terça-feira, 27 de setembro de 2016

Avianca quer mais de US$ 150 milhões por fatia de até 20%



Divulgação
Avianca A320
Avianca: empresa contratou o UBS Group para a potencial transação e o processo de venda já teria começado
 
Cristiane Lucchesi e Fabiola Moura, da Bloomberg


A Avianca Brasil, uma das empresas aéreas controladas por José e Germán Efromovich, está buscando vender uma participação de até 20 por cento na empresa por mais de US$ 150 milhões, disse uma pessoa com conhecimento direto do assunto.

A empresa aérea contratou a assessoria do UBS Group para a potencial transação e o processo de venda já começou, disse a pessoa, que pediu anonimato porque as discussões são privadas.

Um acordo daria ao ofertante vencedor acesso à nova frota da Avianca Brasil, de 41 aeronaves Airbus, com foco principal em viagens de negócios.

A Avianca Brasil foi a única empresa aérea brasileira a ampliar a receita por assento-quilômetro voado neste ano, registrando um ganho de quase 21 por cento em um dos principais indicadores do setor no período de um ano até julho, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Avianca Brasil controla 11 por cento do mercado brasileiro.

A empresa aérea e a colombiana Avianca Holdings, ambas controladas pelos irmãos Efromovich, estão procurando parceiros internacionais separados e mantêm um objetivo de longo prazo de se combinarem, disse José Efromovich, em entrevista, em 21 de setembro.

Ele preferiu não identificar quem está assessorando a empresa controladora dona da Avianca Brasil, nem fornecer outros detalhes das negociações. Ele disse que a Avianca Holdings contratou a assessoria do Bank of America.

A United Continental Holdings, a Delta Air Lines e a Copa Airlines apresentaram ofertas não vinculantes pela empresa aérea colombiana no início deste ano, reportou a Bloomberg News em 14 de setembro. Não há garantia de que será fechado negócio por alguma das empresas aéreas Avianca.

A United, que detém uma participação minoritária na Azul Linhas Aéreas Brasileiras, informou que não discutiria “rumores ou especulação”. A Delta, que possui uma participação na brasileira Gol Linhas Aéreas Inteligentes, preferiu não comentar, assim como a Avianca Brasil e o UBS. A Copa não respondeu aos pedidos de comentário.

A Avianca Brasil registrou um prejuízo de R$ 906,6 milhões (US$ 282 milhões) em 2015, segundo dados compilados pela Anac. Este foi pelo menos o quinto prejuízo anual consecutivo registrado pela empresa aérea.


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