discussão de Sartori, essa situação não representa uma peculiaridade de países periféricos, mas se aplicam, também, à modelos políticos experimentados na modernidade central).

Desse modo, em vez de perguntar se um determinado regime político satisfaz as exigências conceituais da democracia, cria-se um termo novo que pode ser atribuído a todas as realidades que, preenchendo certos requisitos, façam jus a ele. Trata-se de um conceito, poder-se-ia dizer, menos exigente que o de democracia. Porém, Sartori, já ao tempo em que escreveu Teoria Democrática, não aceitava essa solução. Dizia ele que as dificuldades em torno de definir o que seja a democracia não poderiam ser solucionadas de uma forma simples: criando-se um termo novo que se apresentasse como um rótulo mais adequado para a realidade encontrada nos Estados que se pretendem “democráticos”. Até porque, dizia Sartori, é exatamente em regimes precários, “onde a democracia é desafiada”, que “respostas provisórias não servem”.

Para Sartori, é impossível abrirmos mão da dimensão deontológica do conceito de democracia. Ou seja, uma democracia só existe quando determinados ideais e valores podem ser transformados em realidades. Isso significa que, quando se pretende falar em democracia, não é possível aceitar a máxima de que “qualquer coisa serve”. Não basta simplesmente observar a existência de instituições que funcionem dentro de certa normalidade e que possuem espaços ocupados por pessoas legitimadas pelo voto popular, colhido em eleições periódicas e regulares, sem que nelas se observem embaraços ou interferências indevidas. O conceito de democracia exige certo compromisso com uma dimensão de dever ser: deve haver na realidade analisada níveis aceitáveis de concretização de direitos fundamentais, com inclusão e projeção universal de igualdade política entre os cidadãos.

No entanto, criar uma definição de democracia não representa tarefa fácil. Os manuais que usamos nos cursos de Direito, nas disciplinas de Teoria do Estado ou Direito Constitucional, que o digam. Parcela considerável desse material opta por enfrentar o problema da definição conceitual de democracia a partir da tática mais elementar e que, de plano, é rejeitada por Sartori: a etimológica. Todo estudante de Direito já ouviu ou leu, em algum estágio do curso, que democracia significa “poder do povo” (ou, de forma ainda mais vulgarizada, governo do povo). Ora, essa é uma definição vazia e absolutamente imprecisa. Além de soar paradoxal com relação àquilo que efetivamente encontramos na prática política de diversos Estados, pesa ainda contra ela o fato de apontar de forma muito transparente para o ideal de autogoverno que, em termos contemporâneos, exige uma construção bastante complexa.

Sartori propõe, então, que busquemos uma definição que, sem perder de vista os elementos deontológicos/normativos da democracia, seja também consciente da necessidade descritiva que esse conceito deve possuir. Vale dizer: é preciso que essa definição nos permita analisar aquilo que a política realmente “é”. Assim, uma definição adequada deve ser, ao mesmo tempo, descritiva e prescritiva.

Esse texto de Sartori mostra-se de grande validade para quem busca compreender o conturbado momento político que vivemos por aqui, em terras brasileiras. Cabe-nos perguntar: nossa “democracia” pode mesmo ser chamada de democracia? E isso vem à tona não apenas porque estamos vivenciando um processo de impeachment. Mais do que isso, os primeiros dias do governo interino deram amostras de que o modelo de governo de coalizão — nomeado, ainda na década de 1980, por Sérgio Abranches como presidencialismo de coalizão — encontra-se mais vivo do que nunca. Desde a redemocratização, essa fórmula de estabilização da governabilidade foi uma espécie de bênção mista: permitiu o avanço de algumas necessárias reformas, a conquista da estabilidade econômica e a expansão dos direitos sociais, incrementando nossos índices de inclusão; por outro lado, é nela que se encontra a raiz dos principais escândalos de corrupção das últimas décadas, além de contribuir para elevação do nível de fisiologismo na política.

