Eric Gaillard/Reuters
Empresas brasileiras: houve queda ainda de 0,2% no pessoal ocupado total
Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo
Rio - O País tinha 4,6 milhões de empresas ativas
que ocupavam 41,8 milhões de pessoas em 2014, segundo os dados do
Cadastro Central de Empresas (Cempre) divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, o saldo de empresas foi negativo pela primeira vez. As
saídas totalizaram 944 mil empresas e as entradas somaram 726,3 mil
empresas, o equivalente a um decréscimo de 4,6% em relação a 2013, ou
217,7 mil a menos.
Houve queda ainda de 0,2% no pessoal ocupado total, 71,1 mil pessoas a
menos, e aumento de 0,5% no pessoal ocupado assalariado, 170,4 mil
empregados a mais.
Entre os trabalhadores ocupados, 35,2 milhões eram assalariados em 2014,
o equivalente a 84,2%, enquanto 6,6 milhões (15,8%) estavam na condição
de sócio ou proprietário.
Os salários e
outras remunerações pagos pelas entidades empresariais totalizaram R$
939,8 bilhões no ano, com um salário médio mensal de R$ 2.030,70, ou 2,8
salários mínimos mensais médios.
A idade média das empresas ativas em 2014 era de 10,6 anos. A taxa de
saída das empresas cresceu 6,1 pontos porcentuais, passando de 14,6% em
2013 para 20,7% em 2014, a maior taxa da série histórica iniciada em
2008.
Todas as seções de atividades apresentaram aumento nas taxas de saída de
empresas do mercado. As maiores elevações foram verificadas em Outras
atividades de serviços (10,5 pontos porcentuais); Artes, cultura,
esporte e recreação (8,7 pontos porcentuais); Construção (7,9 pontos
porcentuais); e Informação e comunicação (6,8 pontos porcentuais).
Ao mesmo tempo, a taxa de entrada diminuiu de 18,3% em 2013 para 15,9%
em 2014, a menor desde 2008. A taxa de sobrevivência ficou em 84,1%, com
um total de empresas sobreviventes de 3,8 milhões, patamar inferior ao
verificado em 2013.
Na passagem de 2013 para 2014, todas as seções de atividades tiveram
queda nas taxas de entrada de empresas no mercado, com exceção de
Eletricidade e gás.
As maiores reduções foram nas seções Indústrias extrativas (-4,9 pontos
porcentuais); Construção (-4,0 pontos porcentuais); Artes, cultura,
esporte e recreação (-3,5 pontos percentuais); e Água, esgoto,
atividades de gestão de resíduos e descontaminação (-3,5 pontos
percentuais).
O comércio representa 44,9% do total de empresas (2,0 milhões). O
segmento deteve 39,8% do número absoluto de empresas que entraram (289,3
mil), 46,4% das que saíram (437,7 mil) e 45,8% entre as que
sobreviveram (1,8 milhões).
Em 2014, 39,6% das 694,5 mil empresas que nasceram em 2009 ainda estavam
ativas no mercado, o que significa que mais de 60% das empresas não
sobrevivem cinco anos após o nascimento, apontou o IBGE.
No período 2010-2014, as seções de atividades que apresentaram as mais
altas taxas de sobrevivência foram saúde humana e serviços sociais
(55,3%), atividades imobiliárias (51,5%) e atividades profissionais,
científicas e técnicas (47,3%).
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