terça-feira, 11 de outubro de 2016

Decanter Magazine: "Brasil está no centro das atenções"




Referência mundial no setor, revista dedica matéria sobre o Sul vinícola
Por Marcos Graciani

graciani@amanha.com.br


 Decanter Magazine: "Brasil está no centro das atenções"



“2016  tem sido um ano notável no Brasil por razões esportivas, políticas e ambientais óbvias. Mas também será considerado um período histórico para os vinicultores nacionais. Esse é o prefácio de uma longa e elogiosa reportagem da edição de outubro da Decanter Magazine. A publicação britânica, uma das mais prestigiadas do segmento vinícola mundial, apresenta uma reportagem de quatro páginas sobre a produção brasileira de vinhos, não economizando em adjetivos positivos.

O ponto de partida da matéria é o desempenho dos rótulos verde-amarelos no Decanter World WineAward (DWWA) deste ano, no qual as vinícolas brasileiras arremataram três ouros, de um total de 25 condecorações. “Estou surpreso e embevecido pelo crescimento e magnitude do sucesso brasileiro no DWWA deste ano. Enquanto esse vasto e populoso país ainda procura por seus melhores terroirs e um estilo de vinho brasileiro particular, o progresso e o reconhecimento estão vindo consistentes e rapidamente”, declara Paul Medder, o autor da reportagem. Medder atuou por dois anos no Brasil como sommelier do restaurante Aprazível, no Rio de Janeiro, onde recebeu várias premiações pela carta de vinhos. “Um dos poucos restaurantes a apostar nos vinhos locais, em um país onde a maioria dos estabelecimentos ainda privilegia os importados”, observa ele.

A matéria aborda o pioneirismo, a tradição e história da Serra Gaúcha (foto) e cita também a região da Serra do Sudeste e Campanha, no Rio Grande do Sul, como novos polos de produção, mais adequados à escala comercial.  A região dos Campos de Cima da Serra é descrita como propícia a vinhos de maior gama qualitativa. Também são citados exemplos do Planalto Catarinense e de São Paulo.  Entre as vocações brasileiras também são citadas o moscato e os moscatéis e os merlots – com frescor, terroso e elegante. Destaque para os espumantes e tintos de médio corpo – mais leves e mais próximos ao estilo europeu do que os demais vinhos de procedência da América do Sul.

Em 2013, quando retornava ao Reino Unido, a convite do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Medder participou de um roteiro para conhecer pessoalmente a produção vinícola brasileira. Em fevereiro, um grupo de três jornalistas da Decanter – entre eles o Master ofWine Peter Richards, responsável dentro da publicação pelos mercados do Chile e Brasil – esteve na Serra Gaúcha em uma ação feita em parceria pela instituição inglesa WSET (Wine & Spirit Education Trust), representada pela escola Enocultura, de São Paulo, e o Ibravin.

“O destaque dado pela Decanter é muito importante para posicionar o Brasil no mercado internacional como um país produtor de vinhos e espumantes de alta qualidade. Isso ajudará no nosso trabalho de promoção no Exterior realizado por meio de ações do Winesof Brasil”, comemora Diego Bertolini, gerente de promoção do Ibravin, referindo-se ao projeto realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), no qual 30 vinícolas fazem parte.

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PEC dos Gastos possibilitará maior flexibilização monetária




Mercado aposta que o Banco Central começará a baixar a Selic na reunião da próxima semana

Da Redação, com Agência Brasil

redacao@amanha.com.br

 Câmara aprova PEC dos Gastos Públicos em primeiro turno

Um dia depois da aprovação da PEC 241 – que estabelece um limite para o crescimento das despesas públicas – a bolsa ensaia uma sessão de correção nesta terça-feira (11). Por volta de 11h15, o Ibovespa recuava 0,9%, aos 61.110 pontos. O principal índice da bolsa brasileira está sendo puxado pelo recuo de 3% das ações da Petrobras. O mercado também acompanha o desempenho do petróleo no mundo, além do clima de cautela nas bolsas. O dólar comercial era vendido a R$ 3,2171, alta de 0,4%. 

"A aprovação da PEC 241 já tinha sido antecipada pelos mercados, logo, não descartamos alguma realização de lucros. Ambiente externo segue desfavorável para os emergentes com a alta dos juros nos Estados Unidos. Inflação volta a surpreender e pode impactar na parte mais curta da curva de juros", escrevem os analistas da LCA Consultores em relatório.  A medida fiscal aprovada na noite de segunda-feira (10) abre a possibilidade de maior flexibilização monetária. Por essa razão, os agentes econômicos apostam que o Banco Central (BC) deve começar a baixar a Selic na reunião da próxima semana.