Portanto, precisamos começar rapidamente a construir as condições para deixar de lado a perspectiva do combate — que acirrou e ainda acirrará os ânimos em razão dos desdobramentos do processo de impeachment — para fomentar um debate sobre o que podemos dizer sobre a nossa democracia. Nessa discussão, o presidencialismo de coalizão estará no banco dos réus. Se é possível afirmar que nele se encontra uma forma de explicação do funcionamento de nosso sistema político, falta-lhe, por outro lado, a necessária dimensão deontológica e normativa que está presente no conceito de democracia. Sem falarmos amplamente sobre isso, não avançaremos. Continuaremos a vivenciar, a cada novo governo que se forma — seja ele interino ou não — um eterno retorno ao mesmo. E, por isso, mais do que dizer que queremos democracia, precisamos saber responder qual democracia queremos!

[1] SARTORI, Giovanni. Teoria Democrática. São Paulo: Editora Fundo de Cultura, 1965, passim.

Eventos para Zonamerica e Collège du Léman



SWISSCAM
A SWISSCAM organizou 2 eventos para parceiros no mês de maio: almoço da Zonamerica no hotel Hyatt e café da manhã do Collège du Léman na Residência do Cônsul Geral da Suíça em São Paulo. 
 
Este serviço faz parte da expertise da SWISSCAM com sua longa experiência em organização de eventos. Veja mais detalhes a seguir. 
 
 
Café da manhã com Collège du Léman


No dia 24 de maio de 2016, a SWISSCAM organizou um café da manhã na Residência Oficial do Cônsul Geral da Suíça em São Paulo, oferecido pelo seu associado 'Collège du Léman' the International Boarding School in Geneva.

Os convidados assistiram a uma apresentação do Sr. James Bearblock com mais de duas décadas de atuação no colégio e do Sr. Dorival Pinotti, representante do colégio no Brasil, e tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e trocar informações. 

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Para saber mais sobre o Collège du Léman, acesse www.cdl.ch.
 
 
Networking lunch with Zonamerica


No dia 17 de maio de 2016, a SWISSCAM organizou um almoço no Upstairs Lounge do hotel Grand Hyatt, oferecido pela Zonamerica.

O evento contou com a participação do CEO da Zonamerica, o Sr. Jaime Miller, que apresentou o Uruguai como plataforma para as empresas suíças fazerem negócios na América Latina. O Sr. Alejandro Ferrari da Uruguay XXI abordou o ambiente de negócios altamente competitivo do Uruguai e por fim a Sra. Ximena Gomez, advogada na empresa suíça CASU deu seu depoimento sobre as vantagens de estar estabelecida no local. 

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Sobre a Zonamerica




Escolhida pela revista fDi/Financial Times como a melhor Zona Franca das Américas, Zonamerica é um Parque de Negócios e Tecnologia que proporciona a isenção total de todos os impostos incidentes sobre operações, transações e lucros. O Parque conta hoje com mais de 350 empresas instaladas que geram mais de 10.000 postos de trabalho e produzem aproximadamente 1.8% do PIB do país.

Sobre a Uruguay XXI 

Agência de fomento e promoção de investimentos no país. Conta com programas, serviços e ferramentas para facilitar a compreensão dos diversos marcos legais existentes que garantem benefícios fiscais, isenções tributárias e qualificação de mão de obra.

Sobre a Casu

Fundada em 1951 como subsidiária da Société Fiduciaire Suisse (SFS), a mais antiga companhia "trust" da Suíça, está instalada no Parque Zonamerica e vem apresentar aos convidados os diversos benefícios fiscais e financeiros para operações no Parque.

