terça-feira, 27 de setembro de 2016

Falta de provas justifica prisão temporária de Palocci, afirma Sergio Moro






O ex-deputado e ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci é acusado de receber propina para trabalhar pela Odebrecht dentro do governo e no Congresso Nacional. Mas como não foram encontradas provas do recebimento dessas quantias, Palocci deve ficar preso, “enquanto não houver tal identificação”.

Essa é a motivação usada pelo juiz Sergio Fernando Moro, titular da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, onde corre a maioria dos processos da “lava jato”, para mandar prender o ex-ministro.

Deixar Palocci solto traria “risco à ordem pública", afirma decisão de Moro.
Agência Brasil
De acordo com o juiz, as investigações da operação “lava jato” apresentaram provas de que R$ 128 milhões foram pagos a Palocci para favorecer a construtora no governo. Entretanto, ainda não há provas do recebimento desse dinheiro, e nem a conta em que essa quantia foi depositada.

Para Moro, isso é indício de que Palocci usa de um “modus operandi” já visto em outras ocasiões, de usar “contas secretas no exterior ainda não identificadas ou bloqueadas”. E, enquanto essas contas não forem encontradas, “há um risco de dissipação do produto do crime”.

“Enquanto não afastado o risco de dissipação do produto do crime, presente igualmente um risco maior de fuga ao exterior, uma vez que os investigados poderiam se valer de recursos ilícitos ali mantidos para facilitar fuga e refúgio no exterior”, escreveu Moro.

Segundo o juiz, ainda há saldo de R$ 80 milhões a ser pago, o que explicitaria a necessidade da prisão. Ele afirma que deixar Palocci solto traria “risco à ordem pública", já que “o contexto não é de envolvimento episódico em crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, mas do recebimento sistemático de propinas, remontando a relação entre o Grupo Odebrecht e Antônio Palocci Filho a pelo menos 2006 e estendendo-se por anos”.

“Por outro lado, não se pode olvidar a gravidade em concreto dos crimes em apuração”, completou. “Viável, portanto, em principio, a decretação da prisão preventiva requerida.”

A ConJur tentou contato com o advogado de Antonio Palocci, o criminalista José Roberto Batochio, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem.


Medida menos drástica


O Ministério Público Federal em Curitiba havia pedido a prisão preventiva de Palocci, mas Moro entendeu ser “medida menos drástica” a prisão temporária, que tem prazo de cinco dias. Depois disso, pode ser renovada, transformada em prisão preventiva, sem prazo para terminar, ou em ordem de soltura.

De acordo com o magistrado, todas as provas contra o ex-ministro da Fazenda do primeiro mandato de Lula surgiram em “cognição sumária”, e explicações podem aparecer depois das diligências de busca e apreensão e depoimentos dos envolvidos. Além de Palocci, foi preso também nesta segunda Branislav Kontic, que foi chefe de gabinete do ex-ministro e seu assessor durante a campanha de 2006 para a Câmara dos Deputados.

Eles são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com o que os integrantes da “lava jato” levaram à 13ª Vara, a Odebrecht depositava dinheiro para que Palocci direcionasse a política econômica do governo federal para favorecê-la. As provas são planilhas das quais constam o apelido “italiano”, que a PF acredita ser uma referência ao ex-ministro.


Política fiscal


Palocci foi ministro da Fazenda durante o primeiro mandato de Lula, que durou de janeiro 2003 a janeiro de 2006. Foi ele o responsável pelo desenho econômico das políticas de transferência de renda, resumidas no Bolsa Família, e de moradia, como o Minha Casa Minha vida – esta ganhou destaque no primeiro mandato de Dilma Rousseff, quando Palocci ocupou a Casa Civil.

De acordo com os investigadores, quando estava no governo Lula, Palocci negociou propina com a Odebrecht para interferir em licitações de compra de navios-sonda para exploração de campos do pré-sal. Depois, em 2009, como deputado, ele passou a negociar a inclusão de dispositivos na Medida Provisória 460/2009 que beneficiassem a empreiteira.

