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Presidente Michel Temer
São Paulo - O governo Michel Temer
apresenta nesta quinta-feira (22) as diretrizes que irão pautar a
reforma do ensino médio a partir de 2017 — o conjunto de medidas que
virão por meio de uma Medida Provisória já é encarado como a maior
mudança da educação brasileira das últimas duas décadas.
"Esse novo ensino médio baseia-se em modelos já testado e aprovados em
países avançados. Há mais de 1,5 milhão de jovens excluídos da escola e
do mercado de trabalho", afirmou o presidente Michel Temer durante
solenidade de assinatura da MP.
Na apresentação, o presidente lembrou dos ensinos clássico e científico,
modelo que pautou o ensino médio no Brasil durante as décadas de 40 e
60, e disse que a ideia desse novo formato do Ensino Médio replica o
mesmo objetivo: capacitar estudantes em suas áreas de interesse.
Ele negou que os cortes para colocar a economia nos trilhos afetarão os
investimentos em educação.
"Sabemos qual é nossa responsabilidade
fiscal, mas temos que ter responsabilidade social: voltar os nossos
olhos para a educação", disse.
“Não podemos ser passivos, nem tolerantes diante de um quadro como esse.
Precisamos de coragem para mudar. Essa não é uma mudança imposta e
discutida tem praticamente a unanimidade dos secretários de Educação”,
afirmou o ministro da Educação, Mendonça Filho, durante apresentação do
projeto.
Segundo o ministro da Educação, serão investidos 1,5 bilhão de reais
durante os próximos dois anos para apoiar os estados para fundar escolas
em tempo integral.
Como será o novo Ensino Médio
Com a nova proposta, o ensino médio no Brasil passar das atuais 800
horas aula por ano para 1.400 horas/ano — o que exigiria turno
integral.
Durante todo o primeiro ano e metade do segundo, o estudante será
exposto a um conteúdo básico de cada matéria, com base nos pilares que
já norteiam o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem): Linguagens,
Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Matemática. No ano e meio
seguinte, porém, ele terá autonomia para montar a própria grade de
disciplinas.
De acordo com a secretária da pasta, a discussão com os estados será
iniciada agora e o objetivo é ter uma base nacional comum até meados do
próximo ano. “Encaminharemos para o Conselho Nacional de Educação, será
homologado pelo MEC e a partir daí passa a vigorar como regra no país”,
afirma.
A medida provisória tem força de lei por até 120 dias, mas precisa de
aval do Congresso Nacional para transformação definitiva de lei.
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