Para saber sobre a Zonamerica, acesse www.zonamerica.org.   


 http://www.swisscam.com.br/eventos-para-zonamerica-e-college-du-leman


 

As propostas da Ser Educacional e Kroton pela Estácio





Thinkstock
Estudantes fazem prova em sala de aula
Estácio: com redução do Fies e dificuldade para reter alunos, fusões e aquisições são alternativa para ganhar mercado
 
 
 
 
São Paulo – A Estácio, segunda maior instituição de ensino superior do Brasil, tem uma nova interessada em seu negócio.

O grupo Ser Educacional afirmou que entrou na disputa pelo grupo educacional, que já estava sendo avaliado pela Kroton, líder do setor. Apresentada ontem, 5, a proposta de fusão da Ser envolve pagamento de R$ 590 milhões, representando R$ 1,92 por ação da Estácio.

Os acionistas da Estácio teriam 68,7% de participação na nova empresa, enquanto os 31,3% restantes seriam controlados pelos acionistas da Ser Educacional.

A Ser é a sexta maior companhia do setor e detém as marcas UNINASSAU, Faculdade Maurício de Nassau, UNAMA, UNG, FIT e Faculdade Joaquim Nabuco.

Um dos principais atrativos para a Ser é a localização dos campi da Estácio, em todos os estados do Nordeste e em alguns no Norte. A eventual fusão consolidaria o grupo de ensino em uma das regiões de menor presença do ensino superior do país.

A presença da Estácio no Ensino à Distância seria outra vantagem para a Ser, que começou a oferecer a modalidade em 2014 e conta com apenas 15 polos de EDA e está em processo para credenciar mais 400, contra 170 da Estácio e 910 da Kroton.

 

A gigante interessada


Já a proposta da Kroton abrange apenas troca de ações. A operação envolveria 0,977 ação da Kroton para cada 1 ação da Estácio, com base no preço médio dos últimos 30 pregões.

No caso da fusão ser aprovada, as ações da Kroton seriam divididas em 15,7% para acionistas da Estácio 84,3% para acionistas da própria companhia.

A Kroton, dona da Anhanguera e maior grupo de educação privada do país, enviou a oferta logo depois de ter concluído a venda da operação de ensino à distância Uniasselvi por R$ 1,1 bilhão.

Ela também controla as marcas Fama, Pitágoras, Unic, Unime e Unopar e está presente principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Com redução das verbas federais para o financiamento do ensino superior através do Fies e a dificuldade para captação e retenção de alunos, causada pela crise, fusões e aquisições são uma maneira de ganhar mercado.

Confira abaixo o tamanho dos três grupos educacionais, com base nos números mais recentes divulgados pelas companhias.

Grupo chinês Suning compra quase 70% da Inter de Milão






Aly Song / Reuters
Zhang Jindong (dir.), presidente da Suning, e Erick Thohir (esq.), presidente do Inter de Milão, brindam, dia 06/06/2016
Suning: a operação é a mais recente de uma série de grandes investimentos de empresas chinesas no futebol europeu
 
Da AFP


O grupo chinês de distribuição Suning assumiu o controle da Inter de Milão, um dos grandes clubes da Série A italiana, em uma espetacular demostração da forte aposta do gigante asiático no futebol.

O Suning anunciou neste segunda-feira ter adquirido 68,55% do capital da equipe por aproximadamente 270 milhões de euros (306 milhões de dólares).
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A participação do empresário indonésio Erick Thohir, que havia comprado 70% do clube há três anos, será reduzida agora para aproximadamente 31%, embora a imprensa italiana afirme que a empresa chinesa quer adquirir sua totalidade.

O empresário da indústria italiana Massimo Moratti, presidente da Inter de 2006 a 2013 e filho de Angelo Moratti, que presidiu o clube de 1955 a 1968, cedeu 29,5% do capital que conservava e já não tem nenhum peso na instituição centenária.

A operação é a mais recente de uma série de grandes investimentos de empresas chinesas no futebol europeu, estimuladas pelo presidente chinês Xi Jinping, fã do esporte.