A acusação diz que Palocci negociou com o governo a extensão do chamado crédito prêmio de IPI até dezembro de 2002. No caso da MP, o pedido da Odebrecht era para que a União pudesse fazer acordos com empresas em litígio com a Fazenda Nacional por causa do crédito prêmio, tanto na esfera judicial quanto administrativa.

Mas o Supremo Tribunal Federal já decidiu que o crédito prêmio concedido a exportadoras depois de outubro de 1990 é inconstitucional por contrariar o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que tratava do assunto como um incentivo setorial que precisaria de autorização legal.

E justamente por isso, o crédito não foi incluído no texto da MP 460, que tratou basicamente de benefícios fiscais às empresas que constituíssem imóveis cadastrados no Minha Casa Minha Vida. O crédito prêmio de IPI é um desconto concedido a exportadoras ou fabricantes de produtos manufaturados “como ressarcimento de tributos pagos indevidamente”, como diz o Decreto-Lei 491, de 1969.

Depois disso, segundo o MPF, Palocci tentou incluir a previsão na conversão da MP em lei. E novamente não conseguiu. O Congresso chegou a aprovar a disposição, mas ela foi vetada pela Previdência da República. Seguindo orientação dos ministérios do Planejamento e da Justiça, a então presidente Dilma Rousseff anotou que o projeto de conversão traria benefícios para empresas em litígio em detrimento das que pagaram seus impostos sem questionar. Além de confrontar a jurisprudência do Supremo.

Segundo e-mails entregues pelo MPF à 13ª Vara de Curitiba, Marcelo Odebrecht reclamou de interferência de Guido Mantega junto às negociações. Por isso, em compensação, Palocci teria interferido para que o BNDES concedesse empréstimos à empreiteira para obras em Angola.


Processo 5046271-57.2015.4.04.7000

Pedido de Prisão Preventiva 5043559-60.2016.4.04.7000


Clique aqui para ler o despacho com a ordem de prisão

Twitter ganha US$ 3,3 bilhões em valor de mercado em 2 dias





Michael Nagle/Bloomberg
Twitter, logo do Twitter
Twitter: quatro gigantes estariam de olho na rede social
 
 
 
 
São Paulo — A rede social Twitter ganhou cerca de 3,3 bilhões de dólares em valor de mercado desde a última sexta-feira (23), quando começaram os rumores sobre sua venda.

Apesar de nenhuma oferta formal ter sido feita até agora, quatro grandes nomes aparecem na lista de possíveis compradores. São eles: Alphabet, controladora do Google, Salesforce, Microsoft e Disney. A notícia parece ter agradado aos investidores. 
Publicidade

A rede social norte-americana abriu seu capital em 2013. Desde então, enfrenta seu mais lento crescimento de receita, como informa a agência Reuters.

Em 2015, o fundador do Twitter, Jack Dorsey, chegou a voltar ao cargo de presidente-executivo com um desafio e tanto: atrair de volta usuários que abandonaram o serviço e agradar os investidores da companhia.

No segundo trimestre do ano, a rede social registrou receitas de 602 milhões de dólares, 20% mais do que no mesmo período do ano passado. O número de usuários mensais ativos, no entanto, se manteve próximo da estabilidade. De um ano para outro, passou de 245 milhões para 247 milhões. 

Comércio crescerá em ritmo mais lento este ano, estima OMC





Spencer Platt/AFP
Comércio nos EUA
Comércio: as estimativas de crescimento das exportações em 2016 foram reduzidas para a maioria das regiões, com ênfase para a Ásia e América do Norte


Brasília - A Organização Mundial do Comércio (OMC) prevê que o comércio global crescerá em um ritmo mais lento em 2016.A expansão estimada é de 1,7% e está bem abaixo das projeções de abril, quando chegou a 2,8%. 

