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Fiesp: “A Força Sindical quer aumentar aos poucos o poder de fogo para, se possível, levar a uma greve maior”
As centrais sindicais fazem na manhã de hoje (22) uma manifestação em defesa dos direitos trabalhistas e sociais em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
na Avenida Paulista, região central da capital. Com um carro de som e
agitando bandeiras, os militantes ocuparam a calçada em frente ao prédio
e uma das faixas da via.
O ato unificado reúne sete centrais na tentativa de ampliar a
mobilização contra as reformas que podem mudar as regras para
aposentadoria e a regulamentação do mercado de trabalho.
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“Isso é importante porque demonstra uma unidade que os trabalhadores
necessitam. Está em debate no nosso país reformas da Previdência e
mudanças na legislação trabalhista”, ressaltou o secretário-geral da
Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, sobre a importância das
entidades se unirem sob uma pauta comum.
A mobilização deve, segundo Juruna, pressionar os deputados e senadores
para evitar alterações na lei que prejudiquem os trabalhadores.
“Esquentar um descontentamento para que possamos no Congresso Nacional
influenciar para que as mudanças não tragam retirada de direitos dos
trabalhadores”, acrescentou o dirigente sindical.
Greve geral
O representante da Força Sindical moderou o discurso ao falar da possibilidade de uma greve geral, bandeira defendida por algumas das centrais que compuseram o ato.
“A Força Sindical quer aumentar aos poucos o poder de fogo para, se
possível, levar a uma greve maior”, disse Juruna ao ponderar que a atual
situação econômica dificulta mobilizações mais radicais.
“São mais de
12 milhões de desempregados que geram desconforto nos que estão
trabalhando”, destacou.
Para Juruna, em alguns setores, a disposição é maior do que em outros.
“Os setores industriais estão mais mobilizados, até por conta da
campanha salarial. Os bancários estão em greve”, mencionou.
A greve geral é, no entanto, o caminho defendido pela CSP-Conlutas para
evitar perdas de direitos.
“Nós temos que juntar toda a classe
trabalhadora e o povo da periferia e construir uma greve geral neste
país. Enfrentar e derrotar as intenções do governo e da classe patronal
nesse momento”, defendeu o secretário executivo da Central, Atnágoras
Lopes, sobre a paralisação que pode ser deflagrada no próximo dia 29.
Além de manter as conquistas atuais, Lopes diz que é necessário lutar
por avanços. “A defesa integral da CLT [Consolidação das Leis do
Trabalho] e por avanços. É preciso, na verdade, estabilidade no emprego.
Os governos e o Estado precisam cuidar dos desempregados”, enfatizou.
Dia de Mobilização
Durante a tarde, os manifestantes devem se juntar à assembleia dos
professores da rede pública estadual no vão-livre do Museu de Arte de
São Paulo (Masp), também na Avenida Paulista, para promover um ato
preparatório para o Dia de Paralisação, previsto para a próxima
quinta-feira (29).
A Proposta de Emenda Constitucional 241, que estipula um limite para os
gastos públicos, é outro tema que está na pauta do movimento, devido aos
possíveis cortes nos recursos para áreas como educação e saúde.
Integram as manifestações, a Força Sindical, a Conlutas, a Central Única
dos Trabalhadores (CUT), a Intersindical, a União Geral dos
Trabalhadores (UGT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil (CTB) e a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
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