O outro grande clube milanês, AC Milan, nas mãos de Silvio Berlusconi por 30 anos, também negocia sua compra por investidores chineses.

O conglomerado chinês Recon comprou em maio o clube inglês de segunda divisão Aston Villa por 87 milhões de euros, segundo a imprensa britânica.

O grupo Wanda, do bilionário Wang Jianlin, adquiriu em 2015 20% do Atlético de Madri e se transformou em um dos principais patrocinadores da Fifa.

O fabricante chinês de brinquedos Rastar assumiu a maioria acionária do clube barcelonês RCD Espanyol, por cerca de 50 milhões de euros.

A operação que mais chamou atenção até agora foi a compra, em 2015, de 13% das ações do Manchester City, até esse momento em mãos do xeque Mansur, de Abu Dabi, por um consórcio de fundos chineses liderados pela China Media Capital, por aproximadamente 400 milhões de dólares (377 milhões de euros).

A compra da Inter é de outra dimensão, já que o Suning será proprietário do mítico clube, que vive um período difícil, atolado em dívidas e sob a lupa de especialistas do fair-play financeiro da Uefa.
 

Com Ramires e Leonardo?


A Inter, ganhadora 18 vezes do campeonato italiano e três vezes da Liga dos Campeões, enfrenta uma temporada sem títulos. O último foi em 2011. Sua última participação na Champions foi em 2011-2012.

Os novos donos prometem por fim à má fase.

Suning quer se transformar em um "apoio para que a Inter de Milão recupere seu esplendor", disse o presidente do grupo de distribuição de eletrônica e eletrodomésticos, Zhang Jindong, em coletiva de imprensa em Nanquim.

O Suning "proporcionará fundos" à Inter, "para comprar novos talentos", acrescentou.

O grupo chinês já é proprietário do Jiangsu Suning, da primeira divisão chinesa, que bateu duas vezes o recorde de transferência mais cara da Ásia.

O Jiangsu tem o passe dos brasileiros Ramires, ex-Chelsea, por 28 milhões de euros, e de Alex Teixeira, ex-jogador do Shakhtar do Donetsk, por € 50 milhões.

A imprensa italiana menciona a possibilidade de que os dois vistam na próxima temporada a camisa da Inter.

Também mencionam o retorno ao clube de seu ex-treinador brasileiro Leonardo como provável diretor esportivo.

Dilma sai da lista de 100 mulheres mais poderosas do mundo






Ueslei Marcelino / Reuters
Presidente Dilma Rousseff olha para o lado, dia 15/04/2016
Dilma Rousseff: revista Forbes tirou a presidente afastada do seu ranking de mulheres poderosas; no ano passado, ela estava em sétimo
 
Álvaro Campos, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A presidente afastada do Brasil, Dilma Rousseff, que no ano passado aparecia como a sétima mulher mais poderosa do mundo na lista da revista Forbes, não entrou para o ranking de 100 mulheres.

Com isso, o País não tem mais nenhuma representante entre a elite feminina mundial. A metodologia avalia fortuna, aparições na mídia, esfera de influência e impacto, entre outros itens.
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No ano passado, o texto referente a Dilma já apontava que a presidente enfrentava protestos populares que pediam sua renúncia, pouco meses após a reeleição.

"Rousseff, que na campanha prometeu aproveitar o dinheiro do petróleo e impulsionar a economia, agora enfrenta um escândalo de corrupção que envolve a estatal Petrobras", apontava a Forbes em 2015.

A exemplo de Dilma, a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner também desapareceu da lista este ano, após figurar na 16ª colocação em 2015.

Assim, a única representante da América Latina é a presidente do Chile, Michelle Bachelet, que aparece no 18º lugar (da 27ª posição no ano passado).

A Forbes aponta que, apesar de ter subido na lista, ela passa por um momento difícil, com um escândalo de corrupção envolvendo seu filho e também acusações de irregularidades na sua campanha, o que a levou a pedir a renúncia de seus 23 ministros.