Com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, a soma de todas as riquezas, estimado em 2,2% neste ano, se confirmadas as previsões, seria o pior resultado desde o auge da crise financeira internacional, em 2009.
Publicidade

A previsão para 2017 também foi revista para baixo e a expectativa agora é de um crescimento que pode variar entre 1,8% e 3,1%, ficando abaixo dos 3,6% estimados anteriormente.

A contração, informa a OMC, foi impulsionada pela desaceleração do crescimento do PIB e do comércio nas economias em desenvolvimento, como a China e o Brasil, mas também das importações dos Estados Unidos.

A OMC destaca que as estimativas de crescimento das exportações em 2016 foram reduzidas para a maioria das regiões, com ênfase para a Ásia (0,3% ante 3,4% em abril) e América do Norte (0,7% contra 3,1%).

Enquanto isso, as exportações da América do Sul deverão crescer acima do previsto anteriormete (4,4% em comparação a 1,9%).



Cientista do Sul está cotado para o Nobel de Física



O curitibano Celso Grebogi descreveu o controle de sistemas caóticos

Da Redação
redacao@amanha.com.br
Celso Grebogi descreveu o controle de sistemas caóticos


O curitibano Celso Grebogi (foto) está entre os cientistas cotados para receber o Prêmio Nobel de Física, que será anunciado a partir de 3 de outubro. O cientista está entre os pesquisadores citados no 2016 Thomson Reuters Citation Laureates, lista que já previu 39 laureados desde 2002.Grebogi  é graduado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).  Segundo a publicação, Grebogi está na lista se dá pelo fato dele ter descrito, em co-autoria com Edward Ott e James A. Yorke, uma teoria de controle de sistemas caóticos, o Método OGY, como foi batizado em referência às iniciais dos pesquisadores.

O trabalho descrito pelo triou desafiou a convicção científica de que o caos era incontrolável e se tornou referência na área. “A pesquisa do professor em dinâmica caótica combina métodos e técnicas analíticas com extensos experimentos computacionais de alta tecnologia com o objetivo de estabelecer princípios matemáticos básicos que cientistas e engenheiros possam aplicar em seus próprios campos”, relata a Thomson Reuters Citation Laureates.


- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/2877#sthash.a9sxQlG3.dpuf

Cientista do Sul está cotado para o Nobel de Física

O curitibano Celso Grebogi descreveu o controle de sistemas caóticos

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Celso Grebogi descreveu o controle de sistemas caóticos
O curitibano Celso Grebogi (foto) está entre os cientistas cotados para receber o Prêmio Nobel de Física, que será anunciado a partir de 3 de outubro. O cientista está entre os pesquisadores citados no 2016 Thomson Reuters Citation Laureates, lista que já previu 39 laureados desde 2002.Grebogi  é graduado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).  Segundo a publicação, Grebogi está na lista se dá pelo fato dele ter descrito, em co-autoria com Edward Ott e James A. Yorke, uma teoria de controle de sistemas caóticos, o Método OGY, como foi batizado em referência às iniciais dos pesquisadores.
O trabalho descrito pelo triou desafiou a convicção científica de que o caos era incontrolável e se tornou referência na área. “A pesquisa do professor em dinâmica caótica combina métodos e técnicas analíticas com extensos experimentos computacionais de alta tecnologia com o objetivo de estabelecer princípios matemáticos básicos que cientistas e engenheiros possam aplicar em seus próprios campos”, relata a Thomson Reuters Citation Laureates.
- See more at: http://www.amanha.com.br/posts/view/2877#sthash.a9sxQlG3.dpuf

Avianca quer mais de US$ 150 milhões por fatia de até 20%



Divulgação
Avianca A320
Avianca: empresa contratou o UBS Group para a potencial transação e o processo de venda já teria começado
 
Cristiane Lucchesi e Fabiola Moura, da Bloomberg


A Avianca Brasil, uma das empresas aéreas controladas por José e Germán Efromovich, está buscando vender uma participação de até 20 por cento na empresa por mais de US$ 150 milhões, disse uma pessoa com conhecimento direto do assunto.