O plenário da Câmara aprovou ontem, por 366 votos a 111 e duas abstenções, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16 que fixa um teto para os gastos públicos por 20 anos. O texto foi aprovado em primeiro turno e precisa passar por nova votação no plenário. Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo 308 votos. O governo já havia anunciado que tinha cerca de 350 votos para aprovar a PEC, considerada pelo Executivo como essencial para promover o controle dos gastos públicos e reequilibrar as contas. 

A PEC cria um teto de despesas primárias federais que será reajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), impondo limites individualizados para os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo.


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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Biodiesel:Petrobras fecha usina e inicia saída do setor de biocombustíveis


Biodiesel:Petrobras fecha usina e inicia saída do setor de biocombustíveis
A Petrobras Biocombustível, subsidiária da Petrobras, vai encerrar as atividades da Usina de Biodiesel de Quixadá, no Ceará, a partir de novembro, em linha com a estratégia da empresa de deixar integralmente a produção de biocombustíveis, informou a petroleira estatal nesta sexta-feira.

A empresa explicou que a decisão foi comunicada aos empregados, sindicatos, clientes e fornecedores da unidade.
 
As usinas de Montes Claros, em Minas Gerais, e a de Candeias, na Bahia, continuarão a operar normalmente, segundo a empresa, que estuda alternativas para as unidades, de acordo com as metas do seu Plano de Negócios 2017-2021.
 
No novo plano, a companhia estatal reduziu em 25 por cento os investimentos e prevê focar suas atividades na produção de petróleo, saindo de diversos setores, como de biocombustíveis.
 
"Considerando que de acordo com as projeções, não haveria uma solução para a usina em curto prazo e sem novos investimentos, o Conselho de Administração da Petrobras Biocombustível optou por encerrar a produção de biodiesel no Ceará e assim focar recursos em projetos com maior rentabilidade", afirmou a Petrobras em nota.
 
A desmobilização levará em torno de seis meses e será realizada por uma equipe multidisciplinar, explicou a empresa.
 
Os empregados próprios serão transferidos para as outras duas unidades da Petrobras Biocombustível e os empregados cedidos serão realocados em outras unidades da Petrobras

 (Reuters, 7/10/16)

Itaú e Citi estavam em negociações exclusivas há 2 semanas




Divulgação
Citi
Antes de comprar o Citi, Itaú anunciou compra da fatia de 40% do BMG na joint venture
 
Aline Bronzati, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O Itaú Unibanco, que confirmou há pouco a compra da unidade de varejo do Citibank no Brasil, estava em negociações exclusivas com o banco norte-americano há cerca de duas semanas, mas os detalhes do acordo só foram acertados nos últimos dias, segundo fontes com conhecimento da operação.

A colunista do Estadão Sonia Racy noticiou nesta sexta-feira (7) que o valor pago pelo Itaú deveria ficar bem abaixo dos R$ 1,5 bilhão sonhados pelo banco norte-americano. No fato relevante divulgado hoje, foi informado que a transação saiu por R$ 710 milhões.

Na semana passada, o Itaú anunciou sua 25ª aquisição, ao comprar a fatia de 40% do BMG na joint venture que constituiu com o banco mineiro na área de crédito consignado (com desconto em folha).

O crescimento do Itaú nas negociações pelo varejo do Citi surpreendeu o mercado, que tinha o Santander como o favorito para levar o ativo após perder a disputa pelo HSBC para o Bradesco.

Pesou no apetite do banco, segundo fontes, a base de clientes de alta renda do Citi e a sobreposição com os seus clientes, fora o relacionamento com o vendedor. Em 2013, o Itaú comprou a Credicard por R$ 2,8 bilhões.

O banco também tem demonstrado maior apetite por aquisições em meio à crise no País, que dificulta o crescimento orgânico. Como consequência, o Itaú acumula mais de R$ 60 bilhões de sobra de capital oriunda, principalmente, da baixa demanda por crédito.

Ao final de junho, o Itaú somava quase R$ 136 bilhões de patrimônio de referência, praticamente o dobro do montante mínimo requerido pelo regulador em seu caso, de cerca de R$ 74 bilhões. Sua Basileia, que mede quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, está em 18,1%, bem acima dos 11% mínimos exigidos pelo Banco Central.

A expectativa do Citi era concluir a venda das suas operações de varejo no Brasil, Argentina e Colômbia ainda em setembro. O banco norte-americano informou a intenção desses desinvestimentos em 19 de fevereiro deste ano. A operação do Citi na Colômbia é negociada com o Scotiabank e na Argentina, com o Santander.


Chinesa Three Gorges compra ativos da Duke Energy no Brasil

 

Bloomberg
Duke Energy
Duke Energy: chinesas estão ampliando fatia no setor elétrico brasileiro
Da REUTERS


São Paulo - A elétrica chinesa Three Gorges Corporation fechou contrato para a compra por cerca de 1,2 bilhão de dólares dos ativos da norte-americana Duke Energy no Brasil, que incluem cerca de 2 gigawatts em hidrelétricas no Estado de São Paulo, informou a Duke Energy nesta segunda-feira.

