Paulo Whitaker / Reuters
Odebrecht: de acordo com a investigação da Polícia Federal, mais de US$ 3
bilhões em valores exportados para Angola pela Odebrecht foram pagos
com recursos do banco estatal
Circe Bonatelli, do Estadão Conteúdo
Francisco Carlos de Assis e Thaís Barcellos, do Estadão Conteúdo
São Paulo - O delegado da Polícia Federal
(PF) Filipe Hille Pace, responsável pela Força Tarefa da Lava Jato,
afirmou que foram constatadas interferências, em 2010, do ex-ministro
Antonio Palocci para aumentar a linha de crédito do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinada a apoiar as
atividades de empresas brasileiras em Angola, na África.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, mais de US$ 3 bilhões em valores exportados para Angola pela Odebrecht foram pagos com recursos do banco estatal.
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A PF aponta indícios de que havia acerto prévio entre Marcelo Odebrecht,
líder do grupo Odebrecht, e Palocci sobre a destinação dos recursos
para Angola.
Outra acusação de interferência de Palocci apontada pela Polícia Federal
se refere à exploração do petróleo na camada do pré-sal e à
constituição da empresa Sete Brasil, onde a Petrobras tinha participação
societária.
A Sete Brasil ficaria responsável pela construção dos navios sondas que participariam das licitações para exploração do pré-sal.
O delegado Pace afirmou que Marcelo Odebrecht e Palocci trocavam
informações extraoficiais para se atualizarem sobre o andamento das
operações da Sete Brasil e da exploração petroleira.
Palocci atualizava Odebrecht via Branislav Kaontic. Dessa forma,
Odebrecht soube de convite para licitação do pré-sal antes da
oficialização.
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