A empresa aérea contratou a assessoria do UBS Group para a potencial transação e o processo de venda já começou, disse a pessoa, que pediu anonimato porque as discussões são privadas.

Um acordo daria ao ofertante vencedor acesso à nova frota da Avianca Brasil, de 41 aeronaves Airbus, com foco principal em viagens de negócios.

A Avianca Brasil foi a única empresa aérea brasileira a ampliar a receita por assento-quilômetro voado neste ano, registrando um ganho de quase 21 por cento em um dos principais indicadores do setor no período de um ano até julho, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Avianca Brasil controla 11 por cento do mercado brasileiro.

A empresa aérea e a colombiana Avianca Holdings, ambas controladas pelos irmãos Efromovich, estão procurando parceiros internacionais separados e mantêm um objetivo de longo prazo de se combinarem, disse José Efromovich, em entrevista, em 21 de setembro.

Ele preferiu não identificar quem está assessorando a empresa controladora dona da Avianca Brasil, nem fornecer outros detalhes das negociações. Ele disse que a Avianca Holdings contratou a assessoria do Bank of America.

A United Continental Holdings, a Delta Air Lines e a Copa Airlines apresentaram ofertas não vinculantes pela empresa aérea colombiana no início deste ano, reportou a Bloomberg News em 14 de setembro. Não há garantia de que será fechado negócio por alguma das empresas aéreas Avianca.

A United, que detém uma participação minoritária na Azul Linhas Aéreas Brasileiras, informou que não discutiria “rumores ou especulação”. A Delta, que possui uma participação na brasileira Gol Linhas Aéreas Inteligentes, preferiu não comentar, assim como a Avianca Brasil e o UBS. A Copa não respondeu aos pedidos de comentário.

A Avianca Brasil registrou um prejuízo de R$ 906,6 milhões (US$ 282 milhões) em 2015, segundo dados compilados pela Anac. Este foi pelo menos o quinto prejuízo anual consecutivo registrado pela empresa aérea.


Em 5 anos, Petrobras será 4ª maior do setor, diz Parente




Adriano Machado/Reuters
O novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, deixa encontro com o presidente Michel Temer
Petrobras: Parente elogiou a possibilidade de aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto que retira da Petrobras a obrigação de ser a operadora única dos campos do pré-sal
 
 


Brasília - Caso se confirmem as expectativas do presidente da Petrobras, Pedro Parente, em três anos, a estatal voltará a crescer para, em cinco anos, se tornar a quarta ou quinta maior empresa do setor, com uma produção de 3,4 milhões de barris de óleo e gás por dia.

A projeção foi apresentada por Pedro Parente ao presidente Michel Temer, em reunião no Palácio do Planalto.

“Vim aqui trazer o planejamento estratégico da empresa para o período entre 2017 e 2021.

Apresentamos as principais características desse plano. Foi uma apresentação técnica”, disse o presidente da estatal.

Segundo ele, um dos horizontes do plano é a redução mais rápida das dívidas da empresa. Nos três anos seguintes, a expectativa é que a empresa volte a crescer “para, no final desse período de cinco anos, sermos uma empresa que produzirá cerca de 3,4 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia, estando talvez entre a quarta e a quinta maior empresa do mundo no setor”, disse Parente.

De acordo com o presidente da Petrobras, Temer demonstrou especial interesse na possibilidade de o setor de gás e óleo obter de forma rápida um grande volume de investimentos, caso apresente um quadro regulatório favorável.

“Não só a Petrobras, mas o setor como um todo pode dar uma resposta muito rápida em termos de investimentos. O presidente Temer tomou nota e se mostrou interessado em relação ao quadro regulatório [que apresentamos como] adequado para a realização desses investimentos”, disse.

“É uma questão de meses para que possamos ter mudanças no quadro regulatório, que venham a propiciar uma condição melhor e mais favorável para a atração de investimentos”, acrescentou.

