Ilan Goldfajn participa de evento do BC argentino,
em Buenos Aires.
BC avalia que o alcance do alvo de 4,5% em 2017 é possível.
BC avalia que o alcance do alvo de 4,5% em 2017 é possível.
Da
Reuters
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central (Foto: Adriano Machado / Reuters)
O
presidente do Banco Central, Ilan
Goldfajn, disse nesta terça-feira (20) que o Brasil não precisa
mudar sua meta de inflação, sendo que o BC avalia que o alcance do alvo de 4,5%
em 2017 é possível e que a desinflação continuará nos próximos anos.
"Estamos
seguros que a inflação no Brasil convergirá para a meta em todos os horizontes
relevantes, em particular para 4,5% em 2017", disse ele.
Ao
participar de evento do BC argentino, em Buenos Aires, ele reiterou que a meta
de inflação atual brasileira é ambiciosa, mas pode ser cumprida, chamando a
atenção para a recente redução nas expectativas para a alta de preços na
economia.
A meta de
inflação do Brasil é de 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual em 2017.
Atualmente, em 12 meses, o IPCA acumula alta de cerca de 9%.
O BC já
havia sinalizado que pode começar a reduzir a Selic, que está em 14,25% há mais de um ano, em breve.
No mercado de juros futuros, as apostas majoritárias são que isso ocorrerá em
outubro, próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.
Em seu
discurso, feito em espanhol, Ilan também chamou a atenção para a conjuntura
atual de liquidez abundante e de lenta recuperação do crescimento das
principais economias, cenário que se desenha como um período benigno para os
países emergentes e que deve ser aproveitado, já que é provável que não dure
muito tempo.
"Com
o tempo, as economias vão recuperar sua trajetória de crescimento. Este
movimento inevitavelmente provocará um processo de normalização das condições
monetárias em economias avançadas, particularmente nos Estados Unidos",
afirmou.
"As
economias emergentes devem aproveitar esta janela de oportunidade para reformar
e ajustar suas economias", acrescentou.
Especificamente
sobre Brasil, Ilan disse ver como "imperativas" as medidas fiscais na
direção da redução e racionalização dos gastos, buscando colocar a dinâmica da
dívida em ordem.
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/brasil-nao-precisa-mudar-meta-de-inflacao-diz-presidente-do-bc.html
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