"Essas medidas provavelmente farão pouco para restaurar a confiança dos eleitores na sua liderança. Suas taxas de aprovação, que já estavam caindo no ano passado, despencaram para mínimas recordes", aponta a publicação.

No topo do ranking a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, se mantém invencível no 1º lugar pelo sexto ano seguido. Na sequência está a ex-secretária de Estado e presidenciável norte-americana, Hillary Clinton.

Depois vem a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen; a filantropa Melinda Gates; a executiva-chefe da GM, Mary Barra; a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde; a diretora-operacional do Facebook, Sheryl Sandberg; a executiva-chefe do YouTube, Susan Wojcicki; a executiva-chefe da Hewlett-Packard, Meg Whitman; e a presidente do Santander, Ana Patricia Botín.

A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, caiu três posições e agora aparece na 13ª colocação. O mandato do seu marido, Barack Obama, termina em janeiro do próximo ano.

A Forbes aponta que nos últimos meses ela tem estado ocupada consolidando seu legado na promoção da educação, projetos artísticos e, principalmente, alimentação saudável.

Temer quer interromper ciclo de queda de ministros






Ueslei Marcelino / Reuters
Presidente interino do Brasil, Michel Temer, dia 01/06/2016
Michel Temer: o pedido de investigação contra o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, preocupa Temer
 
Tânia Monteiro, do Estadão Conteúdo
Carla Araújo, do Estadão Conteúdo


Brasília - O presidente em exercício Michel Temer poderá dar uma declaração à imprensa na tarde desta segunda-feira, 6, para tratar das inúmeras questões delicadas que têm atingido seu governo, como a saída de alguns ministros por conta das denúncias da Operação Lava Jato.

A ideia de Temer é interromper o ciclo que se tornou corriqueiro desde que ele chegou ao Planalto, de que, cada denúncia ou crítica a alguém ligado a seu governo acarrete em uma baixa. A avaliação é que esse movimento estaria dando instabilidade ao governo.
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O pedido de investigação contra o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, preocupa Temer.

Segundo interlocutores, o presidente em exercício já havia avisado a todos os membros do governo que estão enfrentando problemas na Justiça que deveriam se antecipar e pedir para sair, para evitar constrangimentos ao Planalto.

Neste momento, no entanto, não há nenhuma decisão sobre saída do ministro do Turismo. A princípio, a ideia é que Alves, que é amigo pessoal de Temer, permaneça, porque, segundo avaliações, não haveria fato novo em relação às investigações que estão sendo feitas.

Além do problema com Alves, outra questão administrada pelo presidente em exercício é a do advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, que foi alvo de inúmeras críticas de auxiliares diretos do presidente em relação à sua atuação.

Temer ainda vai se reunir com Osório nesta segunda para dar a cartada final, mas a ideia também é contornar as divergências para evitar mais um desgaste.

"Ele ficou deslumbrado com o cargo e agiu de forma indevida em muitos casos", comentou um interlocutor do Planalto ao lembrar que até os servidores da própria AGU já fizeram chegar à Presidência inúmeras críticas a Osório, pelas suas ações.

"Está ficando muito difícil de conviver com ele", emendou outro assessor palaciano. "A sua situação está extremamente delicada", acentuou.

No caso da secretária das Mulheres, Fátima Pelaes, cuja situação também é considerada delicada, o tema está em discussão.

O governo, no entanto, considera que, além do problema que ela tem com a justiça, há bombardeio de petistas e movimentos sociais que querem a sua saída devido à sua posição em relação ao aborto. A secretária já se manifestou contrária ao aborto até em caso de estupro.

Fátima é alvo de investigação na Justiça Federal por supostamente haver participado de um esquema de desvio de R$ 4 milhões em verbas no Ministério do Turismo, objeto da Operação Voucher, da Polícia Federal, iniciada em 2011.