Parente elogiou a possibilidade de aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto que retira da Petrobras a obrigação de ser a operadora única dos campos do pré-sal.

Na avaliação dele, esse projeto é importante, uma vez que “substitui a obrigação por uma opção” para a estatal.

“A empresa como um todo só tem a ganhar com isso. Em vez de ter obrigação, passa a ter uma opção por fazer. Isso é um benefício muito grande por a empresa viver um momento de restrição financeira.

Se formos obrigados a participar de todos os campos, não teremos recursos [suficientes]. Isso faria com que a exploração desses campos levasse um tempo muito mais longo”, argumentou.

Na avaliação de Parente, o país também seria beneficiado, uma vez que atrairia “investimentos importantes para o crescimento e para a geração de riqueza e empregos no país”.

“É importante que o país possa ter outras empresas que se interessem em fazer esses investimentos. É importante para o país que a Petrobras não seja obrigada a participar de todos os campos, e que, mesmo nos [campos em] que ela não queira [participar], ela tenha opção em primeiro lugar. E é importante que outras empresas que se interessem [por esses campos] possam fazer os investimentos”, reforçou.

Pedro Parente reiterou que a política de preços de combustíveis é um “tema empresarial” da Petrobras, que está sendo discutido internamente.

“Tão logo seja concluída a discussão sobre essa política, ela será informada”, disse. “Sendo uma política que tenha como referência uma paridade internacional, a direção da mudança de preços não é única. Pode subir, mas pode descer também”, acrescentou.

No novo Plano de Negócios e Gestão 2017-2021, divulgado no dia 20, a Petrobras estima investimentos menores nos próximos cinco anos.

O documento prevê a retirada “integral” da estatal dos setores de produção de biocombustíveis, distribuição de GLP (gás de cozinha), produção de fertilizante e das participações da companhia na petroquímica para, segundo a empresa, “preservar competências tecnológicas em áreas com maior potencial de desenvolvimento”.

A previsão é de US$ 74,1 bilhões em investimentos, o que equivale a uma queda de 25% em relação ao plano anterior (período de 2015 a 2019), revisado em janeiro deste ano e que previa investimentos de US$ 98,4 bilhões.

Desde a administração de Graça Foster, que presidiu a empresa de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2015, os investimentos vêm caindo a cada nova revisão do Plano de Negócios e Gestão.

Na administração de Aldemir Bendine, o plano para o período 2014-2018 era estimado em cerca de US$ 220 bilhões; caindo para cerca de US$ 130 bilhões no período 2015-2019. 


Química Lanxess compra Chemtura por 2,4 bilhões de euros



Divulgação
Fábrica de borracha da Lanxess, na Alemanha
Lanxess: a fusão, financiada em dinheiro e por endividamento, se tornará efetiva em 2017
 
Da AFP


A companhia química alemã Lanxess anunciou nesta segunda-feira um acordo para comprar a americana Chemtura por 2,4 bilhões de euros.

A compra, ao preço de 33,50 dólares por ação, é a mais importante da história da Lanxess e servirá para se implantar na América do Norte, indicou em um comunicado esta companhia, que havia sido uma filial da Bayer.

A Chemtura, com 1,5 bilhão de euros de faturamento e cerca de 2.500 funcionários, é especializada em aditivos para apagar fogo e lubrificantes.

A fusão, financiada em dinheiro e por endividamento, se tornará efetiva em 2017 e permitirá economizar 100 milhões de euros anuais em 2020, com um efeito positivo imediato para a Lanxess no primeiro ano.

A companhia alemã destaca que o preço que oferece é 18,9% superior ao preço das ações da Chemtura na última sexta-feira no fechamento da bolsa.

Encorajado pelo baixo preço das matérias-primas, o setor mundial da química está vivendo um período de fusões, como as da Bayer e Monsanto ou DuPont e Dow Chemical.