A transação é mais um passo dos chineses para ampliar sua já relevante atuação no setor elétrico brasileiro, onde a própria Three Gorges já está entre as líderes em capacidade instalada, enquanto sua compatriota State Grid fechou no último mês a compra da líder privada de mercado, CPFL Energia.

A Duke Energy informou que o negócio envolve cerca de 10,80 dólares por ação, valor a ser ajustado na data de fechamento da transação de acordo com o capital de giro líquido e o endividamento da companhia, além do resultado de uma ação judicial. Além do valor pago em dinheiro, a Three Gorges irá assumir dívidas.

Segundo a Duke Energy, a transação envolverá ainda a realização de uma oferta pública de aquisição (OPA) para que a Three Gorges compre as ações da Duke em circulação no mercado brasileiro.

A aquisição também está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A maior empresa de energia elétrica do EUA em capacidade de geração disse ainda que está negociando a venda de seu ativos remanescentes na América Central e na América do Sul.


NC adquire ativos de energia eólica da Odebrecht Energia




Após comprar a operação de mídia da RBS em SC, grupo entra no setor de energia com a aquisição do Corredor do Senandes

Da Redação

redacao@amanha.com.br
NC adquire ativos de energia eólica da Odebrecht Energia


O Grupo NC anunciou nesta sexta-feira (7) a aquisição da Odebrecht Energias Alternativas, uma subsidiária integral da Odebrecht Energia, que detém os ativos de energia eólica do Complexo Eólico Corredor do Senandes (foto), localizado no município de Rio Grande (RS). 

O negócio contempla a aquisição de quatro parques eólicos, com potência instalada de 108 megawatts (MW), capaz de gerar energia suficiente para abastecer uma população de aproximadamente 650 mil habitantes, com possibilidade de expansão de mais de 80 megawatts (MW). O complexo passa a ficar sob a marca de negócios NC Energias Renováveis. A efetivação da transação de compra está condicionada à aprovação dos órgãos competentes. O valor da negociação não foi revelado.

Em março deste ano, o Grupo NC já havia anunciado a compra de 100% das operações de mídia do Grupo RBS, em Santa Catarina. Com a nova aquisição, o Grupo NC reforça sua proposta de diversificação de negócios. Os ativos adquiridos compreendem 40 aerogeradores e 48 quilômetros de linha de transmissão até o ponto de conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN). Toda a energia produzida no complexo já está comercializada por meio de um contrato de longo prazo que termina apenas em 2034.

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Dupla leva Nobel de Economia por teoria de contratos




Os estudos de Oliver Hart e Bengt Holmström se baseiam na relação entre o público e o privado e na cultura das empresas


Por Agência Brasil
Oliver Hart e Bengt Holmström levam Nobel de Economia por teoria de contratos


O economista britânico Oliver Hart, 68 anos, da Universidade de Harvad, e o finlandês Bengt Holmström, 67 anos, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), foram premiados hoje (10) com o Prêmio Nobel de Economia por suas "contribuições à teoria dos contratos". As informações são da agência Ansa.

Hart é britânico e professor da Universidade de Harvard e Holmström é finlandês e professor do MIT. O Nobel de Economia tem uma recompensa de 8 milhões de coroas suecas, equivalente a R$ 3 milhões. "As novas ferramentas teóricas criadas por Hart e Holmstroem são valiosas para a compreensão dos contratos e instituições da vida real", declarou a Real Academia Sueca, em Estocolmo.

Os estudos dos dois economistas se baseiam tanto na relação entre o público e o privado como na cultura das empresas, tendo como bases questionamentos atuais da sociedade. Entre os questionamentos, estão as questões de pagamentos de salários de servidores públicos pelo governo ou ainda se professores e trabalhadores de saúde devem ser pagos baseados em seu desempenho. "Eu acordei às 4h40 e fiquei pensando se era muito tarde para ganhar este ano. Então, felizmente, o telefone tocou. Minha primeira ação foi abraçar minha esposa, acordar meu filho mais novo e falar com meu colega premiado", disse Hart sobre o Nobel.

A série de prêmios já entregou em 2016 o Nobel de Medicina ao japonês Yoshinori Ohsumi por seus estudos de "autofagia celular", o de Física ao trio de cientistas David Thouless, Duncan Haldan e Michale Kosterlitz pela descoberta da "face" exótica da matéria e o de Química para o trio de pesquisadores Jean-Pierre Sauvage, Fraser Stoddart e Bernard Feringa pelo desenvolvimento de "máquinas moleculares".

Já o Nobel da Paz foi entregue ao presidente colombiano Juan Manuel Santos por ter conseguido fechar um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), após 52 anos de conflito.

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